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Fisiologia - Inflamação

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1 
Beatriz Machado de Almeida 
Fisiologia – Articulações 
Articulação 
• A articulação é também 
chamada de juntura; 
• União ou junção entre 
dois ou mais ossos ou partes 
rígidas do esqueleto. Possibilita 
a união entre duas ou mais 
peças ósseas. 
• A região de articulação é 
classificada de acordo com o 
material que é interposto – 
depositado entre as peças. 
❖ Fibrosas: baixo grau de mobilidade. Muito tecido 
fibroso entre duas ou mais peças ósseas. Quanto 
mais tecido fibrosos, maior a resistência. 
❖ Cartilaginosas: pouca mobilidade. Semimóveis, pois 
tem pouca mobilidade quando comparadas as 
articulações sinoviais. 
❖ Sinoviais: livre deslizamento de uma superfície 
óssea contra outra. Presença de material fluido – 
líquido sinovial entre as peças ósseas, que permite 
um deslizamento amplo das superfícies ósseas sem 
promover atrito. Permitem amplos movimentos. 
O osso é parte mais rígida/fixa, enquanto que o tecido 
muscular funciona juntamente com o osso como um 
sistema de alavanca, permitindo essa mobilidade. O 
músculo permite uma estabilidade dinâmica ao osso, e 
a articulação permite que, uma vez que o movimento 
ocorra, entre peças ósseas, haja a capacidade de 
movimentação. 
A maioria das articulações são sinoviais, apresentando 
maior mobilidade. 
 
• Sinartrose: Articulação fibrosa imóvel. Ex. suturas 
do crânio e sindesmose tibiofibular distal. 
• Anfiartrose: Articulação cartilaginosa semimóvel. 
Ex. sínfise púbica e sincondrose xiforesternal. 
Ficam de maneira intermediária entre as 
articulações fibrosas e as sinoviais, em relação a 
mobilidade entre as peças ósseas. 
• Diartrose: Articulação sinovial, móvel. Ex. maioria 
das articulações do corpo humano: ombro, 
joelho,tornozelo, cotovelo. Maior amplitude de 
movimentação. Importante papel de absorver 
impacto. A presença do líquido sinovial permite a 
absorção do impacto e a modulação do quanto de 
energia é distendida durante a caminhada. 
(comparação entre caminhar e correr). Permite que 
a gente faça ajustes na movimentação ao longo do 
trajeto. 
Articulações tornozelo e pé 
 
Articulações do tornozelo: 
Articulação talocrural: envolve 3 
ossos – Tíbia (medial), fíbula 
(lateral) e talus. É uma articulação 
sinovial. Permite a mobilidade e, 
com isso, a movimentação de dorsoflexão do pé. 
Associada a articulação talocrural, temos outras 
articulações no pé, como por exemplo, tibiofibular, 
subtalar (entre o talus e o calcâneo), além de outras 
articulações, também sinoviais, como interfalanges, 
metatarsos e outras. Todas essas articulações são 
sinoviais e contém o líquido sinovial. 
Articulações sinoviais 
• Composta por cartilagem hialina 
e fibrilas de colágeno tipo II; 
• Presença de cápsula que 
delimita a cápsula articular; 
❖ Externa – camada fibrosa e 
interna - membrana sinovial 
(formada pelos sinoviócitos). 
• Presença de líquido sinovial – dialisado/ultrafiltrado 
de plasma sanguíneo contendo elevado teor de 
ácido hialurônico (aumenta a viscosidade do líquido 
sinovial, hidratação e a capacidade de 
amortecimento). 
Imagem: O * (parte branca) sinaliza a cavidade sinovial. 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Fisiologia – Articulações 
Líquido sinovial 
• Ultrafiltrado plasmático + secreção das células da 
membrana sinovial; 
• Presença de ácido hialurônico – viscosidade; 
• Amarelo-claro, estéril (ausência de patógenos), 
viscoso, incoagulável, contendo menos de 100 
leucócitos/ mm³ (baixa celularidade). 
 
