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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO TECNOLÓGICO Departamento de Engenharia Mecânica Disciplina: Laboratório de Materiais I RELATÓRIO - 21/03/2018 Preparação Metalográfica Responsável (Discente) : Miguel Martinelli Saldanha Veronica Maia Viana Marcial 1. MATERIAL ENSAIADO Aço carbono 1020. 2. METODOLOGIA APLICADA O experimento utilizou uma peça de aço 1020 para realizar uma preparação metalográfica. Como visto previamente para que um material possa ser analisado em um ensaio micrográfico ele deve passar por uma preparação. 2.1. Corte O corte da peça visa reduzir o tamanho da amostra utilizando um disco abrasivo refrigerado. No experimento foi usado um disco de Carbeto de Silício - SiC, refrigerado por um fluído a base de óleo. Figura 1 - Disco de corte 2.2. Embutimento O embutimento ocorre para facilitar o manuseio da amostra durante as outras etapas da preparação metalográfica, seja por um tamanho inadequado da peça ou somente para evitar rasgos e abaulamentos no lixamento. No experimento feito foi realizado um embutimento a quente com resina baquelite, onde a face de interesse a análise fica encostada na base da máquina de embutimento, em volta foi colocada resina baquelite vermelha. A resina foi submetida ao aumento de temperatura e pressão na prensa durante um determinado tempo. Por ser uma etapa que leva 15 minutos ou mais, já havia sido realizada pelo monitor do laboratório. Figura 2 - Resina Baquelite Figura 3 - Peça embutida 2.3. Lixamento O lixamento visa acabar com toda a irregularidade na superfície do corpo de prova.Para isso foram usadas uma serie de lixas,variando a granulometria de 180 a 1200 Mesh, de modo que se "girou" o sentido do lixamento em 90º até que todos os riscos da última lixa desaparecessem. Foi usada uma maquina de lixa d'água, onde a amostra ficou parada enquanto ocorria o lixamento, logo após o lixamento a amostra foi lavada com água corrente, para tirar resíduos de poeira e abrasivos, imersa no álcool - podendo ser usada qualquer substância volátil - e seca, para evitar assim a corrosão do aço. Figura 4-Lixa 800 Mesh ( à esq.) e lixa 80 Mesh 2.4. Polimento O polimento visa acabar com as marcas e riscos deixados pelo lixamento. Foi utilizado como abrasivo o Óxido de Alumínio - 𝐴𝑙2 𝑂3 - de 1 µm, usando um politriz. Coloca-se o abrasivo em cima do pano de polimento e enquanto o disco gira a amostra deve ser movimentada. Após o polimento a amostra foi novamente lavada e mergulhada no álcool para facilitara a secagem e evitar a corrosão. 2.5. Ataque químico Um reagente ácido em contato com a superfície da amostra reagirá de diferentes formas com as diferentes fases da microestrutura,permitindo assim a análise da mesma e dos contornos de grão. Foi utilizado como reagente o Nital, composto de 97% álcool etílico puro e 3% ácido nítrico- 𝐻𝑁𝑂3 . A peça foi mergulhada na substância durante um intervalo de tempo de aproximadamente 15 s, depois lavada novamente, para parar o ataque e evitar a corrosão. 3. RESULTADOS OBTIDOS Após o corte foi obtido uma amostra sem rebarbas.Após o embutimento foi possível observar que a resina cobria toda a peça,deixando visível somente a superficie selecionada para análise, não tendo espaços sem preenchimento. Assim que foi terminado o lixamento observou-se uma superficie riscada, porém uniforme e sem abaulamentos e com o polimento foi observado uma superficie livre de riscos espelhada.Após o ataque quimico a superfice antes espelhada se tornou um pouco fosca. Realizando as etapas da preparação metalográfica corretamente foi possível observar na análise microscopica que realmente se tratava de uma amostra de uma aço 1020, ou seja, um aço com aproximadamente 0,2% de carbono. Na micrografia da peça foi possivel observar uma parte mais clara, constatando-se ser ferrita e pequenas áreas escuras, próximas aos contornos de grão, que seria a perlita. 4. CONCLUSÃO Muitos erros podem surgir durante a preparação metalográfica,dificultando assim a visualização da microestrutura, por isso é importante seguir as normas e todos os passos da preparação com cuidado. Durante o corte, o controle manual da alavanca faz com que o disco gire mais rápido ou mais lento, se esse controle não é feito podem- se observar faíscas, o que indica que a temperatura está aumentando além da capacidade do fluido refrigerante, o que poderia alterar as propriedades da peça. Já no lixamento, se não realizado de forma correta pode ocorrer o abaulamento da peça, o que dificultaria a focalização no microscópio, na imagem a seguir pode-se observar um corpo de prova incorretamente lixado, abaulado. Figura 5 - Corpo de prova com abaulamento Podem surgir irregularidades também em etapas como polimento, no qual é comum o surgimento dos chamados "rabos de cometa", ou corrosão devido ao contato com água e ácidos durante limpeza e ataque quimico. No que diz respeito à analise final da estrutura micrográfica foi possivel distiguir perfeitamente as fases , ferrita e perlita, pois a peça havia sido devidamente preparada, e ao aumentar a ampliação foi possivel ver as disposições das lamelas dentro da perlita. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO TECNOLÓGICO 1. MATERIAL ENSAIADO Aço carbono 1020. 2. METODOLOGIA APLICADA 3. RESULTADOS OBTIDOS 4. CONCLUSÃO Muitos erros podem surgir durante a preparação metalográfica,dificultando assim a visualização da microestrutura, por isso é importante seguir as normas e todos os passos da preparação com cuidado. Durante o corte, o controle manual da alavanca faz co...
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