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U7DPC- Recursos Recurso Extraordinário Cabimento • Art. 102, III, “a”, “b”, “c” e “d”, da CF • É admitido nas causas julgadas por outros órgãos judiciais, em única ou última instância, quando a decisão recorrida ▪ Contrariar dispositivo dat ▪ Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal ▪ Julgar válida lei ou ato do governo local contestado em face da CF ▪ Julgar válida lei local em face de lei federal • As partes devem demonstrar repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso Repercussão Geral • Art. 102, § 3°, da CF “No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.” • Tribunal poderá não reconhecer do recurso extraordinário se, preliminarmente, entender que não se demonstrou a repercussão geral • Diminuir a quantidade de recursos extraordinários • Garantir a uniformidade da aplicação da lei federal nos Estados • Deve ser relevante no ponto de vista econômico, político, social ou jurídico • Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo. § 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo. § 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal. § 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que: I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; II - tenha sido proferido em julgamento de casos repetitivos; III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal. § 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. § 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional. § 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. § 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno. § 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica. § 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. § 10. Não ocorrendo o julgamento no prazo de 1 (um) ano a contar do reconhecimento da repercussão geral, cessa, em todo o território nacional, a suspensão dos processos, que retomarão seu curso normal. § 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá como acórdão Reflexos da Decisão acerca da Repercussão Geral 1. Processos em curso em grau inferior de jurisdição • Reconhecida a repercussão geral • Suspensão de todos os processos que versem sobre a mesma questão discutida (art. 1.035, § 5°) 2. Outros recursos extraordinários em curso • Cabe ao regimento interno do STF disciplinar • Ocorrendo a negativo de repercussão geral todos os recursos sobrestados na origem serão considerados automaticamente inadmitidos (art. 1.039, parágrafo único) • Se o STF admitiu a repercussão geral ▪ Se o julgado estiver conforme o que o STF decidiu, o recurso será suspenso no tribunal de origem, terá seu provimento negado ▪ Se estiver em desacordo, os autos retornarão para o tribunal de origem, para juízo de reexame daquilo que estiver sido decidido no processo de competência originária, na remessa necessário, ou no recurso anteriormente julgado (art. 1.040, II) 3. Desistência do recurso após o reconhecimento da repercussão geral • A parte poderá desistir de seu apelo • A desistência não impedirá o STF de prosseguir na apreciação da tese de direito • O julgamento ultrapassa o interesse do recorrente Procedimento no STF • Ao plenário compete declarar a ausência de repercussão geral, por voto de dois terços de seus membros • Negada a repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica, ainda pendentes de apreciação • O relator pode permitir a intervenção de terceiro interessado, por meio de procurador habilitado • O dispositivo da repercussão geral poderá ser aplicado pelo Plenário a recursos que discutem matérias já pacificadas pelo STF, sem que esses processos tenham de ser distribuídos para um relator • Se versarem sobre matéria já julgada pelo STF, serão enviados para a Presidência do Tribunal que levará a questão ao plenário. No plenário caberá aos Ministros aplicara jurisprudência da corte, rediscutir a matéria ou determinar o seguimento normal do recurso • O STF negará distribuição ao recurso e a todos os demais que tratarem sobre a mesma matéria Apreciação da arguição de repercussão geral pelo Plenário do STF • Emenda Regimental n° 21/2007 • Cabe ao relator fazer a distinção entre matéria efetivamente constitucional e matéria infraconstitucional • O relator acolheria manifestação do plenário • Procedimento eletrônico para a comunicação do relator com o resto dos ministros • Após o recebimento da manifestação, os diversos Ministros terão 20 dias para mandarem os seus pronunciamentos para o relator • Decorrido o prazo, sem manifestações suficientes para a rejeição (2/3), será considerada