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Ananda Cabral Pancreatite · Doenças que afetam o pâncreas podem ser a origem de significativa morbidez e mortalidade. A localização retroperitoneal do pâncreas e a natureza geralmente imprecisa de sinais e sintomas associados à sua lesão ou disfunção permitem que muitas doenças pancreáticas progridam sem serem diagnosticadas por longos períodos. · O pâncreas é um órgão retroperitoneal transversalmente orientado que se estende da alça em “C” do duodeno até o hilo do baço. Embora o pâncreas não tenha subdivisões anatômicas bem definidas, vasos adjacentes e ligamentos servem para definir o órgão como tendo cabeça, corpo e cauda. · A porção endócrina constitui apenas 1-2% e é composta por cerca de um milhão de aglomerações de células, as ilhotas de Langerhans, essas células secretam insulina, glucagon e somatostatina; · O pâncreas exócrino é composto por células acinares, que produzem as enzimas digestivas, e por dúctulos e ductos que as transportam até o duodeno para que sejam ativadas; · Os distúrbios inflamatórios do pâncreas variam quanto à gravidade — de doenças moderadas autolimitadas a processos amplamente destrutivos que representam risco de morte; · Na pancreatite aguda, a função pode voltar ao normal se a causa subjacente da inflamação for removida; · A pancreatite crônica, é definida pela destruição irreversível do parênquima pancreático exócrino; Pancreatite aguda · A pancreatite aguda é um distúrbio inflamatório reversível que varia quanto à gravidade: de edema focal e esteatonecrose a necrose hemorrágica parenquimatosa difusa; · Inflamação do parênquima pancreático. · Podendo levar o acometimento de estruturas adjacentes. · Necrotizante (20% dos casos): algumas partes do pâncreas podem morrer e os líquidos orgânicos podem vazar para dentro da cavidade abdominal, o que reduz o volume de sangue e resulta em uma queda acentuada da pressão arterial, possivelmente causando choque e insuficiência de órgãos. · Edematosa (80% dos casos): Causas@nandassilva_ · Cálculos biliares, geralmente compostos de Colesterol com outras substâncias variadas, como sais de cálcio, sais biliares, proteínas e fosfolipídeos (litíase biliar ou “pedra na vesícula”: obstrução do canal pancreático; · Alcoolismo crônico: lesão direta do álcool ou de metabólitos; · Hiperlipidemia: possivelmente pelos efeitos tóxicos de AG livres sobre a célula pancreática; · Pessoas com fibrose cística ou que possuem os genes da doença têm maior risco de desenvolver tanto a pancreatite aguda como a pancreatite crônica.O ducto colédoco (antigamente chamado de ducto biliar comum) é um ducto que transporta a bile. A bile, que é sintetizada no fígado, é carregada para os ductos hepáticos esquerdo e direito, que convergem e formam o ducto hepático comum. Neste ducto a bile pode ou entrar na porção superior do ducto biliar comum e desaguar no duodeno, ou entrar no ducto cístico para ser armazenada na vesícula biliar. · Os cálculos biliares causam aproximadamente 40% dos casos de pancreatite aguda. Os cálculos biliares são depósitos de material sólido na vesícula biliar; · Esses cálculos às vezes se movem para dentro do duto que a vesícula biliar compartilha com o pâncreas (chamado de duto colédoco) e causam a sua obstrução, levando à hiperpressão intraductal; · O pâncreas secreta suco pancreático através do duto pancreático na primeira parte do intestino delgado (duodeno); · Esse suco pancreático contém enzimas digestivas que ajudam a digerir os alimentos. Se um cálculo biliar ficar preso onde o duto pancreático libera seu conteúdo no duodeno, o suco pancreático para de fluir; · Se a obstrução persistir, as enzimas se acumulam no pâncreas e começam a digerir as células do pâncreas, provocando uma inflamação grave, levando a autodigestão da glândula. @nandassilva_ Pancreatite crônica · A pancreatite crônica é a inflamação pancreática com dano estrutural pancreático permanente, fibrose e estenoses ductais, seguidos por declínio das funções exócrina e endócrina (insuficiência pancreática); · Ataques repetidos de pancreatite aguda com necrose são fundamentais para a patogênese da pancreatite crônica. Ao longo dos anos, o processo de cicatrização substitui o tecido necrótico por tecido fibrótico, levando ao desenvolvimento de pancreatite crônica. Sinais e sintomas · Dor abdominal; · Náuseas; · Vômitos. Diagnóstico · Exame de sangue: amilase (125UI/l) e lipase (160 UI/l). · Tomografia computadorizada, ultrassom do abdômen. Complicações · Síndrome de má absorção; · Desnutrição; · Insuficiência pancreática exócrina; · Insuficiência pancreática endócrina. Tratamento · Analgesia (drogas usadas têm o objetivo apenas de aliviar ou minimizar a dor) · Hidratação; · Reposição enzimática; · Insulinoterapia; · Cirurgia. @nandassilva_
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