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A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA PRODUÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS

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Leitura e Produção 
de Textos Acadêmicos 
e Didáticos
A importância da Leitura na produção de textos acadêmicos
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Janaina Pinheiro Vece | Profa. Dra. Edda Curi
Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin
5
A importância da Leitura na produção 
de textos acadêmicos
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Aspectos legais e conceituais acerca da leitura
• Aspectos teóricos acerca dos gêneros textuais
Fonte: iStock/Getty Im
ages
 · Compreender a impotância da Leitura na produção de textos acadêmicos.
Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o último 
momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado 
ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá 
escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e 
determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de 
materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão 
o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca 
de ideias e aprendizagem.
6
Unidade: A importância da Leitura na produção de textos acadêmicos
Contextualização
Quando redigimos um texto, desenvolvemos inúmeras atividades: formulamos ideias, 
definimos objetivos e planejamos sua estrutura, entre outras. 
Observamos que a produção de texto não é tão fácil quanto parece; trata-se de uma tarefa 
muito complexa!
Para começo de conversa, perguntamos “O que é necessário para escrevermos um bom 
texto acadêmico?
7
Aspectos legais e conceituais acerca da leitura
A produção de textos acadêmicos tem se revelado um dos mais importantes requisitos na 
formação universitária. A exigência da produção de fichamentos, resumos, resenhas, projetos 
e trabalhos monográficos tem despertado apreensão entre os docentes universitários, vez que 
a habilidade de leitura e escrita desses tipos de textos é prevista na lei que rege a Educação 
Superior brasileira.
Um trabalho acadêmico muito solicitado no Ensino Superior é de origem monográfica e se 
transforma em Trabalho de Conclusão de Curso, conhecido como TCC.
Segundo o artigo 43 da LDB1 9.394/96, Incisos I, III, IV e VII, a Educação Superior tem 
por finalidade:
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do 
pensamento reflexivo;
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao 
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, 
e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do 
ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à 
difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa 
científica e tecnológica geradas na instituição
Observamos que a LDB 9.394/96 preconiza o incentivo à pesquisa, à investigação científica 
e à divulgação dos conhecimentos produzidos pelas instituições. 
Entre os requisitos fundamentais para o progresso da Ciência e, consequentemente, da 
sociedade, destaca-se a informação. Os textos acadêmicos e didáticos constituem-se, dessa 
forma, um veículo técnico-científico de informação entre a Academia e a Sociedade.
Enquanto exigência legal, a autonomia em pesquisar e estudar e a habilidade de ler e 
escrever necessitam ser estimuladas, com intuito de garantir a preparação, a formação e a 
atualização dos universitários e principalmente dos profissionais que atuam na carreira docente 
na Educação Superior.
Por proporcionar a ampliação do repertório acerca dos conhecimentos científicos e o 
vocabulário particular da linguagem acadêmica, o hábito de ler torna-se, portanto, o ponto de 
partida para a produção de textos científicos. 
Segundo Lakatos & Marconi (1996), a leitura é o principal componente no processo de 
estudo. Incontestavelmente, é por meio da leitura que se amplia o conhecimento e se promove 
a abertura de novas perspectivas.
1 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996.
8
Unidade: A importância da Leitura na produção de textos acadêmicos
Consideramos pertinente, neste momento, revermos, então, qual é o conceito de leitura, 
para compreendermos a sua função e importância no meio social, acadêmico e científi co.
De acordo com Simões (2007), uma definição mais generalista sobre a leitura, diria que ela 
se trata de um processo cultural que permite a relação do homem com o seu contexto histórico-
cultural. A convivência e a utilização frequente da leitura fazem com que o seu significado não 
seja muitas vezes explicitado conforme a sua real importância.
Segundo Simões (2007), a leitura tem diversas utilidades, como:
1 - Instrumento de refl exão: é por meio da leitura que o homem torna-se consciente da 
realidade, emancipando-se socialmente a partir da aquisição do conceito de cidadania 
compreendendo e questionando seus direitos e deveres;
2 - Instrumento de informação: a leitura cumpre a função de veicular informação entre 
as diferentes culturas e realidades;
3 - Instrumento de criação: por meio da leitura, o homem pode criar, reinventar e 
reescrever a sua própria realidade.
