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“Mutação constitucional consiste em uma alteração do significado de determinada norma da Constituição, sem observância do mecanismo constitucionalmente previsto para as emendas e, além disso, sem que tenha havido qualquer modificação de seu texto. Este novo sentido ou alcance do mandamento constitucional pode decorrer de uma mudança na realidade fática ou de uma nova percepção do Direito, uma releitura do que deve ser considerado ético ou justo. Para que seja legítima, a mutação precisa ter lastro democrático, isto é, deve corresponder a uma demanda social efetiva por parte da coletividade, estando respaldada, portanto, pela soberania popular’’ (VIEIRA apud BARROSO, 2009, p. 43)
FORMAÇÃO CONSTITUCIONAL
▪ Sobre jurisdição constitucional, João Mauricio Adeodatofala:
▪ “Mas o sistema vai muito além dessas bases textuais, é uma conclusão direta: o sentido e o alcance dos termos, a coerência argumentativa e os conflitos não estão ali nesse livro que se chama ‘a Constituição’ e, nem por isso, deixam de fazer parte do universo constitucional. Ao conjunto de interpretações, argumentações e decisões apreciadas pelo Judiciário, em questões que envolvem os textos constitucionais, dá-se a denominação de jurisdição
constitucional (Verfassungsgerichtbarkeit). Observe-se que a jurisdição constitucional, por sua vez, é também composta de textos, decisórios, os quais vêm somar-se aos textos do livro constitucional e servir de partida para novas interpretações, argumentações e decisões”(ADEODATO, 2009, p.140)
CARACTERISTICAS DA CONSTITUIÇÃO
▪ A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 difere de todas as demais Constituições existentes no Brasil, em razão de sua índole humanitária, isto é, atinente ao coletivo, ao global. Por isso mesmo, é classificada quanto aos direitos fundamentais, na terceira dimensão, por atentar ao princípio de solidariedade e aos direitos humanos. Como Estado democrático de direito tem como fundamentos: a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.(Artigos 1º a 4º)
▪ 1. Escrita. Ao contrário das costumeiras, a Constituição brasileira é escrita. Apresenta-se em forma de livro e divide-se em três partes: o Preâmbulo; o Corpo, com 250 artigos; e as Disposições Transitórias, com 94 artigos (por enquanto). Ela é a soma de preâmbulo, corpo e disposições transitórias. Portanto, o corpo é uma parte que se distingue do preâmbulo e das disposições transitórias.
▪ 2. Unitextual. Está sistematizada em um texto único, específico. Nela pretendeu-se inserir todo o conteúdo necessário à edificação de um texto constitucional apto a regrar a vida do Estado e da sociedade. Não se pode ignorar, entretanto, que existem normas materialmente constitucionais localizadas em outros textos normativos, como, por exemplo, o Código Eleitoral.
▪ 3. Democrática. Elaborada por uma Assembléia Nacional Constituinte cujos representantes foram escolhidos pelo voto popular (com exceção dos chamados senadores biônicos), a Constituição de 1988 é profundamente comprometida com a democracia. Além do mais, ela é o resultado de longos debates dos quais participaram os mais variados segmentos da sociedade brasileira. Esse conteúdo democrático permeia toda a Constituição.
▪ 4. Rígida. Prevê um procedimento especial para alterá-la. A rigidez está relacionada, de modo direto, à exigência de três quintos de votos favoráveis. Tal votação deve ocorrer duas vezes em cada uma das Casas Legislativas do Congreso Nacional. Além disso, limita o direito de apresentar Projeto de Emenda Constitucional a (I) um terço dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, (II) ao Presidente da República ou (III) a mais da metade das Assembléias Legislativas das Unidades da Federação.
▪ 5. Ideológica. Adveio de uma espécie de torvelinho ideológico: consagra a idéia liberal (ordem econômica) e,ao mesmo tempo, o princípio da igualdade (ordem social). Em idêntico sentido, no campo dos direitos fundamentais consagra os direitos civis e políticos (liberalismo) e os direitos sociais, econômicos e culturais (socialismo). Nota-se, portanto, que tanto o ideário liberal quanto o socialista estão presentes no texto constitucional.
▪ 6. Humanista. Tem compromisso induvidoso com a pessoa humana. Nesse campo, trata-se de um dos documentos constitucionais mais avançados já produzidos no mundo. A pessoa humana, um dos fundamentos do Estado brasileiro (art. 1.º, III), é objeto de proteção em diversos dispositivos constitucionais. Pode-se identificar na Constituição o ideário kantiano: as coisas têm preço; o homem, dignidade.
▪ 7. Principiológica. Reúnem-se nela princípios relativos aos mais variados campos do conhecimento jurídico. Podem-se encontrar na Constituição os princípios gerais (relativos à República, à Federação, ao Estado Democrático de Direito, à chamada separação de poderes etc.), além de princípios setoriais relativos a diversos campos específicos do Direito.
▪ 8. Multidisciplinar. A Constituição de 1988 não se limitou a regrar o poder e a garantir direitos individuais e coletivos. Preocupou-se, também, com matérias relativas a vários campos do Direito: do consumidor, tributário, administrativo, processual, internacional, ambiental etc. Além disso, regrou conteúdos pertencentes a outras ciências, tais como Biologia, Medicina, Física, História, Economia, Filosofia, Ciência Política, Sociologia e Antropologia.
▪ 9. Analítica. A Constituição de 1988 é detalhista, minuciosa. O constituinte foi conscientemente pleonástico, repetitivo. Trata, por exemplo, de forma expressa ou implícita, do princípio da igualdade em dezenas de dispositivos.
▪ 10. Normativa. Embora muitas normas constitucionais ainda careçam de concretude, não se pode renegar a normatividade da Constituição brasileira. Suas normas (regras e princípios) estão vinculadas à realidade à qual são dirigidas. Todos os dispositivos constitucionais têm força normativa, inclusive os que são classificados como programáticos.
▪ 11. Formal. Estabelece procedimentos formais para sua alteração. Faz isso tanto no que se refere à revisão constitucional (ADCT, art. 3.º) e à elaboração de emendas constitucionais (art. 60) quanto à feitura das leis infraconstitucionais (art. 47). Nessas hipóteses, estão previstos procedimentos formais específicos que devem ser observados sob pena de serem praticadas inconstitucionalidades.
▪ 12. Federativa. Prevê a forma federativa de Estado. O Brasil é uma Federação composta por várias entidades dotadas de autonomia, quais sejam, União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 18). Rejeitando o Estado Unitário, a Constituição não apenas consagrou a Federação, mas também a tornou cláusula pétrea, vedada a qualquer poder constituído a pretensão de aboli-la (art.60, § 4.º, inciso I).
▪ 13. Republicana. Consagra a República como forma de governo. Isso implica que os governantes devem ser eleitos pelo voto popular e exercer o respectivo mandato por tempo determinado para possibilitar a alternância no poder. Rechaçada, portanto, a hereditariedade como critério de sucessão do principal mandatário.
▪ 14. Presidencialista. Adotou o presidencialismo como sistema de governo. Isso quer dizer que a chefia do Estado e a chefia do governo estão concentradas nas mãos de uma só pessoa. O Presidente da República, no plano interno, exerce o governo e, externamente, representa o Estado brasileiro.
Pós 88... 
▪ No caso brasileiro, o renascimento do Direito Constitucional se deu, igualmente, no ambiente de reconstitucionalização do país, por ocasião da discussão prévia, convocação, elaboração e promulgação da Constituição de 1988. Sem embargo de vicissitudes de maior ou menor gravidade no seu texto, e da compulsão com que tem sido emendada ao longo dos anos, a Constituição foi capaz de promover, de maneira bem sucedida, a travessia do Estado brasileiro de um regime autoritário, intolerante e, por vezes, violento para um Estado Democrático de Direito. 
