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Resumo Direito Penal - Iter Criminis

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1 
 
DIREITO PENAL 
ITER CRIMINIS 
 
 
-Cogitação 
-Preparação 
-Execução – somente ela é punível 
-Consumação 
 
*Cogitação 
Fase mental, portanto, não pode ser punido 
Anseio, mas não necessariamente poder de conseguir o resultado. 
 
*Atos Preparatórios x Atos Executórios 
Teorias tentam explicar a TENTATIVA 
Só há tentativa se houver ingresso na execução 
1) Teoria Subjetiva/Subjetiva limitada/Objetiva Individualizadora/do Plano do Autor 
O agente exterioriza de modo seguro e inequívoco a intenção do delito. 
Plano é ir em direção à consumação. 
2) Teoria Objetivo-formal ou da Ação Típica - MAJORITÁRIA 
Pode haver tentativa quando o agente pratica a conduta do tipo penal 
3) Teoria Objetivo-material 
Quando o agente já coloca o bem jurídico em situação de perigo. 
4) Teoria da Univocidade 
Atos preparatórios são equívocos porque podem ser dirigidos a um fim criminal ou não 
Atos executórios são unívocos, sempre levam ao cometimento de crime 
5) Teoria da Hostilidade ao Bem Jurídico ou Teoria do Começo do Perigo Concreto ao 
Bem Jurídico 
Bem jurídico encontra-se em perigo concreto. 
Ato executório ataca o bem jurídico. 
Ato preparatório não causa nenhum perigo 
 
*A execução nem sempre conduz à consumação 
 
*Institutos que impedem a Consumação 
Antes é necessário que haja o ingresso na execução. 
-Desistência Voluntária: o agente ingressa no ato, mas antes de esgotá-los, desiste de 
prosseguir, não chegando à consumação. Art. 15, CP 
-Arrependimento Eficaz: agente ingressa no ato, esgota todos os meios, atua em sentido 
contrário para evitar a consumação. Precisa conseguir evitar. Art. 15, CP 
-Crime Impossível: Meio absolutamente ineficaz, objeto impróprio. Art. 17, CP 
-Tentativa: não consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
 
 
2 
 
 
Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz 
Art. 15, CP: “O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou 
impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados” 
 
Natureza Jurídica: 
- Causa pessoal de exclusão ou extinção da punibilidade por razões de política criminal 
- Causa de exclusão da tipicidade* 
Em ambos basta a voluntariedade, não precisa ser espontâneo. 
Os motivos são irrelevantes. 
Incompatíveis com os crimes culposos. 
Responde pelos atos praticados 
Comunicabilidade no concurso de pessoas* 
- Não comunica: institutos têm caráter subjetivo – Fragoso 
- Comunica: institutos têm caráter misto – Nelson Hungria 
 
Desistência Voluntária 
O agente desiste de prosseguir na execução da conduta criminosa 
O agente não esgota os atos executórios (Requisito Objetivo) 
Precisa ser voluntário, mas não espontâneo (Requisito subjetivo) 
A tentativa não pode ser perfeita, pois nela se esgota todos os atos executórios. 
*Obstáculo suposto ou putativo 
Não há desistência, é tentativa. 
Ex.: Fuga por ouvir barulho de sirene 
*Em regra é uma conduta negativa (não fazer) 
Exceção: crime omissivo impróprio 
*Não é admitida em crimes unissubsistentes – conduta se consuma em um ato só. 
*FRANK: 
Tentativa – “Eu quero prosseguir na execução mas não posso” 
D.V. – “Eu posso prosseguir na execução mas não quero” 
 
*Desistência de propósito x de execução 
 
Arrependimento Eficaz 
Também chamado de Resipiscência – O agente arrepende-se e atua em sentido 
contrário para impedir a consumação do delito inicialmente cogitado. 
O agente esgota os atos executórios. 
Requisito: 
Objetivo: impedimento eficaz do resultado (evitar a consumação) 
Subjetivo: voluntariedade 
 
Só é compatível com a tentativa acabada ou perfeita. 
 
3 
 
Resultado naturalístico exigido nos crimes MATERIAIS, não é possível nos crimes de 
mera conduta. 
 
 
Arrependimento Posterior 
Art. 16: “Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o 
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.” 
 
*Natureza Jurídica: Causa de Diminuição de pena (3ª fase) 
*Qualquer crime desde que seja compatível – possa haver a reparação. 
*Duplo aspecto: proteção da vítima e arrependimento por parte do agente. 
*Requisitos: 
- Crime sem violência ou grave ameaça 
- Reparação do dano ou restituição da coisa – voluntária, mas não necessariamente 
espontânea. 
- Arrependimento até o recebimento da denúncia. Se for posterior, pode incidir a 
atenuante do art. 65, III, b, CP (2ª Fase) 
*Restituição da coisa - 2 correntes – 1) pessoal, somente o agente pode restituir; 2) 
terceiro pode restituir, pois o importante é a proteção da vítima. 
Entretanto, se for decorrente de Busca e Apreensão, não ensejará Arrependimento 
Eficaz. 
*Reparação do dano deve ser total? 
- Sim. Porém, se a vítima aceitar parcial, pode ser aplicado o arrependimento. 
(MAJORITÁRIA) 
- Sim, mas se não puder ser restituída, e a vítima aceitar a reparação, pode aplicar. 
- Não. Pode ser parcial – STF Informativo 608 
*Critério para a redução – celeridade e voluntariedade 
*Peculato Culposo (312, § 3º, CP), afasta a incidência do AP, pela norma mais 
específica. 
*Concurso de pessoas – Há comunicabilidade? 
1) Sim. Pois é circunstância objetiva e se aplica a todos. 
2) Não. É subjetiva. 
 
Arrependimento Eficaz Arrependimento Posterior 
Crime ainda NÃO SE CONSUMOU. 
Ocorre dentro do iter criminis 
Crime JÁ SE CONSUMOU 
Ocorre fora do iter criminis 
Aplica-se aos crimes com violência ou 
grave ameaça à pessoa. 
Não se aplica aos crimes com violência 
ou grave ameaça à pessoa 
 
Crime Impossível 
Art. 17 – “Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por 
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.” 
*Distinção entre meio e objeto 
4 
 
*Teorias 
1) Subjetiva: leva em consideração a vontade/intenção do agente. (não adotada) 
2) Sintomática: conduta revela a periculosidade, pode ser punida a tentativa. 
3) Objetiva pura: considera a objetividade. Sendo o meio ineficaz ou o objeto 
impróprio, não há crime. Não importa se absoluto ou relativo. 
4) Objetiva temperada/moderada: somente será impossível se o meio for 
absolutamente ineficaz ou o objeto absolutamente impróprio - análise da idoneidade. 
(ADOTADA) 
*Meio absolutamente ineficaz ou objeto absolutamente impróprio 
Meio é tudo aquilo que o agente utiliza no ato executório 
Objeto é a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta criminosa. 
 -Objeto não existe. 
*Situação de erro – agente não sabe que o meio ou objeto são ineficaz/impróprio. 
*Flagrante Preparado – Crime Impossível – Súmula 145 
*Diferença entre Crime Impossível e Tentativa 
1 – Bem jurídico tutelado corre perigo na tentativa, mas não no Impossível. 
2 – Crime não poderia se consumar no crime impossível.

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