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Doença de Parkinson e outras desordens extrapiramidais Disfunção de estruturas do sistema extrapiramidal associa-se a transtornos dos movimentos. De acordo com a estrutura afetada serão manifestados diferentes tipos de distúrbios. Dados gerais O sistema extrapiramidal é formado por: tálamo, cerebelo e gânglios da base. Estas estruturas, através de suas conexões, estão envolvidas em vários processos, inclusive a modulação do controle motor. Enfermidades que mais frequentemente causam comprometimento talâmico são as lesões vasculares e tumorais. As lesões cerebelares têm como principal sintomatologia a icoordenação motora. As disfunções que afetam os gânglios base, dividimos em em dois grupos: - Síndrome hipocinética - Síndromes hipercinéticas Dados epidemiológicos Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. Só no Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com o problema. Em artigo observacional com coleta retrospectiva de dados de 79 pacientes com diagnóstico da doença, tem-se: média de idade dos pacientes = 66,7 anos, a maioria é do sexo masculino (69,62 %). Considerando 8,17% acima de 65; População brasileira em 2016: 206.701.221 16.887.489 indivíduos acima de 65 anos - Prevalência de 3% 506.624 indivíduos com DP - Prevalência de 1,5% 253.312 indivíduos com DP Essa doença tem distribuição universal e atinge todos os grupos étnicos e classes socioeconômicas. Estima-se uma prevalência de 100 a 200 casos por 100.000 habitantes. (IBGE; Barbosa et al., 2006) http://www.opas.org.br/ Fisiopatológico A doença de Parkinson, fisiopatologicamente, deve ser considerada como uma afecção neurodegenerativa, progressiva, caracterizada pela presença de disfunções monoaminérgicas múltiplas, incluindo déficits dos sistemas dopaminérgicos, colinérgicos, serotoninérgicos e noradrenérgicos. A fisiopatologia da DP está associada à disfunção dos sistemas neurotransmissores, principalmente, por uma redução nas concentrações de dopamina no estriado em decorrência da perda progressiva dos neurônios dopaminérgicos da parte compacta da substância negra. Sintomatologia Os primeiros sinais costumam ser sutis e surgem gradualmente, podendo passar despercebidos por muito tempo e até serem considerados traços característicos do envelhecimento. Certos sintomas sinalizam o diagnóstico e são importantes para detecção da doença. Tremores em repouso característico Diminuição ou rigidez dos movimentos Paciente não consegue realizar bem movimentos alternantes Piscar infrequente, falta de expressão facial, reflexos posturais prejudicados e marcha anormal O diagnostico é principalmente clínico, presença de sinais como: Para distinção de doença de Parkinson e parkinsonismo secundário, os médicos testam a responsividade à levodopa. Diagnóstico pode ser identificado por: -história completa do paciente -avaliação de déficits neurológicos caracteristicos -neuroimagens Paresia (fraqueza ou paralisia), preferencialmente nos músculos antigravitacionais distais. Hiperreflexia. Respostas extensoras plantares - sinal de Babinski. Espasticidade aumenta o tônus muscular proporcionalmente à velocidade e ao grau de estiramento do músculo até que a resistência desaparece subitamente - fenômeno do canivete. A redução e a diminuição do movimentos por causa de doença de Parkinson devem ser diferenciadas de diminuição dos movimentos e espasticidade por lesões dos tratos corticoespinhais. Ao contrário da doença de Parkinson, lesões no trato corticoespinhal causam: Diagnóstico diferencial Há medicamentos que promovem resposta satisfatória frente aos sinais e sintomas, como Levodopa, Pramipexol e Selegina que repõem, parcialmente, a dopamina que esta faltando, desse modo, melhoram as manifestações da doença. Devem, portanto, ser usados por toda a vida da pessoa que apresenta tal