Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SÉRIE LOGÍSTICA CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA SÉRIE LOGÍSTICA CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA SÉRIE LOGÍSTICA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Robson Braga de Andrade Presidente DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Conselho Nacional Robson Braga de Andrade Presidente SENAI – Departamento Nacional Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor Geral Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações SÉRIE LOGÍSTICA CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Sede Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br © 2015. SENAI – Departamento Nacional © 2015. SENAI – Departamento Regional da Bahia A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me- cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI. Esta publicação foi elaborada pela Equipe de Inovação e Tecnologias Educacionais do SENAI da Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional da Bahia Inovação e Tecnologias Educacionais – ITED FICHA CATALOGRÁFICA S491c Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. Conceitos básicos da logística / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Departamento Nacional, Departamento Regional da Bahia. - Brasília: SENAI/DN, 2015. 60 p.: il. - (Série Logística). ISBN 978-85-7519-909-1 1. Fundamentos - logística. 2. Lead Time. 3. Logística Verde - reversa. 4. Qualificação. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. II. Departa- mento Nacional. III. Departamento Regional da Bahia. IV. Conceitos Básicos da logística. V. Série Logística. CDU: 658.78 Lista de ilustrações Figura 1 - Gestão no mundo da logística ...............................................................................................................13 Figura 2 - Perguntas pós-venda ..................................................................................................................................14 Figura 3 - Sistema logístico integrado ......................................................................................................................17 Figura 4 - Lead time numa visão geral do processo logístico ...........................................................................22 Figura 5 - Evolução da embalagem ...........................................................................................................................25 Figura 6 - Embalagem primária ..................................................................................................................................26 Figura 7 - Embalagem secundária .............................................................................................................................27 Figura 8 - Embalagem terciária ...................................................................................................................................27 Figura 9 - Junção dos 3 tipos de embalagens (primária, secundária e terciária) ......................................28 Figura 10 - Funções básicas da armazenagem ......................................................................................................34 Figura 11 - Equipamentos de movimentação .......................................................................................................36 Figura 12 - Logística verde ............................................................................................................................................47 Figura 13 - Exemplo de operador logístico .............................................................................................................49 Quadro 1 - Matriz curricular .............................................................................................................................................9 Quadro 2 - Vantagens e desavantagens da globalização ...................................................................................19 Quadro 3 - Tecnologias RFID .........................................................................................................................................20 Quadro 4 - Estruturas de armazenagem ...................................................................................................................35 Quadro 5 - Vantagens e desvantagens do modal rodoviário ............................................................................42 Quadro 6 - Vantagens e desvantagens do modal aéreo .....................................................................................43 Quadro 7 - Vantagens e desvantagens do modal ferroviário ............................................................................43 Quadro 8 - Vantagens e desvantagens do modal marítimo ..............................................................................44 Quadro 9 - Vantagens e desvantagens do modal fluvial ....................................................................................44 Quadro 10 - Vantagens e desvantagens do modal dutoviário .........................................................................45 Sumário 1 Introdução ..........................................................................................................................................................................9 2 Fundamentos da logística ..........................................................................................................................................13 2.1 Histórico ..........................................................................................................................................................14 2.2 Definição ........................................................................................................................................................15 2.3 Sistemas logísticos ......................................................................................................................................17 2.4 Controles ........................................................................................................................................................17 2.5 Tendências .....................................................................................................................................................18 2.6 Níveis de serviço .........................................................................................................................................21 2.7 Lead time .........................................................................................................................................................22 3 Embalagens .....................................................................................................................................................................25 3.1 Tipos de embalagens .................................................................................................................................26 3.2 Função da embalagem ..............................................................................................................................28 3.3 Preservação de materiais ..........................................................................................................................29 4 Armazenagem.................................................................................................................................................................334.1 Equipamentos de movimentação e armazenagem ........................................................................36 4.2 Recebimento, conferência e expedição ..............................................................................................37 5 Transportes ......................................................................................................................................................................41 5.1 Modais: rodoviário, aéreo, ferroviário, marítimo, costeiro, fluvial, dutoviário. ......................42 5.2 Meios de transporte: adequação à necessidade ..............................................................................46 5.3 Logística verde