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• O sistema nervoso consiste de apenas dois tipos de células – neuroglia e neurônios; • Neuroglia (célula da glia) sustenta e protege o neurônio; estas células são menores do que os neurônios, porém mais numerosos (5-50x) • Neuroglia é uma fonte comum de gliomas (tumores) geralmente altamente malignos e de crescimento rápido; • Há 6 tipos de células da glia. 1)Astrócitos (SNC) – possuem muitos processos; - Participam no desenvolvimento do encéfalo; auxiliam na formação da barreira hematoencefálica; - Participam no metabolismo de neurotransmissores e mantêm o equilíbrio correto do potássio para a geração de impulsos nervosos pelos neurônios do SNC; 2) Oligodendrócitos (SNC) – menores que astrócitos, - Possuem menos processos e um corpo celular redondo/oval; - Produzem a bainha de mielina em torno dos axônios dos neurônios do SNC, - Cada oligodendrócito enrola mielina em torno de vários axônios. 3) Micróglia (SNC) - pequenas células com poucos processos; células fagocíticas que englobam e destroem os micróbios e restos celulares no SNC; 4) Células ependimárias (SNC) – células epiteliais geralmente ciliadas em 1 camada; revestem os ventrículos encefálicos e o canal central da medula espinal; formam o líquido cerebrospinal e auxiliam na circulação do mesmo. 5)Neurolemócitos (cels. De Schwann) (SNP) – células achatadas dispostas em torno dos axônios; cada uma delas produz parte da bainha de mielina em torno de um único axônio de um neurônio do SNP; 6)Células satélites (SNP) – achatadas dispostas em torno dos corpos celulares de neurônios nos gânglios; sustentam os neurônios nos gânglios do SNP. Conduzem impulsos de uma parte do corpo à outra; são as unidades básicas de processamento de informação do sistema nervoso. • O corpo celular das células nervosas não contém aparelho mitótico por isso os neurônios de pessoas adultas não se regeneram. • Dendritos – processos citoplasmáticos curtos, espessos e ramificados, são vários num neurônio; recebem os impulsos e conduzem-nos ao corpo celular; • Axônio- processo citoplasmático único, longo, fino que envia impulsos ao outro neurônio ou tecido. • Axônio e sus ramos colaterais terminam ramificando-se em terminações axonais cujas extremidades possuem estruturas denominadas bulbos sinápticos (botões terminais) que contém vesículas sinápticas (que armazenam neurotransmissores). • Bainha de mielina – revestimento dos axônios multicamadas, branco, lipídico e proteico produzido pela neuroglia. • FUNÇÃO: isolamento elétrico do axônio de um neurônio e aumento da velocidade de condução do impulso nervoso. • Axônios com esse tipo de revestimento são mielínicos e sem – amielínicos. • No SNP a bainha de mielina é formada pelas células de Schwann ainda no desenvolvimento fetal. • Estas células enrolam o axônio (~100 camadas de membrana da célula de S.) e seus núcleos e citoplasma ficam na parte externa. • A camada citoplasmática externa nucleada da célula de S. é denominada neurolema (bainha de Schwann). • Quando há lesão axonial o neurilema auxilia na regeneração. A intervalos a bainha de mielina apresenta espaços denominados nodos de Ranvier (espaços sem mielina). • No SNC a bainha de mielina é formada pelos oligodendrócitos que depositam esta bainha, sem formar neurolema. Há nodos de Ranvier porém em menor número. Axônios do SNC exibem pouco crescimento após a lesão. • A quantidade de mielina aumenta do nascimento até a maturidade e sua presença aumenta significativamente a velocidade da condução nervosa. • Devido a mielinização ainda estar em andamento na infância e resposta da criança aos estímulos não é tão rápida ou coordenada quanto de um adulto. • A esclerose múltipla e doença de Tay-Sachs envolvem a destruição da bainha de mielina. • Substância branca – grupos de axônios mielínicos de muitos neurônios. • Nervo consiste de um grupo de fibras nervosas mielínicas no SNP; • Trato – feixe de fibras (dendritos e axônios) localizadas no SNC. Os tratos espinais que conduzem impulsos sensitivos são denominados tratos ascendentes e os que conduzem impulsos motores pra baixo da medula espinal – descendentes. • Substância cinzenta – contém corpos celulares e dendritos dos neurônios ou feixes de axônios amielínicos. • Gânglios – grupos de corpos celulares dos neurônios localizados no SNP. • Núcleos – grupos de corpos celulares e dendritos dos neurônios no SNC. • No telencéfalo e cerebelo a substância cinzenta forma o córtex (parte externa) e os núcleos estão localizados mais fundo. • Na medula espinhal a substância cinzenta forma os cornos (parte interna) que estão circundados pelos tratos de substância branca – funículos. Funções • Os neurônios possuem capacidade altamente desenvolvida de produzir e conduzir impulsos nervosos e capacidade limitada de se regenerar. • Impulsos nervosos – pequenas correntes elétricas que passam ao longo dos neurônios e resultam do movimento de íons através da membrana plasmática dos neurônios. • São altamente seletivos em relação aos íons. Embora alguns estejam sempre abertos, a maioria está sujeita a regulação (podem estar conduzindo ou não). • Canais podem abrir/fechar em resposta a mudança de voltagem da membrana plasmática, diferença na concentração de íons, substâncias químicas (neurotransmissores, hormônios). • Em um neurônio em repouso existe uma diferença nas cargas elétricas fora e dentro da membrana plasmática. • O lado externo tem uma carga positiva e o lado interno – negativa. • Para ter esta diferença são necessários 2 fatores. 