Buscar

Politicas públicas da saúde da mulher

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Políticas Públicas de Saúde para 
Mulheres
Avanços e retrocessos
PRINCIPAIS TÓPICOS DA POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER
Princípios e Diretrizes Ministério da Saúde – 2011
DO PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL À SAÚDE DA 
MULHER (PAISM)’ À POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO 
INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER (PNAISM)
O ‘Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher’ (PAISM) foi
criado em 1984 pelo Ministério da Saúde, no contexto da redemocratização
do País, em decorrência de reivindicações de movimentos sociais e
movimento de mulheres. Antes da criação deste Programa (PAISM), o olhar
de assistência à mulher se voltava apenas para a sua saúde reprodutiva
ficando as demais queixas de saúde sem espaço para a investigação e o
cuidado. O PAISM, na lógica do Movimento Sanitário, foi influenciado pelas
características da descentralização, hierarquização e regionalização dos
serviços. Para tanto, incluía no âmbito de sua atuação ações educativas,
preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação proporcionando
uma assistência integral à saúde da mulher.
PRINCIPAIS TÓPICOS DA POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER
Princípios e Diretrizes Ministério da Saúde – 2011
A ‘nova’ assistência que passou a proporcionar amparo à mulher em
todos os seus ciclos de vida, o PAISM procurou oferecer assistência
em clínica ginecológica, no campo da reprodução (planejamento
reprodutivo, gestação, parto e puerpério), em planejamento familiar,
DST, nos casos de doenças crônicas ou agudas, além de outras
necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres.
Tendo como objetivo a efetiva implantação de políticas de saúde
femininas, assegurando a igualdade de direitos em saúde e
requerendo a afirmação das diferenças, o Programa de Assistência
Integral à Saúde da Mulher (PAISM) se encaminhou, em 2004, para a
criação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher
(PNAISM) que se fundamenta nos princípios doutrinários do SUS
(integralidade, universalidade e equidade da assistência em saúde) e
na inclusão da discussão de gênero.
A partir destes princípios e das demandas identificadas, a PNAISM
busca efetivar ações de promoção, prevenção e tratamento da saúde
com ênfase no campo dos direitos sexuais e reprodutivos, no combate à
violência doméstica e sexual, “na prevenção e o tratamento de mulheres
vivendo com HIV/AIDS e de portadoras de doenças crônicas não
transmissíveis”. (Brasil, 2004, p.05).
Informações importantes deste texto:
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Mulher (PNAISM) é uma política que visa ao cuidado do
gênero feminino (sob o enfoque da mulher). Baseia-se nos
princípios do SUS, ou seja, em uma assistência integral,
universal e com equidade. Sua ênfase ocorre no campo dos
DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS, NO COMBATE À
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEXUAL, NA PREVENÇÃO E
TRATAMENTO DE MULHERES VIVENDO COM HIV/AIDS E DE
PORTADORAS DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS.
PRINCIPAIS TÓPICOS DA POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER
Princípios e Diretrizes Ministério da Saúde – 2011
Vamos conhecer um pouco mais sobre a
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER, de acordo
com o caderno do Ministério da Saúde (ano
de edição - 2011)
A POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À
SAÚDE DA MULHER (PNAISM) visa promover a
melhoria das condições de vida e saúde das mulheres por
meio da: (I) garantia de direitos; e (II) ampliação do
acesso aos meios e serviços de promoção,
prevenção, assistência e recuperação da saúde.
Para tanto, tem como:
Principal objetivo
Implementar ações de saúde, sob o enfoque de gênero, que contribuam
para a garantia dos direitos humanos das mulheres e reduzam a
morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis.
Principal objetivo da PNAISM: ações de saúde para
reduzir a morbimortalidade.
Morbimortalidade é a taxa de portadores de determinada
doença em relação à população total estudada, em
determinado local e em determinado momento.