e reversa ..........................................................................................................................47 5.4 Operador logístico ......................................................................................................................................49 Referências ...........................................................................................................................................................................53 Minicurrículo da autora ...................................................................................................................................................55 Índice .....................................................................................................................................................................................57 Introdução 1 Prezado aluno, É com grande satisfação que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) traz o Livro didático de Conceitos Básico da Logística. Veja a seguir a matriz curricular em que você se encontra: Técnico em Logística MÓDULOS UNIDADE CURRICULAR CARGA HORÁRIA CARGA HORÁRIA DO MÓDULO Básico • Conceitos Básicos da Logística 20h 40h • Matemática Aplicada e Planilha Eletrônica 20h Específico • Programação de Produção 60h 120h • Logística Industrial 60h Total 160h Quadro 1 - Matriz curricular Fonte: SENAI DN, 2014. Este livro tem como objetivo levar o aluno a desenvolver as competências necessárias para realizar a programação da produção, preservando os requisitos de qualidade e consumo dos mesmos, de acordo com normas, padrões e especificações dos produtos. Vamos proporcionar uma visão geral da logística básica, com suas atividades e infraestrutu- ra, orientando quanto ao funcionamento deste processo nas empresas. Iniciaremos nossos estudos com o programa mestre de produção, abordando as necessida- des de vendas, pedidos dos clientes, emissão de ordem de produção, lead time e análise dos contratos e como calcular o lead time. Estudaremos também sobre movimentação de materiais e todo processo de abastecimen- to e desabastecimento de linhas. Falaremos sobre estoque e seus pontos específicos, você entenderá a diferença entre insumos e matéria-prima. Abordaremos sobre máquinas e ferra- mentas, assim como manutenção industrial, mãos de obra e suas qualificações. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA10 Mais à frente descreveremos as etapas para realizar a programação de produção, liberação das ordens para este processo, manutenção preventiva e corretiva que é de fundamental importância para o bom andamento das atividades de uma empresa. Desejamos que durante nosso estudo, você consiga desenvolver técnicas para executar as atividades logísticas de forma eficiente e eficaz. CAPACIDADES SOCIAIS, ORGANIZATIVAS E METODOLÓGICAS a) Buscar o autoaprimoramento; b) Conservar os equipamentos e instrumentos; c) Consultar manuais, catálogos e publicações técnicas; d) Estudar e pesquisar; e) Manter a organização e limpeza do local de trabalho; f) Ter atenção; g) Ter dinamismo; h) Ter proatividade; i) Ter raciocínio lógico e ser analítico; j) Trabalhar em grupo e individualmente. CAPACIDADES TÉCNICAS a) Identificar os conceitos básicos da logística; b) Identificar os tipos básicos de equipamentos de movimentação e estruturas de armazenagem; c) Reconhecer os modais de transporte. Lembre-se de que você é o principal responsável por sua formação e isso inclui ações proativas, como: a) Consultar seu professor/tutor sempre que tiver dúvida; b) Não deixar as dúvidas para depois; c) Estabelecer e cumprir um cronograma de estudo que você cumpra realmente; d) Reservar um intervalo para quando o estudo se prolongar um pouco mais. Desejamos um bom aproveitamento do conteúdo e lembre-se de que os bons profissionais são sempre questionadores do seu próprio desempenho. Bons estudos! Anotações: 1 INTRODUÇÃO 11 Fundamentos da logística 2 Pensando na melhoria dos processos e na redução de custos, as empresas têm buscado cada vez mais inovações tecnológicas para o processo fabril. Gerir toda uma demanda Logísti- ca dentro da realidade econômica da empresa sempre será um desafio ao profissional e você precisa estar preparado! Um profissional de Logística tem por objetivo conhecer toda área operacional da empresa envolvendo pessoas e processos, maquinários e produtos, controle de entrada e saída de ma- teriais e planejamento das ações de distribuição. Veremos quais são as melhores maneiras de simplificar o processo de gestão da Logística, transportes e distribuição, gerenciamento de pessoas, estoques, máquinas e equipamentos. O objetivo é fazê-lo monitorar a cadeia logística ao seu redor a fim de controlar, coordenar, planejar e gerenciá-la. Figura 1 - Gestão no mundo da logística fonte: SENAI DR BA, 2015. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA14 2.1 HISTÓRICO Você já se perguntou por que a logística é tão importante para o mercado? O que ela faz de tão impac- tante que a transforma em um dos melhores ramos profissionais para se trabalhar? Para responder essa questão, vamos entender um pouco da sua história, conceitos e como tudo come- çou. Desde a antiguidade, a logística já era utilizada na área militar para controlar seus exércitos e operações como abastecimento de recurso, local onde seriam instaladas as bases para que ficassem próximas de rios, assim teriam água como suprimento. Ela era usada também para posicionar as tropas, na criação de estra- tégias de guerra, no transporte das tropas, armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate e para isso, eram necessários organização, planejamento e controle na execução das tarefas. A palavra “logística” ainda não era utilizada nesta época, pois a maior parte das pessoas não conhecia o termo. Os termos utilizados normalmente durante o planejamento de uma guerra era “tática e estratégia”, assim se dividia a arte da guerra. A palavra “Logística” tem várias origens, mas a principal vem do grego “logistikos” e é derivada do Latim “logisticus”. Segundo GOMES, “em 1888, o Tenente Rogers introduziu a Logística como matéria na Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da América, entretanto demorou algum tempo para que estes conceitos se de- senvolvessem na literatura militar”. CURIOSIDADES Você sabia que uma mulher já comandou o exercito brasileiro? Isso mes- mo! Ela se chamava Yamar Eiras Baptista e foi a primeira mulher a assu- mir uma organização militar no Brasil. Como será que a cliente vai receber o produto? Ela ficará satisfeita? Será que ela voltará a comprar outros produtos? O que você faria? Figura 2 - Perguntas pós-venda Fonte: SENAI DR BA, 2015. 2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 15 Diante dessas dúvidas as empresas criaram o serviço de pós-venda que tem como finalidade dar ciência da satisfação do cliente, assegurando que o cliente obtenha maior proveito do que foi adquirido e, claro, possa fazer novos pedidos. Mais difícil do que conquistar um cliente é mantê-lo! 2.2 DEFINIÇÃO Ser um profissional na área Logística tem pontos positivos assim como pontos a serem aprimorados. É o que você vai entender agora. Vimos a origem da palavra Logística e como ela era empregada nos tempos antigos, agora vamos co- nhecer sua definiçãoatual. Atualmente, a Logística é o processo de coordenar, planejar, armazenar e distribuir produtos desde a saída do fornecedor até o consumidor final, no tempo certo, no local destinado, na quantidade solicitada, com o menor custo possível. Com a globalização e o crescimento do comércio eletrônico, a logística começou a ter um papel cada vez mais importante para as empresas em todas as áreas, estando presente nas sociedades modernas. Mas, assim como outras áreas de suporte, às vezes ela só “aparece” de fato quando há um problema. Aí se ouve a velha frase: “foi culpa da logística!”