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SISTEMA DIGESTÓRIO

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1
SISTEMA DIGESTÓRIO
1. BOCA E GLÂNDULAS SALIVARES
- o Sistema Digestório consiste no trato
digestório e suas glândulas anexas
- FUNÇÕES
- obter, a partir dos alimentos, as moléculas
necessárias para a manutenção, crescimento e
as demais necessidades energéticas
- PROCESSO DA DIGESTÃO
1. boca: onde o alimento é umedecido pela saliva
e triturado pelos dentes - saliva também inicia a
digestão de carboidratos
2. trato digestório - tubo oco circundado por
uma parede com 4 camadas distintas:
a) camada mucosa: apresenta um epitélio
de revestimento, que pode variar de
estratificado ou simples, uma lâmina
própria de tecido conjuntivo frouxo rico
em vasos e, uma muscular que separa a
camada mucosa da submucosa
b) camada submucosa: tecido conjuntivo
com vasos e um plexo nervoso
submucoso que regula a contração
muscular da mucosa. Essa camada ainda
pode apresentar glândulas e tecido
linfático
c) camada muscular: pode apresentar áreas
formadas por células musculares
estriadas esqueléticas, ou por músculo
liso. Nesta camada está presente o plexo
nervoso mioentérico que regula a
contração das fibras musculares
d) camada serosa, que é uma delgada
camada de tecido conjuntivo frouxo
revestido por epitélio simples
pavimentoso denominado mesotélio
3. cavidade abdominal: temos o peritônio
visceral (serosa), e quando o epitélio não está
presente, chamamos essa camada de tecido
conjuntivo de adventícia
- CAVIDADE DA BOCA
- MUCOSAS:
1. de revestimento: revestir a boca
2. mastigatória: função de atrito - papilas
filiformes, gengiva, palato duro - possui
uma camada córnea
3. especializada: papilas com botões
gustatórios
- revestida por um epitélio estratificado
pavimentoso, que pode ou não ser
queratinizado.
1. LÍNGUA: sua superfície dorsal apresenta várias
projeções da mucosa que são as papilas
linguais:
superfície dorsal (em roxo mais escuro) - encosta
no palato, é irregular devido a presença das
papilas
a) papilas filiformes: formato cônico
alongado, numerosas, estão distribuídas
ao longo de toda superfície dorsal -
FUNÇÃO: atrito com o alimento: seu
epitélio de revestimento é estratificado
pavimentoso queratinizado (mucosa oral
mastigatória) = NÃO POSSUEM BOTÕES
GUSTATÓRIOS
a camada queratinizada é a camada córnea
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
2
sup. ventral - mucosa de revestimento (sem
papilas, sem botões, sem camada córnea -
epitélio estratificado pavimentoso e tec. conj.
frouxo - igual na epiderme/derme)
→ sobre essa lâmina
•Epitélio estratificado pavimentoso
queratinizado (mucosa oral mastigatória) - difícil
de examinar na superfície anterior por causa
das muitas papilas filiformes.
•Papilas filiformes - linhas paralelas de projeções
pontiagudas levemente queratinizadas que
cobrem a maior parte da superfície anterior da
língua.
•Essas papilas são mecânicas e fornecem atrito
para segurar o alimento durante a mastigação.
•Não contém papilas gustativas.
•Músculo esquelético - organizado em três feixes
em ângulos retos entre si para permitir
flexibilidade e precisão nos movimentos da
língua.
b) papilas fungiformes (na superfície dorsal
e com aspecto semelhante a um
cogumelo) e as foliadas (pouco
desenvolvidas na espécie humana e
presentes na borda lateral da língua): não
são queratinizadas e apresentam botões
gustatórios no epitélio (mucosa oral
especializada)
papila foliada
→ sobre essa lâmina
O epitélio é estratificado pavimentoso não
queratinizado (mucosa oral especializada pela
presença dos botões gustatórios).
• Papilas dérmicas - projeções de tecido
conjuntivo em direção ao epitélio que reduzem
sua mobilidade e colocam os vasos sanguíneos
em contato próximo com as células epiteliais.
• Papilas foliadas - cristas paralelas nas bordas
laterais da língua, separadas por sulcos
profundos da mucosa (ou fossos).
1. Sulcos (ou fossos) - separam cada papila e
recebem saliva das salivares menores linguais.
2. Botões Gustatórios - estruturas elípticas
encontradas no epitélio dos sulcos que contêm
células com receptores gustativos. A abertura
circular em seu ápice é o poro gustativo.
• Músculo esquelético - organizado em três
feixes em ângulos retos entre si para permitir
flexibilidade e precisão nos movimentos da
língua
• Glândulas salivares menores - encontradas em
toda a língua
1. Glândulas serosas - secretam um fluido que
contém enzimas digestivas
Glândulas Mucosas - secretam um fluido que
contém muco (glicoproteínas conhecidas como
mucinas)
c) papilas circunvaladas: maiores,
distribuídas na região do V lingual, na
parte posterior da língua - presentam
uma grande quantidade de botões
gustatórios que estão presentes na sua
parede lateral (mucosa oral
especializada) - é circundada por uma
vala/fosso onde glândulas denominadas
de von Ebner secretam um conteúdo
seroso, rico em lipase que previne a
formação de uma camada hidrofóbica na
vala
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
3
→ sobre essa lâmina
•Epitélio estratificado pavimentoso não
queratinizado (mucosa oral especializada
devido a presença dos botões gustatórios).
•Papilas filiformes - projeções pontiagudas
levemente queratinizadas que cobrem a maior
parte da língua. Essas papilas são mecânicas e
não contêm papilas gustativas.
