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Excludentes de Ilicitude

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AS EXCLUDENTES DE ILICITUDES 
 
Estado de necessidade: 
Causa de exclusão da ilicitude da conduta de quem, não tendo o dever legal de 
enfrentar uma situação de perigo atual, a qual não provocou por sua vontade, sacrifica 
um bem jurídico ameaçado por esse perigo para salvar outro, próprio ou alheio, cuja 
perda não era razoável exigir. No estado de necessidade existem dois ou mais bens 
jurídicos postos em perigo, de modo que a preservação de um depende da destruição 
dos demais. Como o agente não criou a situação de ameaça, pode escolher, dentro 
de um critério de razoabilidade ditado pelo senso comum, qual deve ser salvo. 
 
Legitima defesa: 
Causa de exclusão da ilicitude que consiste em repelir injusta agressão, atual ou 
iminente, a direito próprio ou alheio, usando moderadamente dos meios necessários. 
O Estado não tem condições de oferecer proteção aos cidadãos em todos os lugares 
e momentos, logo, permite que se defendam quando não houver outro meio. Na 
mudança introduzida pelo pacote anticrime obtém-se o parágrafo único do artigo 25: 
“Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios 
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
Parágrafo único: Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-
se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão 
ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes” 
 
Estrito cumprimento de dever legal: 
Causa de exclusão da ilicitude que consiste na realização de um fato típico, por força 
do desempenho de uma obrigação imposta por lei. Não há crime quando o agente 
pratica o fato no “estrito cumprimento de dever legal” (CP, art. 23, III, 1a parte). Quem 
cumpre um dever legal dentro dos limites impostos pela lei obviamente não pode estar 
praticando ao mesmo tempo um ilícito penal, a não ser que aja fora daqueles limites. 
Mesmo porque, seria incompreensível que a ordem jurídica impusesse a alguém o 
dever de agir para, em seguida, o chamar para responder pela ação praticada 
 
Exercício regular de um direito: 
Causa de exclusão da ilicitude que consiste no exercício de uma prerrogativa 
conferida pelo ordenamento jurídico, caracterizada como fato típico. Qualquer pessoa 
pode exercitar um direito subjetivo ou uma faculdade, previsto em lei (penal ou 
extrapenal). A Constituição Federal reza que ninguém será obrigado a fazer ou deixar 
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei (CF, art. 5º, II). Disso resulta que se 
exclui a ilicitude nas hipóteses em que o sujeito está autorizado a esse 
comportamento. Por exemplo, prisão em flagrante por particular.

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