. Não se assuste! Isto poderá acontecer mesmo que a logística não tenha sido a grande vilã do ocorrido, porque este setor é o último a manusear o produto, a conferir e carregar para distribuir. Por isso, a logística acaba virando uma espécie de “vitrine” da empresa e estará sempre em foco. Toda referência ao produto, tanto na fabricação, na separação ou no planejamento da produção serão evidenciados na Logística. Foi o caso, por exemplo, de uma ocorrência em dezembro de 2010 quando uma falta do produto que faz o degelo das asas dos aviões causou o cancelamento de inúmeros voos logo antes do Natal, em Paris, na França. Ou seja, uma falha no acompanhamento logístico na entrega do produto ocasionou um grande dano não só para a empresa aérea, mas também à população que deixou de viajar para passar o natal com a família. E você pergunta: mas, porque a culpa foi da logística se não é a logística que faz a compra? Bem, o produto precisa ser transportado, certo? Tem prazo de entrega? Então, tem logística nesta ope- ração? Logo, o acompanhamento também tinha que ser feito pelo setor logístico da empresa que estava para receber o produto. Algumas vezes, o cliente irá telefonar na Logística para saber como está o andamento do seu pedido, ao invés de contatar o setor comercial que é quem lhe presta o serviço de atendimento direto. A logística interliga todos os setores fazendo as equipes trabalharem juntas, focando num único resul- tado: a satisfação do cliente. Um importante ponto positivo do trabalho da Logística é que, por ser o foco principal dos outros seto- res, ela está sempre em evidência e consequentemente, o desenvolvimento do trabalho também, assim CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA16 como seus resultados. Isso faz com que o setor cresça e seus colaboradores sejam reconhecidos pela eficá- cia em suas tarefas. Se toda equipe trabalhar junta, o resultado positivo será garantido! O profissional de Logística tem que conhecer todos os setores da empresa já que são todos interligados entre si. CASOS E RELATOS O primeiro desafio de J. Barbosa J. Barbosa trabalhava na empresa “LogicTrans” há 3 anos e queria ser promovido a Líder de Logística. Ele ingressou na organização como auxiliar atuando na área operacional, carregando caminhões. Vendo a expansão da área, J. Barbosa resolver estudar Logística com um sonho: ocupar um cargo de liderança. J. fez um curso de Técnico em Logística na Instituição “Aprender” por um ano. Lá estudou os funda- mentos da logística, seu conceito, funções e todas as atribuições para operar na área. Após anos de trabalho na empresa e finalmente formado em Técnico de logística, J. Barbosa foi pro- movido a líder. Ele teve sua primeira oportunidade de atuar em um cargo de liderança, passando a coordenar a operação de entrega de produtos aos clientes. A expedição estava pronta para enviar a mercadoria em uma carreta e estava totalmente carregada. Este veículo precisava estar no estado de São Paulo na segunda-feira no período da manhã. Era uma tarde de sexta feira, J. deixou o carregamento em andamento alinhando as informações com sua equipe. Durante a pesagem, o caminhão apresentou divergência de peso entre o físico e o que estava informado em nota fiscal. Como os auxiliares não sabiam o que fazer, ligaram para Bar- bosa, que já estava em casa. J., como bom funcionário, comprometido com as responsabilidades do seu trabalho, retornou à em- presa para ajudar na solução do problema. Ao chegar, procurou seu gerente e explicou a situação. J. Barbosa recordou as aulas que teve na Faculdade e solicitou que a equipe descarregasse o caminhão a fim de encontrar o motivo da divergência. Foi constatado que houve falha na conferên- cia e o pessoal acabou embarcando material a mais no veículo. Após detectar o problema, após a tratativa1, o caminhão foi novamente carregado e direcionado à balança para nova pesagem. Tudo estava de acordo com as informações na nota fiscal e o veículo foi liberado para viagem. J. ligou para o cliente se desculpando pelo atraso e que ele receberia o produto na segunda-feira no período da tarde. Como também se comprometeu a minimizar os danos que pudessem ser causa- dos. 1 Tratativa: Ação corretiva sobre uma ação ou problema; solução. 2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 17 Embora a necessidade do cliente fosse grande, não houve tantos problemas em seu processo e ele conseguiu inserir o material em sua produção a tempo. 2.3 SISTEMAS LOGÍSTICOS Conforme podemos ver na figura a seguir, o objetivo do sistema logístico é integrar os processos de controle de compras, armazenagem e distribuição, melhorando sua coordenação, gestão dos fluxos e pla- nejamento. Compras Recebimento Armazenagem Produção Distribuição LOGÍS TICA Figura 3 - Sistema logístico integrado Fonte: SENAI DR BA, 2015. 2.4 CONTROLES Quando se fala em “controle”, várias coisas podem vir à cabeça, não é mesmo? E com a logística não poderia ser diferente. Os controles no Sistema Logístico servem justamente para melhorar o andamento da operação, desde a saída do produto do fornecedor até a entrega no cliente final, como lhes foi citado um pouco mais atrás. Trata-se de comparar o que foi planejado com o que foi executado. A estratégia para esses controles dividem-se em: a) Definição de metas e padrões de desempenho: essa etapa define até que ponto a empresa vai se posicionar no mercado. Normalmente, todas querem chegar a um nível elevado, superior ao de seus concorrentes, isto também implica em custos elevados. Por este motivo, é fundamental CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA18 planejar estes padrões de desempenho de acordo com a estratégia adotada pela empresa. A es- tratégia deve ser compatível com seu modo de atuação e como a empresa pretende alcançar o nível desejado no mercado. b) Medidas de desempenho: essa medida tem por finalidade obter todas as informações necessá- rias sobre o desempenho das atividades logísticas dentro da empresa, levando em consideração os pontos falhos e a estrutura do processo. A avaliação destas atividades pode ser feita compa- rando os indicadores com os resultados, lembrando que estes indicadores devem envolver toda atividade logística da empresa como tempo e prazos de entrega, movimentação de materiais, ciclo do pedido, custo de estoque, percentual de avarias, tempo de fabricação. c) Ações corretivas: tendo em mãos os resultados obtidos pelo desempenho das atividades, é hora de fazer a comparação dos dados com as metas, e medidas de desempenhos definidos nas ações anteriores. Caso haja divergência, executa-se uma ação corretiva, exemplo: a resolução do pro- blema ocorrido com o primeiro desafio de J. Barbosa. Isso fará com que o acompanhamento dos processos logísticos seja constante, tornando-os transparentes aos gestores da empresa. FIQUE ALERTA Cuidado na hora de controlar a distribuição de mercadorias. Uma roteirização mal feita pode resultar numa série de custos desnecessários como aumento da rota, au- mento do consumo de combustível e insatisfação do motorista. 2.5 TENDÊNCIAS Você conhecerá agora algumas tendências da logística que estão mudando a maneira de consumo da sociedade em que vivemos! Não acredita? Veremos agora: a) Globalização: Esta é a primeira tendência. Trata-se de um processo de integração social, política, social e cultural de diferentes países. As caraterísticas mais marcantes desteprocesso é a univer- salização da produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços e vem acelerando cada vez mais com o avanço da tecnologia. O Brasil possui uma economia bem aberta ao mercado internacional, diariamente vemos diversas marcas internacionais em nosso dia a dia, em lojas, shoppings, avenidas, etc. Fazer parte do processo de globalização tem suas vantagens e desvantagens. 