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Fígado, Pâncreas e Baço ANATOMIA – 29/09/2020 Chamamos de região duodeno pancreática a região que compõe a cabeça do pâncreas e o duodeno, duas estruturas em intima relação. O duodeno é a primeira porção do intestino delgado, apresentando um trajeto em “C” ao redor da cabeça do pâncreas. Apresenta início no piloro e término no ângulo duodeno jejunal. Musculo suspensor do duodeno. Apresenta posição retroperitoneal (exceto os 2,5 cm iniciais). Apresenta relações posteriores com o rim direito e a VCI. Divide-se em 4 porções: · Primeira: porção superior ou bulbo duodenal; · Segunda: porção descendente; · Terceira: porção horizontal; · Quarta: porção ascendente; Podemos destacar a presença da Ampola Hepatopancreatica (Valter) no duodeno, sendo essa situada na parede medial da segunda porção, recebendo o ducto colédoco e ducto pancreático, situada na papila maior do duodeno e controlada pelo esfíncter hepatopancreatico (Oddi). O pâncreas é uma glândula digestiva alongada (12 – 15 cm), que tem a função de glândula endócrina pela produção de glucagon e insulina, e também uma função exócrina pela produção de suco pancreático. É dividido em cabeça, corpo e cauda e situado posteriormente a bolsa omental em posição obliqua, tendo uma relação intima em sua cauda com o hilo do baço. Destacam-se as regiões do pâncreas: · Cabeça: situada na curvatura duodenal, prolongamento inferior (processo uncinado), repousa sobre a VC e vasos renais direitos, contém o ducto colédoco e é limitada pelos vasos mesentéricos superiores; · Colo: anterior a formação da veia porta, trajeto superior e a esquerda, face anterior recoberta por peritoneo, intima relação com o estomago, inserção do mesocolon transverso no bordo inferior, face posterior (aorta, mesentérica superior, adrenal e rim esq), relação intima com a veia esplênica, entre o tronco celíaco e a artéria mesentérica superior. · Cauda: romba ou pontiaguda, entre folheto hepatorrenal, contato íntimo com o hilo esplênico; · Ducto pancreático: formada pela fusão dos dois brotos pancreáticos, ducto pancreático principal (papila maior) e ducto pancreático acessório (papila menor - 9%), situado posteriormente no parênquima pancreático. Suprimento arterial da região duodeno pancreática: artérias pancreatoduodenais: superiores anterior e posterior (a. gastroduodenal); inferiores anterior e posterior (a. mesentérica sup.). Drenagem venosa: veias acompanham as artérias, drenam para o sistema porta e mesentérica superior. Drenagem linfática: linfonodos celíacos e mesentéricos superiores. O fígado é o maior órgão do abdome (2% do peso corporal), apresenta uma superfície lisa com bordas agudas, é recoberto por capsula de tecido conjuntivo (Glisson) e tem diversas funções metabólicas, como: metabolismo energético (glicogênio), digestão (produção de bile), síntese proteica, etc. Podemos estudá-lo em diferentes regiões: · Face diafragmática: recessos subfrenicos, área nua, ligamentos triangulares e coronários, ligamento falciforme; · Face visceral: relação (estomago, duodeno, flexura direita), “H”: omento menor, veia cava, vesícula e ligamento redondo, porta hepática: veia porta, artéria hepática, ductos, nervos e vasos linfáticos. Também podemos dividi-lo em dois lobos, sendo eles o lobo direito e o lobo esquerdo, separados fisiologicamente pela linha da entrada e saída das veias no órgão. O fluxo sanguíneo de entrada no fígado se dá predominantemente através da veia porta, que leva cerca de 70 – 80% total de sangue que aflui ao fígado, além da artéria hepática. Uma vez ocorrendo a passagem desse sangue no interior do órgão ele irá emergir em sua face superior através das veias hepáticas, que drenam para a VCI logo abaixo do ostio diafragmático. Esta distribuição irá permitir a presença de um lobo direito independente do esquerdo, e também a presença de diversos segmentos independentes entre si, cada um deles contendo seu ramo arterial, seu ramo portal e sua drenagem canalicular, dessa forma, o fígado também pode ser dividido em 8 segmentos, sendo a linha da vesícula biliar ate a veia cava inferior o que define a separação dos lobos direito e esquerdo. O fígado irá se fixar ao diafragma pela área nua. Ducto biliares: célula hepática; canalículos biliares; canalículos interlobulares; ductos hepáticos (D + E); ducto hepático comum; confluência do ducto cístico (da vesícula biliar); ducto colédoco; assim completando o trajeto descendente por trás do duodeno e ao interior da cabeça do pâncreas vindo se unir com o ducto pancreático para penetrar na papila maior do duodeno pela ampola hepatopancreatica, a partir do controle de fluxo pelo esfíncter hepatopancreatico. O fluxo biliar será liberado uma vez que exista alimentos a nível da segunda porção do duodeno que necessitem de substancias biliares ou pancreáticas para digestão. A vesícula biliar é um saco em formato piriforme com capacidade de 30 a 60 ml, fica situada a nível da linha semilunar junto a borda costal fixa a face visceral do fígado. Pode ser dividida em fundo, corpo, colo e infundíbulo, é recoberta por peritônio, apresenta função de armazenar e concentrar a bile a qual será liberada por contração na segunda porção do duodeno. Vesícula biliar e ducto cístico: vascularização – artéria cística (artéria hepática direita), relações, variações; veias – ductos biliares e colo (veias gástricas duodenais e pancreáticas), fundo e corpo (fígado/ leito hepático); linfáticos (linfonodos hepáticos e linfonodos celíacos); inervação – plexo celíaco (simpático) e nervo vago (parassimpático). Baço: maior massa de tecido linfático do corpo, protegido pela caixa torácica (costelas 9 a 11), não palpável em condições normais, envolvido por peritônio (exceto hilo), entre laminas do mesogástrio dorsal, relação intima com cauda do pâncreas; ligamentos (ligamento gastoesplênico e esplenorrenal), face convexa (diafragma, polos superior e inferior, bordas chanfradas. É vascularizado pela artéria esplênica (5 ou mais ramos terminais) e veia esplênica. A drenagem venosa ocorre pelos linfonodos esplênicos e linfonodos pancreatoduodenais e é inervado pelo plexo celíaco. Página | 2
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