existente a repercussão geral • A rejeição deverá ser fundamentada, porém o acolhimento poderá ser tácito • A súmula da decisão sobre a repercussão geral será publicada no Diário Oficial e valerá como acórdão (art. 1.035, § 11) Procedimento após o reconhecimento da repercussão geral 1. Sobrestamento dos processos que versem sobre a mesma questão • O relator do STF determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional (art. 1.035, § 5°) 2. Recurso contra decisão de sobrestamento • A lei não prevê recurso contra a deliberação do Relator no STF • Poderá ser adotado agravo de instrumento • Se o recurso não se iguala àquele que se trava o debate sobre a repercussão geral, o interessado poderá propor agravo interno para o relator ou para o colegiado. Somente será cogitável se o relator individualizar o processo a ser suspenso. Aos demais casos, caberá aplicação do art. 1.037, § 3°, III, que prevê agravo de instrumento contra a decisão do relator que indefere o pedido 3. Recurso contra a decisão de sobrestamento de recurso intempestivo • O interessado poderá requerer, ao presidente ou vice-presidente do tribunal de origem, que exclua o processo da decisão de sobrestamento e inadmita o apelo extremo intempestivo 4. Julgamento de recurso cujo a repercussão já foi reconhecida• O NCPC prevê prazo de 1 ano para julgar o recurso, cuja a repercussão geral já foi reconhecida • Não existe consequência caso o prazo não seja respeitado (prazo impróprio) • Se o julgamento não ocorre no prazo de um ano, cessará a suspensão dos processos que versem sobre a questão. As ações retomarão seu curso normal Função • Função política de tutelar a autoridade e a integridade da CF • Caráter de instituto processual destinado à impugnação de decisões judiciárias, a fim de obter a sua reforma • Instituto de direito processual constitucional Efeitos • Possui apenas o efeito devolutivo, limitado às questões federais controvertidas • Por não apresentar eficácia suspensiva, o acórdão recorrido poderá ser executado 1. Obtenção do recurso suspensivo • Art. 1.029, § 5° • A parte deverá demonstra o fumus bonis iuris, que se revelará pela relevância dos fundamentos do recurso • Petição avulsa, endereçada ao Tribunal superior • A competência para reconhecer o pedido é do relator do caso. Se ainda não houve a distribuição, será designado relator para a medida cautelar, que ficará prevento para julgá-lo Processamento • A parte vencida terá o prazo de 15 dias para interpor o recurso extraordinário, perante o presidente ou vice-presidente do tribunal onde se pronunciou o acórdão recorrido • O recorrido será intimado para apresentar as suas contrarrazões no prazo de 15 dias • O juízo de admissibilidade será feito unicamente pelo órgão competente para julgar o recurso • Excluem-se da obrigatoriedade do preparo os recursos, que por expressa disposição legal sejam isentos (ex: beneficiário de justiça gratuita) Via Eletrônica • Institui-se o e-STF como instrumento de processamento eletrônico do recurso extraordinário • A petição física será endereçada ao tribunal de origem será nele digitalizada e, em seguida, transmitida eletronicamente para o STF, por meio do e-STF Julgamento do Recurso e da Causa • O recurso extraordinário destina-se tanto a invalidar o julgamento impugnado com, se necessário, a rejulgar a causa • A questão fática não é examinada pelo STF, a decisão do tribunal superior é soberana nesse aspecto • Em casos especiais, levará em conta fatos não avaliados pela instância anterior DCP- Recursos Recurso Especial Função • Manutenção da autoridade e unidade da lei federal • Resolver questão federal controvertida • Não se suscitam e nem se resolvem questões de fato nem questão de direito local • Igualdade entre os jurisdicionados Cabimento • Art. 105, III, da CF – (Compete ao Superior Tribunal de Justiça:) julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar- lhes vigência; b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. 1. Contrariar tratado ou lei federal • Afrontar ou deixar de aplicar lei federal • Não dar à lei federal a interpretação adequada • Não basta que haja alegação de violação a enunciado de súmula 2. Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; Se a decisão der validade de lei local contestada em face de lei federal, caberá RE (art. 102, III, “d”) 3. Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. • Para uniformizar a interpretação da lei federal no País • Art. 1.029, § 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. DC- Recursos Recursos Extraordinários e Especial Repetitivos Disposições Gerais • Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça. • Multiplicidade de RE e REsp sobre o mesmo e muitas vezes com os mesmos fundamentos • A questão jurídica pode ser examinada uma única vez, com repercussão sobre os demais recursos especiais interpostos com o mesmo andamento e com eficácia vinculante sobre os julgados posteriores • O presidente ou vice-presidente do tribunal de origem, selecionara dois ou mais recursos que mais representem a controvérsia, para que o julgamento destes recursos seja afetado na forma do art. 1.036 e possa servir de paradigma, repercutindo sobre o julgamento dos demais • O relator do recurso no STF ou STJ poderá selecionar os recursos representativos, caso o tribunal de origem não o faça • Os demais recursos ficaram suspensos no tribunal de origem • O julgamento proferido no recurso repetitivo terá eficácia vinculante sobre todos os processos em curso no território nacional, cabendo reclamações contra a decisão que não a observar • Devem ser julgados no prazo de 1 ano Afetação • É a decisão por meio da qual se estabelece que o julgamento, nos paradigmas escolhidos, será feito em consonância com o procedimento do art. 1.036, isto é, com eficácia de recurso repetitivo e efeito vinculante sobre os demais julgamentos em território nacional, especificando-se a questão jurídica que será examinada Julgamento • O relator poderá solicitar, ates do julgamento do recurso, informações aos tribunais estaduais ou federais a respeito das controvérsias • Poderá admitir a manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia, na condição de amicus curiae • Se houver intervenção do MP irá abrir à vista em 15 dias DPC- Recursos Agravo em REsp e em RE Cabimento • Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos § 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação § 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias. § 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior competente. § 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo. § 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido. § 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, havendo interposição conjunta, os autos serão remetidos ao SuperiorTribunal de Justiça. § 8º Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o caso, do recurso especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver prejudicado. • É o tipo de agravo que cabe contra a decisão do presidente ou vice-presidente do tribunal de origem que, qm juízo prévio de admissibilidade, indeferir o processamento do REsp ou do RE • Só cabe quando o recurso não for admitido por falta de requisitos de admissibilidade. • Quando for inadmitido o recurso em razão de aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recurso repetitivo caberá agravo interno Processo • O prazo de interposição é de 15 dias • Será dirigido ao presidente ou vice0presidente do tribunal • O agravado será intimado para a contrarrazões em 15 dias • Não cabe ao órgão a quo examinar a admissibilidade do agravo, mas tão somente remetê-lo • O relator no STF ou no STJ, decidirá o provimento do recurso, cabendo agravo interno de sua decisão, no prazo de 15 dias DPC- Recursos Embargos de Divergência em REsp e em RE Cabimento • Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que: I - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; III - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia; § 1º Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de ações de competência originária. § 2º A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se na aplicação do direito material ou do direito processual. § 3º Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros. § 4º O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados. Finalidade • Evitar divergências, tento de natureza material quanto processual, no âmbito do STF e do STJ, uniformizando a jurisprudência Divergência • STF - Entre uma Turma e outra, ou entre uma Turma e o plenário • STJ - Entre uma turma e outra, ou entre uma Turma e Seção, ou ainda entre a Turma e o Órgão Especial • É preciso que a divergência seja atual, não cabendo mais os embargos de divergência se a jurisprudência já se uniformizou em um determinado sentido • Processamento • É regulado pelos regimentos internos do STF e do STJ • Prazo de interposição é de 15 dias da publicação da decisão • A petição de interposição deve estar acompanhada com a prova da divergência, sendo necessário que indique, de forma analítica, em que a divergência consiste
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