2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 19 GLOBALIZAÇÃO VANTAGENS Facilita o aceso a produtos importados, pois o custo é menor do que os produtos fabricados no Brasil Mantém as pessoas atualizadas o tempo todo, pois estão ligadas no mundo virtual través da Internet Facilita o acesso a cinemas, teatros, filmes, músicas, etc. Preços muito baixos tornam a competição injusta com os produtos nacionais Influencia a cultura maciça de outros países promovendo a perda de interesse pela cultura nacional DESVANTAGENS Quadro 2 - Vantagens e desavantagens da globalização Fonte: SENAI DR BA, 2015. De forma resumida, a Globalização trouxe alguns problemas para a sociedade, mas também a deixou mais interligada e atualizada sobre as tendências de vários lugares do mundo. Bom, já que falamos de Globalização, que tal vermos um pouco mais este mercado? Trataremos agora de uma tendência que utiliza uma ferramenta que interliga todos os cantos do mundo! Consegue imaginar que ferramenta seria esta? Se você respondeu Internet, acertou! A tendência a qual nos referimos é chamada de E-commerce e significa comércio virtual. Veremos a seguir: a) E-commerce: Esta prática nada mais é do que as operações comerciais de compra e venda pela Internet. É grande a quantidade de sites que fazem este tipo de prática, sempre com foco na sa- tisfação do cliente e rapidez nas entregas por um custo mais razoável que o do mercado comum. b) Rastreamento por Rádio Frequência (RFID): Ferramenta bastante utilizada nas empresas em diversos setores. O Almoxarifado, por exemplo, é aquele que mais utiliza esta ferramenta para re- alizar inventários. O setor usa do leitor óptico para facilitar a contagem dos materiais e transmitir a informação diretamente ao sistema. O RFID também é utilizado para outras finalidades como: CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA20 Rastreamento e monitoramento de veículos Acesso de pessoas Realização de inventários com mais e�cácia Radares e GPS Catraca eletrônica Leitor ótico – os mais avançados têm uma tela na parte traseira onde é exibida toda informação do produto e através deste dispositivo as informações vão automaticamente para o sistema Descrição Exemplo RFID Quadro 3 - Tecnologias RFID Fonte: SENAI DR BA, 2015. CURIOSIDADES Você sabia que o primeiro produto vendido pela internet foi uma cane- ta laser quebrada? Isso mesmo! Um programador americano chamado Omidyar anunciou a venda com intuito de ver se os usuários se interes- savam pelo mercado virtual. Ele conseguiu vendê-la por quase 15 dóla- res. 2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 21 2.6 NÍVEIS DE SERVIÇO O nível do serviço logístico é a qualidade na gestão do fluxo de bens e serviços, onde através desta gestão, se obtém o resultado da operação. Isto se deve a todo esforço logístico dentro da organização e será um diferencial que tornará a empresa bastante competitiva no mercado, como diferencial estratégico. O serviço oferecido tem que ser eficiente e eficaz, mantendo o foco na satisfação do cliente, promo- vendo a disponibilidade do produto e serviço; níveis de estoque e tempo consumido no ciclo de pedidos; garantindo a confiabilidade na entrega, na quantidade e no tempo correto. São vários os “fatores” que podem levar a empresa a ter um diferencial no mercado, mesmo com tantos concorrentes à sua volta. Veremos a seguir: a) Atendimento ao cliente: este setor deve ser o primeiro a oferecer este serviço diferenciado, pois, é o cartão postal da empresa. Tem que se mostrar disposto a resolver os problemas e atender ao consumidor sempre de forma sutil, mostrando ser confiável. b) Gestão da Organização: o gestor precisa estar a par dos assuntos ligados às operações e às pes- soas que a compõem. Colaborador satisfeito é a certeza da prestação de bons serviços. c) Motivação ao colaborador: A organização e o colaborador devem buscar a capacitação a fim de torná-lo cada vez mais competente para desenvolver suas funções, aprimorando seus procedi- mentos, melhorando seu fluxo operacional com dinamismo, proatividade, atenção às suas tarefas e aos clientes. d) Garantia de entrega: entregar o produto no tempo certo e na quantidade solicitada, mantendo a integridade do mesmo e, quando isto não puder acontecer, que o cliente seja informado pre- viamente do ocorrido. Cliente que recebe “follow up2” com frequência dificilmente irá procurar a empresa para reclamar ou fazer má propaganda da companhia para seus parceiros. SAIBA MAIS Para ver como é retratado e como aplicar melhor as estratégias de combater obstácu- los em diversos seguimentos operacionais, leia o Livro de Sun Tzu, considerado um dos mais sábios e importantes tratados de estratégia militar. TZU, SUN. A arte da guerra. Tradução de Sueli Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2006. 2 Follow up: Expressão em inglês que significa acompanhar ou fazer acompanhamento ou avaliação do que já foi feito. Este termo é muito comum nos setores Comerciais e de Compras. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA22 2.7 LEAD TIME Com o crescimento dos sistemas de produção, as empresas têm investido cada vez mais em técnicas administrativas como implantação de procedimento interno, metas de organização, padronização de lim- peza e conservação do ambiente de trabalho, metas e prazos para cada atividade, etc. Em qualquer uma dessas metas é preciso analisar o tempo de execução a fim de reduzi-lo. Assim o “lead time” se torna ferramenta fundamental destas análises. O termo possui várias definições, mas para o diretor-presidente do jornal São Paulo Shimbun, Gilberto Kosaka, o “Lead Time” tem definições diferenciadas de acordo com cada área da empresa, por exemplo: a) Na área de compras, o “lead time” é o intervalo de tempo para comprar os materiais necessários para a sua produção, desde a emissão do pedido até o material estar à sua disposição para uso. b) Na área de produção, o “lead time” é o intervalo de tempo necessário para que o material passe pela fabricação, do primeiro até o último processo. Por fim, se concluiu que o “lead time” é o período entre o início de uma atividade produtiva3, até o seu término. ● Transporte ● Separação ● Embalagem Distribuição ● Serviço ao cliente ● Transporte ● Reciclagem Reversa ● Emissão de documentos ● Gestão de informação ● Aquisição Processamento de pedidos ● Movimentação ● Inspeção ● Armazenagem ● Localização Estocagem/ Armazenagem ● Emissão de documentos ● Gestão de informação ● Aquisição Processamento de pedidos ● Movimentação ● Inspeção ● Armazenagem ● Localização Estocagem/ Armazenagem ATIVIDADES PRODUTIVAS PERÍODO DE TEMPO Figura 4 - Lead time numa visão geral do processo logístico Fonte: SENAI DR BA, 2015. 3 Atividade produtiva: é um processo que consiste na relação dos fatores de produção com o objetivo de satisfazer necessidades dos clientes, em termos de bens ou serviços. 2 FUNDAMENTOS DA LOGÍSTICA 23 RECAPITULANDO Neste capítulo, você pode conhecer um pouco da história da logística, seu conceito, assim como as atividades que a envolvem e que estão presentes em nossa sociedade há muitos anos, fazendo parte da nossa rotina. Viu também em algumas situações como deve ser o perfil do profissional de logística, e que ele deve manter sempre o foco nas atividades que estão sendo desenvolvidas. Percebeu que um profissional deve estar atualizado sobre os sistemas logísticos e como eles são importantes para o bom desen- volvimento de uma organização. Foi possível perceber as tendências deste mercado ao estudarmos sobre o avanço da Globalização no mundo tecnológico eespecialmente no e-commerce. Percebemos também que o nível de serviço de uma empresa é essencial para que ela se torne cada vez mais competitiva no mercado. Para finalizar, estudamos sobre “lead time” e como ele é aplicado em diversas áreas, de acordo com a necessidade de cada uma delas. Todas essas informações são de fundamental importância para o início da formação do Profissional de Logística. Vamos ao próximo capítulo onde você conhecerá o mundo das embalagens. Embalagens 3 O desenvolvimento da embalagem iniciou pela necessidade do homem armazenar produ- tos para sua sobrevivência, como a água e os alimentos. As embalagens estão presentes em quase todos os produtos do mercado, com formatos e utilizações bem variados, melhorando sua criação a cada avanço tecnológico. Conforme o tempo passa, o material dessas embalagens é aperfeiçoado e seu material vai se tornando mais resistente, podendo ser utilizado várias vezes, como é o caso das embalagens com troca de refil. Na logística, a embalagem tem grande influência na movimentação de cargas pois, facili- tam este processo além de unitizar4 as mercadorias melhorando seu manuseio. Ev olu çã o n o m od elo da s em ba lag en s Figura 5 - Evolução da embalagem Fonte: SENAI DR BA, 2015. 4 Unitizar: juntar (cargas diversas ou separadas), formando um só volume. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA26 3.1 TIPOS DE EMBALAGENS Antes de conhecermos alguns tipos de embalagens, vamos entender primeiro sua definição e para que servem. Uma embalagem é um recipiente que envolve ou armazena produtos temporariamente, com o obje- tivo de melhorar as condições de transporte, distribuição e armazenagem, garantindo a conservação dos mesmos. Servem para proteger o conteúdo, fornecer informações sobre as formas de manuseio, além de exibir várias informações sobre o produto (peso, quantidade, ingredientes, composição, etc.). Na logística, normalmente os produtos são embalados em caixas de papelão, madeira, sacos ou barris, para maior eficiência no manuseio. O peso, a dimensão e a fragilidade das embalagens utilizadas nas ope- rações de linhas de produção determinam as necessidades de manuseio e de transportes. Agora que você já sabe o que é uma embalagem e como pode ser utilizada, vamos aos tipos: a) Embalagem primária: são recipientes que se encontram em contato direto com o produto, exemplo: frascos, blisters5 de remédios, bisnagas, garrafas, etc. Figura 6 - Embalagem primária Fonte: SENAI DR BA, 2015. CURIOSIDADES Você sabia que as embalagens longa vida são compostas de seis cama- das de material para evitar que o papel e o alumínio fiquem em contato direto com o produto? 1ª e 2ª camada - plástico, 3ª camada alumínio, 4ª camada plástico, 5ª camada papel, 6ª camada plástico. 5 Blisters: Embalagem onde ficam os comprimidos, conhecida também como cartela. 3 EMBALAGENS 27 6 Pallet: Peça de madeira, metal ou plástico que é utilizada para movimentação de embalagens. b) Embalagem secundária: embalagem produzida para acomodar a embalagem primária. Exem- plo: caixa que envolve as garrafas, caixa que envolve os blisters de remédio, etc. Figura 7 - Embalagem secundária Fonte: SENAI DR BA, 2015. c) Embalagem terciária: utilizada para o transporte dos produtos, protegendo e facilitando a ar- mazenagem dos mesmos, exemplo: pallet6 , cantoneiras, papelão, fibras, etc. Figura 8 - Embalagem terciária Fontes: SENAI DR BA, 2015. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA28 Para que o entendimento fique ainda mais claro, juntamos os três tipos de embalagem em uma única figura. Veja abaixo. Primária Secundária Terciária Figura 9 - Junção dos 3 tipos de embalagens (primária, secundária e terciária) Fonte: SENAI DR BA, 2015. FIQUE ALERTA De acordo com a norma NR17, as embalagens que são movimentadas manualmente não devem exceder o peso de 60 kg. 3.2 FUNÇÃO DA EMBALAGEM Você deve estar se perguntando: mas eu acabei de ver o que é embalagem e o seu objetivo e agora me deparo com um tópico de “Função”? Ainda tem mais? Sim, porque no conceito acima, vimos que as embalagens servem para proteger, conter e melhorar as condições de transporte dos produtos, mas, além dessas funções básicas, elas também desempenham um papel importante não só nas empresas como também na sociedade. Vamos ver que funções a mais são estas? As embalagens “conversam” diretamente com o consumidor, informando a ele sobre tudo que ele irá adquirir ao receber aquele produto. Outra função é despertar a atenção do comprador atraído pelos seus visuais diferenciados. Com a evolução da humanidade e suas mais altas exigências de consumo, foram incorporadas novas funções para as embalagens: a) Proteger a saúde: são responsáveis por proteger os produtos e garantir que eles estejam apro- priados para o consumo. b) Evitar desperdícios: a embalagem junta as mercadorias, aproveitando melhor seu espaço, fazendo com que sejam entregues mais produtos numa mesma viagem, reduzindo o custo de transporte. 3 EMBALAGENS 29 c) Informativa: desenvolve embalagens em braile para que os deficientes visuais tenham acesso às informações do produto. d) Atender as exigências do consumidor: deve fornecer informações ao consumidor de maneira clara e eficiente. e) Influenciar nas vendas do produto: a embalagem é muito importante para a venda do produ- to, afinal, quem nunca comprou um “livro pela capa”? Para melhorar a embalagem, a empresa tem que ser criativa, alterar a forma sem mexer na identidade do produto. SAIBA MAIS Pesquise na internet sobre empresas de embalagens que falam sobre regulamentos para fabricação de embalagens, como elas atuam no meio ambiente e como é feita a reciclagem. E agora, você conseguiu entender porque estendemos o assunto sobre objetivos e funções das emba- lagens? É importante saber também como preservar os materiais que são colocados nestas embalagens, de acordo com a especificação de cada um. 3.3 PRESERVAÇÃO DE MATERIAIS Durante uma operação de movimentação, os materiais estão expostos aos mais diversos fatores que podem originar a falha prematura do processo6 . Os motivos dessa da falha prematura podem ser decor- rente de diversos fatores, como: a) Danos indevidos no material durante o processo de movimentação e armazenagem; b) Fatores ambientais (exemplo: umidade, luz e temperatura); c) Incompatibilidade com outros produtos (exemplo: colocar tecido junto com tinta); d) Esbarrões ocasionados por empilhadeiras (exemplo: a lança da empilhadeira pode perfurar o material); e) Queda de ferramentas sobre materiais; f) Inclinações, aceleração ou freadas bruscas do veículo que está transportando os materiais; g) Pequenos impactos ocasionados no manuseio de materiais frágeis. Exemplo: uso de anéis, pul- seiras, correntes, etc.; h) Aclives7 e declives8 ocasionados no caso de transporte aéreo; 7 Falha Prematura: Erro antecipado. 8 Aclive: Grau de inclinação do terreno, subida, ladeira (considerando se baixo para cima). 9 Declive: Grau de inclinação da superfície, imperfeição do terreno que está sendo percorrido. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA30 i) Buracos nas rodovias; j) Cargas mal amarradas. A conservação do material é de grande importância, pois vai garantir que se mantenham preservadas as características, integridade e qualidade dos produtos desde a origem até a entrega ao consumidor. O ambiente de proteção deve estar de acordo com a necessidade de cada produto, respeitando seus com- ponentes de fabricação, a fim de evitar avarias9. Dentro das técnicas para preservação de armazenagem estão destacados métodos de preservação de limpeza, armazenamento de acordo com o clima (esta técnica serve principalmente para materiais de pro- pagação10), embalagens de proteção, lembrando que todas as técnicas devem se adequar ao tipo de ma- terial que está sendo armazenado. 9 Avarias: Grau de inclinação da superfície, imperfeição do terreno que está sendo percorrido. 10 Materiais de propagação:São todos aqueles sensíveis a fatores climáticos como, por exemplo, chuva, umidade, luz solar, etc. 3 EMBALAGENS 31 RECAPITULANDO Neste capítulo, vimos o que são embalagens. Este conceito será de grande utilidade para a vida do profissional que deseja ser um futuro empreendedor neste ramo. Você agora sabe quais são as funções das embalagens, como elas se classificam, as diversas for- mas de utilizá-las levando em conta cada tipo de embalagem e suas respectivas funções. Percebe- mos também a importância da embalagem como necessidade no método de preservação de cada produto. Foi um prazer compartilhar de mais essa informação com você! E vamos continuar, pois o próximo capítulo está ainda mais interessante. Armazenagem 4 Neste capítulo, você será convidado a conhecer um pouco mais a logística e suas técnicas de armazenagem. Veremos as rotinas e funções do profissional responsável por esta tarefa. Abordaremos tanto os equipamentos de movimentação e de armazenagem, como o recebi- mento, conferência e expedição de materiais, etapas fundamentais para sua organização. Vamos imaginar agora cem mil computadores embalados em caixas. Não há como falar de embalagem sem falar ou pensar em como vamos guardar todas essas caixas, não é mesmo? O termo utilizado para guardar é armazenar. Como estas mercadorias serão armazenadas? Em que local? Como serão identificadas e encontradas? Veremos tudo isso logo a seguir. CURIOSIDADES Você sabe por que o vinho é armazenado na posição ho- rizontal? É assim para que que o líquido fique em contato direto com a rolha, evitando que ela resseque (já que é feita de fibras de madeira) podendo causar entrada de ar na gar- rafa. A armazenagem consiste em acondicionar11 materiais em um determinado local, de acor- do com seu peso, tamanho, estrutura e necessidades especiais (caso haja), movimentando-os para entrar e sair destes locais quando for solicitado, tendo como regra o melhor aproveita- mento da área disponível, no sentido vertical ou horizontal. Para que haja um bom armazenamento e evitar riscos de imprevistos, é necessário tomar algumas medidas preventivas como: a) Determinação do local (se será coberto ou não); b) Definição do layout12; c) Ordem, arrumação e limpeza do local; d) Segurança contra furtos, incêndios, etc. 11 Acondicionar: Dotar de certa condição, guardar, preservar, acomodar, embrulhar, empacotar. 