▪ Princípios Constitucionais Fundamentais.▪ Os princípios constitucionais têm função ordenadora e ação imediata funcionando como critério de interpretação e de integração, dando coerência ao sistema, como ensina Jorge Miranda, em seu "Manual de Direito Constitucional". Os princípios são normas-síntese ou normas-matriz.
"O princípio é mais geral que a regra porque comporta uma série indeterminada de aplicações. ... As normas se exprimem por meio de regras ou princípios. As regras disciplinam uma determinada situação; quando ocorre essa situação, a norma tem incidência; quando não ocorre, não tem incidência.
▪ 1. Princípios políticos constitucionais são os que traduzem as opções políticas fundamentais conformadoras da Constituição, dito de outra forma, são decisões políticas fundamentais sobre a forma de existência da Nação. 
▪ 2. Princípios jurídicos constitucionais são aqueles que informam a ordem jurídica constitucional, constituem desdobramentos dos princípios fundamentais. 
▪ 3. Princípios institucionais ou regionais são os que regem e modelam o sistema normativo das instituições constitucionais.
▪ Assim, ensina Canotilho e Vital Moreira que os princípios fundamentais são variados e visam essencialmente a definir e caracterizar a coletividade política, o Estado e a enumeração das principais opções político- constitucionais. São, também, a síntese de todas as normas constitucionais.
...▪ O primeiro princípio fundamental diz respeito à forma de Estado. 
O Brasil é uma federação, isto é, um Estado Federal composto de diversos outros Estados-membros que se unem para formar uma unidade nova. Essa unidade nova é a Federação. Nesse Estado, a União se apresenta externamente como Estado unitário (Federal). 
Os Estados-membros gozam de autonomia política e administrativa, mas não de soberania. Incluem-se na federação o Distrito Federal e os Municípios.
▪ O segundo princípio refere-se à forma de governo. 
A forma de governo adotada é a República. Isso significa que somos uma coletividade política com características de república, isto é, coisa pública, ou coisa do povo e para o povo. Isso traduz forma de governo, com características específicas inerentes à República:
1) O governante demanda ser legitimado por eleições populares; 
2) Eleições são periódicas; 
3) Temporariedade dos mandatos; 
4) Existência de câmaras legislativas; 
5)Igualdade de todos, sem qualquer vantagem própria das
monarquias em que existe a nobreza e a plebe.
▪ Os demais princípios estão estabelecidos nos incisos do art. 1º da Constituição e são:
 1) Soberania – O fundamento soberania está inserido no conceito de Estado.
 2) Cidadania – O fundamento da cidadania traduz que o titular dos direitos políticos é o povo, o cidadão que se integra na sociedade estatal. O governo, assim, está submetido à vontade popular.
3) Dignidade da pessoa humana – A dignidade da pessoa humana é outro fundamento essencial. Daí todo o capítulo dos direitos e garantias fundamentas, os dados referentes à ordem econômica que busca assegurar a todos uma existência digna, os fundamentos da ordem social, da educação, do exercício da cidadania.
 4) Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa – Isso quer dizer que todo trabalho é digno, consagrada a liberdade de iniciativa na atividade econômica. Isso insere o Brasil nas economias abertas, em que não há dirigismo do Estado, em que os indivíduos serão os condutores da atividade econômica.
 5) Pluralismo político – Refuta-se a ideia de partido único. Todas as doutrinas, idéias políticas ou filosóficas podem ser livremente manifestadas e constituídas e partidos políticos, desde que respeitado o sistema democrático.
▪ Objetivos Fundamentais da Constituição de 1988.
▪ Objetivos do Estado brasileiro estão relacionados no artigo 3º da Constituição e construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzindo as desigualdades sociais e promover o bem de todos, sem quaisquer preconceitos ou outras formas de discriminação.
Esses objetivos são os fundamentais, não todos, à toda evidência. 
Os enumerados são os fundamentais e que valem como prestações positivas e que deverão concretizar a democracia econômica, social e política. Todos esses objetivos do Estado se dirigem à dignificação da pessoa humana.
▪ O art. 4º propõe o que deve ser o Brasil na ordem internacional. 
Assim, estão estabelecidos compromissos com a independência nacional e autodeterminação de todos os povos, a igualdade entre os Estados e a solução pacífica dos conflitos. Nessa linha, preconiza-se a não-intervenção e a defesa da paz. De todas essas posturas frente a ordem internacional, sobreleva a referente à prevalência dos direitos humanos. Vale dizer que em todos os litígios, em todas as questões, a garantia dos direitos humanos é essencial para a postura que o Brasil deva adotar. Assim, registram-se também dentre as preocupações o progresso da humanidade através da cooperação entre os povos e a concessão de asilo político.
▪ DIVISÃO ORGÂNICA DO PODER
▪ “SEPARAÇÃO DE PODERES” e “FEDERALISMO”
▪ O Federalismo é a forma mais eficaz de aproximar o poder do povo de forma emogenea e uniforme a fim de evitar concentrações de poder 
▪ “Toda a sociedade na qual a garantia dos direitos não está assegurada, nem a separação de poderes determinada, não tem Constituição” (art. XVI, Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão)”.
▪ Objetivo:
▪ 1) evitar a concentração do Poder, afastando arbitrariedades, 
▪ 2) com a finalidade de proteção aos direitos fundamentais e 
▪ 3) atribuir tarefas de conformação econômica, social e cultural, confiando-as às funções orgânico-constitucionais;
▪ a expressão “Poderes”: o Poder soberano do Estado é uno, indivisível e indelegável, mas se apresenta em distintas funções que representam determinadas atividades do Estado, distribuídas a órgãos distintos (“estrutura orgânica funcionalmente justa com a especialização funcional de cada órgão”)
# Função Legislativa: responsável especialmente pela criação e inovação do ordenamento jurídico por meio de atos normativos, com características de generalidade e abstração, sujeitos, para sua elaboração, a um procedimento legislativo juridicamente regulado;
# Função Executiva: responsável especialmente pela administração da coisa pública e adoção de políticas governamentais, com a finalidade de dar cumprimento ao estabelecido na Constituição e nas leis por meio de atos e decisões administrativas, sujeitos, a um procedimento juridicamente regulado;
# Função Jurisdicional: responsável especialmente pela solução de lides, aplicando as normas gerais (leis) aos casos concretos controvertidos, determinando suas consequências jurídicas por meio de decisões e sentenças judiciais, sujeitos a um procedimento juridicamente regulado.
▪ OBS: O exercício das funções públicas está sujeito a uma sequência procedimental juridicamente adequada à garantia dos direitos fundamentais e à defesa dos princípios básicos do Estado Democrático de Direito (DEVIDO PROCESSO LEGAL)
▪ ART 2º, CF: “São Poderes da União, independentes eharmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
▪ Obs – dispositivo constante em Constituições anteriores: “Salvo exceções prevista nesta Constituição, é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições; quem for investido na função de um deles não poderá exercer a de outro” (ressalva desnecessária).
▪ DOIS PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS:
▪ # PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE DE ATRIBUIÇÕES: as atribuições de cada função do Estado devem estar expressamente enumeradas na Constituição, não sendo permitido transferências para órgãos diferentes daqueles a quem a Constituição atribuiu, salvo disposição constitucional expressa.
# PRINCÍPIO DA IMPOSSIBILIDADE DE EXERCICIOS SIMULTÂNEOS DE FUNÇÕES: a Constituição estabelece uma incompatibilidade relativamente à mesma pessoa exercer funções de órgãos constitucionais distintos, exceto se houver dispositivo constitucional expresso, com a suspensão das funções anteriores.
