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Nutrição Humana Lipídeos Prof. Dra. Cláudia Colamarco Ferreira N U T R I E N T E S Carboidratos Proteínas Lipídeos Vitaminas Minerais Função energética - Açúcar, doces, pães, batata, arroz, massas, biscoitos, bolos... Função construtora – Carnes, leite e derivados, ovos, leguminosas... Função energética – Frituras, bacon, maionese, gema de ovo, óleos, azeites... Função reguladora – Frutas, legumes e verduras, leite e derivados, ovos... Função reguladora – Água, frutas, legumes e verduras, leite e derivados... Lipídeos - Introdução A família dos lipídeos inclui: • Triglicerídeos (óleos e gorduras); • Fosfolipídeos (componentes da membrana celular); • Esteróis (colesterol); • Vitaminas lipossolúveis. Visão química: • Os ácidos graxos e os TG são compostos por carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O); • São insolúveis em água; • Solúveis em solventes orgânicos. Lipídeo – deriva do grego lipos e significa gordura. Ao contrário das demais biomoléculas, os lipídeos não são polímeros, isto é, não são repetições de uma unidade básica Triglicerídeos = predominam tanto no alimento quanto no corpo Classificação • Triglicerídeos ou triacilglicerol - constituídos de ácidos graxos; •Mais abundante e importante; •Energia; •Ácidos graxos essenciais; •Palatabilidade. • Fosfolípídeos - membrana plasmática; •Componente estrutural; •Forma a interface entre água e outros lipídeos; •Fornece colina – acetilcolina; • Libera ácidos graxos importantes – aracdônico. • Esteróis – grupo ao qual pertence o colesterol – formação de bile. • Glicolipídeos - encontrados na superfície da membrana plasmática; • Isoprenóides - antioxidantes (licopeno, carotenóides), as vit lipossolúveis (A, D, E e K)). Triglicerídeos ou triacilgliceróis • TG – constituem mais de 95% da ingestão total de gorduras, sendo formados por 3 moléculas de ácidos graxos esterificados a uma molécula de glicerol; Estrutura química: •Tem função energética, sendo usado de imediato ou armazenado nas células do tecido adiposo para utilização posterior. Diretamente absorvido sem necessidade de sais biliares De acordo com o n° de carbonos do ácido graxo que compõe: • Cadeia curta (<8 C) – Tendência líquida • Cadeia média (8 e 10 C) • Cadeia longa (>12C) – Tendência sólida Tipos de Triglicerídeos ÁCIDOS GRAXOS Quimicamente, ácidos graxos são cadeias retas de hidrocarbonetos com um grupo carboxila em uma terminação e um grupo metil na outra. De acordo com o grau de saturação os ácidos graxos podem ser saturados (não conter duplas ligações) e insaturados (quando possuem uma ou mais dupla ligações). Ácidos Graxos Saturados: Ácido esteárico (18:0) Ácido palmítico (16:0) Ácido mirístico (14:0) Ácido láurico (12:0) Ácidos graxos de cadeia média (8:0 e 10:0) Ácidos Graxos Monoinsaturados: Ácido oléico (cis – 18:1) Ácido elaídico (trans – 18:1) Ácidos Graxos Poliinsaturados: Ácidos graxos n-6: Ácido linoléico (18:2) Ácidos graxos n-3: Ácido linolênico (18:3) Ácido eicosapentaenóico (EPA) (20:5) Ácido docosaexaenóico (DHA) (22:6) Fonte:Cardoso (2006). Tipos de ácidos graxos alimentares Nome Comum No Átomos de Carbono No Duplas Ligações Fonte Típica de Gordura ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS Butírico 4 0 Gordura do leite Capróico 6 0 Gordura do leite Caprílico 8 0 Óleo de coco Cáprico 10 0 Óleo de coco Láurico 12 0 Óleo de coco, palma Mirístico 14 0 Óleo de coco, gordura do leite Palmítico 16 0 Gordura animal Esteárico 18 0 Manteiga de cacau, gordura animal Araquídico 20 0 Óleo de amendoim ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS Palmitoléico 16 1 Alguns óleos de peixe, gordura animal Oléico 18 1 Azeite oliva, óleo de canola Linoléico 18 2 Óleo de milho, soja, algodão Linolênico 18 3 Óleo de soja, canola Araquidônico 20 4 Gorduras animais, óleo de amendoin Eicosapentanóico 20 5 Alguns óleos de peixe, mariscos Docosaexaenóico 22 6 Alguns óleos de peixe, mariscos Ácidos graxos saturados e insaturados de ocorrência natural Alimento % Lipídios totais % saturados % insaturados Fontes animais Galinha 10 - 17 30 70 Carne de boi 16 - 42 52 48 Cordeiro 19 - 29 60 40 Presunto 23 45 55 Carne de porco 32 45 55 Manteiga 81 55 36 Fontes vegetais Cenouras 0 0 0 Batata frita 35 25 75 Castanha de caju 48 18 82 Margarina 81 26 66 Óleo de milho 100 7 78 Óleo de oliva 100 14 86 Óleo de soja 100 14 71,5 Fontes dietéticas comuns de lipídios Tipo de castanha Gordura total Saturado Monoinsa- turados Poliinsatu- rados Insat : sat % peso % % % Amêndoa 52 10 68 22 9,0 Castanha do Pará 66 26 36 38 2,8 Castanha de caju 46 20 62 18 3,9 Avelã 63 8 82 10 11,9 Macadâmia 74 16 82 2 5,4 Amendoim 49 15 51 34 5,7 Noz pecã 68 8 66 26 10,9 Pinhão 61 15 40 45 5,4 Pistache 48 13 72 15 6,6 Noz 62 10 24 66 9,0 Composição de lipídeos de algumas castanhas Fonte: American Journal of Clinical Nutrition, 2003 Ácidos Graxos Saturados • Não contém duplas ligações entre os átomos de carbono; • São sólidos à temperatura ambiente; • Excesso de gord. sat. na alimentação - ↑ níveis sanguíneos de colesterol; • Os ácidos graxos saturados estão concentrados em certos alimentos tanto de origem animal como vegetal: ▪ Carne bovina (52% de ácido graxo saturado); ▪ Carne de frango, porco e outros animais; ▪ Gema de ovo; ▪ Banha de porco; ▪ Gorduras lácteas do creme, do leite, da manteiga (62% de ácidos graxos saturados) e do queijo; ▪ Alimentos vegetais: óleo de coco, azeite de dendê, óleo de palma, gordura vegetal hidrogenada e margarina hidrogenada •Bolos, tortas e os doces preparados comercialmente também têm grandes quantidades desses ácidos graxos. Ácido Esteárico Ácido graxo saturado ÁCIDOS GRAXOS MONOINSATURADOS • Contém apenas uma dupla ligação ao longo da cadeia de carbono; • Presentes nos seguintes alimentos: • Azeite de oliva (77% de ácidos graxos monoinsaturados); • Óleo de canola; • Amendoim; • Nozes; • Amêndoas; • Abacate. Presença de insaturação Ácido oléico (18:1) ÁCIDOS GRAXOS MONOINSATURADOS ▪ Contém duas ou mais ligações duplas ao longo da cadeia de carbono ▪ São líquidos à temperatura ambiente • Ex: óleo de soja, milho, girassol Ácido linoléico ÁCIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS Estruturaquímicados ácidos graxos da família ômega. ÁCIDOS GRAXOS ω3 e ω6 Os carbonos dos ácidos graxos são numerados à partir da extremidade do grupamento metil (carbono ω) Síntese do ácido graxo aracdônico e do EPA e DHA através dos ácidos graxos essenciais linoleico e linolênico Ácidos graxos ω6: • Ácido linoléico (C18:3) • Ácido aracdônico(C20:4) ▪ ↑ ingestão dos ω6 - produz eicosanóides inflamatórios e cancerígenos (prostaglandinas, leucotrienos, tromboxanos, prostaciclinas e lipoxinas) ▪ Eicosanóides - mensageiros químicos que desempenham importante papel nas respostas inflamatórias e imunológicas, que incluem dor, inchaço, retenção hídrica, transmissão nervosa, respostas alérgicas, produção de esteróides e síntese de hormônios: ▪ ↑ risco de câncer, doenças cardíacas, vasoconstrição, aumento da PA, elevação dos TG, artrite e outras doenças inflamatórias. O excesso de substâncias pró inflamatórias, estimuladas pelo consumo excessivo de ácidos graxos ômega 6, age sobre os receptores de insulina e diminuem