1) diferença entre número de íons de potássio e sódio entre os lados da membrana. Há 30x mais potássio dentro da célula e 15X mais sódio fora da célula. 2) presença de grandes íons negativamente carregados (p.ex. proteínas) dentro da célula. • Mesmo em estado de repouso um neurônio transporta ativamente o sódio pra fora da célula e potássio pra dentro ao mesmo tempo através da bomba de sódio-potássio. • Sendo o sódio positivo transportado ativamente pra fora da célula uma carga positiva desenvolve- se fora da membrana. • O potássio, também positivo e transportado ativamente pra dentro da célula, está em quantidade insuficiente para equilibrar o número ainda maior de íons negativos aprisionados dentro da célula. • A bomba de sódio-potássio cria um gradiente de concentração e elétrico para sódio e potássio. • A membrana é muito mais permeável ao potássio por isso ele se difunde pra fora ao longo de seu gradiente com muito mais facilidade e rapidez do que o sódio se difunde pra dentro. • O resultado final é uma carga líquida positiva fora da membrana celular e negativa dentro. • A diferença na carga de cada lado da membrana de um neurônio em repouso é o potencial de membrana de repouso. • Essa membrana é considerada polarizada (positiva de fora e negativa por dentro). A carga elétrica dentro de uma membrana polarizada é de -70 milivolts (mV). • É a capacidade dos neurônios de responder aos estímulos e convertê-los em impulsos nervosos. • Estímulo é qualquer coisa no ambiente capaz de alterar o potencial de membrana de repouso. • Despolarização – é a perda e depois a reversão da polarização devido à abertura rápida dos canais de íons de sódio. • Repolarização – é a recuperação do potencial de membrana de repouso devido à abertura mais lenta dos canais de íons do potássio e ao fechamento dos canais de íons de sódio. • Juntas a despolarização e a repolarização constituem um impulso nervoso e levam cerca de 1 milissegundo. • O POTENCIAL DE AÇÃO é uma alteração rápida no potencial de membrana que envolve uma despolarização seguida por repolarização. • No corpo humano apenas células musculares e nervosas produzem potenciais de ação. • A repolarização devolve à célula seu potencial de membrana de repouso, até que isso ocorra o neurônio não pode gerar outro potencial de ação – este intervalo de tempo se chama período refratário. • Um impulso nervosoé conduzido somente em uma direção ao longo do neurônio. • Estímulo limiar – qualquer estímulo forte o suficiente para iniciar um impulso nervoso; • Princípio tudo-ou-nada: se um estímulo é forte o suficiente para gerar um potencial de ação nervoso, o impulso é conduzido ao longo de todo o neurônio com força máxima, a menos que a condução seja alterada por condições como materiais tóxicos nas células ou fadiga. • Qualquer estímulo mais fraco do que o estímulo limiar é denominado estímulo subliminar. • Sozinho ele é incapaz de gerar um impulso nervosos, porém quando vários estímulos subliminares ocorrem rapidamente um atrás do outro e se somam eles conseguem gerar um impulso (efeito cumulativo). • Condução contínua do impulso nervoso – é a despolarização passo-a-passo de cada área adjacente da membrana do axônio ou dendrito de fibras amielínicas. • Condução saltatória – a despolarização ocorre nos nodos de Ranvier das fibras mielinizadas e salta de um nodo pra outro, pois a bainha de mielina inibe o movimento dos íons e não conduz corrente elétrica. É mais rápida do que a contínua. • É influenciada pela: 1) Temperatura: Quanto maior mais rápido as fibras nervosas conduzem o impulso; 2) Diâmetro da fibra: fibras mais grossas conduzem mais rápido 3) Mielina: as fibras mais grossas são todas mielínicas e por isso capazes de condução saltatória. • Sinapses são junções entre células, através dos quais o impulso nervoso é conduzido de um neurônio pra outro ou para células musculares (junções neuromusculares) ou glandulares (junções neuroglandulares). • Nas sinapses as células não se tocam. Nas sinapses alguns impulsos são transmitidos e outros inibidos (homeostase). • Neurotransmissores – são substâncias químicas produzidas pelo neurônio e armazenados nos botões terminais dentro das vesículas sinápticas. • Um neurotransmissor ao se ligar com os receptores na membrana do neurônio pós-sináptico pode produzir uma transmissão excitatória, que cria um impulso nervoso, ou inibitória, que impede os impulsos nervosos subsequentes. • Na sinapse há condução de impulso nervoso apenas em uma única direção – do axônio pré- sináptico para a célula pós sináptica. • Um neurônio pós-sináptico pode receber sinais de vários neurônios pré-sinápticos; • O neurônio pós-sináptico é um integrador – recebe sinais excitatórios (pequenas despolarizações) e inibitórios (pequenas hiperpolarizações), os integra e determina uma resposta final. Existem seguintes tipos de respostas: 1. Se o efeito inibitório < efeito excitatório < nível limiar de estimulação = facilitação, que é uma excitação quase limiar, de modo que estímulos subsequentes podem gerar mais facilmente um impulso nervoso; 2. Efeito inibitório > efeito excitatório = hiperpolarização da membrana e o neurônio pós-sináptico é inibido e não gera impulso nervoso. 1. Efeito excitatório > efeito inibitório = geração de impulso nervoso; 2. Efeito inibitório > efeito excitatório = hiperpolarização da membrana e o neurônio pós-sináptico é inibido e não gera impulso nervoso. • Aos 6 meses de idade virtualmente todas as células nervosas perdem a capacidade de se reproduzir. Quando um neurônio é lesado ele não é substituído por novas células nervosas. Neurônio destruído = perdido permanentemente.
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