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EMBOLIA E ISQUEMIA CASO CLÍNICO: J.S.S, de 60 anos de idade, de cor branca, casado, da religião católica. Com diagnóstico médico de acidente vascular cerebral isquêmico, teve trombose venosa profunda. Possui doenças crônicas como a diabetes mellitus e a hipertensão arterial. Paciente com o membro inferior esquerdo amputado parcialmente, sofreu uma queda em sua residência após a amputação. Tem como fator de risco ser sido tabagista a 20 anos atrás e ter sido etilista a três anos atrás. Faz uso dos seguintes medicamentos: Monocordil, Celestazol, Aldosterin, Tilex, Codex, Furosemida, AAS, Omeprazol, Digoxina, Carbamazepina, Amtriptilina. Fez exames laboratoriais de sangue e urina a 2 meses, não realizou exames de imagem. Quanto as condições de moradia, o paciente reside em casa provendo de saneamento básico. É realizado curativo duas vezes ao dia na incisão pós amputação parcial da perna. Possui uma alimentação variada, costuma fazer quatro refeições diárias, porém é uma dieta sem as restrições recomendadas a hipertensos e diabéticos. A micção é normal, porém a urina apresenta-se com odor nos últimos dias, e quanto as eliminações intestinais o paciente encontra-se constipado. EXAME FÍSICO: Apresentou os seguintes sinais vitais: normocardio (80 bpm), hipotenso (100x60 mmhg), eupnéico (16 mrpm), normotérmico (36,6°C). O estado nutricional pode se classificado como normal. Paciente lúcido, acordado, responsivo. Apresenta restrição na movimentação, está acamado, precisa de ajuda para muitas atividades, consegue apenas ficar sentado na cadeira de rodas. Tem como alteração na pele a ferida pós-operatória da amputação, mas não possui demais lesões da pele e tecidos. Tem diminuição da acuidade visual e auditiva. A ausculta pulmonar estava normal, paciente com oxigenação ar ambiente. Ritmo cardíaco normal com presença de dor precordial. Sensibilidade e força motora diminuídas em membro superior esquerdo. Perda da força e presença de dor em membro inferior direito, e amputação parcial de membro inferior esquerdo. 1. Quais são as alterações endoteliais observadas no paciente com diabetes? A hiperglicemia contribui diretamente para a lesão endotelial através da glicação irreversível do colágeno subendotelial e de outras proteínas estruturais do vaso, formando os produtos finais da glicação avançada (AGEs). Os AGEs promovem mudanças na estrutura e nas propriedades biofísicas da membrana basal causando alterações na permeabilidade e na capacidade vasodilatadora dos vasos. Dosagem de trombomodulina plasmática (TM), uma vez que ela é essencialmente uma proteína de membrana. Níveis plasmáticos aumentados de TM podem implicar evidência laboratorial de lesão de endotélio e, indiretamente, de redução da eficácia do sistema da anticoagulação via proteína C. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar ttext&pid=S1516- 84842010000600013&lng=pt&nrm=iso&tlng =pt Os AGEs se associam aos receptores no endotélio. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842010000600013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842010000600013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842010000600013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842010000600013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt A reação não enzimática de glicação das proteínas estruturais de membrana forma os AGEs, gerados pela inflamação. As principais complicações ocasionadas pelo DM2 são microvasculares e macrovasculares. As complicações microvasculares mais prevalentes são nefropatia, retinopatia e neuropatia; As macrovasculares destacam-se a doença arterial coronariana (DAC), o acidente vascular cerebral (AVC) e a doença arterial obstrutiva periférica (DAOP). 2. Quais marcadores sorológicos podem ser observados alterados em pacientes com diabetes e que podem contribuir para TVP e Embolia Pulmonar? Alterações dos anticoagulantes naturais no diabetes: redução da atividade de antitrombina (glicação não enzimática); Alterações do sistema fibrinolítico no diabetes: a hiperglicemia atua sobre o sistema fibrinolítico estimulando a produção de PAI-1 (inibidor do ativador do plasminogênio 1). Tal condição favorece a permanência do coágulo de fibrina e, consequentemente, o desenvolvimento de trombos; Alterações plaquetárias no diabetes: aumento da ativação plaquetária (níveis aumentados de betatromboglobulina e fator 4 plaquetário no plasma) e aumento de P-selectina (CD62P) na superfície plaquetária; Alterações dos fatores da coagulação no diabetes: o fibrinogênio glicado resulta na formação de um coágulo de fibrina mais denso, com fibras mais finas e resistentes à fibrinólise e níveis aumentados de fator VII/VIII e FVW. EMBOLIA PULMONAR E ÊMBOLOS: O QUE SÃO? • Embolia pulmonar (EP), refere-se a uma obstrução de uma artéria pulmonar, por um material que se deslocou de uma parte do corpo até os pulmões, levado pela corrente sanguínea. A obstrução das artérias pulmonares pode levar a hipóxia e até a anoxia. • Êmbolos: o corpo que circula no interior dos vasos. FISIOPATOLOGIA DA EMBOLIA: TIPOS DE ÊMBOLOS: 1. Êmbolos sólidos: fragmentos de trombos ou de tecidos. Os mais comuns são os êmbolos trombóticos (tromboêmbolos, que produzem o que se denomina tromboembolia), originados da fragmentação ou do desprendimento de trombos nas câmaras cardíacas, valvas do coração, aorta e veias profundas. 2. Êmbolos líquidos: ocorrem por líquido amniótico ou por gordura. 3. Êmbolos gasosos: ocorrência de gases na circulação sanguínea. EMBOLIA PULMONAR: Êmbolos sólidos nos pulmões originam-se na maioria dos casos de trombos nas veias profundas dos membros inferiores. • Fisiopatologia: obstrução do tronco da artéria pulmonar ou alojamento na bifurcação do tronco principal (embolia pulmonar maciça com êmbolo sela na bifurcação da artéria pulmonar) causando morte súbita (parada do fluxo sanguíneo pulmonar e das trocas gasosas nos pulmões). • Manifestações clínicas: Embolização de ramos lobares, segmentares ou subsegmentares das artérias pulmonares pode causar dor e desconforto respiratório (dor torácica pleurítica, dispnéia, ansiedade, hemoptise e tosse); -Por quê? Redução da hematose, sobrecarga pressórica do ventrículo direito (cor pulmonale) e broncoconstrição por difusão de serotonina do interior das plaquetas alojadas no interior dos êmbolos. Na embolia pulmonar, a dor torácica pode ser pleurítica ou de origem vascular, mas os mecanismos não são bem conhecidos. ➢ Por que alguns pacientes não apresentam alterações clínicas na EP? Paciente sem alteração circulatória prévia: artéria brônquica supre oxigenação quando há obstrução da artéria pulmonar. Além disso, os microembolos podem ser destruídos espontaneamente, por cisalhamento e pelo sistema fibrinolítico. • Sinais e sintomas que os êmbolos causam: → Dispneia aguda; → Dor torácica pleurítica (quando há infarto pulmonar); → A dispneia pode ser mínima em repouso e pode piorar durante as atividades. Os sintomas menos comuns incluem: → Tosse (geralmente causada por doenças comórbidas); → Hemoptise (ocasionalmente quando há infarto pulmonar); Os sinais mais comuns da EP são: → Taquicardia; → Taquipneia. REGRA DE PREVISÃO CLÍNICA DE WELLS PARA A PROBABILIDADE DE EMBOLIA PULMONAR: • Diagnóstico: → Exame laboratorial: 1. Dímero D - produto de degradação derivado da plasmina da fibrina de ligação cruzada. Dímero D (sangue integral/plasma) - fornece um índice direto da ativação continuada do sistema de coagulação.