12 Layout: Plano, desenho, projeto, forma. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA34 Vejamos na figura a seguir as funções básicas da armazenagem: Figura 10 - Funções básicas da armazenagem Fonte: SENAI DR BA, 2015. SAIBA MAIS Se você quiser saber um pouco mais sobre armazenagem abordando as cargas perigo- sas, leia o livro Gestão Estratégica da Armazenagem, de Paulo Roberto A. Rodrigues. Ele trata de como armazenar, transportar e unitizar essas cargas. Assim como devemos levar em consideração as funções da armazenagem para seu bom acondiciona- mento, devemos também analisar as estruturas e a melhor forma de implantá-las dentro do armazém. Estas estruturas devem estar de acordo com a embalagem, dimensões e o espaço que elas ocuparão podendo ser porta pallets fixo, porta pallets deslizante, drivers (drive in e drive thru), cantilever, etc. 4 ARMAZENAGEM 35 Veremos um Quadro com a exposição destas estruturas: Porta Pallet Deslizante Drive-in Drive-thru Push back Porta Pallet Convencional Cantilever Quadro 4 - Estruturas de armazenagem Fonte: SENAI DR BA, 2015. a) Porta pallet deslizante: esta estrutura permite que o operador mova uma fileira da estante à medida que ele precisa pegar um pallet que está um pouco mais atrás, inclusive abrindo um cor- redor entre uma fileira e outra. b) Porta pallet convencional: bastante utilizado nas empresas, ele é fixo e permite a retirada da carga em qualquer posição; c) Cantilever: são vigas de sustentação, servem como suporte de varanda, pontes, tubos, perfila- dos, etc.; d) Drive-in: como esta estrutura não se move, é ideal para cargas padronizadas; e) Drive-thru: ótima estrutura para movimentação constante, pois, permite que o material seja co- locado por um lado e retirado pelo outro; f) Push back: essa estrutura é formada por trilhos com rodízios, facilitando o manuseio de entrada e saída do pallet. Permite que a empilhadeira13 coloque volumes enfileirados na posição horizontal. Para armazenar também é preciso movimentar os produtos e para tal, serão necessários equipamentos para estes deslocamentos. É o que veremos no tópico a seguir. 13 Empilhadeira: Equipamento utilizado para carregar, movimentar, empilhar e arrumar mercadorias. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA36 FIQUE ALERTA Se os produtos líquidos e pastosos forem mal acondicionados dentro da embalagem eles podem vazar, causando prejuízo à empresa. 4.1 EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM No armazém são necessários alguns equipamentos para melhorar e facilitar a acomodação das cargas e também sua movimentação. Eles podem ser classificados da seguinte forma: a) Equipamentos de elevação e transferência: ponte rolante, empilhadeira, paleteira, pórticos fixos e rolantes; b) Transportadores contínuos: esteiras rolantes; c) Embalagens: bag14, sacarias15, pallets, caixas. Pallet Ponte Rolante Pórtico Fixo Pórtico Rolante Paleteira Empilhadeira Figura 11 - Equipamentos de movimentação Fonte: SENAI DR BA, 2015. 14 Big Bag: Saco grande normalmente utilizado para colocar restos de plásticos ou outros materiais não utilizados na produção. 15 Sacarias: Sacos utilizados para colocação de grãos ou produtos parecidos. 4 ARMAZENAGEM 37 4.2 RECEBIMENTO, CONFERÊNCIA E EXPEDIÇÃO O processo de recebimento é um momento importante na logística, pois é através desta prática que se obtém o registro de tudo que entra na empresa. Este registro é feito através de nota fiscal e produto físico onde é feita a conferência dos itens: a) Origem; b) Destino; c) Valores; d) Volumes; e) Quantidade; f) Peso; g) Especificação ou descrição do produto. FIQUE ALERTA Uma falha na conferência no ato de recebimento da mercadoria, consequentemente irá resultar na fabricação e expedição do produto errado. Fique atento! A conferência física verifica a quantidade e qualidade do material e, estando em desacordo com o pe- dido ou se o produto não manteve sua integridade do trajeto, o mesmo entra em processo de devolução ao fornecedor. Após estas conferências, é dada entrada dos volumes físicos na Nota Fiscal e no sistema. O processo de expedição se dá depois que o material é processado (ou produzido), devidamente emba- lado, identificado e separado para distribuir através do modal de transporte adequado ao mesmo. Você deve estar se perguntando: o que é modal de transporte e que horas vou conhecê-lo? Veremos agora! CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA38 RECAPITULANDO Neste capítulo aprendemos que boas práticas de armazenagem melhoram a movimentação no fluxo logístico. Percebemos que as variadas funções de armazenagem são de extrema importância. Vimos também que elas devem ser elaboradas de forma a acolher todo tipo de material de acordo com suas especificações e necessidades. Viu os pontos importantes no recebimento de um produto fazendo todas as conferências necessári- as a fim de evitar futuros imprevistos, ou prejuízos para uma organização e finalizando o capítulo, os passos para a expedição. Anotações: 4 ARMAZENAGEM 39 Transportes 5 Está preparado para “viajar”? Esperamos que esteja, pois, neste capítulo você irá conhecer diversos modais de transporte, assim como a atuação de cada um, suas vantagens e desvanta- gens e como e onde cada um deles deve ser aplicado. Quando falamos a palavra Transporte, no que você pensa? Podemos dizer que é carregar, levar, transportar, etc. Diante desses sinônimos, podemos definir que a palavra transporte nada mais é do que o movimento de pessoas ou coisas de um lugar para outro. Para que esta movimentação aconteça, sãonecessários três elementos para compor a ope- ração de transporte: infraestrutura (modal que será utilizado como terrestre, aéreo, ferroviário, dutoviário, aquaviário), veículos (tipo de veículo que faz a movimentação como automóvel, ônibus, bicicleta, trens, aeronaves, caminhões, etc) e operações comerciais (regulamento de trânsito, leis, códigos de transito, etc). O transporte de cargas é a parte fundamental da área de logística, sem ele o produto não se movimenta no mercado e consequentemente não chega ao consumidor final. SAIBA MAIS Para saber tudo sobre regulamento de Transportes, leis, pesos permitidos, etc. consulte o site da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA42 5.1 MODAIS: RODOVIÁRIO, AÉREO, FERROVIÁRIO, MARÍTIMO, COSTEIRO, FLUVIAL, DUTOVIÁRIO. Modal é o tipo de transporte que será utilizado na condução das mercadorias. Antes de planejar a rota de distribuição da carga, é necessário escolher qual o tipo de Modal mais adequado para a entrega, de acordo com a mercadoria e operação comercial. Durante essa escolha é preciso avaliar as vantagens e desvantagens como segurança, qualidade no serviço, custo do frete, flexibilidade do transportador, peso e dimensões da mercadoria, etc. O modal escolhido deverá ter o menor custo/benefício possível para a empresa. a) Modal rodoviário: Modal que utiliza as vias terrestres para deslocamento de veículos automoto- res como ônibus, caminhões, motocicletas, carretas e outros. VANTAGENS DESVANTAGENS Flexibilidade (capacidade de tráfego por qualquer rodovia) Limite do tamanho da carga/veículo Alto custo de operação e transporte Imprevistos de viagem e manutenção Modal mais poluidor que há Alto risco de roubo/acidentes Vias com gargalos gerando gastos extras e maior tempo para entrega Usado em qualquer tipo de carga Agilidade no transporte Amplamente disponível Fácil adaptação a outros modais Fácil contratação e geren- ciamento Agilidade (fácil acesso a vários locais) Quadro 5 - Vantagens e desvantagens do modal rodoviário Fonte: SENAI DR BA, 2015. 