Os padrões de morbimortalidade encontrados nas
mulheres brasileiras revelam como prevalentes as
doenças cardiovasculares e crônico-degenerativas e a
mortalidade materna e desnutrição.
Principais campos das ações de saúde
Direitos sexuais e reprodutivos, com ênfase na melhoria da atenção
obstétrica, no planejamento familiar, na atenção ao abortamento inseguro
e no combate à violência doméstica e sexual. Agrega, também, a prevenção
e o tratamento de mulheres vivendo com HIV/AIDS e as portadoras de
doenças crônicas não transmissíveis e de câncer ginecológico.
Atenção aos Princípios Norteadores desta Política,
ou seja, quais os objetivos, as metas que devem ser
alcançados com esta Política e por quais ‘valores’
ela vai se basear.
O documento nos diz que os Princípios norteadores
são:
Integralidade e promoção incluindo a
humanização e a qualidade do atendimento.
PRINCIPAIS TÓPICOS DA POLÍTICA NACIONAL DE
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER
Princípios e Diretrizes Ministério da Saúde – 2011
Memorize os principais campos das ações
de saúde da PNASIM:
-Direitos sexuais e reprodutivos, com ênfase na
melhoria da atenção obstétrica, no planejamento
familiar, na atenção ao abortamento inseguro e no
combate à violência doméstica e sexual.
-Prevenção e o tratamento de mulheres vivendo
com HIV/AIDS e as portadoras de doenças crônicas
não transmissíveis e de câncer ginecológico.
Página 8
Estratégias e ações da PNAISM:
1 - Promoção da atenção obstétrica e neonatal, qualificada e
humanizada, com ênfase na redução da morte materna,
incluindo a assistência ao abortamento em condições
inseguras e previsto em lei para mulheres e adolescentes
2 - Promoção, conjuntamente com o PN-DST/AIDS/ MS, da
prevenção e do controle das doenças sexualmente
transmissíveis, da infecção pelo HIV/aids e Hepatites Virais
nas mulheres
3 - Implementação da saúde sexual e reprodutiva, no âmbito
da atenção integral à saúde da mulher
4 - Implementação da saúde da mulher Idosa, no
âmbito da atenção integral à saúde da mulher
5 - Apoio na Implementação das ações no campo
da Saúde no Programa Mulher Viver sem Violência
6 - Redução da morbimortalidade por câncer na
população feminina
Entre as ações mobilizadas por este eixo, tem-se a
campanha outubro rosa.
Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de
1990, para estimular a participação da população no controle
do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o
objetivo de compartilhar informações sobre o câncer de mama
e promover a conscientização sobre a importância da
detecção precoce da doença.
Desde 2010, o Instituto Nacional Câncer participa do
movimento, promovendo espaços de discussão sobre câncer
de mama, divulgando e disponibilizando seus materiais
informativos, tanto para profissionais de saúde quanto para a
sociedade.
Em 2015, a campanha do INCA no Outubro Rosa tem como
objetivo fortalecer as recomendações para o diagnóstico
precoce e rastreamento de câncer de mama indicadas pelo
Ministério da Saúde, desmistificando crenças em relação à
doença e às formas de redução de risco e de detecção
precoce.
Espera-se ampliar a compreensão sobre os desafios no
controle do câncer de mama. Esse controle não depende
apenas da realização da mamografia, mas também do acesso
ao diagnóstico e ao tratamento com qualidade e no tempo
oportuno. Ressalta-se ainda a necessidade de se realizar
ações ao longo de todo o ano e não apenas no mês de
outubro.
OS EIXOS DA CAMPANHA SÃO:
 Divulgar informações gerais sobre câncer de mama.
 Promover o conhecimento e estimular a postura de
atenção das mulheres em relação às suas mamas e à
necessidade de investigação oportuna das alterações
suspeitas (Estratégia de Conscientização).
 Informar sobre as recomendações nacionais para o
rastreamento e os benefícios e os riscos da mamografia
de rotina, possibilitando que a mulher tenha mais
segurança para decidirsobre a realização do exame.