sua responsividade. Este quadro pode levar à resistência à insulina e sua evolução pode gerar um quadro de síndrome metabólica e diabetes. O ácido graxo ω6 produz eicosanóides pró inflamatórios, que em quantidades adequadas são essenciais para a proteção do organismo, mas em excesso, podem alterar a homeostase do mesmo. O ácido graxo ω3 produz eicosanóides antiinflamatórios, inibindo respostasde inflamação celular; Os ω3 são antiinflamatórios, antitrombóticos e reduzem os lipídios plasmáticos, tendo propriedades vasodilatadora. Doenças degenerativas (diabete, artrite e o câncer) estão relacionadas, em parte, à desproporção da concentração do ácido ômega-6 e ômega-3 na alimentação: uma grande concentração de ômega-6 e uma escassez de ômega-3 É consenso científico de que é necessário reduzir a quantidade de ω6 das dietas e aumentar a concentração de ω3. Os ácidos graxos da família ômega 3 são: • Ácido α-linolênico (C18:3) • Ácido Eicosapentanóico – EPA (C20:5) • Ácido Docosahexanóico – DHA (C22:6) Alguns PUFA ω3 qto outros PUFA ω6 são produzidos apenas pelas plantas, não podendo ser sintetizados pelos organismos animal e humano – ác gx essenciais – devem ser consumidos na dieta. Ácidos graxos essenciais: ▪ Ácido linoléico (ω6) ▪ Ácido linolênico (ω3) • EPA e DHA – são encontrados em peixes de águas frias e a sua conc depende da composição do fitoplâncton local. Fontes de ômega-3 •Ácido linolênico - sementes de linhaça dourada e alguns óleos de origem vegetal (linhaça e canola) e gérmen de trigo. ▪Provoca alterações estruturais e funcionais na membrana fosfolipídica: •Aumento da fluidez da membrana celular - > mobilidade de prot, favorecendo o transporte de substratos entre o meio intra e extracelular. ▪Tromboxano A2 – agente vasoconstritor e agregante plaquetário : • Nas plaquetas, o EPA compete c/ o acido araquidônico inibindo a formação de tromboxano A2. • Menor formação de tromboxano A2 – diminuição da agregação plaquetária – impedindo a formação de coágulos (causa de infartos do miocárdio) e a formação de trombos e aterosclerose. ω3 - BENEFÍCIOS À SAÚDE ▪ Produz eicosanóides antiinflamatórios, inibindo respostas de inflamação celular; ▪↑ consumo de ω3 - ↓ PA (efeito hipotensivo) • A intensidade da redução depende: •do grau de hipertensão – mais eficaz na HA sistêmica leve; •do nível de ingestão de sódio; •da dosagem de ω3 administrada (particularmente DHA); • da atividade vasodilatadora do ω3 ▪ Redução dos níveis de triglicerídios plasmáticos: •Por inibição da secreção hepática de VLDL e por diminuição da atividade de várias enzimas hepáticas responsáveis pela síntese dos TG. ▪↓ da viscosidade do sg: • Facilita a microcirculação e possibilita > oxigenação dos tecidos. ω3 - BENEFÍCIOS À SAÚDE ω3 - BENEFÍCIOS À SAÚDE RESUMINDO: Efeitos benéficos: menor risco de DCV (doença cardiovascular): • Inibe agregação plaquetária, impedindo a formação de coágulos (anticoagulante); • Atividade vasodilatadora; • Atividade anti-inflamatória; • Diminui a PA; • Diminui TG e colesterol. Regulamentação da ANVISA (2008): ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3 Alegação “O consumo de ácidos graxos ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos Esta alegação somente deve ser utilizada para os ácidos graxos Omega 3 de cadeia longa provenientes de óleos de peixe (EPA - ácido eicosapentaenóico e DHA – ácido docosahexaenóico). O produto deve apresentar no mínimo 0,1g de EPA e ou DHA na porção ou em 100g ou 100ml do produto pronto para o consumo, caso a porção seja superior a 100g ou 100ml. Os processos devem apresentar laudo de análise, utilizando metodologia reconhecida, com o teor dos contaminantes inorgânicos em ppm: Mercúrio, Chumbo, Cádmio e Arsênio. Utilizar como referência o Decreto nº 55871/65, categoria de outros alimentos. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. A tabela de informação nutricional deve conter os três tipos de gorduras: saturadas, monoinsaturadas e poliinsaturadas, discriminando abaixo das poliinsaturadas o conteúdo de ômega 3 (EPA e DHA). No rótulo do produto deve ser incluída a advertência em destaque e em negrito: “Pessoas que apresentem doenças ou alterações fisiológicas, mulheres grávidas ou amamentando (nutrizes) deverão consultar o médico antes de usar o produto”. ▪ O Instituto de Medicina dos EUA estabeleceu uma Al (Adequade Intake), de: ▪ 1,6g de ácidos graxos ômega 3 para homens/dia e; ▪ 1,1g para mulheres/dia e; ▪ de 17g de ômega 6 para homens/dia e; ▪ 12 g para mulheres/dia. ▪A Comissão Européia recomenda: 2g/dia de ômega 3 do tipo alfa- linolênico e mais 200mg de ácidos graxos ômega 3 de cadeia muito longa (EPA e DHA). As recomendações internacionais se baseiam em uma proporção de ácidos graxos ômega 6/ômega 3 desde 5:1 até 10:1. Conteúdo em ômega-3 (em g) de peixes, moluscos e crustáceos (por porção de 100 gramas ) Salmão do Atlântico, cozido 1.8 Biqueirão Europeu, enlatado em óleo, escorrido 1.7 Sardinha do Pacífico, enlatada com molho de tomate, escorrida, com espinhas 1.4 Arenque do Atlântico, em vinagre 1.2 Sarda do Atlântico, cozida 1.0 Truta arco-íris, cozida 1.0 Imperador, cozido 0.7 Atum branco, enlatado em água, escorrido 0.7 Arinca do Atlântico, cozido 0.5 Peixes chatos (solha e linguado), cozidos 0.4 Alabote do Atlântico e do Pacífico, cozido 0.4 “Tipo bacalhau” (Haddock), cozido 0.2 Bacalhau do Atlântico, cozido 0.1 Mexilhões azuis, cozidos ao vapor 0.7 Ostras ao Natural, cozidas 0.5 Vieiras, diversas espécies, cozidas 0.3 Amêijoas, diversas espécies, cozidos em água 0.2 Camarões, diversas espécies, cozidos em água 0.3 Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) Conteúdo de ômega 3 em peixes (g de Ômega3 /100g de peixe) ÁCIDOS GRAXOS TRANS • São sintetizados durante o processo de hidrogenação dos óleos vegetais na produção de margarinas e de gordura vegetal hidrogenada. • Pela semelhança estrutural com a gordura saturada, a gordura trans também provoca hipercolesterolemia. Gorduras hidrogenadas: • Os óleos são líquidos e contém ácidos graxos insaturados. • A hidrogenação transforma óleos em compostos semi-sólidos: •Reduz as ligações duplas dos ácidos graxos insaturados para ligações simples, para que os átomos de H possam fixar-se aos carbonos ao longo da cadeia. • A hidrogenação cria uma gordura mais resistente, pois o acréscimo de hidrogênio eleva a temperatura de fusão do lipídio. • O óleo hidrogenado se comporta como uma gordura saturada. ÁCIDOS GRAXOS TRANS As gorduras trans podem ser formadas por um processo de hidrogenação natural (ocorrido no rúmen de animais) ou industrial. A gordura trans confere ponto de fusão mais elevados aos óleos vegetais e maior estabilidade à oxidação Ponto de fusão: Ácido oléico = 13º C Ácido esteárico = 44º C Ácido elaídico = 72º C Risco para saúde nos ácidos graxos trans •A manteiga e a margarina não podem ser diferenciadas pelo conteúdo calórico, mas sim pela composição dos seus ácidos graxos; •Manteiga – 55% de ácidos graxos saturados, que elevam drasticamente o colesterol LDL; •Margarina – 26% de ácidos graxos saturados. MANTEIGA versus MARGARINA MANTEIGA versus MARGARINA Risco para saúde nos ácidos graxos trans Manteiga: derivada do leite, obtida por meio do batimento do creme