▪ SEPARAÇÃO DE PODERES: 
▪ INDEPENDÊNCIAE HARMONIA entre os Poderes
▪ Art. 2º: São Poderes da União, INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
▪ INDEPENDÊNCIA:
▪ (condição de quem tem autonomia)
▪ atribuições de cada “Poder” são definidas pela própria Constituição
▪ Emendas à Constituição e normas infraconstitucionais não podem subtrair atribuições entregues a cada Poder pela Constituição (art. 60, § 4º, III, CF);
▪ # Poder Legislativo: art. 53, CF (garantias parlamentares) -objetivo impedir restrições aos parlamentares, para que sem pressão possam controlar os atos do Poder Público;
▪ # Poder Judiciário: art. 95, CF (garantias dos juízes) – objetivo assegurar a liberdade de decidir, inclusive contra o Poder Público;
▪ # Poder Executivo: art. 84, II e XIII, CF – exercer a direção superior da administração federal e o comando das Forças Armadas. 
▪ HARMONIA:
▪ (disposição proporcional entre as partes de um todo)
▪ atribuições de cada “Poder” caracteriza uma contenção (limitação) das atribuições dos outros “Poderes”;
▪ a independência não é absoluta, pois a Constituição estabelece expressamente interferências, por meio de um mecanismo de controle recíproco entre os “Poderes” (sistema de “freios e contrapesos”), atribuindo funçõestípicas e atípicas aos “Poderes”:
▪ Atribuições atípicas E de controle do Poder Legislativo:
▪ Arts. 49; 50; 57, § 3º, III e IV, CF – relacionadas ao PoderExecutivo;
▪ Arts. 51, I; 52, I e III; 58, §3º, CF – relacionadas ao PoderJudiciário.
▪ Atribuições atípicas E de controle do Poder Executivo:
▪ Arts. 62; 64, § 1º; 66, §1º; 68, CF – relacionadas ao Poder Legislativo;
▪ Arts. 101; 104; 107; 5º, LV, CF – relacionadas ao Poder Judiciário.
ESTADO FEDERAL- FEDERAÇÃO
▪ De acordo com o artigo 1º da Constituição Federal o Brasil é um Estado Federal, cuja organização político-
administrativa compreende a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, todos autônomos nos termos da
Constituição, de acordo com o artigo 18 desta.
▪ São entes federativos no Brasil:
▪ União;
▪ Estados;
▪ Distrito Federal; e
▪ Municípios.
Características do Modelo Federativo:
▪ A união faz nascer um novo Estado, e os Estados que uniram perdem essa identidade de Estado soberano;
▪ A base do Estado federal é sempre uma Constituição e não um tratado internacional (como na confederação);
▪ Essa Constituição estabelece competências tanto para a União (governo central) quanto para os entes federados, não existido hierarquia entre essas competências;
▪ É regido pelo Princípio da indissolubilidade do vínculo federativo: tal princípio estabelece que não existe direito de secessão, que é o direito de denunciar (sair) do tratado. Como consta no art. 1 da CF ‘’… união indissolúvel”
▪ Só o Estado federal possui soberania (poder incontestável dentro de um território). Os demais entes federativos possuem autonomia art. 18 CF, ou seja, certo grau de independência.
▪ Essa autonomia se caracteriza por 3 aspectos, são eles: 
Auto-organização (normas jurídicas próprias ex: leis municipais), 
Autogoverno (os cidadãos daqueles entes federativos, elegem seus próprios representantes), 
Autoadministração (o exercício próprio das competências executivas, legislativas, administrativas e tributarias);
▪ Cada esfera de competência possui renda própria, ou seja, há sua própria competência tributária para garantir sua independência;
▪ A União e os demais entes federados dividem o poder político, isso quer dizer que o governo federal não é a única esfera de poder público; 
▪ Os cidadãos adquirem a cidadania do Estado Federal e perdem a do Estado anterior que deixou de existir.
▪ Igualitário: que é caracterizada pela falta de hierarquia entre seus membros (como o Brasil, não havendo uma hierarquia entre os municípios, estados etc.)
▪ Hegemônico: há uma hierarquia entre seus membros (como a União Soviética)
▪ Estando o Estado Brasileiro organizado sob a forma de federação, o que implica dizer que todos os entes que a compõem são autônomos, não pode existir uma primazia excessiva de um sobre o outro, sob pena de se descaracterizar a forma de estado federal, transformando-o em estado unitário.
algumas limitações ou vedações aos entes que compõem a federação, quais sejam:
▪ o artigo 19 da Constituição estabelece :
▪ a) laicidade do Estado:
▪ Dispõe o inciso I do artigo 19 que é vedado estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.
▪ Perceba-se que o texto constitucional não estabeleceu religião oficial para o Brasil, ao mesmo tempo em que assegurou a liberdade religiosa, de maneira que o Estado Brasileiro não pode privilegiar nenhuma religião ou culto e nem prejudica-lo, o que não significa que não possa, no interesse coletivo, apoiar ações e colaborar com elas, quando isso for útil à sociedade. 
▪ b) credibilidade de documentos públicos:
▪ Dispõe o inciso II que é vedado recusar fé aos documentos públicos, ou seja, os documentos produzidos pelos entes que compõem a federação valem em relação aos demais, não podendo ser recusado pelos outros. Assim, por exemplo, uma certidão expedida pelo órgão municipal não pode ser recusada pelo órgão estadual ou federal, formal e materialmente.
▪ c) igualdade entre brasileiros:
▪ Não obstante sejamos uma federação, cujas regiões sejam bastante diferentes, o cidadão que nasceu em um Estado do Sul é tão brasileiro quanto o que nasceu em um Estado do Norte. Sendo assim, inadmissível que um Estado ou a União, ou mesmo um Município, trate de maneira diferente um brasileiro por causa de pertencer a este ou aquele Estado ou Município. Prevalece a nacionalidade.
▪ . Estrutura Básica da Federação.
▪ 3.2. Estado Federal e Entidades Componentes.
▪ 3.3. Repartição das Competências.
▪ 3.3.1. União: Natureza, Competência.
▪ 3.3.2. Estados Federados: Natureza, Competência.
▪ 3.3.3. Municípios: Natureza, Competência.
ESTADO FEDERAL E ENTIDADE COMPONENTES
▪ União...
▪ Natureza Jurídica: pessoa jurídica de direito público, com capacidade política, que ora se manifesta em nome próprio, ora em nome da Federação.
▪ Diante do Estado estrangeiro, exerce a soberania do Estado brasileiro.
▪ No âmbito do direito interno, a União é apenas autônoma, como são autônomos os Estados-membros e os Municípios.
Competencias da União;
-Não legislativas; compete a união (Art. 21)
-Legislativa; compete privativamente à união legislar (Art. 22)
.. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas nesse artigo
-Concorrente; compete à União, aos Estados e ao DF legislar concorrentemente...comum a ambos (Art. 23 e 24)
**** "Quanto às competências" ****
1. Competência Não legislativa: são atos de alçada tanto do Poder Executivo quanto do Legislativo. São competências que a União deverá exercer diretamente (Ex: declarar guerra)- ARTIGO 21 CF
2. Legislativa; compete privativamente à união legislar, assuntos de competência privativa da UNIÃO (Art. 22)
3. Cocorrente; pode ser cumprida por qualquer ente. Divide-se em: 
▪ legislativas (art. 23) 
 ▪ não legislativas (art. 24)
BENS DA UNIÃO-> ARTIGO 20 DA CF
Organização do Estado
• União – Geral
• Estados: Regional
• Municípios: Local
• Distrito Federal: Regional e Local
• Competência Material: competência para estruturação de serviços públicos e administrativos;
• - Exclusiva (art. 21), aplicável somente à União, e comum (art. 23) aplicável à União, Estados, Distrito federal e municípios;
• - Competência Legislativa: para produção de leis que disciplinam condutas gerais.