•Papilas circunvaladas - oito a doze estruturas
em cúpula e disposta em fileira em forma de V
na frente do sulco terminal. São as maiores e
menos numerosas papilas.
1. Sulco - cada papila é circundada por um fosso
(ou sulco) que recebe saliva das glândulas
salivares menores.
2. Botões Gustatórios - estruturas elípticas
encontradas no epitélio que reveste os fossos e
contêm células com receptores gustativos. A
abertura circular em seu ápice é o poro
gustativo.
•Músculo esquelético - organizado em três feixes
em ângulos retos entre si para permitir
flexibilidade e precisão nos movimentos da
língua.
•Glândulas salivares menores - encontradas em
toda a língua.
1. Glândulas Salivares Serosas - secretam um
fluido que contém enzimas digestivas.
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
4
gland. Von Ebner: secretam lipase na vala para
limpar a vala de conteúdos lipídicos
hidrofóbicos
2. Glândulas Salivares Mucosas - secretam um
fluido que contém muco (glicoproteínas
conhecidas como mucinas).
- a superfície ventral da língua é lisa e o epitélio
estratificado é pavimentoso não queratinizado e
sem botões gustatórios (mucosa oral de
revestimento)
2. DENTES: órgãos altamente mineralizados. Em
adultos o número total é de 32 elementos
dentários, e em crianças os dentes decíduos são
em 20 unidades
a) coroa: revestida pelo esmalte, o tecido
mais mineralizado do corpo humano,
com 96% formado por cristais de
hidroxiapatita. Ele é produzido apenas
durante sua formação pelos
ameloblastos, que depois desaparecem.
Sua matriz orgânica não apresenta
colágeno.
b) dentina: tecido mineralizado mais duro
que o osso, com presença de fibrilas de
colágeno tipo I e cristais de
hidroxiapatita. É produzida pelos
odontoblastos - a dentina pode ser
sintetizada ao longo da vida. Esse tecido
também está presente na estrutura da
raiz do dente
c) raiz do dente: revestida externamente
pelo cemento, um tecido também
semelhante ao osso. Prendendo o dente
ao osso alveolar está o ligamento
periodontal, um tipo especial de tecido
conjuntivo, com fibras arranjadas em
feixes grossos que penetram no cemento
da raiz e, na superfície oposta, estão
inseridas nas paredes ósseas do alvéolo
d) cavidade pulpar (no interior do dente):
contém a polpa dental, um tecido
conjuntivo frouxo altamente
vascularizado e inervado. As fibras
nervosas pulpares são sensíveis à dor,
única modalidade sensorial reconhecida
pelos dentes
3. GLÂNDULAS SALIVARES: são glândulas
exócrinas que secretam a saliva = fluido com
funções digestivas, lubrificantes e protetoras.
- em humanos, as glândulas salivares menores
secretam 10% do volume total de saliva, mas são
responsáveis por aproximadamente 70% do
muco que é secretado
a) menores: distribuídas ao longo de toda a
cavidade da boca e são responsáveis
pela secreção do maior volume de muco
presente na salivagland. salivares menores em um corte de língua
b) maiores: suas porções secretoras podem
apresentar células serosas, com formato
piramidal = base larga e polarizadas. São
secretoras de conteúdo proteico e o
conjunto de células serosas forma o
ácino. Também podem estar presentes as
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
5
células mucosas, com formato cubóide
ou colunar, núcleo deslocado para a base
e citoplasma repleto de grânulos
contendo as glicoproteínas mucinas.
Células mioepiteliais também estão
presentes
- a porção excretora é um sistema de ductos,
que começa nos ductos intercalares, revestidos
por epitélio simples cúbico, seguidos pelos
ductos estriados, de epitélio simples colunar.
Esses apresentam em sua base estriações que
correspondem a invaginações da membrana
associadas a mitocôndrias, para realização de
transporte ativo de íons
- ductos intercalares e estriados são
intralobulares. Já os ductos interlobulares estão
localizados nos septos de tecido conjuntivo que
se colocam separando o parênquima glandular
- o SNA regula a secreção da saliva, o simpático
está associado a sensação de “boca seca”,
enquanto o parassimpático provoca uma
secreção abundante
- principais informações das glândulas salivares
maiores
GLÂNDULA PORÇÃOSECRETORA
PORÇÃO
EXCRETORA FUNÇÃO
Parótida cél. serosas
Ductos
intercala-
res,
estriados e
interlobu-
lares
Secreção do
maior
volume de
amilase
salivar
Submandi-
bular
Células
serosas
(maioria),
mucosas e
semiluas
serosas
Ductos
intercala-
res,
estriados e
interlobu-
lares
Secreção do
maior
volume de
saliva,
lisozima
e uma
quantidade
menor de
amilase
salivar
Sublingual
Células
mucosas
(maioria) e
semiluas
serosas
Ductos
intercala=
res,
estriados e
interlobu-
lares
Secreção de
lisozima e
muco
- PARÓTIDA
- a parótida é a maior das glândulas salivares. É
quase totalmente serosa, com apenas algumas
poucas células mucosas dispersas.
- produz a maior quantidade de amilase salivar
•Estroma - o componente do tecido conjuntivo
da glândula.
•Cápsula - tecido conjuntivo denso que envolve
a glândula.
• Lóbulos/septos - o tecido conjuntivo denso
divide a glândula em lóbulos - se originam da
cápsula
•Parênquima - o componente funcional da
glândula que consiste em células secretoras e
ductos:
1. Células serosas - dispostas em ácinos de
células serosas piramidais. Essas células
polarizadas têm RER em sua base (basofílico) e
grânulos de secreção (eosinofílico) em seu ápice
- cél. serosas são altamente coradas pela
hematoxilina devido a presença de RER e pela
intensa síntese de ptn
nos círculos = ácinos; pontinhos dentro das
células piramidais = grânulos com amilase
salivar
cél. serosas piramidais - no centro, a luz é por
excreta a saliva
2. Células mucosas - células polarizadas com
núcleos achatados na parte basal das células.