de leite, rica em gorduras saturadas e colesterol. Margarina: obtida por meio da hidrogenação de óleos vegetais (ricos em gorduras insaturadas). Hidrogenação - processo onde as moléculas de H são incorporadas às moléculas de gordura artificialmente, a uma temperatura bastante elevada, transformando a gordura insaturada em parcialmente saturada. Durante a hidrogenação, as altas temperaturas transformam as moléculas de gordura em gorduras trans e gordurassaturadas. Processamento industrial da margarina e de algumas outras gorduras vegetais hidrogenadas: 17 a 25% dos ácidos graxos da margarina são trans ➢O óleo insaturado de soja, milho ou girassol torna-se parcialmente hidrogenado (saturado), o que reorganiza a estrutura química do óleo original, transformando-o em um lipídio que não é encontrado na natureza. ➢O óleo inicialmente líquido (insaturado) torna-se sólido (saturado), porém não tão duro como a manteiga. ➢Processo de hidrogenação - o átomo de H ao longo da cadeia reestruturada se desloca de sua posição de ocorrência natural (posição cis) para o lado oposto da ligação entre dois átomos de carbono (posição trans). Margarina Não contém colesterol Manteiga Contém 262 mg de colesterol/100g Comparação entre os teores de colesterol, gordura saturada e insaturada da manteiga e da margarina. Manteiga versus Margarina Efeitos deletérios para a saúde dos ácidos graxos trans da margarina através de seus efeitos adversos sobre as lipoproteínas séricas. Uma dieta rica em margarina e gordura vegetal hidrogenada eleva a concentração de colesterol LDL quase no mesmo grau de uma dieta rica em ácidos graxos saturados. Diferentemente das gorduras saturadas, os óleos hidrogenados reduzem também a concentração do colesterol benéfico HDL. Então: Ac gx saturados ↑ LDL e não alteram o HDL Ac gx trans ↑ LDL e ↓HDL Portanto, Os ácidos graxos trans presentes na margarina impõem aos indivíduos um maior risco de cardiopatia Estudos recentes: mulheres cujos corpos contêm altos níveis de ácidos graxos trans (análises feitas a partir de minúsculas amostras de gordura retiradas das nádegas) têm uma probabilidade 40% maior que aquelas com os níveis mais baixos de desenvolver câncer de mama. Ácidos graxos essenciais PUFA:polyunsatured fat acidQuem são: • Ácido linolênico – ω-3 (18:3 n-3) • Ácido linoleico – ω-6 (18:2 n-6) • 18 carbonos, 2 insaturações (PUFA), 1ª insaturação no carbono 6 • Ácido aracdônico - ω-6 (20:4 n-6) • é sintetizado a partir do ácido linoleico, e se torna essencial se a dieta for deficiente em ácido linoleico. http://images.google.com.br/images?svnum=10&hl=pt-BR&client=firefox-a&channel=s&rls=org.mozilla:pt-BR:official&sa=X&oi=spell&resnum=0&ct=result&cd=1&q=polyunsatured&spell=1 http://images.google.com.br/images?svnum=10&hl=pt-BR&client=firefox-a&channel=s&rls=org.mozilla:pt-BR:official&sa=X&oi=spell&resnum=0&ct=result&cd=1&q=polyunsatured&spell=1 Quais as diferenças nos lipídeos de fontes animais e vegetais? Exceção São ricas em ácidos graxos saturados, exceto o peixe. Lipídeos de Origem Animal São Fornecem o fitosterol São ricos em ácidos graxos insaturados (mono e poli) Lipídeos de origem vegetal ÓLEOS E GORDURAS Gorduras: •Sólidas à temperatura ambiente; •Contém uma proporção mais elevada de ácidos graxos saturados; •Fontes: animal ( na maioria das vezes). Óleos: •São líquidos à temperatura ambiente; •Contêm mais ácidos graxos insaturados do que as gorduras; •Fontes: vegetal •Exceção: óleo de coco, óleo de palma, azeite de dendê. TIPOS DE ÓLEOS E GORDURAS: •Óleo vegetal: de milho, de soja, de canola, de girassol. •Azeite: óleo extraído de olivas •Azeite