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|Noções básicas de Eletrocardiograma | Definição * É o registro da atividade elétrica do coração durante o ciclo cardíaco, captada a partir de eletrodos dispostos na superfície do corpo *Atividade elétrica: estímulo que desencadeia a contração cardíaca * Registro do ECG: essencial no diagnóstico e tratamento do infarto do miocárdio e das anomalias do ritmo e do sistema de condução aumento de volume das cavidades cardíacas e descoberta de distúrbios eletrolíticos * Galvanômetro: aparelho que mede a diferença de potencial (pequenas intensidades de corrente) entre dois polos – é o que gera e registra as curvas do eletro Potencial de ação do coração *Estado de repouso: - célula com altos níveis de potássio e baixos níveis de sódio intracelular – bomba de sódio e potássio - potencial transmembrana de repouso é 90 mV e ao atingi-lo, começa o aumento do sódio no interior da célula e acentuada permeabilidade da membrana celular para íons K * Sistema marcapasso: - diminuição progressiva da permeabilidade em relação ao potássio provoca a queda gradativa do potencial de repouso para valores menor negativos: base do automatismo - células do nódulo sinusal: período mais breve de despolarização espontânea – descargas mais rápidas – impulsos que dele procedem descarregam os demais marcapassos potenciais * Foco ectópico: quando outra área cardíaca desenvolve ritmo mais rápido * Foco de escape: descarga de um ponto mais baixo do sistema de condução, quando por algum motivo, ocorrer diminuição da velocidade de descarga do nodo SA – como se fosse um sistema de segurança * Marca passo de escape: - mais lento e menos confiável quanto mais baixa for sua localização dentro do sistema de condução – acontece depois do foco de escape Eletrodos e derivações * Derivações bipolares (derivações padrão) - aplicamos o eletrodo nos membros e o registro é feito por diferença de potencial Derivação I (DI) = braço esquerdo (+), braço direito (-) Derivação II (DII) = perna esquerda (+), braço direito (-) Derivação III (DIII) = perna esquerda (+), braço esquerdo (-) * Derivações unipolares - eletrodo explorador é aplicado em determinado ponto e ligado com um eletrodo indiferente de potencial muito baixo, podem ser aplicadas na parede torácica ou nos membros - na parede torácica: eletrodo explorador ligado ao polo positivo do ECG e o polo negativo ao terminal central de Wilson V1 = 4º espaço intercostal, à direita do esterno – a e v direitos V2= 4º espaço intercostal , à esquerda do esterno – a e v direitos V3 = a meio caminho entre V2 e V4 – porção média V4 = 5º espaço intercostal, na linha hemiclavicular esquerda – v esquerdo V5 = 5º espaço intercostal, na linha axilar anterior esquerda – v esquerdo V6 = 5º espaço intercostal, na linha axilar média esquerda – v esquerdo - nos membros: eletrodo explorador em um dos membros e o polo negativo ligado ao terminal central de Wilson aVR = braço direito aVL = braço esquerdo aVF = perna esquerda * Antes de colocar os eletrodos deve ter realizado antes a limpeza e abrasão no local (punhos e acima do maléolo medial), normalmente do lado esquerdo eletrodo verde na perna e amarelo no braço, já do lado direito eletrodo preto na perna e vermelho no braço - se há troca no posicionamente, haverá erros no resultado do ECG ECG normal * Deve apresentar as 12 variações e se avalia verificando amplitudes e tamanhos das ondas, se não há alargamento das ondas segundo os parâmetros de normalidade, observas os formatos e polaridades e a frequência desses batimentos Registro eletrocardiográfico * É utilizado papel milimetrado e a velocidade padão de registro 25 mm/s , sendo cada milímetro correspondente a 0,04 segundos e 0,1 milivolt * Existem réguas para cálculo de FC, mas os equipamentos mais atuais já trazem calculadas as frequências cardíacas de forma confiável * É possível selecionar a opção de como será descrito no papel