Eles estão levemente manchados com uma
aparência "espumosa" (mucosa foi extraída).
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
6
•Ductos intralobulares - dois tipos são
encontrados dentro dos lóbulos:
1. Ductos intercalares - os menores ductos que
se inserem e drenam ácinos individuais. Eles são
mais levemente corados do que as células
acinosas e são cuboidais baixos.
2. Ductos estriados - surgem dos ductos
intercalares. Eles são colunares com estriações
basais e são circundados por capilares.
base da seta: base
ponta da seta: ápice - voltado para a luz
1: lúmen do ducto por onde a saliva é secretada
- torna a saliva hipotônica - bem corado em
rosa devido a presença de mitocôndrias (epitélio
simples colunar)
•Ductos interlobulares (ou intralobulares)
localizados fora dos lóbulos.
1. Epitélio colunar simples, colunar estratificado
ou cuboidal estratificado.
2. Suportado por uma espessa camada de
tecido conjuntivo.
•Observe a abundância de células adiposas que
aumenta com a idade.
- SUBMANDIBULAR
A glândula submandibular é uma das principais
glândulas salivares. É principalmente seroso
(95%) e pouco mucoso (5%).
•Estroma - o componente do tecido conjuntivo
da glândula.
•Cápsula - tecido conjuntivo denso que
encapsula a glândula.
• Lóbulo/septo - o tecido conjuntivo denso que
divide a glândula em lóbulos - se originam da
cápsula
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
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•Parênquima - o componente funcional da
glândula que consiste em células secretoras e
ductos:
1. Células serosas - dispostas em ácinos de
células serosas piramidais. Essas células
polarizadas têm RER em sua base (basofílico) e
grânulos de secreção (eosinofílico) em seu ápice.
2. Células mucosas - células polarizadas com
núcleos achatados na parte basal das células.
Eles estão levemente manchados com uma
aparência "espumosa" (mucosa foi extraída).
3. Semilua serosa - as células serosas podem
aparecer como uma capa nas células mucosas.
•Ductos intralobulares - dois tipos são
encontrados dentro dos lóbulos:
1. Ductos intercalares - os menores ductos que
se inserem e drenam ácinos individuais. Eles são
mais levemente corados do que as células
acinosas e são cuboidais baixos.
2. Ductos estriados - surgem de ductos
intercalados. Eles são colunares com estriações
basais e são circundados por capilares.
•Ducto interlobular (ou extralobular) - localizado
fora dos lóbulos.
círculo: ducto interlobular - encontrados em
áreas de septos
setas: ductos estriados
- SUBLINGUAL
A glândula sublingual é uma das principais
glândulas salivares. É a maior mucosa (65%) e a
menor serosa (35%).
•Estroma - o componente do tecido conjuntivo
da glândula.
•Cápsula - tecido conjuntivo denso que
encapsula a glândula.
• Lóbulo/septo - o tecido conjuntivo denso
divide a glândula em lóbulos - se originam da
cápsula
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
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•Parênquima - o componente funcional da
glândula que consiste em células secretoras e
ductos:
1. Células mucosas (ricas em carboidratos) - são
levemente coradas com uma aparência
"espumosa" (o muco foi extraído). Essas células
são a parte principal da glândula.
2. Células serosas e mucosas - ácinos de células
mucosas são circundados pelas células serosas
coradas de escuro (porção menor dessa
glândula).
•Ductos intralobulares - dois tipos são
encontrados dentro dos lóbulos:
semi lua serosa
1. Ductos intercalares - os menores ductos (baixo
cuboide) que se inserem e drenam ácinos
individuais.
2. Ductos estriados - surgem de ductos
intercalados.
•Ducto interlobular (ou extralobular) - localizado
fora dos lóbulos.
•Ducto excretor principal - contém numerosas
células caliciformes.
•Ductos excretores - podem ter epitélio colunar
simples, colunar pseudoestratificado ou
cuboidal estratificado.