Caso tenha um processo inflamatório deflagrado, a 
celularidade aumenta. Lesão → Inflamação → aumento 
da vasodilatação local → aumento da produção do 
ultrafiltrado plasmático → aumento da produção de 
líquido sinovial → pode causar edema na região. 
Imagem: Ácido hialurônico + Glicosaminoglicanos → 
conjunto que permite a hidratação. Na presença de água, 
funciona como se fosse um amortecedor de fato, 
absorvendo impacto. Quando maior a presença de 
ácido hialurônico, maior a capacidade de absorver 
impacto das articulações sinoviais. 
Ligamentos 
As articulações 
sinoviais permitem 
uma ampla 
movimentação entre 
as peças ósseas 
envolvidas. Os 
ligamentos limitam 
essa movimentação 
para dar estabilidade estática ao órgão/estrutura. 
Os ligamentos mantém a união entre os ossos, 
conferindo uma maior resistência à movimentação em 
algum sentido, impedindo a movimentação em planos 
indesejáveis e limitando a amplitude de movimento. 
A presença de ligamentos (liga osso a osso) e tendões 
(liga músculo a osso) favorece a estabilidade na 
estrutura e com isso direciona a movimentação. 
Dinâmica → Músculo; Estática → Ligamentos. 
• Fibras colágenas; 
• Resistência; 
Pensando na biomecânica, você precisa ter a dorsoflexão 
do pé pra permitir que a gente consiga promover o 
impacto e a movimentação do corpo adiante ou para 
trás. Há uma importância maior na movimentação do pé 
e, por isso, tem uma maior estabilização na lateral 
promovida principalmente pelos ligamentos da imagem. 
Lesão tornozelo 
• Distensão ou mesmo uma ruptura em consequência 
de uma torção do pé. 
Entorse Lateral do Tornozelo 
 
As principais lesões acontecem por entorse (distensão 
ou ruptura dos ligamentos). Podem acontecer por 
diversas causas diferentes (ex. jogo de futebol, piso 
irregular, uso de salto)). Uma lesão superficial 
possivelmente não causa uma lesão significativa como 
lesão completa de ligamento, mas ruptura ou até lesão 
ligamentar é a principal causa de lesão em membros 
inferiores. 
Além de entorse, existem situações de autoimunidade 
(pode levar a lesão em articulação), como também a 
presença de lesão (morte de células) na própria 
superfície do pé dessa paciente. A liberação de 
células mortas leva a liberação de mediadores 
químicos, responsáveis pela inflamação. 
• Luxação: é quando um osso se move para fora de sua 
articulação. 
• Entorse: é um alongamento de ligamento ou tendões. 
Inflamação 
• Resposta do tecido vascularizado a estímulos 
potencialmente nocivos. 
 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Fisiologia – Articulações 
Imagem 2: A parte amarela representa o líquido 
sinovial. A parte mais vermelha do lado de fora 
representa a hiperemia, por conta da inflamação. 
• Em cartilagem, não tem uma resposta 
inflamatória, pois não tem vascularização. 
• Uma vez que você tenha lesões de células, a 
resposta inflamatória vai acontecer. 
Para que o osso se mova da sua articulação, houve um 
impacto significativo que levou ao desencontro dos 
ossos, onde o impacto possivelmente causou uma lesão. 
No entorse, o próprio movimento parcial ou não do 
ligamento também causa inflamação. 
Bater o dedo na quina da mesa, processo cirúrgico → 
lesão → processo inflamatório. 
Em qualquer situação onde há lesão tecidual, você já 
tem por si só, um estímulo para resposta inflamatória. 
A gente tem como minimizar o estímulo, por exemplo, na 
cirurgia, com uma menor corte com o bisturi. Se for uma 
lesão mais extensa, maior a resposta associada a ele. 
A presença de um patógeno muito virulento também leva 
a uma resposta inflamatória maior. 
Processo inflamatória: vermelhidão/hiperemia local por 
conta de uma vasodilatação levando a um aumento do 
fluxo sanguíneo. Inflamação → liberação de aminas 
vasoativas que atuam na fase inicial → vasodilatação → 
extravasamento de líquido (edema), fluxo sanguíneo 
(rubor), maior temperatura local (Calor) e maior 
celularidade (principalmente neutrófilos). 
O aumento da permeabilidade aumenta a celularidade 
do líquido sinovial. No processo inflamatório agudo há 
um aumento do número de neutrófilos (Leucócitos mais 
presentes no sangue e de migração mais rápida). O 
líquido sinovial deixa de ser translúcido, amarelo-
claro e passa a ser mais amarelado. 
Componentes da inflamação 
 
Componentes: Leucócitos (sangue), endotélio, 
proteínas (fatores de coagulação), citocinas, aminas 
vasoativas,próprio tecido intersticial (ao redor). No 
caso da articulação sinovial, tem o extravasamento de 
líquido para a cavidade sinovial e, consequentemente 
edema (aumento da coleção de líquido). 
No caso de uma região que não tenha cavidade, há um 
edema acontecendo por acúmulo de líquido no tecido 
intersticial. 
Fenômenos irritativos 
O processo de inicia com a lesão e, consequentemente 
com a liberação de Mediadores químicos – 
microcirculação → permeabilidade vascular. 
• Mediadores de ação rápida: aminas vasoativas 
(histamina e serotonina); Potentes vasodilatadores 
que aumentam o fluxo sanguíneo na região, levando 
a sinais flogísticos (dor, calor, rubor e edema). 
• Mediadores de ação prolongada: substâncias 
plasmáticas (cininas, complemento, coagulação); 
• Prostaglandinas (associada a dor): a dor é um fator 
importante para restringir a movimentação local, 
levar o indivíduo ao repouso e fornecer o tempo 
necessário para a recuperação. 
Em situações onde a gente não sente dor, há uma 
possibilidade maior de lesão, pois não há um limite. Se a 
gente utilizar medicamentos que eliminam 
completamente a dor, curando o tecido/órgão, não vai 
haver a restrição de atividades e pode aumentar a lesão. 
 
Fenômenos exsudativas 
• Migração de células e líquidos para o sítio 
inflamatório. 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Fisiologia – Articulações 
• São eventos que se sucedem, um interfere na 
formação do outro. 
• Alguns dos mediadores químicos são quimiotáticos 
(aumentam a migração de células pro local da 
lesão). 
 
❖ Exsudação plasmática: Saída de plasma da luz 
vascular, com quantidades diversas de água, 
eletrólitos e proteínas, e formação de edema. 
❖ Exsudação celular: Passagem de células 
(inicialmente neutrófilo. Depois monócitos, 
macrófagos, linfócitos) pela parede vascular em 
direção ao interstício, ao local atuante do agente 
inflamatório. 
Fenômenos celulares 
• Alterações na movimentação e adesão de células -
diapedese. 
 
Os eventos celulares se iniciam quando o endotélio é 
ativado. A gente tem uma superfície vascular intensa em 
todos os órgãos e tecidos. Alterações na 
permeabilidade promovem a migração de leucócitos. 
Quando o processo é local, tais alterações só acontecem 
na região, e o resto do corpo continua com a circulação 
de sangue normal. 
Na região acometida, há uma vasoconstrição inicial 
seguida de uma vasodilatação, que permite com que 
mais células cheguem e mais rapidamente, aumentando 
o fluxo, edema e ativação desse endotélio. 
O endotélio, em resposta principalmente a IL-1 e TNF, 
aumenta a expressão de selectinas (moléculas de 
adesão), onde os leucócitos que estavam no meio do 
fluxo acabam sofrendo ¨marginalização leucocitária¨- 
migração para a periferia, encontrando o endotélio. Com 
a presença de integrinas e selectinas há uma maior 
adesão entre os leucócitos e o endotélio. O fluxo de 
sangue continua, o leucócito vai sendo empurrado em 
direção ao fluxo, mas está aderido ao endotélio. Quanto 
mais aderido ele fica, maior a pavimentação, até que 
ele consegue migrar pelo processo de ¨diapedese¨. 
Com esses eventos celulares, há a migração de 
neutrófilos para o sítio da lesão. O sítio pode ter 
apenas células lesionadas ou micróbios, antígenos 
próprios. Quando maior o estímulo, maior a resposta 
inflamatória. 
Características da inflamação 
Inflamação aguda 
• Alterações 
vasculares e edema: 
Vasodilatação, 
transmigração. 
• Presença maciça de 
Polimorfonuclares 
(neutrófilos); 
Caso não seja resolvido, 
há uma evolução para 
inflamação crônica. 
▪ Inflamação aguda: duração de 24-48 horas. O pico 
de celularidade é 24 horas. Depois disso cai um 
pouco, permanecendo até 48 horas. 
▪ Inflamação crônica: pode durar de 48-72h até a 
vida inteira. 
Inflamação crônica 
• Células mononucleares (macrófagos, linfócitos, 
basófilos); 
• Destruição tecidual e tentativa de reparo: a 
resposta inflamatória é tão extensa, que além de 
causar destruição do patógeno ou da célula 
infectada, ele termina causando destruição 
tecidual, que pode levar a uma disfunção do tecido. 
• Decorrente de inflamação aguda ou resposta de 
baixa intensidade. 
• Acontece quando o antígeno ali presente não 
consegue ser removido (Ex. doenças autoimunes), 
quando o antígeno é persistente ou quando a lesão 
celular for muito ampla. 
A inflamação aguda tem características diferentes da 
inflamação crônica. 
 