enfermidade. Tratamento com equipe multiprofissional é muito recomendado, além de atividade física regular. O objetivo do tratamento é melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo o prejuízo funcional decorrente da doença, permitindo que o paciente tenha uma vida independente, com qualidade, por muitos anos. Tratamento Ainda não existem drogas disponíveis comercialmente que possam curar ou evitar de forma efetiva a progressão da degeneração de células nervosas que causam a doença. Prevenção Segunda dados da Harvard Health Letter - publicação que traz informações e diretrizes sobre temas de saúde da universidade de Havard - a atividade física é a maneira mais eficiente para prevenir e combater a doença. Estudos longos e aprofundados correlacionam a prática de exercícios e um menor risco de desenvolver Parkinson em idade avançada. As pessoas que fazem atividade física aos 30 e 40 anos de idade, cerca de duas a três décadas antes da doença tipicamente se instalar, podem tem um risco diminuído em 30% de desenvolver a doença. Caso clínico Paciente do sexo masculino, 51 anos, com quadro de bradicinesia, há 3 meses. Paciente relatou sinais de lentidão nos movimentos, rigidez e diminuição da destreza para digitar, inicialmente acometendo hemicorpo direito e posteriormente ambos. Além disso, também foi relatado hiposmia recente, constipação e alterações do sono. Um quadro com presença de sinais e sintomas clássicos da síndrome parkinsoniana, que exige uma investigação clínica minuciosa para elaborar o diagnostico exato e viabilizar o tratamento adequado do paciente. QUEIXA PRINCIPAL: Dificuldade na escrita há 3 meses. ASPECTO GERAL: Bom estado geral, lúcido e orientado em tempo e espaço, bem nutrido, ativo, colaborativo, fácies atípica, afebril, anictérico, acianótico, conjuntivas hipocoradas +/++++. DADOS VITAIS: FC – 62 bpm, FR – 16 ipm, TEMP – 37.1°C PA – 120/80 mmHg EFE NEUROLÓGICO : Sem alterações na avaliação de reflexos profundos (grau 3), marcha dinâmica, tônus e força muscular (grau 5). Sensibilidade cinético postural, vibratória, tátil, dolorosa sem alterações e igual dos dois lados. Diminuição da capacidade olfatória nas duas narinas, sem alterações nos demais pares cranianos. Referências Dados gerais: http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2006/RN%2014%2001/Pages%20from%20RN%2014%2001- 8.pdf Dados epidemiológicos: IBGE; Barbosa et al., 2006 Fisiopatológico:http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1904/revisao%2019%2004/570%20revisa o.pdf#:~:text=Fisiopatologia%20A%20doen%C3%A7a%20de%20Parkinson%20fisiopatologicamente %20deve%20ser,d%C3%A9ficits%20dos%20sistemas%20dopamin%C3%A9rgicos%2C%20colin%C3%A9rgicos%2C%20serot onin%C3%A9rgicos%20e %20noradren%C3%A9rgicos9. https://www.atenaeditora.com.br/post-artigo/39935 Sintomatologia: https://www.erichfonoff.com.br/doenca-de-parkinson/#Sintomas-do-Parkinson Diagnóstico: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/transtornos-de- movimento-e-cerebelares/doen%C3%A7a-de-parkinson Tratamento: https://www.einstein.br/doencas-sintomas/parkinson https://www.tuasaude.com/tratamento-para- parkinson/#:~:text=O%20tratamento%20para%20a%20doen%C3%A7a,que%20ficam%20reduzidos%20nas%20pessoas Prevenção: https://www.erichfonoff.com.br/blog/prevenir-e-combater-a-doenca-de-parkinson https://www.h9j.com.br/pt/sobre- nos/blog/parkinson-medidas-simples-ajudam-aprevenir-a-doenca Caso clínico: https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-doenca-de-parkinson-ligas http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2006/RN%2014%2001/Pages%20from%20RN%2014%2001-8.pdf https://www.einstein.br/doencas-sintomas/parkinson https://www.tuasaude.com/tratamento-para-parkinson/#:~:text=O%20tratamento%20para%20a%20doen%C3%A7a,que%20ficam%20reduzidos%20nas%20pessoas
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