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Uso de Crack em Gestantes e seus Efeitos

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USO DO CRACK EM GESTANTES: efeitos psicológicos e fisiológicos nos recém-nascidos
Introdução
O uso de drogas é algo existente em nossa sociedade, uma vez que a substância ingerida alivia dores e sofrimentos de diversas naturezas e produzem efeitos estimulantes. Porém o uso das drogas pode causar prejuízos econômicos, sociais, familiar e de saúde. Umas das drogas que tem o consumo mais elevado mundialmente nos últimos anos, em destaque no Brasil é o “Crack”. Trata- se de uma droga psicotrópica, ilícita e estimulante do sistema nervoso central (SNC). Tem esse nome devido ao barulho que faz ao ser queimada. O uso de drogas ilícitas na gravidez sempre foi uma questão difícil de abordar e que pouco se é discutido, trata-se de um problema de saúde pública, uma vez que as gestantes precisam de acompanhamentos médicos inclusive em estado de dependência. A sociedade atual vem sofrendo bastante com o aumento de consumo de drogas, que por sua vez atinge milhares de pessoas, inclusive mulheres grávidas, onde não atinge somente uma vida, atinge duas ou três (se for gêmeos, por exemplo), tendo várias consequências. O aborto é um exemplo deles, má formação da gestação, complicações na hora do parto, entre outras tantas sequelas deixadas por uso excessivo de crack. As gestantes usuárias que procuram as unidades básicas de saúde têm o devido atendimento e assistência pré-natal, porém muitas delas não buscam esses órgãos e acaba prejudicando ainda mais sua saúde e a saúde do seu bebê.
O perfil dessas usuárias na maioria das vezes são os mesmos, que são mulheres com um nível socioeconômico baixo, negras, entre idade média de 25 anos, com uma família com histórico de antecedentes, o que por muita das vezes deixam essas mulheres, a mercê da sociedade e do poder público.
 No Brasil, há um lugar com o nome denominado Cracolândia (crack+lândia = terra do crack) é uma área do centro da cidade de São Paulo, na proximidade da Avenida Duque de Caxias. É um lugar que ficou bastante conhecido pelo grande número de moradores que fazem o uso e tráfico de drogas, principalmente o Crack. Lá mora várias pessoas que fazem o uso ilícito do crack, inclusive um grande número de grávidas. 
 A situação lá é bastante triste e precária, pelo menos dois recém-nascidos são encaminhados, por semana, para a Vara Central da Infância e da Juventude em São Paulo, os bebês das usuárias nascem doentes, muitas vezes nascem com sífilis presumida, quando existe a possibilidade de a doença não se desenvolver mais tarde, muitas das vezes os bebes são abandonados pelas próprias mães. 
o uso do crack por gestantes, pode acarretar em várias consequências, por muita das vezes irreversíveis, como: abortos espontâneos, má formação do feto e problemas futuros como transtornos mentais, entre outros problemas. 
 CONCEITO DO CRACK
 O crack resulta de uma mistura da pasta-base de cocaína refinada com bicarbonato de sódio e água. Muitas vezes a mistura é falsificada com o acréscimo de cimento, cal, querosene e acetona, para aumentar o seu volume. Quando aquecida, a mistura separa as substâncias líquidas das sólidas. As substâncias líquidas são então descartadas e as sólidas são convertidas na “pedra de crack” que, com a utilização de um cachimbo, é então fumada e absorvida pelo corpo em quase 100% do total ingerido. 
Ele vem em pequenas pedras na cor marrom claro ou branco sujo e confere uma viagem alucinógena mais forte que a cocaína e, por tal motivo, é tido como bem mais viciante. O crack é a forma livre de cocaína.
 O consumo do Crack é algo recente no Brasil, surgido apenas há 20 anos. As maiorias dos usuários do Crack são adolescentes, adultos e também idosos. O consumo da droga coloca essas pessoas em inúmeras situações de risco tais como: doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, atos de violência, roubos e o tráfico de drogas.
Epidemiologia do crack
A difusão mundial do crack está associada, desde a década de 1960, a vários fatores: aumento da produção e suprimento de cocaína, em decorrência de melhores técnicas de refinamento que culminaram com o declínio dos custos de produção; falta de algumas drogas no mercado por conta de ações repressivas; aumento no consumo global; e expansão de mercados associado à crença de que o crack é uma droga benigna e que não gera dependência.
 No Brasil, os dados indicam que o crack começou a se disseminar a partir de 1989, alastrando-se em duas décadas em diversos segmentos sociais. 