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
9
SEMILUAS SEROSAS: as células que constituem
as semiluas secretam a enzima lisozima, cuja
atividade principal é hidrolisar as paredes de
determinadas bactérias
- ÁCINOS: células secretoras serosas adjacentes
estão unidas entre si por complexos juncionais e
formam uma massa esférica denominada ácino,
contendo um lúmen central
ESÔFAGO E ESTÔMAGO
- sistema compartimentalizado onde cada
porção exerce uma função específica e por
conta disso sua organização histológica varia
conforme a região considerada
→ a boca do esôfago é um tubo simples que
investe na condução do alimento até o
estômago, sem grandes especializações, e cujo
epitélio é reforçado uma vez que o alimento
ainda não foi muito digerido
→ o estômago tem um epitélio especializado na
secreção e proteção contra a acidez luminal
→ intestinos são especializados na absorção
dos nutrientes
- o tubo digestório apresenta um padrão básico
organizado em quatro camadas concêntricas
que irão variar conforme a porção considerada
1. MUCOSA: primeira camada, mais próxima à luz
- composta por três camadas:
a. epitélio, que irá variar grandemente
conforme a porção considerada
b. lâmina própria, que é uma camada de
tecido conjuntivo frouxo, e que irá
concentrar a maior parte das glândulas
do tubo digestório
c. camada muscular, composta por músculo
liso disposto em duas formas, uma
circular interna e uma longitudinal
externa. A muscular da mucosadelimita a
mucosa da próxima camada, a
submucosa
2. SUBMUCOSA: é formada por tecido conjuntivo
denso, não apresenta glândulas com exceção
do esôfago (glândulas esofagianas
propriamente ditas) e duodeno (glândulas
duodenais)
● PLEXO SUBMUCOSO OU PLEXO DE
MEISSNER: plexo nervoso que controla a
contração muscular da mucosa e as
glândulas presentes na lâmina própria e
na submucosa
3. CAMADA MUSCULAR LISA: subdivida em
circular interna e longitudinal externa. Essa
camada está envolvida nos movimentos
peristálticos, enquanto a muscular da mucosa
está mais envolvida em aproximar o epitélio do
alimento em trânsito. Entre as camadas circular
interna e longitudinal externa da camada
muscular temos o:
● PLEXO MIOENTÉRICO, que irá controlar a
contração desse grupo de músculos
4. CAMADA SEROSA OU ADVENTÍCIA: formada
por um tecido conjuntivo fibroelástico que faz o
revestimento de alguns órgãos do sistema
digestório como a maior parte do esôfago
(supradiafragmática), e uma porção do
duodeno. A serosa tem constituição semelhante
à do diafragma, sendo que a diferença reside no
fato de que a serosa apresenta uma camada de
epitélio simples pavimentoso (mesotélio) que faz
o revestimento mais externo do órgão
- ESÔFAGO
- tubo longo que se inicia ao final da faringe e
vai até o estômago, atravessando o diafragma
- trata-se basicamente de um tubo muscular
que por movimentos peristálticos irá conduzir o
alimento até o estômago
- o epitélio do esôfago é do tipo estratificado
pavimentoso não queratinizado, e é importante
para proteger o órgão de alimentos ainda não
digeridos.
- a lâmina própria do esôfago segue o padrão
do tubo digestório e apresenta glândulas
cárdicas, que terão função de lubrificação da
luz do tubo
- a muscular da mucosa só apresenta a camada
longitudinal
- a submucosa do esôfago apresenta segue o
padrão normal, porém apresenta glândulas
chamadas de glândulas esofagianas
propriamente ditas, também com função de
lubrificação
- a camada muscular do esôfago apresenta
músculo estriado esquelético em terço superior.
No terço médio do esôfago essa camada tem
uma mistura de músculo estriado esquelético e
músculo liso e no terço inferior apenas músculo
liso
- o revestimento externo do esôfago é de
adventícia na porção supradiafragmática (a
maior) e de serosa na porção infradiafragmática
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
10
LÂMINA MH 109 - ESÔFAGO
- O esôfago é um tubo muscular através do qual
o alimento passa da faringe para o estômago.
- A parede do esôfago é composta pelas quatro
camadas características do trato
gastrointestinal:
1. Mucosa (ou membrana mucosa)
1.1. Epitélio escamoso estratificado não
queratinizado
1.2. Lâmina Própria - tecido conjuntivo
denso e irregular
1.3.Muscularis Mucosae - músculo liso.
2. Submucosa - tecido conjuntivo denso e
irregular.
2.1. Glândulas de muco - apenas o
esôfago e o duodeno possuem glândulas
na submucosa.
2.2. Dutos - geralmente possuem epitélio
cuboidal estratificado ou cuboidal.
3. Muscularis Externa - contém músculo liso e
esquelético porque esta amostra é do terço
médio do esôfago.
3.1. Camada interna - camada circular de
células musculares
3.2. Camada externa - camada
longitudinal de células musculares
3.3. O plexo de Auerbach (ou mioentérico)
é encontrado entre as camadas interna e
externa da muscular externa. Gânglios
com células da cápsula proeminentes
podem ser vistos.
4. Adventitia - ausente neste espécime.
LÂMINA MH 111 a - JUNÇÃO GASTROESOFÁGICA
- A camada mais inferior (esbranquiçada
representa a camada adventícia)
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
11
- Criptas do estômago: onde transita material
produzido para a digestão
- As setas pretas representam as criptas e as
vermelhas as células de revestimento superficial
do estômago → proteção
- Células de revestimento superficial do
estômago
- Camada de glândulas do estômago
- Células parietais no colo, responsáveis pela
produção de HCl e fator gástrico intrínseco
- NOS CÍRCULOS: células parietais
- NAS SETAS: células principais → produção de
proteínas, por isso são bem coradas pela
hematoxilina (muito ribossomo e complexo de
Golgi)
- ESTÔMAGO
- porção mais dilatada do tubo digestório e é o
sítio principal de digestão de proteínas
- a mucosa do estômago irá exercer a função de
digestão uma vez que não há glândulas na
submucosa do estômago
- na mucosa são encontradas duas estruturas
características do estômago:
1. as criptas: invaginações do epitélio do
estômago e são revestidas por um muco
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
12
visível que protege as células da acidez
da luz do órgão
2. as glândulas: mergulham na lâmina
própria e são as responsáveis pela
produção de material digestivo (ácido
clorídrico, pepsinogênio, lipase gástrica e
renina)
- histologicamente o estômago pode ser
dividido em três porções:
1. a região da cárdia: primeira região, cujas
criptas são pequenas e as glândulas são
curtas e enoveladas
2. a região do fundo (ou fundica), que
corresponde ao fundo e corpo do
estômago na anatomia, e cujas criptas
são médias e as glândulas são muito
longas e retilíneas
3. a região pilórica, região terminal, rica em
células mucosas, e cujas criptas são
grandes e as glândulas são de tamanho
intermediário e enoveladas.
