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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Disciplina: Histologia I e Embriologia Aluna: Vitória Carreiro de França Teixeira Curso: Biomedicina Atividade avaliativa individual – Valor: 1,0 ________________________________________________________________________________ Questionário – Tecido Nervoso (0,5) 1) Quais são as funções do tecido nervoso? As funções fundamentais do sistema nervoso são: detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais representados por calor, luz, energia mecânica e modificações químicas do ambiente externo e interno; organizar e coordenar, direta ou indiretamente, o funcionamento de quase todas as funções do organismo, entre as quais as funções motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas. Assim, o sistema nervoso estabiliza as condições intrínsecas do organismo, como pressão sanguínea, tensão de O2 e de CO2, teor de glicose, de hormônios e pH do sangue, e participa dos padrões de comportamento, como os relacionados com a alimentação, reprodução, defesa e interação com outros seres vivos. 2) Descreva as células do tecido nervoso quanto à sua morfologia, função e localização. De acordo com sua morfologia, os neurônios podem ser classificados nos seguintes tipos: • Neurônios unipolares, que apresentam apenas um prolongamento. • Neurônios multipolares, que apresentam mais de dois prolongamentos celulares • Neurônios bipolares, que têm um dendrito e um axônio • Neurônios pseudounipolares, que apresentam, próximo ao corpo celular, prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o sistema nervoso central. Os neurônios podem ainda ser classificados segundo sua função. Os neurônios motores controlam órgãos efetores, tais como glândulas exócrinas e endócrinas e fibras musculares. Os neurônios sensoriais recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo. Os interneurônios estabelecem conexões entre outros neurônios, formando circuitos complexos. No SNC os corpos celulares dos neurônios, localizam-se somente na substância cinzenta. A substância branca não apresenta pericários, mas apenas prolongamentos deles. No SNP os pericários são encontrados em gânglios e em alguns órgãos sensoriais, como a mucosa olfatória. As células da neuróglia são: → Astrócitos: fazem sustentação e aporte nutricional (pés vasculares) Os astrócitos são células de forma estrelada com múltiplos processos irradiando do corpo celular. Fibroso >>> subst. branca (Prolongamentos delgados e longos, menos numerosos) Protoplasmático >>> subst. cinzenta (Prolongamentos grossos e curtos, mais numerosos) → Oligodentrócitos: formam a bainha de mielina no SNC Formação da bainha de mielina >>> subst. branca Células satélites ao redor do pericário >>> subst. cinzenta → Micróglia: Sistema Mononuclear Fagocitário As células da micróglia são pequenas e alongadas, com prolongamentos curtos e irregulares. → Células ependimárias: Revestimento no SNC As células ependimárias são células epiteliais colunares, e em alguns lugares são ciliadas. → Células de Schwann: Forma a bainha de mielina no SNP 3) Como são formadas as fibras nervosas? As fibras nervosas são constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias, e podem ser mielínicas ou amielínicas, no SNP. Fibras Nervosas Mielínicas: a membrana plasmática da Célula de Schwann se enrola em volta do axônio, dando origem à mielina, assim, a mielina é constituída por diversas camadas de membrana celular modificada, com proporção de lipídeos maior do que o normal. Fibras Nervosas Amielínicas: nesse caso não ocorre o enrolamento em espiral, mas uma única Célula de Schwann envolve várias fibras nervosas. 4) O que são e onde são encontrados os gânglios nervosos? São agregações de corpos celulares encontrados fora do SNC. 5) Como se dá a transmissão do impulso nervoso? Inicialmente, a célula está em estado de repouso, onde o neurônio se encontra polarizado, com o seu interior polarizado negativamente. Com a repolarização da membrana, há o aumento de permeabilidade da membrana pelo K+ e, consequentemente, a saída deste no axônio. Assim, o interior do axônio se torna positivo em relação ao meio extracelular, originando o potencial de ação ou impulso nervoso. Quando o potencial de membrana chega à terminação do axônio, promove a extrusão de neurotransmissores, que estimulam ou inibem outros neurônios ou células não neurais, como as células musculares e as de determinadas glândulas. As bombas de Na+ e K+ restabelecem as concentrações de Na+ e K+ dentro e fora do axônio após a passagem do impulso, por transporte ativo. ________________________________________________________________________________ Questionário – Tecido Muscular (0,5) 1) Compare os diferentes tipos de tecido muscular quanto à morfologia, função e capacidade de regeneração. O músculo estriado esquelético possui células multinucleadas de núcleo periférico, cilíndricas e com feixes largos, suas fibras possuem estrias, são ricas em miofibrilas; contração forte, rápida, descontínua e voluntária; não se regenera, quando há lesão forma-se cicatriz (conjuntivo). O músculo estriado cardíaco possui células com 1 ou 2 núcleos centrais em cada fibra, tem conexão entre as fibras (discos intercalares) e suas fibras possuem estrias; contração forte, rápida, contínua e involuntária; tem uma pequena capacidade de regeneração. O músculo liso contém células fusiformes, não há fibras nem estrias; compõe a maioria dos órgãos viscerais; contração fraca, lenta e involuntária; apresenta uma resposta regenerativa mais eficiente. 2) Por que as células do músculo esquelético e do músculo cardíaco aparecem estriadas ao microscópio? A estriação da miofibrila se deve à repetição de unidades iguais, os sarcômeros (conjunto de bandas e linhas), gerando alternância de faixas claras e escuras, devido à diferença de espessura dos filamentos que compõem a miofibrila (filamentos finos – actina e filamentos grossos – miosina). 3) Como se dá a contração muscular? A contração muscular se inicia pela combinação de 2ª com a subunidade TnC da troponina, o que expõe o local ativo da actina que se combina com a miosina. Na etapa seguinte, a cabeça da miosina liga-se à actina e o ATP se decompõe em ADP e energia, produzindo o movimento da cabeça da miosina. Em consequência dessa modificação da miosina, o filamento fino desliza sobre o filamento grosso. Esse processo, que se repete muitas vezes durante um ciclo de contração, leva a uma sobreposição completa dos filamentos de actina e miosina e ao encurtamento da fibra muscular.
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