Estatísticas de 2010 demonstraram maior prevalência do uso de cocaína na América do Norte (1,6%), no Centro e Oeste da Europa (1,3%) e na Oceania (1,5 a 1,9%). Pesquisas apontam para expansão do mercado de cocaína, especialmente do crack, em alguns países da América do Sul. A prevalência do consumo na América do Sul, América Central e Caribe permanece elevada (entre 0,5 e 0,7%). No Brasil, as apreensões federais da droga triplicaram desde 2004, chegando a 27 toneladas em 2010, o que pode refletir o papel do País como de passagem da cocaína contrabandeada via Oceano Atlântico. Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), 22,8% da população pesquisada já fez uso de drogas ilícitas durante toda a sua vida. Em pesquisa semelhante, realizada em 2004 nos Estados Unidos da América, a porcentagem atingiu 45,4% e, no Chile, 17,1%.
No Brasil, há predomínio de uso de crack entre jovens do sexo masculino, de baixa renda, e entre usuários de múltiplas drogas ou substâncias psicoativas. Estudos demonstraram que a diferença entre os gêneros apresenta tendência de declínio. Apesar da escassez de informações, observa-se aumento do consumo entre mulheres. A verdadeira prevalência de drogas ilícitas na gestação é difícil de determinar, pois as gestantes geralmente omitem essa informação e outros fatores de risco se sobrepõem, tais como: uso concomitante de várias drogas, baixo nível socioeconômico, dificuldade de acesso aos serviços de saúde, atendimento pré-natal precário, baixa escolaridade materna e famílias grandes.
Efeitos da via do uso do crack em gestantes
Por conta do uso do crack a grávida acaba gerando vários efeitos a ela e ao bebê que está em seu ventre, por exemplo quando a mãe faz o uso da droga o feto recebe parte do alucinógeno, fazendo com que o bebê quando nascer sinta falta de receber o efeito da droga e refletir diretamente no comportamento do mesmo, como choro quase que inconsolável, agitação, convulsão ,afeta também o peso, os órgãos ,e acaba que não nasce tão saudável quanto as crianças que são geradas por mães que não fazem uso de drogas ou álcool e cuidam da saúde. Já para as gestantes, podem sofrer aborto, pré-eclâmpsia, pode antecipar o parto ou prolongar a gravidez, entre tantas outras consequências.
Muitas das gestantes que fazem uso de drogas são moradoras de rua pelo fato de que foram expulsas de casa por sua família ,ou até mesmo perdeu tudo que tinha para comprar drogas ,sendo assim não possuem total higiene(sendo todo dia, pelo menos uma vez ao dia), não tem uma alimentação adequada, acaba assim ficando mais vulnerável a várias doenças, prejudicando também ao bebê.
Sistema Nervoso Central e o Uso do crack nas gestantes
O crack atua diretamente no sistema nervoso central, a fumaça pode chegar no cérebro em torno de 5 a 8 segundos, ela se liga ao mesmo produzindo dopamina(substância que produz o prazer e o bem-estar) também levando apenas alguns segundos para passar, porém deixa danos em várias parte do corpo humano, em gestantes, não apenas prejudicando a mãe usuária ,mas também o feto, que também é atingido pela substância, atinge cérebro do bebê
Sistema respiratório
 O crack, como outras drogas, é inalado, e em fração de segundos está nos pulmões e no SNC, ocasionando futuramente tanto a dependência, já que é absorvido em poucos segundos e precisará de mais doses, quanto problemas físicos, principalmente no sistema respiratório, dependendo das doses e do tempo de uso.
 De modo que, o pulmão é um dos primeiros a ter contato com o crack, constantemente consegue-seobservar disfunções pulmonares, muitas vezes irreversíveis, doenças como a pneumonia, insuficiência respiratória, tuberculose,(que pode levar o contágio a outros dependentes) são os mais comuns, e até problemas cardíacos, acarretando em morte súbita.
Sistema digestivo 
No sistema digestivo, o uso do crack, pode gerar vários problemas, a droga tem o poder de inibir a fome, e o sujeito torna-se refém e seu organismo trabalha em prol da mesma, tornando-se com algumas características físicas, como o emagrecimento, o sujeito não dorme, vive só para aquilo.
Outras avarias tendem a acontecer, de maneira mais severas, complicações gastrointestinais como perfuração intestinal, colite isquêmica, o que pode tornar fatal, com o uso frequentemente, torna-se um caso de saúde pública, cuidar desses dependentes químicos, e amenizar o sofrimento, físico e consequentemente sua saúde mental.