Virgem: obtido do fruto da oliveira apenas por processos mecânicos ou outros meios físicos. •Azeite Refinado: obtido pelo refino do azeite de oliva. Ocorre redução de coloração, sabor, aroma, em relação ao azeite virgem. •Azeite de oliva: mistura de azeite de oliva refinado e azeite virgem. •Margarina: atualmente é feita com óleos vegetais hidrogenados. Para que seja utilizado o termo margarina, o produto deve conter gordura de origem vegetal e obrigatoriamente gordura láctea a um teor máximo de 3%, leite, soro de leite e aditivos. ▪Quantidade de gordura varia – 35% a 80% ▪Quantidade < que 35% = margarina light •Creme vegetal: diferencia-se da margarina por não conter gordura Láctea. •Manteiga: produto derivado do leite e obtido por meio do batimento do creme de leite (nata). •Banha: gordura proveniente dos tecidos gordurosos do suíno. •Toucinho: é o tecido gorduroso do porco com o respectivo couro. •Bacon: trata-se do tecido gorduroso salgado e defumado, retirado do porco, juntamente com o couro, porém entremeado com carne. Dieta prudente: •Limitar a ingestão de ácidos graxos saturados para menos de 10% das calorias totais; •Limitar lipídios totais para menos de 30% das calorias totais. •Evitar a ingestão de ácidos graxos trans. Fosfolipídios • O Fosfolipídio mais conhecido é a lecitina • Os ácidos graxos tornam os fosfolipídios lipossolúveis • O grupo fosfato permite sua dissolução em água Tal versatilidade possibilita o uso de fosfolipídios como emulsificantes pela indústria de alimentos para misturar gordura com água em produtos como maionese e doces que contém chocolate Fontes de alimentos mais ricas em lecitina: ovos, fígado, soja, gérmen de trigo e amendoim. Função dos Fosfolipídios A lecitina e outros fosfolipídios são constituintes de membranas celulares Fosfolipídios (FL): • Solúveis tanto em água quanto em gorduras. • Devido a essa característica os FL podem ajudar os lipídios a se mover através dos fluidos aquosos • Permitem que substâncias lipossolúveis (vitaminas e hormônios) fluam livremente pelas células e sangue • Também agem como emulsificantes no corpo, ajudando a manter as gorduras em suspensão no sangue e nos fluidos corporais. Alerta: A lecitina periodicamente é motivo de notícia na imprensa popular. Seus fãs afirmam que: • ela é um dos principais constituintes de membranas celulares (verdadeiro); • que todas as células dependem da integridade de suas membranas (verdadeiro); • e que, por isso, os consumidores devem tomar suplemento de lecitina (falso). Porém: ❖ O fígado produz “do zero” toda a lecitina que uma pessoa necessita; ❖ Lecitina ingerida – a enzima digestiva lecitinase no intestina hidrolisa a maior parte dela antes de ser absorvida, de modo que quase nenhuma lecitina atinge os tecidos em sua forma intacta; ❖ As lecitinas não são nutrientes essenciais e, assim como os demais lipídios, contribuem com 9 kcal/g ❖ Altas doses de lecitina podem causar distúrbios GI, suor e perda de apetite Esteróis O esterol mais famoso é o colesterol Esteróis nos alimentos – os alimentos tanto vegetais como animais contêm esteróis, mas somente os de origem animal contêm colesterol. Funções dos esteróis – muitos compostos vitais são esteróis, tais como: • os ácidos biliares; • os hormônios sexuais (como a testosterona); • os hormônios adrenais (como o cortisol); • a vitamina D; • e o próprio colesterol. Colesterol Colesterol • ácidos biliares; • hormônios sexuais; • hormônios adrenais; • vitamina D; Esses depósitos levam à aterosclerose, uma doença que causa ataques cardíacos e AVC
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