• Privativa(expressa e enumerada) (art. 22) – aplicável somente à União, porém, pode ser delegada por lei complementar em pontos específicos aos estados) 
*Concorrente (art. 24), aplicável à União, estados e Distrito Federal.
 Neste caso da competência concorrente, devem ser observados os §§ 1º a 4º do
artigo 24, que diz:
• “§ 1º No âmbito da legislação concorrente,a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas
gerais. competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
• § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos
Estados.
• § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, paraatender a suas peculiaridades.
• § “4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.”
• Em matéria tributária: artigo 153 (expressa e enumerada); 154,I(residual ou remanescenet) e154,II (extraordinária).
NÃO LEGISLATIVAS: Dadas no Art. 21 em XIII ao XXIV
LEGISLATIVAS:Dadas no Art.22 até XXIX
COMPETENCIAS COMCORRENTES
– pode ser cumprida por qualquer ente. Divide-se em: 
• legislativas (art. 23) 
• não legislativas (art. 24)
ESTADOS MEMBROS
• Autonomia = tríplice capacidade;
• - Auto-organização e normatização própria (art. 25, “caput” - Princípios);
• - Autogoverno (Legislativo, Executivo e Judiciário; povo elege seus membros);
• - Autoadministração (competências legislativas e administrativas próprias).
FORMAÇÃO DOS ESTADOS (Art. 18,§3°)
Requisitos:
• Plebiscito – população interessada é condição prévia;
• Propositura do Projeto de Lei Complementar – Congresso, qualquer das casas;
• Audiência das Assembleias Legislativas – não é vinculativo;
• Aprovação do Congresso Nacional – maioria absoluta;
Modo de Formação:
• Incorporação entre si;
• Subdivisão;
• Desmembramento para anexarem-se a outros ou formar novo estado.
BENS DOS ESTADOS MEMBROS (Art.26)
COMPETENCIAS!!:
• Material/Administrativa: 
comum (art. 23) 
residual (art. 25, § 1º);
• Legislativa: 
Residual (art. 25, §1º), 
Autorizada ou
Delegada (art. 22, parágrfo único), 
Concorrente (art. 24)
Suplementar(art.24,§ 2º) 
 em matéria tributária: expressa e enumerada (art. 155);
• Exploração de Serviços de Gás canalizado: 
diretamente ou concessão (art. 25, § 2º), porém as jazidas são monopólio da União (art. 177).
Regiões Metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões (art. 25, § 3º) :
• São divisões administrativas dos Estados, que para serem criadas exigem:
• Lei Complementar;
• Municípios Limítrofes;
• Não tem personalidade;
• Espécies:
• a) Região Metropolitana – conjunto de municípios limítrofes, com continuidade urbana, reunidos em torno de um município pólo (Região Metropolitana de Campinas, São Paulo, Baixada Santista), são meros órgãos de planejamento que se reunem para aconsecução de interesses comuns.
• b) Microrregião – constituída por municípios limítrofes, sem continuidade urbana, mas com problemas comuns e homogeneidade (existem 64 no Estado de São Paulo).
• c) Aglomerações urbanas: áreas urbanas de municípios limítrofes, sem um polo e com grande densidade urbana (Jundiaí, Piracicaba).
MUNICIPIOS- entes federados
• Tem autonomia = tríplice capacidade... e não soberania
• a) Auto-organização e normatização própria (art. 29, “ caput” – Lei Orgânica, votada em dois turnos, interstício de 10 dias e quórum de 2/3, e deve obedecer a Princípios da CF e CE);
• b) Autogoverno (Legislativo e Executivo próprios; povo elege seus membros);
• c) Autoadministração (competências legislativas e administrativas).
Formação dos Municípios:
• Requisitos:
• Lei Complementar Federal: estabelece prazo para criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios;
• Estudo de viabilidade municipal: deverá ser publicado através de lei federal;
• Plebiscito: consulta prévia às populações dos Municípios envolvidos;
• Lei estadual: cria o município
Compete ao municipio :
- Materiais:
• a) Comum (art.23);
• b) Privativa: art. 30, III a IX;
- Legislativa:
• a) Interesse local: art.30, I; 
• b) Suplementar: art.30, II;
• c) Tributária: art. 156;
• d) Plano Diretor: define a política urbana do Município - art. 182 (obrigatório para municípios com mais de 20.000 habitantes);
Quanto ao Disrito Federal;
• Não pode se dividir em municípios, sendo regido por lei orgânica, votada em dois turnos, interstício de 10 dias e quórum de 2/3.
• Tem as mesmas competências dos Estados e Municípios e sua autonomia é parcialmente tutelada pela União.
• O Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia e corpo de bombeiros mantidos pela
União (arts. 21, XIII e XIV e art. 22 XVII), por meio do Fundo de Serviços Públicos.
• Possui Câmara Legislativa composta por Deputados Distritais. Possui capacidade política, de auto governo, de auto administração e auto organização.
Territórios :
• Não são entes federados, são autarquias territoriais que integram a União. No momento não existe nenhum território criado, pois, aqueles que existiam à época da CF/88, foram extintos e transformados em Estados, exceto Fernando de Noronha, que foi integrado ao território do estado de Pernambuco. São entes dotados de capacidade meramente administrativa.
Formação:
• Lei Complementar;
• Plebiscito pela população diretamente interessada;
• Organiza-se por lei federal, podendo dividir-se em Municípios. O governador é nomeado pelo Presidente ( art. 84, XIV), tem o controle das contas realizado pelo Congresso Nacional e o Tribunal de Contas da União.
• Organização do Judiciário, Ministério Público e Defensores pela União, quando mais de cem mil habitantes, com órgãos de 1ª e 2ª instância.
• O Poder Legislativo, se existir, será disciplinado por Lei Federal, que disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência. 
RETOMANDO:
• Inicialmente é importante lembrar que o Federalismo baseia-se na união de vários Estados em um único, cada qual dotado de autonomia, porém submetidos a uma Constituição que estabelece e limitas suas competências (art. 25, par.1º da CF de 88). Possui como base adistribuição do poder politico em função do território, com vistas a preservação da diversidade cultural dos Estados-membros.
• O Estado Federal é soberano, representando a nota caracterizadora do Estado na ordem internacional, representativa do poder e da autoridade suprema, já os membros que o compõem são dotados de uma tal e qual autonomia política-administrativa.
• Temos como elementos caracterizadores da Federação Brasileira: a descentralização política ou repartição de competências (art. 8º e 13) e participação da vontade regional (Estados) na vontade Nacional, através da representação popular exercida por Deputados e Senadores no Congresso Nacional.
• Por fim, temos que as relações federativas de cooperação podem ser visualizadas nos artigos 23 e 24 da Constituição Federal de 1988, que definem as competências comuns e concorrentes entre os entes federados, cujas matérias abordadas em tais artigos serão objeto da elaboração e implantação de políticas públicas.
..• Destarte, para o exercício das competências comuns é necessária uma atuação coordena e cooperativa dos entes federativos, devendo estabelecer atividades conjuntos para que se possa atender a demanda envolvida na prestação daquele serviço a ser desenvolvido.
• Ocorre que verificamos um vazio na atuação dos entes federativos, visto que falta uma regulamentação sobre quem cuidará de cada área, e norma constitucional que cuida do assunto (art. 23) carece de regulamentação:
• “ Leis complementares fixarão normas para cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municipios, tendo em vista o equilibrio do desenvolvimento e do bem estar em âmbito nacional”.
