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Para mais resumos: gg.gg/ricpassei Hiperemia A hiperemia é o aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos sanguíneos de um órgão ou tecido, especialmente a microcirculação por capilares. A consequência do aumento de volume sanguíneo é a vasodilatação. A hiperemia pode ser classificada em três tipos: a. Ativa (maior influxo sanguíneo) b. Passiva (menor retorno venoso) c. Mista (inflamação crônica) Hiperemia ativa A hiperemia ativa resulta do aumento do influxo sanguíneo por dilatação arteriolar. O sinal clínico é o rubor, vermelhidão local causada pelo sangue oxigenado. Pode ter duas origens: Fisiológica: rubor facial por estímulo neurogênico ou durante exercício físico Patológica: inflamação aguda, denervação simpática no trauma raquimedular Patogenia A hiperemia ativa é causada pela abertura de esfíncteres pré- capilares, levando ao hiperfluxo local e dilatação arteriolar. A abertura dos esfíncteres surge de estímulos neurogênicos (rubor facial), metabólicos (ADP e adenosina no exercício físico) ou mediadores inflamatórios. Aspectos morfológicos Na macroscopia, apresenta cor vermelha, com temperatura elevada e volume aumentado. Na microscopia, nota-se uma presença de capilares dilatados e com alta concentração de hemácias. Hiperemia passiva (congestão) A hiperemia passiva ocorre sempre como processo patológico, caracterizado pelo prejuízo do retorno venoso (estase). O sinal clínico é a cianose, aspecto azulado pelo acúmulo de hemoglobina desoxigenada. Pode ocorrer de duas formas: Sistêmica: insuficiência cardíaca Localizada: obstrução venosa por diversos motivos, como na trombose venosa (varizes) Se o processo congestivo mantiver cronicidade, pode ocorrer evolução para necrose e fibrose locais, assim como possível hemorragia por aumento da pressão hidrostática. Uma característica da congestão sistêmica crônica, no pulmão e no fígado: as hemácias extravasadas por hemorragia são fagocitadas por macrófagos locais, que degradam hemoglobina em hemossiderina e corando em marrom-acastanhado, caracterizando células do vício cardíaco. Congestão pulmonar A hiperemia passiva nos pulmões ocorre por insuficiência cardíaca esquerda, que pressiona os capilares pulmonares e acompanha edema agudo (transudato). A cronicidade do processo manifesta-se no espaçamento dos septos alveolares por edema e fibrose discreta. Congestão hepática A hiperemia passiva no fígado ocorre por diversos mecanismos, como a insuficiência cardíaca direita (retenção de sangue nas veias cavas) e a cirrose hepática (hipertensão portal). A fase aguda do processo inclui dilatação da veia centrolobular e dos capilares sinusóides. À medida que o processo patológico avança, ocorrem fenômenos degenerativos nos hepatócitos (degeneração hidrópica e esteatose). O aspecto clínico de fígado em noz moscada ocorre pois o centro dos lóbulos encontra-se mais escuros por cianose, enquanto a periferia mais clara por degeneração. Hiperemia e edema Para mais resumos: gg.gg/ricpassei Congestão no baço A hiperemia passiva no baço é causada por hipertensão portal. A principal consequência da cronicidade é a esplenomegalia, o aumento de volume do órgão. Além disso, ocorre importante proliferação dos macrófagos com aumento da hemocaterese, o que resulta na citopenia periférica (hiperesplenismo). Congestão nos MMII e estase jugular Ambas as características fazem parte da insuficiência cardíaca direita crônica. Os membros inferiores manifestam importante edema com sinal de Godet (formação de depressão após pressão), causados principalmente pela ação da gravidade em associação com a IC. É possível também perceber a formação de varizes com pigmentação castanho-escura. O estase jugular é originado pela dificuldade de retorno venoso pela congestão das veias cava. Edema O edema é definido como o acúmulo de líquido nos espaços intersticiais, afastando os elementos da matriz extracelular. O edema que ocorre em cavidades fechadas chama-se efusão. Edemas sistêmicos são conhecidos como anasarca. Quanto ao filtrado, o edema possui líquido de duas naturezas: Transudato: líquidos pobres em proteínas, de origem não-inflamatória Exsudato: líquidos ricos em proteína com presença de células, de origem inflamatória Etiologia O edema possui diversas causas, podemos citar: Aumento da pressão hidrostática: como na insuficiência cardíaca ou na trombose venosa Diminuição da pressão coloidosmótica: redução de albumina plasmática pela diminuição da síntese (desnutrição proteica) ou perda (síndrome nefrótica) Aumento da permeabilidade vascular: inflamação Obstrução linfática: ocorre na filariose ou após a remoção de linfonodos neoplásicos Retenção de sódio e água: ativação do eixo renina- angiotensina-aldosterona por insuficiência cardíaca Patogenia A patogênese básica do edema envolve um desequilíbrio nas forças de Starling, com o aumento da pressão hidrostática e/ou a diminuição de pressão coloidosmótica. Nos pulmões, o edema pulmonar é característico de insuficiência cardíaca esquerda e impede a difusão de oxigênio, além de criar um ambiente propício para infecções bacterianas. O edema pulmonar é acompanhado de uma efusão pleural (derrame pleural). A ascite (efusão peritoneal), que resulta de hipertensão portal, também cria um ambiente propício para proliferação bacterianas. Hiperemia Hiperemia ativa Hiperemia passiva (congestão) Edema Etiologia Patogenia
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