5 TRANSPORTES 43 b) Modal aéreo: Modal utilizado para cargas específicas, de alto valor agregado, que apresentam menos volume e precisam estar no destino ao menor tempo possível. VANTAGENS DESVANTAGENS Transporte de longa distância Custo elevado Necessidade de mão de obra altamente quali�cada Baixo limite de peso e volume Curto tempo de trânsito Grande proximidade de centros urbanos Quadro 6 - Vantagens e desvantagens do modal aéreo Fonte: SENAI DR BA, 2015. c) Modal ferroviário: Como o próprio nome diz, este modal circula sobre trilhos ou ferrovias e precisa possuir infraestrutura necessária para atender a necessidade de transporte dos produtos. VANTAGENS DESVANTAGENS Alta e�ciência energé- tica Tráfego limitado aos trilhos Sistemas de bitolas10 inconsistentes Malha ferroviária insu�ciente Malha ferroviária sucateada Nem sempre chega ao destino �nal, tornando-o dependente de outros modais Pouca �exibilidade de equipamentos Grandes quantidades transportadas Inexistência de pedágios Baixíssimo nível de acidentes Melhores condições de segurança da carga Menor poluição do meio ambiente Quadro 7 - Vantagens e desvantagens do modal ferroviário Fonte: SENAI DR BA, 2015. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA44 d) Modal marítimo: O transporte marítimo evoluiu muito ao longo de anos, atualmente existem navios capazes de transportar mais de 450 mil toneladas em uma única viagem. É o modal mais utilizado nas operações internacionais (importação e exportação) assim como também no trans- porte de diversas regiões dentro da mesma nação (cabotagem16 ou operação costeira). VANTAGENS DESVANTAGENS Grandes e organizadas estruturas portuárias Manutenções constantes nos portos Longo tempo de viagem Gestão organizacional eficiente nos portos Melhor relação custo-benefí- cio (mais barato que o aéreo e o rodoviário) Alta capacidade de carga Quadro 8 - Vantagens e desvantagens do modal marítimo Fonte: SENAI DR BA, 2015. FIQUE ALERTA Para trabalhar com o modal marítimo são necessários muita atenção e cuidado, pois, os processos neste modal são muito burocráticos. Alguns erros podem ser irrever- síveis como o embarque de uma mercadoria errada, a perda do embarque em um navio, etc. e) Modal fluvial: um dos mais antigos meios de transportes conhecidos. Por meio dos rios, que são verdadeiros caminhos naturais. VANTAGENS DESVANTAGENS Transporte de grandes distâncias Depende do nível dos rios Tempo de trânsito longo Transporte de grandes volumes Mercadoria de baixo valor agregado. Transporte oceânico (sem trânsito) Frete de custo relativamente baixo Quadro 9 - Vantagens e desvantagens do modal fluvial Fonte: SENAI DR BA, 2015. 16 Cabotagem: navegação entre portos do mesmo país. 5 TRANSPORTES 45 f) Modal dutoviário: transporte por meio de Dutos (tubulações) utilizado para transportar produ- tos como oleodutos (gasolina, álcool, nafta, glp, diesel), gasodutos (sal-gema, ferro, concentrado fosfático), miderodutos (gás natural), por longas distâncias. VANTAGENS DESVANTAGENS Transporte de gran- des distâncias Acidentes ambientais de grandes proporções (explosões) Investimento inicial elevado Custo de manutenção elevado Requer mais licenças ambientais Transporte de volumes granéis muito elevados Simpli�cação de carga e descarga Menor possibilidade de perda e roubo Baixo consumo de energia Baixos custos operacionais Alta con�abilidade Quadro 10 - Vantagens e desvantagens do modal dutoviário Fonte: SENAI DR BA, 2015. SAIBA MAIS Para conhecer melhor sobre leis, diretrizes, regulamentos e controles de cargas trans- portadas pelo modal marítimo, consulte o site do SISCOMEX - O Sistema Integrado de Comércio Exterior. É um sistema que controla toda operação de importação e exporta- ção no modal marítimo. Fonte: Portal Siscomex, 2015. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA46 5.2 MEIOS DE TRANSPORTE: ADEQUAÇÃO À NECESSIDADE Um único modal ou todos os modais podem ser utilizados em uma única transferência de materiais, o que irá determinar o uso será a necessidade. A escolha do modal de transporte depende da característica do produto, volume, distância, capacidade e prazo de entrega estabelecido. Esta utilização recebe as seguintes denominações: a) Monomodal ou unimodal: Nesta modalidade, a carga é transportada sozinha, num único tipo de modal, em apenas um tipo de veículo, com um único documento de transporte; b) Multimodalidade: Neste modal, o trajeto é gerido por uma única empresa, podendo utilizar mais de um tipo de modal. A característica marcante nesta operação é que, todo trajeto é feito com apenas um documento de transporte, este documento é emitido pela OTM (operador de transporte multimodal) que é pessoa jurídica responsável por esta prática; c) Intermodalidade: Já esta operação, também pode utilizar mais de um tipo de modal, porém ao contrário da Multimodalidade, neste caso é preciso emitir um documento de transporte para cada modal, contratados por diferentes empresas. Para executar tantos descolamentos é necessário arcar com os custos de tudo, correto? É aí que vamos falar sobre Frete! Este é o termo utilizado para definir o custo de locomoção das mercadorias e pode ser dividido em dois tipos: a) Frete CIF - Cost Insurance and Freght17: o custo do pagamento do frete é de inteira responsabi- lidade do fornecedor, sem nenhum custo adicional para o cliente; b) Frete FOB - Free On Board18: ao contrário do Frete CIF, neste caso o custo do frete fica por conta do cliente, sem nenhum custo ao fornecedor. Há outra situação de Frete onde o custo é divido entre as partes, este acordo deve ser já preestabelecido e os percentuais variam caso a caso. 17 Cost Insurance and Freght: Custo, seguros e frete. 18 Free On Board: Livre a bordo 5 TRANSPORTES 47 5.3 LOGÍSTICA VERDEE REVERSA LOGÍSTICA VERDE ECONOMIA AMBIENTE SOCIEDADE Figura 12 - Logística verde Fonte: SENAI DR BA, 2015. Muitos confundem a Logística Verde com a Logística Reversa mas, suas funções são completamente diferentes. Logística Verde, também chamada de Ecologística, é a parte da logística que estuda os impactos am- bientais causados pelas operações logísticas. Já a Logística Reversa trata do retorno dos materiais ou embalagens do processo produtivo. De certa forma esta operação tem sua participação da Logística Verde já que, quando acontece o retorno desses materiais, estes não são mais utilizados. Algumas empresas fazem a reciclagem ou descartam os itens de maneira que não agridam a natureza. É daí que vem a confusão no conceito dessas duas operações logís- ticas. De certa forma, uma complementa a outra, pois ambas têm responsabilidades sociais e ambientais. A logística verde está rapidamente ganhando influência em toda a logística. Governos e financiadores de projetos estão se tornando cada vez mais conscientes de questões “verdes” e se enquadrando nas nor- mas ambientais. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA48 CASOS E RELATOS Haroldo e sua primeira experiência com entregas Haroldo trabalhava numa distribuidora de embalagens há quase 10 anos, era um funcionário bastante querido pelos donos, principalmente pelo fato de ter sido caseiro de um deles. Haroldo atuava em atividades menos complicadas do processo, como na operação de máquinas, limpeza, corte de pelão, etc. Ele não tinha curso de qualificação profissional. Apesar de dirigir, Haroldo nunca foi designado para fazer entregas porque não tinha conhecimento em rotas. Um dia seu chefe resolveu lhe dar uma chance, pois tinha três entregas urgentes. Rapidamente foi traçada uma rota com as três entregas: Aracajú (Sergipe) - 2 pallets com um produto “A” com 50 caixas cada um. Maceió (Alagoas) - 1 pallets com um produto “B” com 60 caixas. Petrolina (Pernambuco) - 2 pallets, o primeiro com um produto “A” e outro com o produto “B”, cada pallet com 60 caixas. Haroldo saiu da Bahia em direção a Sergipe para fazer a primeira entrega e assim por diante, ate finalizar tudo e retornar à empresa. Dois dias depois, o cliente de Maceió ligou informando que recebeu um pallet do produto “A” sendo que esperava o produto “B”. O dono da empresa ficou intrigado, pois nenhum dos outros clientes haviam reclamado. Ele chamou Haroldo que confirmou as entregas feitas conforme estava no checklist19 e “Ordem de Coleta20” do transportador. Mas o chefe verificou que havia um erro no checklist e Haroldo não havia percebido, pois não tinha experiência. Este erro fez com que um dos pallets de Petrolina fosse entregue em Maceió. O chefe ligou para o cliente de Petrolina que disse ter percebido o erro, mas como utilizava o produ- to, ele aproveitou e colocou o material entregue em sua linha de produção. Não havia mais como pegar o material de volta. O Chefe teve que enviar o produto correto (B) para Maceió e trazer de volta o que foi entregue errado já que o material não serviria a este cliente. A empresa teve custo de frete. Felizmente, dias depois, a empresa conseguiu vender o pallet que o cliente de Maceió não utilizou, reduzindo os prejuízos e ficando apenas o custo do frete destas novas entregas. 