OBS IMPORTANTE:
• As competências concorrentes estão previstas no artigo 24 da Constituição Federal, permitindo que a União, Estados e Distrito Federal possam legislar concorrentemente sobre determinadas matérias. Os municípios não foram contemplados por esta competência o que leva a muitos doutrinadores a não considera-lo como ente federado autêntico
• A Legislação concorrente da União sobre as matérias indicadas no art. 24 da Constituição Federal se limitou aestabelecer normas gerais, cabendo aos Estados e ao distrito Federal a legislar de forma suplementar.
• Temos como matérias da competência concorrente: 
Oorçamento, juntas comerciais, meio ambiente, Patrimônio Histórico e cultural, juizado de pequenas causas, previdência social e saúde, assistência jurídica e defensoria pública, proteção a infância e a juventude, organização das policias civis.
• Na hipótese de faltar norma federal para regular as matérias de legislação concorrente, os Estados membros e o Distrito Federal poderão exercer a competência legislativa de forma plena.
 Entretanto, se houver superveniência de lei federal, a lei estadual ou distrital será suspensa no que for incompatível com a lei federal.
• Celso Bastos ressalta que “no âmbito das competências concorrentes, na pratica, não há igualdade de condições entre os entes federados, pois as leis da União que ditam as normas gerais são tão abrangentes que tolhem quase completamente a atuação livre dos Estados, restringindo sua autonomia legislativa.”
INTERVENÇÃO FEDERAL- Arts. 34 a 36
FINALIDADE –
 manutenção do vínculo e equilíbrio federativo, visando manter a integridade de princípios básicos da Constituição instituidora da forma federativa de Estado.
*CONCEITO – 
"Instituto essencial da forma federativa de Estado, que permite a intromissão excepcional e constitucionalmente autorizada de uma entidade autônoma da Federação mais ampla em uma entidade autônoma da Federação imediatamente menos ampla, suprimindo desta provisoriamente sua autonomia 
(Intervenção é a antítese da autonomia)."
PRINCIPIOS DA INTERVENÇÃO
PRINCÍPIO DA UNIDADE NACIONAL – possibilita a intervenção com o objetivo da manutenção da indissolubilidade do vínculo federativo.
PRINCÍPIO DA NÃO INTERVENÇÃO – a intervenção é medida excepcional, cujas hipóteses encontram-se taxativamente previstas na Constituição.
EM REGRA – a intervenção é feita da entidade autônoma mais ampla da Federação na entidade imediatamente menos ampla da Federação.
Exemplo: 
• União -------------------------- Estados 
• União xxxxxxx> Municípios dentro de estados membros.
• União -------------------------------- Municípios dentro de Territórios.
• União ------------------------------------ Distrito Federal
Atenção:
A União não pode decretar a intervenção em Municípios localizados em Estados;
O DF não decreta intervenção nas suas cidades satélites, já são administradas pelo próprio DF;
A União não decreta intervenção nos Território Federais, se existirem, são administrados pela própria União;
A União pode decretar intervenção nos Municípios, localizados nos Territórios Federais, pois os Municípios são entidades autônomas;
Os Territórios Federais não têm competência para decretar a intervenção
COMPETÊNCIA PARA DECRETAR INTERVENÇÃO
Intervenção Federal – Presidente da República (art. 84, X, CF)
Intervenção Estadual – Governador do Estado (conforme Constituição Estadual e Princípio da Simetria-A República Federativa do Brasil, como o próprio nome menciona, possui a forma de Estado consistente numa federação. As emanações dos Poderes não advêm de apenas uma unidade/entidade central, mas de diversos outros núcleos com autonomias e capacidades próprias.)
CONTROLE
 – O decreto do Poder Executivo sempre estará sujeito a, pelo menos, um controle, seja anterior do Poder Judiciário (controle jurisdicional – em hipóteses que a Constituição Federal determina), seja posterior do Poder
Legislativo (controle político – regra, realizado em todos os casos, exceto quando há dispensa pela Constituição Federal).
OBSERVAÇÕES: Antes de decretar a intervenção, o Presidente da República deve consultar as opiniões do Conselho da República (art. 90, I, CF) e do Conselho de Defesa Nacional ( art. 91, § 1º, II); O decreto de intervenção especificará a amplitude, o prazo e as condições da intervenção e, se for o caso, nomeará interventor (considerado servidor público federal); 
Convocação extraordinária do Poder Legislativo, no caso de recesso; Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas voltarão às suas atividades, salvo impedimento legal (término de mandato, renúncia, suspensão e perda de direitos políticos). 
INTERVENÇÃO FEDERAL – HIPÓTESES 
Para verificar as hipóteses de Intervenção, elencadas nos 7 incisos do art. 34, CF, é interessante relacioná-las com as condições (a palavra “dependerá” do caput do art. 36) de cada uma, quando existentes, elencadas nos 3 incisos do art. 36, CF; 
Situações onde a interenção é autorizada!!!
Pressupostos materiais :
• a) Defesa do Estado: 34, I e II;
• b) Defesa do Princípio Federativo: 34, II, III e IV;
• c) Defesa das Finanças estaduais: 34, V;
• d) Defesa da Ordem Constitucional: 34, VI e VII;
• a: espontânea: para defesa da unidade nacional,ordem pública e finanças públicas (discricionária);
• b: provocada, por solicitação dos poderes executivo elegislativo locais ou requisição, quando for coação contra o Poder Judiciário (STF), para cumprimento de ordem ou decisão judicial (STF, STE e STJ), para execução de lei federal (STF) – ação de execução, e ADIN-Ação Direta de Inconstitucionalidade: é um instrumento utilizado no chamado controle direto da constitucionalidade das leis e atos normativos, exercido perante o Supremo Tribunal Federal brasileiro. - interventiva - STF (vinculante);
• Controle Político e Jurisdicional:
• a) O decreto deve ser remetido em 24 horas ao Congresso Nacional, que será, inclusive, convocado extraordinariamente (não haverá apreciação do Congresso quando se tratar de representação do PGR);
• b) Aprova ou suspende – 49, IV – através de Decreto Legislativo.
• c) O Poder Judiciário não pode apreciar o ato quanto ao mérito, apenas se este não cumprir os requisitos constitucionais.
INTERVENÇÃO ESTADUAL E FEDERAL NOS MNICÍPIOS DE TERRITÓRIO-Art 35
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
IV - o Tribunal de Justiça der provimento à representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
SEPARAÇÃO DE PODERES
a) legislativa: elaboração de leis, de normas gerais e abstratas, impostas coativamente a todos.
b) executiva: administração do Estado, de acordo com as leis elaboradas pelo Poder Legislativo.
c) judiciária: atividade jurisdicional do Estado, de distribuição da justiça e aplicação da lei ao caso concreto, em situações de litígio, envolvendo conflitos de interesses qualificados pela pretensão resistida.
SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS
• A separação de Poderes não é rígida, pois existe um sistema de interferências recíprocas, em que cada Poder exerce suas competências e também controla o exercício dos outros; a separação de Poderes não é absoluta; nenhum Poder exercita apenas suas funções típicas; o Poder Executivo edita medidas provisórias com força de lei e participa do processo legislativo, tendo matérias de iniciativa legislativa privativa e amplo poder de veto; todavia, esse veto não é absoluto, pois pode ser derrubado pelo Poder amplo poder de veto; todavia, esse veto não é absoluto, pois pode ser derrubado pelo Poder Legislativo; os Tribunais, por sua vez, podem declarar a inconstitucionalidade de leis elaboradas pelo Poder Legislativo e de atos administrativos editados pelo Poder Executivo; o Chefe do Poder Executivo escolhe e nomeia os Ministros dos Tribunais Superiores, após prévia aprovação pelo Senado Federal; se o Presidente da República e outras altas autoridades federais cometerem crime de responsabilidade, o processo de impeachment, que será julgado pelo Senado Federal sob a presidência do Presidente do STF.