Efeitos e consequências do crack na gestação e no parto 
o crack quando consumido durante a gestação, chega a corrente sanguínea aumentando o risco de complicações tanto para a mãe quanto para o bebê. Para a gestante aumenta o risco de deslocamento prematuro de placenta, aborto espontâneo e redução da oxigenação uterina. Para o bebê o crack pode reduzir a velocidade de crescimento fetal, o peso e o perímetro cefálico (diâmetro da cabeça) no nascimento. Há ainda riscos de má-formação congênita, maior risco de morte súbita da infância, alterações do comportamento e atraso do desenvolvimento. O crack também passa pelo leite materno. Assim, a amamentação não é recomendada enquanto a mulher continuar a fazer uso da droga. 
Após o nascimento pode haver dificuldade para o ganho de peso, aumento da incidência de apneia do sono e síndrome da morte súbita infantil. A droga suprime o apetite materno, o que contribui para a deficiente nutrição e deprime os depósitos de gordura fetais, diminuindo a massa corporal. Os prejuízos ocorrem com maior frequência nas funções cognitivas. Estudos com crianças na faixa etária de dois a sete anos demonstram problemas para a manutenção da atenção. Há relatos de deficiência mental leve e prejuízos da memória e do aprendizado, com maior deficiência ou retardo do desenvolvimento cognitivo em crianças de até dois anos. As alterações cognitivas foram mais evidentes entre as gestantes que fizeram uso combinado de álcool associado a outras drogas.
Os usuários de crack têm altas taxas de desnutrição, habitação instável, desemprego, pobreza e envolvimento criminal, além de alta incidência de problemas de saúde mental, como baixa autoestima, automutilação e/ou tentativas de autoextermínio, transtornos alimentares, transtorno do estresse pós-traumático e violência doméstica e sexual.
JUSTIFICATIVA 
A discursão sobre o uso do crack em gestantes nos traz uma visão de como a uso da droga está presente na vida dessas pessoas e de como ela afeta o seu estado físico e mental, apresentando complicações na gestação e nos recém-nascidos que muitas vezes apresentam sequelas como efeitos das dependentes. É muito comum vermos um alto índice do uso do crack, quanto de outras drogas. Neste artigo mostra que existe um alto índice de mulheres, principalmente grávidas, que com o passar do tempo fazendo o uso das drogas, o efeito traz problemas gigantescos, irreversíveis, tanto na vida da mãe, quanto na vida do bebê.
O Brasil é um dos países que mais consomem crack, entre os usuários estão as mulheres gestante, que por conta do seu vício prejudica não somente sua saúde, mas a saúde do ser que está sendo gerado ali. As consequências resultadas pelo uso da droga podem não ser apresentadas quando o bebê nascer, porém até mesmo pela amamentação afeta o bebê, causando ainda mais problemas para essa criança futuramente.
O estudo é importante para a ciência, para que a todo momento, se possa pensar em mecanismos e estratégias, que venham amenizar o uso, as crises de abstinência e que as terapias possam ser mais eficazes e menos dolorosas para usuários de qualquer tipo de droga, em especial o CRACK, o qual foi abordado neste artigo, que acaba causando sequelas sociais, físicas e psicológicas, por muitas das vezes irreversíveis, desta forma, ciência, poder público e outros órgãos competentes devem trabalhar cada vez mais em conjunto para diminuir os danos que tal prática acarreta.
OBJETIVO 
O presente artigo tem por objetivo mostrar o índice de gestantes usuárias de Crack no Brasil e em outros países, os efeitos causados durante e após o período que a mesma faz o uso da droga e suas consequências pós e durante a gravidez.
Humeniuk R, Poznyak V. Intervenção Breve para o abuso de substâncias: guia para uso na atenção primária à saúde. São Paulo: OMS; 2004
Duarte P, Stempliuk V, Barroso L. Relatório brasileiro sobre drogas. Brasília: Secretaria Nacional Sobre Drogas; 2009.
. Duailibi LB, Ribeiro M, Laranjeira R. Profile of cocaine and crack users in Brazil. Cad Saúde Pública. 2008;24(Suppl 4):S545-57
http://ref.scielo.org/fqqm7k
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TERRA FILHO, Mário et al. Alterações pulmonares em usuários de cocaína. São Paulo Med. J. , São Paulo, v. 122, n. 1, p. 26-31, fevereiro de 2004. Disponível em 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&lng=pt&tlng=pt&pid=S0104-11692013000601193
https://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0228.pdf
https://opas.org.br/dependencia-e-efeitos-do-crack/
 Yamaguchi ET, Cardoso MMSC, Torres MLA, Andrade AG. Drogas de abuso e gravidez. Rev Psiquiatr Clín 2008; 35(Supl 1):44-7.

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