19 Chek List: Documento que pode ser utilizado em diversos tipos de atividades para fim de controle, lembretes, conter dados da mercadoria, trajetos, etc. 20 Ordem de Coleta: Documento utilizado pelo transportador para controlar o que esta sendo levado por ele. Este documento contém todas as informações sobre a carga (nota fiscal, peso, volume, valores, destino, cliente, etc). 5 TRANSPORTES 49 Lição: nunca será perda de tempo conferir mais de uma vez a atividade que foi executada. Isso ajudará você a detectar equívocos que possam ter acontecido durante a execução da atividade. E principalmente, evitar problemas futuros! 5.4 OPERADOR LOGÍSTICO As empresas têm buscado terceirizar as atividades que fogem de seu domínio. Embora este não seja o único motivo que leva a organização a se direcionar para esta prática, a redução de custo também é um grande fator motivador, já que o serviço terceirizado fica bem mais em conta (se tratando de custo) do que a contratação direta. Sem falar que isenta a empresa das responsabilidades profissionais sobre os contra- tados. Foi através desta necessidade que surgiu os denominados Operadores Logísticos. Uma prática que tem se tornado contínua, gerando várias oportunidades profissionais neste campo. Figura 13 - Exemplo de operador logístico Fonte: SENAI DR BA, 2015. CONCEITOS BÁSICOS DA LOGÍSTICA50 RECAPITULANDO Neste último capítulo mergulhamos você no mundo da distribuição, falamos sobre transporte e seus diversos modais, em como cada um deles deve ser aplicado de acordo com produto, volume, destino e regulamentos. Vimos também como adequá-los às necessidades dos clientes, dentro das rotinas logísticas. Conhecemos um pouco do que é Logística Verde e Logística Reversa e porque o conceito dessas duas práticas é tão confundido. Estudando onde cada uma atua, pudemos compreender que uma conclui o trabalho da outra. Conhecemos também o significado do Operador Logístico, como e onde ele atua, porque seus serviços são solicitados e quais as vantagens de se terceirizar as operações logísticas nas empresas. Chegamos ao fim do livro e esperamos que tenha gostado do assunto! Estudamos sobre a logística, sua origem, seus sistemas, controles, forma de operar, as vantagens e desvantagens deste mundo que deve ser constantemente explorado. Vimos como embalar, preservar, movimentar, transportar e coordenar essa distribuição até a entrega no cliente final. Acreditamos que este livro tenha deixado claro para você como é a atuação na logística e que o ajude em sua jornada profissional, despertando seu interesse, para quem sabe no futuro, você torne- se um gestor nesta área. Anotações: 5 TRANSPORTES 51 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério do Trabalho. NBR 17: ergonomia, 1978. Disponível em: <http://portal. mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEFBAD7064803/nr_17.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2015. CLUBE de Vinhos. Como armazenar garrafas de vinho. Disponível em: <http:// clubedevinhos.com/artigos/como-armazenar-garrafas-vinho>. Acesso em: 15 jul. 2015. GOMES. Phillipe Fernandes. O sistema logístico Militar: estudo de caso em um depósito de suprimento. 2011.67 f. Monografia (Graduação em Engenharia Produção) Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, 2011, p.14. JOVEM Logística. Consultoria e Treinamento. A origem da logística: a arte da guerra. 13 ago. 2010. Disponível em:<https://jovelogistica.wordpress.com/2010/08/13/a-origem-da- logistica-a-arte-da-guerra/>. Acesso em: 15/07/2015. LABORATORIO da Consultoria. A história e evolução da logística. 26 jan. 2014. Disponível em:<http://laboratoriodaconsultoria.com.br/site/a-historia-e-evolucao-da-logistica-2/>. Acesso em: 15 jul. 2015. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. A arte da guerra. São Paulo: Atlas, 2001. PORTAL Educação. Nível de serviço logístico. 1 fev. 2013. Disponível em: <http://www. portaleducacao.com.br/administracao/artigos/31603/nivel-de-servico-logistico-logistica- empresarial>. Acesso em 17 jul.2015. PORTAL Siscomex. 2015. Disponível em: <http://www.portalsiscomex.gov.br/>. Acesso em 17 jul.2015. SENAI. Departamento Nacional. Departamento Regional da Bahia. Inovação e Tecnologias Educacionais. Brasília: SENAI DN; Salvador: SENAI DR BA, 2015. _____. Fundamentos dos processos logísticos, v.1. Brasília: SENAI DN; Salvador: SENAI DR, 2012. _____.______, v.2. Brasília:SENAI DN; Salvador: SENAI DR, 2012. SITE Uol Host. Academia E-Commerce. 10 curiosidades que te farão viajar na história do e-commerce. 2014. Disponível em: < http://www.uolhost.uol.com.br/academia/ noticias/2014/02/10/10-curiosidades-que-te-farao-viajar-na-historia-do-e-commerce.html TZU, SUN. A arte da guerra. Traduçãode Sueli Barros Cassal. Porto Alegre: L&PM, 2006. (Coleção L&PM Pocket) . MINICURRÍCULO DA AUTORA DAIANE ARAÚJO Daiane Araújo é Graduada em Logística Empresarial pelo Centro Universitário Uninter, atua na área de Logística há mais de 10 anos. Cursou Logística a Nível Técnico e Analista na Instituição Centro de Ensino Técnico e Profissionalizante (CETTPS) em Camaçari-Bahia. Iniciou sua Carreira em 2003. Tem experiência na área de Logística com ênfase em Transporte e Distribuição. Atuou no setor de Suprimentos, Gestão e Controle de Estoque, Armazenagem, Almoxarifado, Inspeção de Recebimento, Movimentação de Carga, Contratação de Serviços, Gestão de Pessoal e Proces- sos Logísticos internos e externos. Atualmente é Instrutora Técnica I no SENAI Cimatec em Salva- dor-Bahia. ÍNDICE A Aclives 29 Acondicionar 33 Atividade produtiva 22 Avarias 30 B Big bag 36 Blisters 26, 27 C Checklist 48 Cost Insurance and Freght 46 Cabotagem 44 D Declives 29 E Empilhadeira 35, 36 F Follow up 21 Free On Board 46 L Layout 33 O Ordem de Coleta 48 P Pallet 27 Prematura do processo 29 Propagação 30 S Sacarias 36 T Tratativa 16 U Unitizar 25 SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP Felipe Esteves Morgado Gerente Executivo Waldemir Amaro Gerente Fabíola de Luca Coimbra Bomtempo Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros Didáticos SENAI – DEPARTAMENTO REGIONAL DA BAHIA Ricardo Santos Lima Coordenação do Desenvolvimento dos Livros Didáticos Daiane Araújo Elaboração Lucas Gomes de Freitas Revisão Técnica Marcelle Minho Coordenação Educacional André Costa Coordenação de Produção Paula Fernanda Lopes Guimarães Coordenação de Projeto Monique Ramos Quintanilha Design Educacional Daiane Amancio Revisão Ortográfica e Gramatical Alex Romano Lima Antônio Ivo Lima Fabio Ramon Rego da Silva Ricardo Barreto Thiago Costa Vinicius Vidal Fotografias, Ilustrações e Tratamento de Imagens Altamir Stell Alessandro Caetano Neves Leda Maria da Silva Senra Costa Lucas de Freitas Gomes Comitê Técnico de Avaliação Antônio Ivo Ferreira Lima Leonardo Silveira Diagramação Rita de Cássia Silva da Fonseca Revisão de Diagramação e Padronização Rita de Cássia Silva da Fonseca CRB -5 / 1747 Normalização - Ficha Catalográfica Antônio Ivo Ferreira Lima Leonardo Silveira Diagramação, Revisão de Arte e Fechamento de Arquivo i-Comunicação Projeto Gráfico
Compartilhar