→ as criptas são revestidas por um tipo de
célula chamada célula de revestimento
superficial, que secreta muco visível protetor,
rico em bicarbonato. No fundo das criptas é
jogado o conteúdo vindo das glândulas
mergulhadas na lâmina própria
- as células presentes nas glândulas são:
1. CÉLULA PARIETAL: é uma célula grande, de
formato triangular, que quando ativa apresenta
um canalículo intracelular rico em
microvilosidades que fazem parte de um sistema
chamado sistema túbulo-vesicular, que são
vesículas cheias de bombas de transporte de
íons. Quando a célula se torna ativa essas
vesículas formam o canalículo e as
microvilosidades, e servem para bombear o
hidrogênio e o cloreto para o meio extracelular
formando o ácido clorídrico. As células parietais
se tornam ativas na presença de acetilcolina
(estímulo nervoso) ou de histamina e
principalmente gastrina (estímulo hormonal). A
localização preferencial dessa célula é no meio
das glândulas
2. CÉLULA PRINCIPAL: tem características de
célula secretora de proteínas, com o polo basal
bastante basofílico. Essas células têm
localização preferencial na base das glândulas e
secretam pepsinogênio, lipase gástrica e renina
3. CÉLULA MUCOSA DO COLO: célula secretora
de muco solúvel que se mistura ao alimento
lubrificando-o. Essas células têm localização
preferencial no colo da glândula e apresentam
núcleo achatado e deslocado para a base da
célula
4. CÉLULAS ENTEROENDÓCRINAS: são células
secretoras de hormônios e fatores que
coordenam as funções do tubo digestório
● cada célula tem um produto de secreção
específico. Essas células não têm
localização específica na glândula.
Alguns exemplos são: células G (secreção
de gastrina), Células D (somatostatina),
etc.
5. CÉLULAS TRONCO: renovação tecidual tanto
das glândulas quanto das criptas
- a muscular da mucosa do estômago apresenta
três camadas:
1. a circular interna
2. a longitudinal média
3. a oblíqua externa.
- a submucosa segue o padrão do tubo
digestivo
- camada muscular também tem três camadas:
1. uma oblíqua interna
2. uma circular média
3. uma longitudinal externa
LÂMINA MHS 247 - FUNDO DO ESTÔMAGO
- Esta amostra foi corada com ácido
periódico-Schi� (PAS) para converter
quimicamente os açúcares do muco em um
produto de cor magenta. Foi contra-corado com
hematoxilina para mostrar detalhes adicionais.
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
13
- Isso permite a identificação das células
mucosas superficiais à medida que se estendem
para dentro das fossas gástricas. Também
facilita a visualização das células mucosas do
pescoço.
1. Fossas gástricas (criptas) - células mucosas
superficiais se invaginam para formar fossas
gástricas. Seu muco é intensamente tingido de
magenta escuro.
2. Glândulas Fundic - compostas por três
regiões:
2.1. Istmo- pequena região no ápice da
glândula adjacente a uma fosseta
gástrica.
2.2. Pescoço (colo) - maior parte da
glândula entre o istmo e o fundo.
2.3. Fundo (base) - base da glândula
adjacente à muscular da mucosa.
- Principais tipos de células nas glândulas
gástricas:
1. Células mucosas do pescoço - células PAS
positivas encontradas no istmo e no pescoço.
2. Células parietais - células grandes e ovais com
núcleo central encontradas principalmente no
pescoço. Eles são manchados de rosa claro e
são encontrados em toda a glândula.
3. Células principais - células pequenas,
ligeiramente basofílicas, encontradas no fundo
entre as células parietais.
LÂMINA MH 115 - PILORO
- O estômago pilórico forma a região distal do
estômago que se abre para o intestino delgado.
1. Mucosa - composta pelo epitélio, lâmina
própria e muscular da mucosa.
1.1. Fossas gástricas (criptas) -
invaginações superficiais revestidas com
células mucosas superficiais. Eles são
muito profundos, muitas vezes
estendendo-se mais da metade do
caminho para a muscular da mucosa
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
14
1.2. Glândulas pilóricas - aparecem como
seções transversais das glândulas
tubulares curtas e enroladas de apenas
células secretoras de muco que esvaziam
no fundo das fossas gástricas.
1.3. Lâmina Própria - pequenas
quantidades de tecido conjuntivo
encontradas entre as fossetas e as
glândulas.
1.4. Muscularis Mucosae - camadas de
células musculares lisas.
2. Submucosa - tecido conjuntivo denso e
irregular
3. Muscularis Externa - camadas de células
musculares lisas.
4. Adventitia
- As seções transversais de fossas gástricas e
glândulas pilóricas podem ser distinguidas por:
1. Localização - mais perto da superfície
(fossas gástricas) ou da muscular da
mucosa (glândulas pilóricas)
2. Epitélio - células mucosas de superfície
menores (fossas gástricas) ou células
secretoras de mucosas maiores
(glândulas pilóricas)
- Células mucosa do colo (vistas no piloro)
INTESTINOS
- ao fim da digestão de proteínas no estômago,
este irá liberar para o intestino delgado um
material chamado quimo, que ao chegar no
duodeno, primeira porção do intestino delgado,
irá receber enzimas vindas do pâncreas
exócrino e também a bile, produzida no fígado e
armazenada na vesícula biliar
- FUNÇÃO:
1. absorção dos nutrientes
2. absorção água
3. absorção de eletrólitos
4. apresentam células que fazem a secreção
de hormônios que controlam o
funcionamento do tubo digestivo
5. têm grande quantidade de células de
defesa que podem se encontrar isoladas
ou na forma de folículos
- ESTRUTURAS
- para que a função de absorção seja otimizada,
algumas estruturas poderão ser observadas em
nível celular, na lâmina própria e também na
submucosa.