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
Fisiologia – Articulações 
Eventos após lesão aguda 
 
A inflamação aguda, inicialmente tem muitos neutrófilos 
com o pico em 24 horas. Depois, a inflamação crônica, 
em torno das 48 horas, já tem os macrófagos, que 
persistem ao longo da vida. Os neutrófilos têm uma vida 
curta, por isso que não tem muito neutrófilo depois. 
Mediadores químicos 
 
Mediadores: Quimiotáticos, vasodilatadores 
(histamina, serotonina), prostraglandinas, 
leucotrienos, NO (Óxido nítrico), citocinas. 
Alguns mediadores são armazenados nas células e 
liberados em resposta a estímulo inflamatório, outros 
tem sua produção estimulada só na vigência da 
inflamação (PCR, complemento). 
Efeitos de IL-1 e TNF-A 
São citocinas envolvidas na ativação do endotélio. Em 
determinadas circunstâncias podem levar ao choque 
séptico. Localmente, isso é importante para favorecer o 
aumento do fluxo, edema, aumento da migração de 
leucócitos para a região. Se a quantidade for muito 
alta (toxinas bacterianas, estímulos muito potentes), a 
produção de IL1 e TNF pode ser tamanha a ponto de 
fazer uma ativação endotelial sistêmica, 
extravasamento de líquidos muito grande para os 
tecidos (edema e comprometimento hemodinâmico), 
podendo levar ao choque séptico. 
• Aumento da sonolência; 
• Redução do apetite; 
• Ativação de fibroblastos; 
• Aumento da neutrofilia; 
 
Resultados da inflamação aguda 
 
Quando o processo de inflamação aguda não se 
resolve, ele pode progredir para uma inflamação 
crônica. Pode ter a inflamação crônica ativa por muito 
tempo ou uma cura e somente perda de alguma região 
por fibrose. Quanto mais macrófago, maior a ativação 
de fibroblastos e de tecido fibrótico ou liberação de 
colágeno. 
A deposição de colágeno leva a fibrose, que 
dependendo do tecido, pode não comprometer a 
funcionalidade de órgão. Dependendo da extensão, pode 
comprometer a função. Ex. coração – infarto pode 
comprometer determinada área, e dependendo da 
extensão, compromete a função. 
 
 
6 
Beatriz Machado de Almeida 
Fisiologia – Articulações 
 
Persistência do estímulo ou incapacidade de eliminá-lo. 
• O macrófago atua para eliminar a causa da lesão. 
Por ser inespecífico, ajuda na liberação de vários 
mediadores químicos, que podem atuar na 
destruição tecidual e deposição de colágeno. 
 
Região articular: Quanto maior a quantidade de líquido 
sinovial, maior a pressão, mais edema e maior 
celularidade. Quanto maior a celularidade, maior a 
liberação de mediadores químicos e manutenção do 
processo inflamatório, até causar lesão. 
Um exemplo de lesão tecidual crônica é o paciente com 
artrite reumatoide. Neste caso, o antígeno está 
presente na própria região sinovial, onde há um 
estímulo deflagrado contra a região sinovial e a 
manutenção tão intensa da resposta, que causa 
degeneração óssea e destruição de cartilagem e 
articulação, de maneira que os pacientes com 
A.Reumatoide cursam com deformidades ósseas 
articulares. 
 
 
 
Sinais de inflamação 
Sinais flogísticos: Calor, rubor, tumor, dor. Caso o 
processo inflamatório persista, pode causar a perda 
funcional. Caso seja resolvido, o a perda não acontece.

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