Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 1 Genética Médica Síndrome de Turner 1. Introdução ▪ Corresponde a um distúrbio genético, no qual uma mulher nasce com apenas um cromossomo X (45, X). ▪ Obs.: Podem existir outras configurações cariótipicas. Veremos adiante. ▪ É a anormalidade cromossômica mais presente nas mulheres, sendo, também, a única monossomia completa que é compatível com a vida. ▪ Como principais manifestações dessa condição, cite-se baixa estatura, puberdade tardia, infertilidade, malformações cardíacas, etc. 2. Epidemiologia ▪ Apresenta incidência de 1:2500 mulheres nascidas vivas. ▪ Obs.: Cerca de 99% dos fetos portadores da síndrome sofrem aborto em algum momento da gestação. 3. Aspectos Genéticos ▪ Em geral, o surgimento da síndrome pode ocorrer quando, no espermatozoide paterno, encontra-se ausente o cromossomo X. ▪ O caso mais comum é o cariótipo 45, X. ▪ Todavia, já foram relatados casos de mosaicismo, por exemplo. (45, X/46, XY) 2 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 2 ▪ Além disso, é importante considerar a presença do marcador Y em portadoras da ST. ▪ Nesse sentido, a presença desse cromossomo ou de parte dele apresenta forte associação com o risco de desenvolvimento de gonadoblastoma, que corresponde a um tumor de ovário formado por células indiferenciadas. ▪ Desse modo, tem-se a necessidade de que se identifiquem as pacientes em risco com o fito de estabelecer medidas preventivas, como a gonadectomia profilática, que deve ser realizado entre 17 e 20 anos. ▪ Para a identificação da presença do cromossomo ou dos fragmentos Y, utiliza-se a técnica de PCR. 3 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 3 4. Aspectos Clínicos ▪ Como principais manifestações clinicas dessa síndrome, cite-se baixa estatura (136 a 147 cm), disgenesia gonadal (falha do desenvolvimento puberal e infertilidade), tireoidite autoimune (com ou sem hipotireoidismo), anomalias renais, anomalias cardiovasculares, alterações auditivas, deficiência cognitiva em algumas atividades, amenorreia. ▪ A partir dos sinais acima apresentados, note-se que, entre as principais queixas que incitam uma paciente a buscar o atendimento médico, destaque- se a baixa estatura, a ausência da menarca e outras dismorfologias, como o ‘pescoço alado’. ▪ Dismorfologias – cúbito valgo, hipertelorismo mamário, pescoço alado, deformidade de Madelung, nevos melanocíticos, edema de membros inferiores e de membros superiores, implantação baixa dos cabelos, pterígio, palato ogival, prega epicântica, tórax em escudo, micrognatia, estrabismo, ptose palpebral unilateral, pé achatado, escoliose, etc. 4 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 4 5. Diagnostico ▪ Pode ser realizado no período pré natal ou após o nascimento. No Brasil, em geral, ele é dado aos 12 anos de idade da paciente. ▪ No período pré natal, uma US pode detectar anomalias, como rins em ferradura, defeitos cardíacos, fêmur encurtado e aumento da transluscência nucal. ▪ Além disso, aumento do HCG e diminuição do estriol não conjugado e da alfafetoproteína configuram achados sugestivo da ST. ▪ Nesse caso, a confirmação do diagnostico pode ser feita por biopsia da vilosidade coriônica ou amniocentese. ▪ Por outro lado, no caso do diagnostico pós natal, tem-se queixa de baixa estatura, de amenorreia e não desenvolvimento mamário. Pode ser confirmado por meio do exame do cariótipo. ▪ Exames Complementares – Ecocardiograma, US renal, LH e FSH, RM tórax e anti-TPO (verificação da presença de doenças autoimunes). 5 Helano Brilhante – Med79 - UFCG 5 6. Tratamento ▪ Baseado nas manifestações clinicas de cada paciente. ▪ Em geral, para o crescimento, utiliza-se a somatotropina. ▪ Além disso, para as deficiências puberais, utiliza-se o suporte hormonal exógeno, com estrógenos e progestágenos. ▪ Também podem ser realizados procedimento cirúrgicos corretivos, a depender da necessidade.
Compartilhar