• Fora dos casos expressamente estabelecidos na Constituição Federal as funções de cada Poder sãoindelegáveis, sendo isto uma cláusula pétrea (60, §4º, III).
PODER LEGISLATIVO
• Caracteres:
• a) Bicameralismo (Câmara e Senado);
• b) Atribuições (arts. 48 a 50) e função fiscalizatória do PoderExecutivo (art.49, IX e X e 70);
• c) Mandato: os Senadores têm mandato de 8 anos (renováveis de 4 em 4 anos, respectivamente 1/3 e 2/ 3) e os Deputados Federais têm mandato de 4 anos;
• d) eleição do Senador pelo princípio majoritário, com dois suplentes, e do deputado pelo sistema proporcional;
• e) composição: 513 deputados (8 a 70 deputados – território 4 - Lei Complementar nº 78/93) e 81 senadores (art. 46, §1º);
• Legislatura: período de 4 anos em que se realizam eleições gerais. 
Reuniões do legslativo e seu funcionamento:
• Mesa Diretora: tem função administrativa, de polícia e de direção, com mandato de dois anos, vedada a recondução na eleição seguinte para o mesmo cargo, devendo representar, proporcionalmente, os partidos na casa.
• Sessão Legislativa 02/02 a 17.07 e 01/08 a 22/12.
• Recesso Parlamentar – somente funciona uma comissão mista de Deputados e Senadores, ou mediante convocação extraordinária.
• Sessão Preparatória: 1º/02 – eleição da mesa Diretora.
• Comissões: (art. 58) 
a) Permanentes ou temporárias, 
b) Temáticas, 
c) Especiais, 
d) CPI, 
e) Mista (orçamento) e 
f) Representativa (recesso).
...CPI- Art. 58,3°
• Requisitos:
• Criação: 1/3;
• Objeto: fato determinado;
• Prazo: certo;
• Poderes: investigação própria de autoridade Judicial;
• Conclusões: envio ao MP, não aplica pena ou condenação;
• Jurisprudência do STF: toda decisão exige deliberação motivada, reserva constitucional de jurisdição (não pode interceptação, violação de domicílio, medidas assecuratórias), pode fazer a quebra de sigilo fiscal, bancário e dados, registro telefônico;
• Depoentes e testemunhas podem se fazer assistir por advogado.
ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS:
• Imunidades: (art. 53)
• a) Material: penal (calúnia, infâmia e difamação) e civil (danos
causados por suas palavras, votos e opiniões).
• b) formal – processo:
• b1) prerrogativa de foro (STF),
• b2) recebida a denúncia, por crime cometido após a diplomação,
comunica à Casa, que poderá suspender o processo, deliberando
em até 45 dias, não correndo a prescrição até final do mandato.
• b3) prisão somente em flagrante delito de crime inafiançável –
autos devem ser remetidos em 24 horas à Casa para deliberar,
pela maioria de seus membros;
• Vedações: (art. 54);
• Perda do Mandato: (art. 55) - renúncia;
DEPUTADOS ESTADUAIS:
• a) Unicameral:
• b)Composição: 3x nº de Deputados Federais até 12, após, soma a diferença;
• c)Remuneração: 75% do Deputado Federal;
• d)Estatuto: igual ao do Congresso (art. 27, § 1º);
• e)Mandato 4 anos;
VEREADORES:
• Unicameral;
• - Composição;
• - Remuneração;
• Estatuto: na circunscrição (não tem imunidade formal art. 29, VIII).
PROJETO DE LEI:
• a1) Presidente da República;
• a2) deputado ou senador;
• a3) comissão da Câmara ou Senado;
• a4) STF;
• a5) Tribunais Superiores;
• a6) Procurador Geral da República;
• a7) cidadãos (1º do eleitorado nacional, em 5 Estados, 0,3% de eleitores de cada um deles no mínimo);
• b) : geral, concorrente, privativa, popular;
• c)Discussão: ocorre nas comissões, plenário ou audiências públicas ou fechadas;
• d)Votação:
• d1) Quórum de instalação: maioria absoluta (art. 47);
• d2) quórum de votação: maioria simples (lei ordinária), maioria absoluta (lei complementar – art. 69);
• Sanção ou veto 15 dias, veto motivado por inconstitucionalidade ou não atender o interesse público, veto sobre todo o dispositivo (artigo, parágrafo, inciso ou alínea). Congresso aprecia em 30 dias, em sessão conjunta, voto secreto e maioria absoluta
• Lei:
• a)Promulgação (48 horas);
• b)Publicação
*Espécies: 
-Ordináro; (lei ordinária e complementar)
-Especial; (emendas constituconais, medida provisória, lei delegada/ lei sumária- solicitação de urgência termina em 100 dias no maxmo)
EMENDAS CONSTITUCIONAIS- Art 60
• Iniciativa:
• a)1/3 dos membros do senado ou Câmara;
• b)Presidente da República;
• c)Mais da metade das assembleias legislativas, cada uma delas
por maioria relativa de seus membros.
---• a)Quórum de instalação: maioria absoluta;
• b)Quórum de votação: 3/5 em dois turnos;
• - Não há sanção ou veto, e quem promulga é a Mesa da Câmara e do Senado.
Quanto à vedações de emenda constitucional:
• - Vedações circunstanciais (art. 60, §1º - estado de sítio, intervenção federal e estado de defesa).
• -vedaçõe procedimentais -quanto ao rito a ser obdecido na PEC-; iniciativa-art.60,I,I e II daCF
MAIS SOBRE EMENDAS :
• - discussão /votação - art.60,§2º da CF
•-promulgação- art.60§3º da CF
•-publicação- levada a efeito por quem promulga.
• - Rejeitada a matéria, somente pode ser reapresentada em novasessão legislativa.-art.60§5] da CF
QUÓRUM:
• O quórum de maioria simples é exigido para a aprovação de projetos de lei ordinária, de resolução e de decreto legislativo, bem como de Medida Provisória. No entanto, ressalta-se que a Medida Provisória também pode ser aprovada por votaçãosimbólica, que é quando não há o registro individual de votos.
Nesse caso, é pedido aos parlamentares que permaneçam como estão se forem favoráveis à matéria, cabendo apenas aos contrários se manifestarem.
• Por sua vez, a maioria qualificada é aquela que exige número superior à maioria absoluta. Geralmente cita-se dois terços ou três quintos. 
O artigo 60, § 2º da Constituição Federal, por exemplo, diz que a proposta de emenda à Constituição "será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros". Já o artigo 86 da Carta Magna prevê que a acusação contra o Presidente da República por crime de responsabilidade será admitida por dois terços da Câmara dos Deputados.
• Por fim, é importante frisar que a maioria absoluta e a maioria qualificada levam em consideração o número total de membros que legalmente integram o órgão, enquanto a maioria simples toma por base apenas os presentes à votação.
MEDIDA PROVSÓRA: (Art. 62)
• Medida Provisória (art. 62)
• Editada em caso de urgência e relevância (pressupostos), com força de lei (ordinária).
• Editada e publicada pelo Presidente da República.
• Há algumas matérias que não podem ser objeto de MP (§ 1º, art. 62).
• Discussão na comissão mista do Congresso.
• Votação: separada em cada casa por maioria simples.
• Eficácia: 60 dias, prorrogável por mais 60 dias, devendo ser apreciada em até 45 dias, sob pena de sobrestamento das demais votações (trancamento da pauta).
• Não aprovada no prazo ou rejeitada, perde eficácia desde a edição, o que deverá ser regulamentado por decreto legislativo e, caso seja até 60 dias, prevalecerá a MP no período em que teve eficácia.
• Rejeitada a matéria, somente pode ser reapresentada em nova sessão legislativa.