Os retrocessos...
O casamento entre neoliberalismo e moralismo ultra-
conservador de base religiosa, tomam forma iniciativas
que atingem de maneira direta mulheres e LGBTs,
embora seus efeitos sejam abrangentes e não se
restrinjam a esses grupos. A atuação de religiosos
fundamentalistas confronta a laicidade do Estado e
ganha identidade política justamente por meio de ações
coordenadas para a retirada dos direitos desses setores
da população (BIROLI, 2015).
 A linha de frente de seu discurso público é uma ideia
restrita e excludente de família, acompanhada de uma
compreensão conservadora dos papéis
desempenhados por mulheres e homens na
sociedade. Na sua atuação, corroboram a redução de
recursos para a saúde pública, para o
desenvolvimento da educação pública de qualidade,
para a garantia de direitos para os trabalhadores que
permitiriam maior segurança para suas famílias
(BIROLI, 2015).
PL 6583/2013 - Estatuto da Família: exclui um enorme
conjunto de famílias e de relações afetivas do reconhecimento
público e do acesso aos direitos usufruídos pelas pessoas que
se encaixam na concepção restrita de família que procura
chancelar. Caso venha a ser aprovado, pessoas de todas as
idades, inclusive as crianças, pessoas de diferentes
orientações sexuais, e não apenas aquelas que estão unidas
por afeto a outras do mesmo sexo, ficam potencialmente
excluídas de direitos e do acesso a políticas públicas.
PL 5069/2013, de autoria de Eduardo Cunha: pretende
criminalizar a divulgação de informações e o auxílio às
mulheres que desejem abortar “ainda que sob o pretexto de
redução de danos”, isto é, em casos previstos na nossa
legislação. O projeto cria obstáculos para que a mulher que foi
estuprada recorra ao SUS para interromper uma gravidez
resultante da agressão. Foi aprovado na Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados no dia 21 de
outubro e, caso siga adiante, revogará o atendimento integral
no SUS para mulheres que sofreram violência sexual (Lei
12.845/2013)
O QUE QUER ESSE PROJETO?
Dificultar o acesso à chamada pílula do dia seguinte,
adotando procedimentos que na prática dificultam a
interrupção da gravidez nos casos de estupro (no
Brasil, a legislação permite a interrupção da gravidez
em apenas três casos, quando é resultado de estupro,
quando a mulher corre risco de vida e quando o feto
sofre de anencefalia).
Transforma a mulher que foi estuprada em réu. É como
mentirosas e criminosas, a quem se recusa garantias para
sua saúde e integridade física, que as mulheres são tratadas
no projeto aprovado pelos deputados liderados por Cunha.
Nenhum deles se preocupa, por exemplo, em aumentar a
eficácia da justiça na identificação e punição dos
estupradores. Nenhum deles está preocupado com a
dignidade e integridade física das mulheres.
Eduardo Cunha e as bancadas que o apoiam estão
esgarçando ainda mais nossa democracia, provocando
retrocessos nos direitos humanos. E as mulheres estão entre
seus alvos preferenciais (BIROLI, 2015)
 Cada vez que uma mulher é obrigada a fazer uma cesariana,
mesmo querendo parto normal (e podendo, sem problemas a ela
e à criança)
 Toda vez que uma grávida sofre violência obstétrica
 Toda vez que uma mulher sofre violência física-psicológica-
sexual-patrimonial-moral – qualquer tipo de violência
 Todas as vezes que uma mulher lésbica não é atendida
adequadamente, sendo consideradas suas especificidades, pelo
Sistema de Saúde
 Todas as vezes que não são garantidos diagnósticos e
tratamentos para as mulheres em casos de HIV-AIDS, DSTs
 Todas as vezes que uma mulher morre em função de aborto ilegal
e não-seguro
Apesar dos retrocessos e tendo em vista todos os avanços, 
muitos são os desafios!

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes