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Exame Físico Cardiovascular Renata Vale - 79 Inspeção e Palpação ● Devem ser feitos juntos; ● Paciente sempre em decúbito dorsal; ● Visualização tangencial; ● Análise de ○ F rêmito cardiovascular ○ I ctus cordis ○ B atimentos ou movimentos visíveis/palpáveis ○ A baulamentos ou retrações ● Frêmito cardiovascular ○ Sensação tátil do sopro; ○ Analisar: Situação no ciclo cardíaco, intensidade e localização; ○ Valvopatias! ● Ictus cordis ○ Ápice do coração: Foco mitral ○ Se não conseguir palpar: Posição de Pachon ■ Pede para o paciente ficar em decúbito lateral esquerdo: Coração mais próximo da caixa torácica. ○ L ocalização ■ Insuficiência e estenose aórtica, insuficiência mitral e hipertensão arterial podem gerar hipertrofia/ dilatação do VD e derrame pleural → Mudança de posição. ○ E xtensão ■ Normal: De 1 a 3 polpas digitais. ○ M obilidade ■ Mudança de posição em decúbitos laterais e dorsais: Desvio de 2 cm; ■ Sem desvio: Sínfise pericárdica. ○ I ntensidade ■ Pode ser: Hipercinético, hipercinético difuso, hipocinético difuso, propulsivo sustentado e desviado. ● Batimentos ou movimentos visíveis/palpáveis ○ Choque valvar palpável: Bulhas hiperfonéticas! ● Abaulamentos ○ Aneurisma da aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico e alterações da própria caixa; ○ Em crianças: a dilatação do ventrículo direito deforma facilmente o precórdio 1 ■ Principais causas: cardiopatias congênitas e lesões valvares reumáticas. ○ Hipertrofia do ventrículo direito: Visível na borda paraesternal dos espaços intercostais 3, 4 e 5; ● Retração Sistólica Apical ○ Hipertrofia do ventrículo direito. ■ Movimento em báscula: retração apical + impulso paraesternal. Percussão ● Desnecessária na maioria das vezes! ○ Se não percebeu o ictus, por exemplo. Ausculta ● Campânula: Sons mais graves (Baixa frequência) ○ Sons de Korotkoff; ○ Compressão leve; ○ Melhor para ouvir B3 e B4. ● Diafragma ○ Melhor para ouvir B1 e B2. ● Sons relacionados com a respiração ○ Na inspiração: ↓ da pressão intratorácica para que o ar entre no pulmão → ↑ da pressão nos MMII e no abdômen → ↑ do retorno venoso para a veia cava superior → Dilatação do átrio e ventrículo direitos → ↑ Volume e contratilidade atriais → Hiperfonese de B1 e B2 nas câmaras direitas; ○ Nas câmaras esquerdas: Ventrículo direito dilatado → Deslocamento do septo interventricular para a esquerda → ↓ Volume ↓ Contratilidade do ventrículo esquerdo → ↓ da pressão na aorta → ↓ do Pulso radial ■ Fisiológico: ↓ < 10 mmHg na PAS; ■ Patológico: Tamponamento cardíaco → Pulso paradoxal (↓ > 10 mmHg na PAS) ● Bulhas cardíacas ○ B1: Fechamento das valvas atrioventriculares ■ Desdobramento ● Tricúspide fecha depois da mitral; ● Foco tricúspide; ● Pode ou não ser patológico ○ Patológico: Bloqueio de ramo direito e extrassístoles ventriculares. ○ B2: Fechamento das valvas semilunares ■ Desdobramento ● Pulmonar fecha depois do aórtico; ● Foco pulmonar; ● Fisiológico: Inspiração; ● Patológico: Amplo, fixo ou paradoxal (quando rola na expiração). ○ B3: Enchimento rápido do ventrículo ■ Rápida desaceleração do sangue do átrio para o ventrículo → Sangue batendo na parede → Vibrações; ■ Batimento “extra”; ■ Protodiastólica: Depois de B2; ■ Exemplo de causa: Insuficiência mitral ● Mais sangue passa de uma vez para o ventrículo. ○ B4: Contração atrial ■ Telediastólico: Antes de B1; ■ Sangue batendo com sangue; 2 ■ Distinguir de um desdobramento de B1: Faz manobras e é B4 se permanecer fixo; ■ Exemplo de causa: Estenose aórtica. ○ Sequência normal: B1 → Sístole → B2 → Diástole ○ Sequência geral: B4 → B1 → Sístole → B2 → B3 (Fase de enchimento rápido da diástole) → Diástole (Fase de enchimento lento) → B4 (Fase de contração atrial da diástole) ● Sopros ○ CLoRoQuina ■ C ronologia ■ L ocal de intensidade máxima ■ R adiação ■ Q ualidade ○ Cronologia ■ Início: Proto/ Meio: Meso/ Final: Tele/ Todo: Pam ou Holo; ■ Sistólico ou Diastólico; ■ Sopro Sistólico ● Som arrastado entre B1 e B2; ● Se ta auscultando e ao mesmo momento consegue sentir o pulso radial! ■ Sopro diastólico ● Som arrastado depois de B2. ■ Tempo entre B1 e B2 é menor do que entre B2 e o próximo B1: Sístole < Diástole! ○ Local de intensidade máxima ■ Focos: Aórtico, pulmonar, tricúspide e mitral ■ Anemia: Todos os focos estão mais intensos. ○ Radiação ○ Qualidade ■ Regurgitação. ○ Intensidade ○ Exemplos de sopros ■ Sistólico 3 ● Tipos: Ejeção ou regurgitação (Refluxo); ● Nos focos aórtico e pulmonar: Estenose ○ Sangue não passa direito do ventrículo para o vaso - Ejeção. ● Nos focos mitral e tricúspide: Insuficiência ○ Regurgitação do sangue do ventrículo para o átrio. ● SISSEMESTE (SÍStole → SEMilunar → ESTEnose)/ SISAVIN (SÍStole → AtrioVentricular → INsuficiência). ■ Diastólico ● Tipos: Ruflar (Bater das asas de um pássaro) ou aspirante; ● Nos focos mitral e tricúspide: Estenose ○ Sangue não passa direito do átrio para o ventrículo - Ruflar. ● Nos focos aórtico e pulmonar: Insuficiência ○ Sangue retornando do vaso para o ventrículo - Aspirante. ● DIAVESTE (DIástole AtrioVentricular → ESTEnose)/ DISSEMIN (DIástole SEMilunar → INsuficiência). ■ Sistodiastólico ● Sopros em maquinaria; ● Persistência do canal arterial, nas fístulas arteriovenosas, anormalidades do septo aortopulmonar, etc; ● Componente sistólico geralmente é mais intenso. ■ “Inocente” ● Sistólico; ● Varia com alteração de posição; ● Intensidade baixa (+ ou ++); ● Não irradia. 4 Pulsos periféricos ● Radiais ● Femorais ● Poplíteos ● Braquiais ● Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) ○ Pedioso ○ Tibial posterior 5 ● Estases jugulares ○ 90° > 60° > 45° > 30°: Gravidade! ○ Insuficiência cardíaca ou hipervolemia. 6
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