• EC nº 32/2001, art. 2º, mantém em vigor no ordenamento jurídico todas as MPs editadas até 11.09.2001, até que sejam revogadas ou apreciadas.
• Lei Delegada (art. 68)
• Delegação dada pelo Congresso Nacional ao Presidente da República, com ou sem controle posterior – não pode fazer alteração.
• Vedação para matérias específicas (§ 1º, art. 68).
• Delegação (por meio de resolução conteúdo e termos de seu exercício).
DECRETO LEGISLATIVO
• Editado em matérias exclusivas do Congresso Nacional (art. 49).
• Discussão: nas duas casas, separadamente ou conjuntamente.
• Quórum de instalação: maioria absoluta;
• Quórum de votação: maioria simples;
• Promulgado pelo presidente do Congresso Nacional.
• Não está sujeita a sanção ou veto. 
• Tribunal de Contas da União (arts. 70 a 75)
• Função auxiliadora do Congresso Nacional na fiscalização do Poder Executivo.
• Função de controle contábil, financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial (administração direta e indireta quanto à economicidade, legalidade e legitimidade (arts. 70 e 71)
.• Aos Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios deverão ser aplicadas, no que couber, as regras estabelecidas para o TCU e terão composição de 7 Conselheiros.
• Composto por:
• a)9 ministros (3 indicados pela Câmara, 3 pelo Senado e 3 pelo Presidente da República);
• b) mais de 35 anos;• c)idoneidade moral e reputação ilibada;
• d)Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis e financeiros ou de administração pública;
• e)Mais de dez anos de exercício de função ou efetiva atividade profissional;
• f)Mesmas prerrogativas, impedimentos, subsídios e vantagens do Ministro do STJ;
• Poder Executivo Federal ( art. 76 a 91)
• Presidencialismo: sistema de governo no qual o Presidente é ao mesmo tempo Chefe de Governo (gerenciar os negócios do Estado, administrando internamente) e Chefe de Estado (representa a República Federativa do Brasil nas relações internacionais).
• Parlamentarismo: sistema de governo no qual as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo são exercidas por pessoas ou órgãos distintos.
• Funções do Presidente:
• a)Como Chefe de Governo: art. 84, I a VI, XI a XXVII;
• b)Como chefe de Estado: art. 84, VII a X;
 --
• Eleição: em outubro, no 1º domingo em primeiro turno e no último domingo em segundo turno (art. 77 e 78);
• a)Eleito junto com o vice-presidente (auxilia o Presidente, atribuições previstas e lei complementar, cumpre missões indicadas pelo Presidente);
• b)Pleno gozo dos direitos políticos, brasileiro nato, idade de 35 anos;
• c)Vence quem obtiver maioria de votos, descontados os votos em branco e nulos;
• d)Mandato de 4 anos (art. 82);
• e)Posse em 1º de janeiro;
• f)10 dias para posse, senão, declaração de vacância.
• Sucessão e impedimento: Vice-presidente, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado e Presidente do Supremo Tribunal Federal (art. 79 e 80).
• Vacância: dos cargos de presidente e vice-presidente, eleição direta após 90 dias se nos 2 primeiros anos do mandato, e 30 dias após, eleição indireta nos dois últimos anos do mandato pelo Congresso Nacional (art. 81).
• Ausência do país: se superior a 15 dias, precisa de licença do Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo.
• Crime de Responsabilidade (arts. 85 e 86):
• a)Dependente de admissão da acusação (feita por qualquer cidadão) pela Câmara dos Deputados, mediante voto de 2/3 dos deputados – juízo de admissibilidade;
• b)Julgamento pelo Senado, sob presidência do Presidente do Supremo Tribunal Federal (Presidente ficará suspenso por 180 dias de suas funções);
• c)Renúncia ao cargo: somente é válida se apresentada antes do início da sessão de julgamento;
• d)Pena: perda do cargo e inabilitação para o exercício de qualquer cargo público, por eleição ou concurso ou em confiança (art. 52, parágrafo único da CF/88);
• Crime comum: todos os demais crimes, eleitorais, contra a vida, etc. (art. 85 e 86):
• a)Depende de admissão da acusação pela Câmara dos Deputados por voto de 2/3 de seus membros;
• b)Julgamento perante o STF, ficando o Presidente suspenso de suas funções por 180 dias;
• c)Pena: correspondente ao crime cometido;
• Imunidade:
• a)Não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções durante o mandato;
• b)Prisão: somente após a sentença condenatória;
• • Ministros de Estado (art. 87 e 88):
• a)São auxiliares do Presidente da República;
• b)Os ministérios são criados por lei;
• c)São cargos de confiança, que exige pleno gozo dos direito políticos e idade de 21 anos;
• Conselho da República (art. 89):
• a)É órgão superior de consulta do Presidente da República, por ele presidido;
• b)Compõe-se pelo: vice-presidente, presidente da Câmara dos Deputados e Senado federal, líderes da maioria e da minoria da Câmara dos Deputados e do senado Federal, Ministro da Justiça, seis brasileiros natos, maiores de 35 anos, indicados 2 pelo Senado, pela Câmara e pelo presidente da república, para mandato de 3 anos, vedada a recondução;
• c)Competência: pronunciar-se sobre intervenção federal, estado de defesa, estado e sítio, questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas;
• d)Qualquer ministro pode ser convocado para participar das reuniões;
• e)Funcionamento estabelecido na Lei nº 8.041/90.
• Conselho de Defesa Nacional (art. 91):
• a)Órgão de consulta do Presidente da República e por ele presidido nos assuntos relacionados à soberania nacional e a defesa do estado democrático;
• b)Composição: vice-presidente, presidente da Câmara e do Senado, ministro da justiça, ministro de estado da defesa, das relações exteriores, planejamento, comandantes da marinha, aeronáutica e exército;
• c)Competência: opinar sobre declaração de guerra e paz, estado de defesa, sítio, intervenção federal, outros assuntos estratégicos para a segurança nacional;
• d)Funcionamento estabelecido na Lei nº 8.183/91.
• Funções típica e Atípicas do Executivo
• Função típica- executar ou administrar
• Funções atípicas -legisar (art. 62 e 68 daCF)
• julgar- quando defere ou indefere um pedido feito administrativamente,, embora o faça não com o caráter da coisa julgada ou da definitividade
• Poder Judiciário
• Estudaremos a estrutura, o funcionamento e as garantias dos membros do Judiciário.
• A característica matriz do Poder Judiciário é o caráter nacional. É o único poder da República que é uno e indivisível. Pode ser qualificado como estadual ou federal; são as justiças.
• Classificação quanto às justiças que compõem o Poder Judiciário:
• a) critério que leva em consideração a natureza do órgão:
• – Justiça federal (estrutura administrativa vinculada à União).
• – Justiça estadual (estrutura administrativa vinculada aos estados).
• b) critério que leva em consideração a natureza da função:
• – Justiça comum (competência genérica).
• – Justiça especializada (competência específica e reservada).
• No Brasil, mixando os dois critérios, encontramos seis justiças e dois órgãos de superposição, que sobrepairam às justiças, mas não se enquadram em nenhumadelas. Finalmente, há também um órgão judiciário, mas não jurisdicional.
• Em relação à natureza do órgão, tem-se quatro justiças federais e duas justiças estaduais. Com relação à natureza da função, temos quatro justiças especializadas e duas justiças comuns.
• A EC nº 45/05 – Reforma do Judiciário – trouxe algumas modificações a respeito das justiças comuns, a respeito das justiças estaduais. Por isso, vê-se que esta reforma dirigiu-se às justiças comuns e estaduais, muito embora a predominância seja das justiças federais e especializadas.
• Lembrar sempre que a classificação diz respeito às justiças e nunca ao Poder Judiciário, porque este é uno e indivisível
Divisão:
• Justiça especializada.