- INTESTINO DELGADO
- apresenta três porções:
1. DUODENO
2. JEJUNO
3. ÍLEO
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
15
- como a função de absorção é essencial, é
importante conhecer as modificações das
camadas que otimizam esse processo. São elas:
1. PREGAS CIRCULARES: especializações da
submucosa, que ao se elevar eleva
também a mucosa - começam na metade
distal do duodeno, ainda pequenas e
baixas, são grandes e amplas no jejuno, e
baixas no íleo
2. VILOSIDADES: especializações da lâmina
própria, que ao se elevar eleva também o
epitélio - podem ser foliáceas (no
duodeno) ou digitiformes (no jejuno e no
íleo)
3. MICROVILOSIDADES: especializações da
membrana plasmática dos enterócitos
- além dessas três especializações, as glândulas
intestinais também são estrutura que
aumentam a superfície absortiva uma vez que
apresentam células com microvilosidades na
sua parede
- CAMADA MUCOSA: ESTRUTURAS:
→ vilosidades intestinais: são revestidas por dois
tipos de células:
1. enterócitos: células mais abundantes do
revestimento e exercem principal função
de absorção devido às suas
microvilosidades
2. células caliciformes: células produtoras
de muco lubrificante que se mistura ao
alimento auxiliando no trânsito por todas
as porções dos intestinos. Essas células
ficam mais abundantes conforme ao
longo do tubo digestório, e o intestino
grosso é o órgão que mais apresenta
células caliciformes
→ glândulas intestinais: além das células
caliciformes e dos enterócitos, células tronco
para renovação tecidual, células
enteroendócrinas da mesma forma que o
estômago, células de Paneth, que produzem
lisozima, com função antimicrobiana e alfa
defensina, com função quimioatrativa, e células
M, que tem a função de disponibilizar antígenos
da luz do intestino para a lâmina própria.
- CAMADA SUBMUCOSA: varia conforme a
região considerada.
● no duodeno estão presentes as
glândulas duodenais, ou glândulas de
Brunner, que produzem muco alcalino
que neutraliza o quimo ácido vindo do
estômago
● no jejuno é marcada pelas elevações das
pregas circulares que aumentam a
superfície absortiva
● no íleo apresenta a placa de peyer, que é
uma coleção de cerca de 200 folículos, e
entre eles são encontrados linfócitos T,
sendo, portanto, uma região
timo-dependente
- INTESTINO GROSSO
- recebe o alimento que não foi absorvido no
intestino delgado além de grande quantidade
de água e sais
FUNÇÃO: absorção, entretanto serão
absorvidos a água e os sais.
- CAMADA MUCOSA: não apresenta vilosidades,
e as glândulas intestinais são longas e retilíneas.
Em suas glândulas são encontradas as mesmas
células do intestino delgado, com exceção da
célula de Paneth que se encontra ausente.
- LÂMINA PRÓPRIA E CAMADA SUBMUCOSA: são
encontrados inúmeros folículos que não se
organizam em placa de Peyer
- CAMADA MUSCULAR: forma as tênias,
estruturas musculares que auxiliam na
movimentação do intestino
- SEROSA: acumula bastante gordura
constituindo os apêndices epiplóicos
LÂMINA MHS 272 - DUODENO
O duodeno é composto pelas quatro camadas
características do trato gastrointestinal.
1. MUCOSA
as setas apontam para as vilosidades
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
16
as setas apontam para as células caliciformes
as setas apontam para os enterócitos
2. SUBMUCOSA - apresenta glândulas
nessa camada, o que permite a
diferenciação dessa porção intestinal
3. MUSCULAR
4. SEROSA
LÂMINA MHS 248 - JEJUNO
O jejuno é composto pelas quatro camadas
características do trato gastrointestinal.
1. MUCOSA
as setas apontam para as vilosidades e o círculo
mostra a prega circular
as setas apontam para o quilífero central, que
caracteriza pela presença de vasos linfáticos
2. SUBMUCOSA - apresenta pregas
circulares, especializações da
submucosa, o que permite a
diferenciação dessa porção intestinal
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
17
as setas apontam para as pregas circulares
3. MUSCULAR
4. SEROSA
LÂMINA MHS 118 - ÍLEO
O íleo é composto pelas quatro camadas
características do trato gastrointestinal.
1. MUCOSA
2. SUBMUCOSA: apresenta a placa de
peyer, que é uma coleção de cerca de 200
folículos, e entre eles são encontrados
linfócitos T, o que permite a diferenciação
dessa porção intestinal
as duas setas apontam para as vilosidades e a
seta maior aponta para a placa de peyer
3. MUSCULAR
4. SEROSA
LÂMINA MHS 274 - CÓLON
O intestino grosso não apresenta VILOSIDADES,
o que permite diferenciar essa porção do
intestino
O cólon é composto pelas quatro camadas
características do trato gastrointestinal.
1. MUCOSA
as setas apontam para as células caliciformes
2. SUBMUCOSA
3. MUSCULAR
4. SEROSA
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
18
PÂNCREAS
- é uma glândula mista que secreta as enzimas
que atuam na digestão. Elas são armazenadas
por células da porção exócrina, arranjadas em
ácinos
- sua classificação histológica é glândula
exócrina composta puramente serosa,
semelhante à parótida em estrutura
- a distinção microscópica entre esses dois
órgãos pode ser feita pela ausência de ductos
estriados e células mioepiteliais, e presença das
ilhotas do pâncreas
- um outro aspecto estrutural é a penetração da
porção inicial dos ductos intercalares no lúmen
dos ácinos. Núcleos circundados por um
citoplasma claro que pertencem às células
centroacinosas
- os ductos intercalaressão tributários de
ductos interlobulares maiores revestidos por
epitélio colunar
- os aspectos microscópicos dos ácinos são
formados pelas células serosas, piramidais e
polaridade definida → apresentam um núcleo
bem desenvolvido e esférico, além de citoplasma
rico em RER e grânulos de secreção
- além de água e íons, a porção exócrina do
pâncreas secreta diversas proteinases, amilase,
lipase, fosfolipase e nucleases. A maioria das
enzimas são armazenadas na forma inativa,
sendo ativadas no lúmen do intestino delgado.