Pelas finalidades que desempenha socialmente, observamos a relevância da leitura enquanto 
fonte de ascensão, informação e criação. Tais funções remetem-nos às expectativas previstas 
na formação acadêmica exigida na LDB 9.394/96, de desenvolver o espírito científico, o 
pensamento reflexivo e a capacidade da difusão de conhecimentos.
Segundo Simões (2007, p.39):
Ler, no entanto, não é algo tão fácil como se apresenta à primeira vista. Não 
se pode analisar a leitura apenas pelo aspecto cognitivo da alfabetização que, 
uma vez efetivada, permite ao educando decifrar o código escrito. Ler é um 
processo complexo, pois envolve problemas semânticos, culturais, ideológicos, 
filosóficos e fonéticos. O texto é um grande desafio para o leitor, exige que 
haja apropriação profunda da sua significação e todo leitor é levado a assumir 
uma posição diante do texto lido. Essa apropriação se dá em três estágios 
básicos: compreensão, interpretação e aplicação.
Ao definir o ato de ler, compreende-se que a leitura requer uma atitude política, ou seja, o 
leitor nunca adquire um posicionamento neutro diante do texto lido. Desta forma, a leitura é 
uma atividade individual que permite ao homem interpretar, confrontar e decifrar o mundo.
Para Simões (2007), é impossível definirmos a leitura apenas por seu caráter técnico; a sua 
compreensão envolve os aspectos linguísticos, pedagógicos e sociais:
Em suma, ler, para o estudo, é atribuir significado a um texto (produção de 
sentido entre sujeitos). Só que essa atribuição de significado não é aleatória 
nem única, depende do aculturamento (historicidade) do leitor (sujeito receptor) 
para encontrar/atribuir sentidos ao texto (do sujeito emissor). A atribuição de 
sentidos é sempre cultural, em relação ao que se sabe “acerca de”, segundo 
“aprende-se com” (SIMÕES, 2007, p.42).
9
De acordo com Simões (2007), não podemos separar a leitura da escrita; ambos são 
processos interdependentes. Para o autor, é comum expressar que a leitura proporciona 
intimidade com a escrita; isso faz parte da reflexão sobre a sua importância.
O ato de ler possibilita internalizar as estruturas formais e estilísticas de um texto, assim como 
éuma forma de enriquecer a memória, o senso crítico e o conhecimento gramatical e geral.
Simões (2007) adverte-nos que para exercer as diferentes utilidades da leitura é preciso 
estabelecer os seguintes questionamentos: como ler e para que ler? Para tanto, é necessário 
compreendermos algumas características dos textos lidos, especificamente, dos textos 
acadêmicos e científicos, as quais serão discutidas em seus aspectos gerais mais adiante.
Sintetizando
 · A habilidade de ler e produzir textos acadêmicos está prevista na LDB 9.394/96, que 
rege a Educação Superior no Brasil;
 · A leitura é o principal componente no processo de estudo e pesquisa;
 · A leitura é um instrumento de reflexão, informação e criação que promove o espírito 
científico;
 · A leitura não compreende apenas a decodificação. Envolve as habilidades de 
compreensão, interpretação e aplicação.
10
Unidade: A importância da Leitura na produção de textos acadêmicos
Aspectos teóricos acerca dos gêneros textuais
Num primeiro momento, verificamos que a leitura é de fundamental importância na 
formação acadêmica no que se refere às contribuições para o desenvolvimento do espírito 
científico e a divulgação dos conhecimentos culturais e acadêmicos produzidos.
Discutiremos agora, a partir dos estudos de Mikhail Bakhtin, os gêneros textuais, 
especificamente os textos técnico-científicos, que exigem domínio específico do assunto e 
conhecimento satisfatório no que diz respeito à linguagem.
Antes de apresentarmos os aspectos teóricos sobre os gêneros do 
discurso, vejamos o quadro ilustrativo com uma breve biografi a de 
Mikhail Bakhtin.
Mikhail Mikhailóvitch Bakhtin
Filósofo da linguagem
1895 - 1975
Linguista russo, nascido na cidade de Orel, Sul de Moscou.
Estudou Filosofi a e Letras na Universidade de São Petersburgo
Fonte: Wikimedia Commons
Bakhtin (2000), como grande filósofo da linguagem, diferentemente da concepção 
tradicional da língua como um conjunto de regras estáticas e inflexíveis, consagra a linguagem 
como uma interação social, sendo a língua, um mecanismo flexível e vivo que acompanha as 
mudanças sócio-históricas.
