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DPC- Recursos Recurso Extraordinário e Recurso Especial Introdução • Os recursos podem ser divididos em duas categorias: a) Recursos Ordinários: aqueles que têm por finalidade permitir ao tribunal que reexamine a decisão, porque o recorrente não está conformado com o que foi proferido (embargos de declaração) b) Recursos extraordinários: têm por finalidade impedir que as decisões judiciais contrariem a CF ou as leis federais, mantendo a uniformidade de interpretação, em todo país ▪ Relacionados com a proteção ou unidade de interpretação da CF ou das LF ▪ Podem ser interpostas contra acórdãos proferidos no julgamento de apelação, de agravo de instrumento ou agravo interno (Súmula 86 do STJ) ▪ Recurso extraordinário, especial e os embargos de declaração Requisitos comuns a todos os recursos 1. Tempestividade • Devem ser apresentados no prazo de 15 dias • A parte interessada poderá apresentar recurso extraordinário e especial juntos • Podem ser interpostos na forma comum ou na forma adesiva 2. Preparo • Ambos os recursos exigem preparo e porte de remessa e retorno 3. Outros requisitos de Admissibilidade • Os demais requisitos de admissibilidade de todos os recursos são comuns também ao RE e ao REsp Requisitos Exclusivos a) Esgotamento de recursos nas vias ordinárias ▪ Não cabem recursos extraordinários, se cabíveis ainda recursos ordinários b) Que os recursos sejam interpostos contra decisões de única ou última instância ▪ Não é possível saltar as instâncias ordinárias ▪ A decisão recorrida há de ser proferida em única ou em última instância ▪ Para a interposição do REsp deve haver causa decidida em única ou última instância por tribunal federal ou estadual ▪ O Juizado Especial Cível, a ultima instância ordinárias não é um tribunal, mas o Colégio Recursal. Por essa razão, contra os acórdãos proferidos por ele será admissível RE, não REsp c) Que visem rediscutir matéria de fato ▪ Não prestam a corrigir injustiças da decisão, decorrente de má apreciação de fatos e provas ▪ Reexame de matéria jurídica d) Prequestionamento ▪ Restritos a causas já decididas ▪ Deve ter sido suscitada e decidida anteriormente ▪ debate na instância originária, por meio de embargo de declaração ▪ Súmula 636 do STF “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida ▪ Para o Stf, basta a oposição dos embargos, para que a questão constitucional se considere prequestionada, ainda que ela não tenha sido efetivamente apreciada nos embargos (prequestionamento ficto) ▪ O STJ exige que os embargos declaratórios tenham sido apreciados pelo tribunal “a quo” Procedimento • Tratadas a partir do art. 1.029 • Eles serão interpostos no prazo de 15 dias, perante o presidente ou vice-presidente do tribunal a quo • A interposição de ambos os recursos pelo mesmo litigante deve ser simultânea, mas em petições diferentes • Petição deve conter - a exposição do fato e do direito; - a demonstração do cabimento do recurso interposto; - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida • Após a petição ser recebida o recorrido é intimado para apresentar contrarrazões • Os autos serão conclusos ao presidente ou vice-presidente, a quem cabe realizar prévio juízo de admissibilidade, além de determinar outras diligências dispostas no art. 1131 • Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice- presidente do tribunal recorrido, que deverá: I – negar seguimento: a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral; b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional; IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036 V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que: a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação. § 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042. § 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. • Compete ao tribunal de origem verificar se estão presentes os requisitos de admissibilidade indicados nos itens acima, indeferindo o recurso, se eles não estiverem preenchidos, ou determinando a remessa ao STF ou STJ, se estiver. Ocorre um duplo regime de admissibilidade nos recursos extraordinários • Remetido os recursos ao tribunal superior, será designado um relator, aquém compete tomara as providências do art. 932, podendo ele em decisão monocrática, não conhecer do recurso, dar ou negar-lhe provimento. D decisão do relator cabe agravo interno Efeitos dos Recursos Extraordinários • São dotados de efeito devolutivo, nos limites em que o recurso for admitido • Art. 1.034, parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado. • Não são dotados de efeitos suspensivos, mas o interessado poderá recorre-los, na forma prevista no art. 1.029, do CPC • Não têm efeito translativo, não permite exame de matéria não ventilada, ainda que de ordem pública
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