Isso é relevante para proteção do órgão contra
a atividade dessas enzimas
- a regulação da atividade pancreática ocorre
via hormônios e sistema nervoso. A presença de
ácido no lúmen intestinal é um forte estímulo
para secreção de secretina, a qual promove uma
secreção fluida e rica em bicarbonato. Já a
presença de ácidos graxos de cadeia longa,
ácido gástrico e alguns aminoácidos essenciais
estimulam a secreção de colecistoquinina, que
promove uma secreção pouco abundante e rica
em enzimas. O sistema nervoso, através do
nervo vago, também atua na exocitose das
enzimas
LÂMINA MH 131 - PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula exócrina e
endócrina - mista. A maior parte do pâncreas
(~95%) é composta por células exócrinas que
secretam enzimas digestivas para o duodeno.
Espalhados por todo o pâncreas, há
aglomerados de apenas algumas células a
vários milhares de células (2 a 5%) que secretam
hormônios que regulam a glicose no sangue.
Esses "ilhas" de células endócrinas (ou ilhotas de
Langerhans) são mais claras do que as células
exócrinas por H&E.
- Ilhota de Langerhans - pequena seção
transversal
no círculo as ilhotas, nas setas as células
serosas
→ As células endócrinas ocorrem como cordões
irregulares rodeados por capilares fenestrados.
→ As ilhotas contêm quatro tipos principais de
células endócrinas:
● Células beta - mais comuns e secretam
insulina.
● Células alfa - o segundo mais frequente e
secretor de glucagon.
● Células Delta - secretam somatostatina.
● Células PP - secretam polipeptídeo
pancreático.
Esses tipos de células não podem ser
distinguidos por H&E. No entanto, eles podem
por microscopia eletrônica ou coloração
imuno-histoquímica para os hormônios.
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
19
em amarelo: ducto intercalar e em preto ducto
interlobular, presente na área de septo
FÍGADO
- segundo maior órgão do corpo e a maior
glândula
- é o órgão no qual os nutrientes absorvidos no
trato digestório são processados e
armazenados para utilização por outros órgãos
- é a interface entre o sistema digestório e o
sangue → grande volume do sangue que chega
no fígado é transportado pela veia porta, rica
em nutrientes e pobre em oxigênio → o sangue
oxigenado é transportado pela artéria hepática
- o fígado apresenta uma delgada cápsula de
tecido conjuntivo, mas em sua estrutura não
estão presentes septos para dividir o órgão em
lóbulos
- o componente estrutural básico do fígado é o
hepatócito → essas células epiteliais estão
agrupadas em placas interconectadas
- o lóbulo hepático é formado por uma massa
poligonal de tecido que estão em contato uns
com os outros ao longo de grande parte de seu
comprimento. Em algumas regiões da periferia
pode-se observar presença de tecido conjuntivo
denso contendo a tríade portal (ramos da
artéria hepática e veia portal, e o ducto biliar)
- o fígado contém de 3 a 6 espaços porta com as
tríades por lóbulo
→ essa é a forma de lobulação clássica, com
conceito estrutural
→ outras duas maneiras de definir o lóbulo
hepático é através de conceito funcional:
1. o lóbulo portal define o trajeto da bile e é
definido por 3 veias centrais na periferia
e uma tríade no centro
2. o ácino hepático representa a tensão de
oxigênio ao longo dos capilares, é
definido por duas tríades portais e duas
veias centrais que estabelecem 3 zonas (I,
II e III)
- os HEPATÓCITOS estão radialmente dispostos,
formando placas e direcionam-se da periferia
para o centro
→ os espaços entre essas placas contêm os
capilares sinusóides e as células endoteliais
estão separadas dos hepatócitos por um
espaço denominado subendotelial ou de Disse,
onde fluidos provenientes do sangue percolam
rapidamente → além das células endoteliais, os
capilares apresentam as células de Kup�er, que
estão presente na superfície luminal e tem como
funções o processo de hemocaterese e defesa.