Nesta perspectiva discursiva, a linguagem é um processo constante de interação, mediado 
pelo diálogo entre locutor e interlocutor, seja ela no âmbito falado (verbal) ou escrito (não-verbal).
É neste contexto que Bakhtin (2000) retoma a discussão acerca dos gêneros textuais fora 
dos domínios literários. Em sua teoria, o autor categoriza a produção dos gêneros discursivos, 
representados na linguagem escrita, em três aspectos:
1 - Conteúdo: contexto em que a linguagem acontece, ou seja, o assunto ou tema 
abordado no texto;
2 - Estilo verbal: compreende a seleção de palavras apropriadas dentro do contexto, o 
que envolve as possibilidades linguísticas de construção textual e vocabulário específico, 
entre outros;
3 - Composição: refere-se aos aspectos predominantes no texto, como a sua estrutura por 
exemplo, que levam à classificação do gênero.
A partir desses aspectos, observamos que, na sociedade contemporânea, convivemos com 
uma infinita gama de domínios discursivos. Dentro da esfera do uso da linguagem, Bakhtin 
(2000) classifica os gêneros discursivos em: primário, que acontece informalmente no âmbito 
da comunicação cotidiana, e secundário, produzido de maneira formal com base em códigos 
produzidos culturalmente; a escrita, por exemplo.
11
Sendo assim, de acordo com a teoria de Bakhtin (2000), a diversidade dos gêneros 
textuais encaixa-se na esfera secundária em que são produzidos os romances, reportagens, 
ensaios, entrevistas, propagandas, sinopses e entre outros inúmeros tipos de textos que 
circulam socialmente.
Assista ao vídeo acessando o link a seguir e aprenda um pouco mais sobre a diversidade 
dos gêneros textuais.
Disponível em: http://goo.gl/zK7XX
Entre a infinidade de domínios discursivos, nesta Disciplina, vamos nos dedicar especificamente 
ao gênero acadêmico. O fichamento, o resumo, a resenha e o artigo científico são os mais 
produzidos por professores e pesquisadores e também solicitados aos alunos em formação.
É neste contexto teórico de Bakhtin (2000) que veremos nas próximas Unidades que os 
gêneros textuais técnico-científicos ou acadêmicos cumprem cada qual a sua função, como 
sistematizar conhecimentos, inferir uma análise pessoal e veicular informação. 
É importante destacar que a proposta de estudo será desenvolvida tanto nos aspectos das 
estratégias de leitura e compreensão, quanto da produção escrita desses gêneros textuais.
Sintetizando
 · Mikhail Bakhtin é um grande filósofo da linguagem que traz contribuições acerca dos 
gêneros do discurso;
 · A língua é um mecanismo flexível e vivo que acompanha as mudanças sócio-históricas;
 · Para distinguimos os gêneros textuais são necessários identificar o conteúdo, o estilo 
verbal e a composição presentes no texto;
 · Na sociedade contemporânea há uma infinidade de gêneros textuais, cada qual com a 
sua função, linguagem e estrutura;
 · Bakhtin (2000) classifica o gênero acadêmico em secundário, pois é produzido por 
código mais elaborado, a escrita
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Unidade: A importância da Leitura na produção de textos acadêmicos
Material Complementar
Para ampliar seus conhecimentos sobre os assuntos tratados nesta Unidade, sugerimos que 
você leia os textos indicados a seguir:
Sites:
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996, Capítulo IV – Educação Superior.
Disponível em: http://goo.gl/hvB4b
Língua Portuguesa aplicada à leitura e produção de textos acadêmicos. José Ferreira 
Simões – Brasília. Fonte: Biblioteca Google: Ler unidade II – p. 39-45.
Buscar em: http://books.google.com.br
13
Referências
BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso: problemática e definição. In: BAKHTIN, Mikhail. 
Estética da criação verbal. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. 279-287.
BRASIL. Lei 9394 – LDB – Lei das Diretrizes e Bases da Educação, de 20 de dezembro 
de 1996.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, A. M. Fundamentos de metodologia científica. 3.ed.rev.
ampl. São Paulo: Atlas, 1996.
SIMÕES, J. F. Língua Portuguesa aplicada à leitura e à produção de textos. Brasília: 
Academia Taguatinguense de Letras – ATL, 2007.
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Unidade: A importância da Leitura na produção de textos acadêmicos
Anotações

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