milimetrado, sendo com ganho pela metade ou duplicado: - N/2, é o pela metade, usado quando as ondas são muito grandes - 2N, é o duplicado, usado quando as ondas são muito pequenas para leitura * Dipolo: combinação de cargas negativas e positivas entre células vizinhas - deflexão para cima: quando a frente positiva do dipolo se aproxima de um eletrodo - deflexão para baixo: quando a frente do dipolo se afasta de um eletrodo - propagação do impulso elétrico: principais deflexões do ECG * Onda P: despolarização do átrio *Intervalo PR: período durante o qual o impulso cardíaco se propaga nas paredes do átrioe através do nódulo AV e do sistema de His-Purkinje *Complexo QRS: propagação da despolarização dos ventrículos * Onda T: repolarização ventricular Onda P * Mostra a propagação da atividade elétrica nas paredes do átrio - seus impulsos se propagam da direita para a esquerda nas paredes dos átrios, é voltada para cima nas derivações DI, DII e aVF, invertida em aVR e convexa para cima ou invertida em DIII aVL e V1 - sua altura não deve ser superior a 3mm nas derivações bipolares ou a 2,5mm nas derivações unipolares e sua duração não deve ultrapassar 0,10s - ordem de despolarização: primeiro no átrio direito, em segundo no átrio esquerdo e, o vetor resultante é para baixo e para a esquerda, passe paralelo ao plano frontal * Quando houver variações no formato aumentando sua duração com um desenho mais longo e curva achada pode indicar hipertrofia do átrio esquerdo, que demora mais pra despolarizar * Quando a variação for com a onda apiculada e menor duração indica hipertrofia do átrio direito * Quando invertida indica que a despolarização está ocorrendo no sentido contrario, o que é chamado de impulso retrógado Intervalo PR * É o espaço entre o começo da onda P e o início do complexo QRS, corresponde ao período em que o impulso leva para passar do nódulo sinusal ao músculo do ventrículo – quantidade de tecido estimulado pelo impulso elétrico é insuficiente para produzir uma deflexão capaz de ser registrada na superfície do corpo * Varia de acordo com a idade e com a FC, sendo menor quando maior for a FC - criança: 0,16; adolescente: 0,18; adulto 0,20 Complexo QRS * Indica a despolarização do músculo ventricular - onda R: qualquer deflexão positiva do complexo QRS; havendo mais de uma onda R, denominamos de R’ (resultado anormal) - onda Q: deflexão negativa que precede a onda R - onde S: deflexão negativa que se segue a onda R * Complexo QS: ocorre quando o complexo ventricular é completamente negativo, isto é, quando não existe onda R * A despolarização do ventrículo começa na porção média do lado esquerdo do septo, de onda se propaga para a direita em seguida, ocorre a ativação das principais paredes livres dos ventrículos; o impulso se propaga de dentro para fora e de baixo para cima; despolarização da parede dos dois ventrículos e do septo interventricular * As ondas costumam ser pequenas e estreita nas derivações voltadas para o ventrículo esquerdo (DI, aVL, aVF, V5, V6);não ultrapassam 2mm de profundidade ou 0,03s de duração * A presença de ondas QS é normal em aVR e de observação comum em V1 * Ondas Q patológicas: - anormalmente largas e profundas: infarto do miocárdio - a onda q normal que aparece em DIII diminui ou desaparece durante a inspiração profunda, porque a posição do coração se modifica, ao passo que a onda Q patológica do IM persiste durante a inspiração - onda QRS anormalmente largo (superior a 0,10s) indica bloqueio de ramo, hipertrofia ventricular e batimentos ventriculares ectópicos Onda T * Repolarização dos ventrículos, acontece no sentido do epicárdio em direção ao endocárdio - é positiva nas derivações DI, DII e em V3 a V6 - é invertida em aVR - positiva ou invertida em DIII, a VL, aVF, V1 e V2 * A altura não costuma ser superior a 5mm nas derivações-padrãoe a 10mm nas derivações precordiais
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