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Identificação e quantificação de patulina em maçãs

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Identificação e quantificação de patulina em maçãs
Universidade Estadual de Feira de Santana.
Engenharia de Alimentos.
Análise Físico-Química de Alimentos.
Ivo Henrique
Helen Costa
Patrícia Silva
OBJETIVOS
Geral: Contribuir para a garantia da qualidade de maçãs e sucos industrializados, no que diz respeito à micotoxina patulina presente em frutos contaminados por fungos.
Específico: Detectar e quantificar o teor de
patulina existente em maçãs e sucos 
industrializados, por meio da cromatografia à gás.
Malus domestica Borkhausen
 Excelente fonte nutricional
Região Sul – 90% da produção Nacional
Brasil com alto índice de exportação 
da fruta e de seus derivados.
Método de seleção dos frutos.
Micotoxinas - Histórico
 Surto de morte aviária, em 1960, 
 no Reino unido.
 Base da reação dos animais: amendoim
 Presença de substância fluorescente produzida pela Aspergillus Flavus. 
 “ A flavus toxin” - Aflotoxina
Micotoxinas - Conceito
Derivada do vocábulo grego, mykes: fungo.
As micotoxinas são compostos provenientes de vias metabólicas, comumente presentes em fungos que se proliferam em produtos agrícolas destinados à alimentação e acarretam sérios danos à saúde humana e de animais.
400 tipos de micotoxinas. Exemplo: Citrinina, Ergotamina, Zearalenona, Ocratoxina, Patulina.
MICOTOXINAS são toxinas produzidas por fungos.
5
Fonte: http://www.microbiologia.vet.br/micotoxinas.htm
Micotoxinas – O que favorece?
Fatores:
Biológicos, ambientais, danos mecânicos, práticas durante a comercialização, presença de invertebrados.
Patulina
Clavicina, claviformina ou expansina.
Vários tipos de fungos (Penicillium expansum)
Termoresistente, cancerígena e letal
Spray (para nariz e garganta) no tratamento do resfriado comum, e como pomada para o tratamento de infecções da pele.
 Encontrada em frutas (por exemplo: pêra, 
uva e, principalmente, maçã), produtos 
hortícolas e cereais.
Patulina – Penicillium expansum
Fatores que favorecem:
Atividade de água > 0,82;
 Temperatura – 20 a 25º C;
 Fontes de carbono – frutose, glicose, sacarose e ácido málico;
 Presença de ferimentos no fruto;
Coloração azul na parte externa da maçã e bege ou marrom-clara no tecido.
Toxidade
Toxidade das micotoxinas: Aguda, crônica 
Efeitos: carcinogênico, mutagênica e teratogênica.
Edemas pulmonares e cerebrais. 
Estudos inconclusivos sobre a Patulina. 
A patulina e as maçãs
 66% dos fungos que atingem a maçã produzem Patulina.
 Aspecto de podridão na fruta.
Purê, compostas, sucos, cidras 
e papinhas de maçã.
 Índice de Qualidade 
(Ministério Britânico de Agricultura, 
Pesca e Alimentos) – desde 1980.
Limites
Limite máximo 
OMS - 50µg/l (sucos de maçãs)
União Européia – 25 μg/kg em produtos sólidos e10 μg/kg em papinhas.
Brasil - ...
Cromatografia gasosa
Técnica para separação e análise de misturas de substâncias voláteis. Ou seja, o analito é um gás ou líquido volátil
Composta por fase móvel e estacionária
Esta separação resulta das diferenças de velocidade dos componentes arrastados pela fase móvel devido às diferentes interações com a fase estacionária.
Cromatografia gasosa
Fases:
 Móvel (gás)
 
 Estácionária (sólido ou líquido) 
 Cromatografia de partição gás - líquida (CGL) 
 Cromatografia de adsorção gás - sólido (CGS)
 
 ESQUEMA DE SEPARAÇÃO DE COMPOSTOS
Cromatógrafo a gás
1
2
3
4
6
5
1 – Cilindro a gás
2 – Injetor da amostra
3 – Coluna aquecida
4 – Detector
5 - Eletrônica de Tratamento (Amplificação) de Sinal
6 - Computador
MATERIAIS E MÉTODOS
Materiais
 * Maçãs adquiridas de lotes, tanto apresentando pontos de infecções como maçãs visivelmente sadias
 * Padrão de patulina (HMF em tampão acetato)
 * Acetato de etila
 * Carbonato de sódio 1,4% (p/v)
 * Ácido acético glacial
 * Vórtex
 * Cromatógrafo à gás
MATERIAIS E MÉTODOS
Preparo da amostra
 * Seleção das maçãs
 * Trituração e filtração
 * Partições: separar fase orgânica da aquosa
MATERIAIS E MÉTODOS
Preparo da amostra
 * O extrato orgânico é transferido quantitativamente para um outro frasco com acetato, filtrado e faz-se a evaporação a vácuo
 * Um determinado volume é coletado para ser injetado no cromatógrafo e fazer a quantificação.
MATERIAIS E MÉTODOS
Preparo da Curva Padrão:
 * A partir de uma solução padrão certificada de patulina em acetonitrila foram preparadas oito soluções com concentrações diferentes em tampão acetato (pH=4,0), para os oito pontos da curva
MATERIAIS E MÉTODOS
Preparo do Padrão de Patulina com HMF: 
 * Preparou-se uma solução de patulina com concentração igual a 9,62 μg/mL, contendo 0,2 μg/mL de HMF em tampão acetato (pH=4,0)
 * HMF (5-hidroxi-metilfurfural): Interferente comumente encontrado durante a análise de patulina em extratos de sucos de maçã (estrutura química ser semelhante a da patulina)
MATERIAIS E MÉTODOS
No caso de sucos prontos industrializados, o processo de preparação da amostra é o mesmo. A diferença é a ausência da etapa de trituração, já que a polpa do suco já está pronta neste caso.
Referências
CECCHI, Heloisa M. (2003). Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. 2ª edição revista – Campinas, SP – Editora da Unicamp.
Micotoxinas. Disponível em <http://www.microbiologia.vet.br/micotoxinas.htm> Acesso em 04 de fevereiro de 2012
Patulina em maçãs e em produtos derivados. Disponível em <http://www.uepg.br/mestrados/mescta/Arquivos/Dissertacoes/CELLI,_MG.pdf > Acesso em 03 de Fevereiro de 2012
SEPARAÇÃO DE INTERFERENTES NA ANÁLISE DE PATULINA
 POR CLAE/UV-DAD. Disponível em <http://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/873856/1/2010070.pdf> Acesso em 03 de Fevereiro de 2012
Referências
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS MÉTODOS ANALÍTICOS PARA CONTROLE DA QUALIDADE DE ALIMENTOS – ANÁLISE DE MICOTOXINAS. Disponível em <http://run.unl.pt/bitstream/10362/3939/1/Pires_2009.pdf> Acesso em 03 de Fevereiro de 2012
Ocorrência, aspectos toxicológicos, métodos analíticos e controle da patulina em alimentos. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-84782009000100052&script=sci_arttext> Acesso em 04 de Fevereiro de 2012
Ocorrência de patulina em uva fina (Vitis vinifera L. cv. “Rubi”) com sinais de podridão ácida. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/cr/v38n1/a03v38n1.pdf> Acesso em 02 de Fevereiro de 2012

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