• Trabalho;
• Eleitoral;
• Militar.
• Justiça Comum.
• Estadual e Federal.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
• O CNJ é um órgão judiciário, mas não jurisdicional. 
De acordo com o art. 92, I-A, o órgão integra a estrutura do Poder Judiciário brasileiro, portanto, ele não realizar controle externo, mas interno. Ademais, de acordo com o art. 103-B, § 4º, temos que há um controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
• O CNJ exerce controle administrativo, financeiro e disciplinar do Judiciário, sendo que os dois primeiros controles se referem aos órgãos do Poder Judiciário. Já o controle disciplinar refere-se aos agentes do Poder Judiciário.
• Compete ao CNJ zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura, definir os planos, metas e programas de avaliação institucional do Poder Judiciário, receber reclamações, petições eletrônicas e representações contra membros ou órgãos do Judiciário, julgar processos disciplinares e melhorar práticas e celeridade, publicando semestralmente relatórios estatísticos referentes à atividade jurisdicional em todo o país.
 ---Poder Judiciário
-Repercursão Geral
*A repercussão geral tem amparo na CF (art. 102, § 3º: “No recurso extraordinário o
recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão
do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus
membros”) e na legislação (Lei nº 11.416/06, que incluiu os arts. 543-A e 543-B no
CPC).
• Repercussãogeral pode ser conceituada como um modo de filtragem do recurso
extraordinário ou cláusula de barreira, trazendo a ideia de que o processo
constitucional é um bem escasso. Trata-se da aplicação do binômio relevância x
transcendência: a matéria constitucional, por ser relevante, transcende e atinge
outros casos.
Sumula vinculante:
• A súmula vinculante tem fundamento na CF, art. 103-A, e na Lei nº 11.417/06. Ocaput do art. 103-A é de suma importância: 
“O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.”
Ministério Publico::
• tema das funções essenciais à justiça (arts. 127 a 135 da CF) envolve instituições que são estranhas à atividade jurisdicional, mas dão suporte ao Poder Judiciário para que ele possa exercer a jurisdição: Advocacia Pública e Privada, Ministério
Público e Defensoria Pública.
• A regra é que o Poder Judiciário não age de ofício, mas há exceções (como, por exemplo, o habeas corpus de ofício).
• A Advocacia Pública dá apoio jurídico às entidades políticas da Administração Direta e às entidades administrativas da Administração Indireta. A primeira subdivisão é a AGU - Advocacia Geral da União - que se subdivide em:
• 1. Advogados da União;
• 2. Procuradores Federais
• 3. Procuradores da Fazenda Nacional.
• O Ministério Público defende judicialmente a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis. Pode, ainda, defender direitos individuais homogêneos, desde que não descaracterize a função ministerial.
• Advocacia Privada defende judicialmente os interesses particulares. A Defensoria Pública defende judicialmente o interesse dos necessitados (pessoas físicas ou jurídicas em circunstância de decretação de falência).
Questões 
Ausentes os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, sendo declarados os cargos vagos, pode o Presidente da Câmara dos Deputados suceder o Presidente da República, assumindo o cargo definitivamente? Fundamente com um dispositivo constitucional.
R1- É que ele assuma o cargo, entretanto não será definitivamente, pois ele só poderá ocupar durante o período de 90 dias, após esse período é aberta uma nova eleição. De acordo com os artigos 80 e 81 da CF.
Na atual democracia brasileira, é possível e constitucional eleição indireta para Presidente da República? Em caso positivo, aponte a (s) possibilidade (s).
R2 - "Sim, é possível que ocorra uma eleição indireta em casos de vacância, sendo elaborada pelo Congresso Nacional na forma da lei conforme previsto no Art. 81, §1 da CF
Art 81 CF - As eleições indiretas para um novo presidente teriam que ser realizadas em até 30 dias. O candidato vencedor seria eleito a partir da obtenção da maioria absoluta dos votos de 513 deputados e dos 81 senadores, totalizando 594 votos
Ministro da Justiça pode ser nomeado e exonerado livremente pelo Presidente da República? Fundamente com um dispositivo constitucional.
R3 – Sim, pois compete ao Presidente da República, nomear e exonerar os Ministros do Estado, assim como expresso no Art. 84 da CF
Em uma eleição para Presidente da República, o candidato A obteve 41% dos votos, o candidato B 29%, o candidato C 10%, já os votos nulos e brancos somados atingiram 20%. Será necessário 2º turno nesta eleição?
R4 – Sim, irá acontecer o segundo turno, pois nenhum candidato atingiu a maioria dos votos, portanto, de acordo como artigo 77 parágrafo 3º irá realizar-se uma nova eleição com os dois candidatos mais votados, ou seja, o candidato A e B.
Uma pessoa pode exercer durante sua vida quantos mandatos de Presidente da República? Há algum obstáculo constitucional quanto ao exercício de seguidos mandatos?
R5 – Art 14 inciso 5 CF, Ele poderá ser quantos mandatos quiser, entretanto, os mesmo não poderiam ser em um período subsequente
Se o Presidente da República é acusado de praticar crime comum por quem (qual órgão) será processado e julgado?
R6 – 6-Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. .....
.....Da mesma forma como ocorre nos crimes de responsabilidade, também haverá um controle político de autorização, a ser realizado pela Câmara dos Deputados, que autorizará ou não o recebimento da denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal, através do voto de dois terços (2/3) de seus membros (art. 86, caput, CF), pois bem, admitida a acusação, ele será submetido a julgamento perante o STF.
Se o Presidente da República é acusado de praticar crime de responsabilidade por quem (qual órgão) será processado e julgado?
R7 – A competência para julgar o Presidente da República, se divide em duas: Para crimes comuns, o STF (Supremo Tribunal Federal), (art. 102, I, b, CF/88). Para crimes de Responsabilidade, temos o Senado Federal como órgão julgador, em uma de suas funções atípicas, e o Presidente do Supremo Tribunal Federal presidirá referida sessão, (art. 52, CF).
Considerando as duas questões anteriores, em que (quais) caso (s) é (são) necessário (s) o exercício de um controle de admissibilidade do processo pela Câmara do Deputados?
R8 - Nas duas hipóteses de crime do Presidente da República, o início de um processo em desfavor do mesmo, tanto pelo STF como pelo Senado Federal dependerá de um juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados, conforme artigo 51, I CF, da Constituição Federal, a qual deverá autorizar por 2/3 de seus membros a instauração de um processo.
O Governador do Estado pela prática de crime comum é processado e julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme art. 105, I, a da Constituição Federal. Para instaurar o processo é necessário sua autorização pela Assembleia Legislativa do Estado? É necessário, ver decisão no RE 153968-2 (princípio da simetria)
R9 - CF não prevê exigência de autorização prévia para processar e julgar governador em crimes comuns. "Não há necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para o recebimento de denúncia ou queixa em instauração de ação penal contra o governador de Estado por crime comum, cabendo ao STJ, no ato de recebimento da denúncia, ou no curso do processo, expor fundamentadamente sobre aplicação de medidas cautelares penais, inclusive ao afastamento do cargo.".
Qual é o órgão competente para processar e julgar por crime de responsabilidade o Governador do Estado e o Prefeito Municipal?
R10-O órgão competente para processar e julgar o Governador do Estado é a Assembleia Legislativa, nos crimes de responsabilidade”
E o órgão competente para processar e julgar o Prefeito é o TJ de seu Estado.
Segundo disposição constante do art. 29, X, da Constituição Federal, os prefeitos são processados perante o Tribunal de Justiça de seu Estado, seja pela prática de crimes de responsabilidade, previstos no Dec. -Lei nº 201/67, seja pela prática de infrações capituladas no Código Penal e na legislação especial. Súmula 702 - A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau

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