Uma outra célula presente no fígado é a de Ito
(estreladas), elas estão localizadas no espaço de
Disse e apresentam citoplasma com inclusões
lipídicas ricas em vitamina A. Em condições
normais, elas desempenham funções de
captação, armazenamento e liberação de
retinóides, síntese e secreção de componentes
da matriz extracelular, de fatores de crescimento
e citocinas, além de regulação do lúmen
sinusoidal frente a fatores reguladores
- no fígado temos o sistema porta venoso → a
veia porta ramifica-se repetidamente e envia
pequenas vênulas portais aos espaços porta, a
partir de vênulas distribuidoras, pequenas
vênulas desembocam nos sinusóides que
convergem para o centro do lóbulo para formar
a veia central/centrolobular, um vaso de parede
delgada formado apenas por células endoteliais
suportadas por poucas fibras de colágeno
→ a medida que a veia central progride ao longo
do lóbulo, ela recebe mais sinusóides e ao final
deixa o lóbulo e converge para a veia sublobular
- HEPATÓCITOS
- seu citoplasma é eosinofílico em grande parte
devido a grande quantidade de mitocôndrias e
REL
- suas superfícies voltadas para os capilares são
denominadas absortivas e apresentam
microvilosidades
- a membrana que está em contato com outro
hepatócito estabelece junções oclusivas e define
um espaço denominado canalículo biliar, que
constituem a primeira porção do sistema de
ductos biliares
- uma rede de canalículos é formada até chegar
nos ductos biliares, que apresentam uma curta
distância e drenam a bile para os ductos biliares
da tríade portal
- a secreção da bile representa a função
exócrina do fígado, além da presença de água e
eletrólitos, possui diversos componentes
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
20
essenciais como ácidos biliares, colesterol e
fosfolipídios. É importante para emulsificação
de lipídios no trato, facilitando a ação das
enzimas e sua subsequente absorção. Uma
outra relevante função dos hepatócitos é a
detoxificação, realizada pelo REL, o qual reage
prontamente às moléculas recebidas pelo
hepatócito. Um exemplo é a conjugação da
bilirrubina, tóxica e hidrofóbica com o
glucuronato para formar um composto não
tóxico e solúvel em água. Ainda, várias drogas e
substâncias podem ser inativadas por oxidação,
metilação ou conjugação no REL
LÂMINA 126b - FÍGADO
O lóbulo hepático clássico é a forma tradicional
de descrever a organização do parênquima
hepático.
- Lóbulos - lóbulos individuais são vistos como
áreas mais claras com bordas mais escuras em
baixa ampliação
- Estrutura do Lóbulo- Estrutura
aproximadamente hexagonal com uma nervura
central no centro e seis tríades portais na
periferia. (No entanto, a direção aleatória de
uma seção torna esta descrição clássica
raramente vista em um único perfil.)
em preto as tíades hepáticas e em azul a veia
central - LÓBULO HEPÁTICO CLÁSSICO: DIVISÃO
ESTRUTURAL
ÁCINO HEPÁTICO: DIVISÃO FUNCIONAL - AZUL:
veia central; PRETO: tríade. A parte mais
distante das veias centrais apresentam cordões
de hepatócitos com citoplasma maior, devido a
presença de sangue mais rico em oxigênio, pois
conforme ele vai percorrendo em direção a veia
central, vai empobrecendo em oxigênio.
- Veia Central - grande vênula no centro do
lóbulo
em azul as veias centrais e em preto as tríades
- Hepatócitos- As placas anastomosadas, com
uma célula de espessura, irradiam-se para fora
da veia central separadas por capilares
sinusoidais e sustentadas por fibras reticulares.
(Nesta amostra, os hepatócitos contêm muita
lipofuscina.)
AZUL: veia central; VERMELHO: representa os
espaços pouco corados (branco) onde se
encontram os capilares fenestrados sinusóides;
PRETO: representa os cordões de hepatócitos(células do fígado que metabolizam os
nutrientes e produzem a bile), os cordões são
formados por células interpostas lado a lado
- Portal Tríades - nos cantos de cada lóbulo
● Arteríolas hepáticas - fornecem sangue
rico em oxigênio aos sinusóides
● Vênula Portal - fornece sangue rico em
nutrientes do trato gastrointestinal para
os sinusóides
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
21
● Ductos Biliares - drenam a bile dos
hepatócitos para a periferia
em azul a vênula, em verde os ductos biliares e
em vermelho a arteríola
em azul a vênula, em verde os ductos biliares,
em vermelho a arteríola e em preto a veia
central; a seta vermelha demonstra a direção do
sangue nos sinusóides e a seta verde a direção
da bile para os ductos biliares
- Vasos linfáticos - drenam a linfa dos espaços
perisinusoidais de Disse para a periferia
- Dutos biliares - forrado com um epitélio
cuboidal simples (seção longitudinal, lúmen não
é visível)
LÂMINA MH 031 - FÍGADO
CÉLULAS DE KUPFFER: "macrófagos", participam
da defesa e hemocaterese
VESÍCULA BILIAR
- órgão oco, com formato de pera capaz de
armazenar 30-50ml de bile
- sua parede consiste em uma camada mucosa
formada por epitélio simples colunar e lâmina
própria, uma camada de músculo liso, uma
camada de tecido conjuntivo perimuscular e
uma membrana serosa
- glândulas mucosas tubuloacinosas estão
presentes próximo ao ducto cístico
- a contração da musculatura lisa da vesícula é
induzida pela colecistoquinina
LÂMINA MH 130a - VESÍCULA BILIAR
A vesícula biliar é o recipiente de
armazenamento da bile. Camadas:
- Mucosa (ou membrana mucosa) - a bexiga
vazia tem numerosas dobras profundas (ou
rugas), muitas vezes resultando no
aparecimento de atravessar pontes.
● Epitélio Colunar Simples - semelhante em
aparência às células absortivas nos
intestinos.
● Lamina Propria- tecido conjuntivo denso
e irregular que sustenta o epitélio. É rico
em capilares fenestrados e pequenas
vênulas.
- Túnica Muscular- feixes de músculo liso
orientados aleatoriamente contendo numerosas
fibras de colágeno e elásticas. Sua contração
resulta no esvaziamento da vesícula biliar.
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES
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- Camada externa do tecido conjuntivo - a
composição depende de sua localização.
- Adventícia - onde a vesícula biliar se liga ao
fígado. É composto por tecido conjuntivo denso
e irregular.
- Serosa- onde a vesícula biliar não está ligada
ao fígado. É composto por uma camada
superficial de mesotélio sustentada por tecido
conjuntivo frouxo.
- Apesar de sua origem no intestino anterior, a
vesícula biliar não apresenta muscular da
mucosa ou submucosa.
ACESSE: www.histologyguide.com
DANIEL SGRANCIO ULIANA - NUTRIÇÃO - UFES

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