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TECIDOS MUSCULAR E NERVOSO Profa.Arlete Stucchi Curso de Enfermagem UNICID Tecido Muscular O tecido muscular é constituído por células alongadas, altamente especializadas e dotadas de capacidade contrátil, denominadas fibras musculares. A capacidade de contração das fibras é que proporciona os movimentos dos membros, das vísceras e de outras estruturas do organismo. As células musculares têm nomes específicos para as suas estruturas. Assim, a ME membrana plasmática é denominada sarcolema, enquanto o citoplasma é chamado de sarcoplasma. Tipos de tecido muscular Tecido muscular liso -- É constituído por fibras fusiformes dotadas de um núcleo alongado e central. Essas fibras, de contração lenta e involuntária ocorrem organizando certos músculos, como os do tubo digestivo (esôfago , estômago e intestino) e dos vasos sanguíneos. Tecido muscular estriado esquelético -- Fibras cilíndricas, com centenas de núcleos periféricos, organizam os músculos esqueléticos, que são assim denominados por se acharem ligados ao esqueleto através dos tendões. A contração desse tipo de tecido é rápida e voluntária, como acontece com o bíceps e o tríceps, músculos do braço. Tecido muscular estriado cardíaco: encontrado apenas no coração No músculo cardíaco apesar de apresentar estrias, a contração involuntária. Seu único período de repouso, durante a vida, é o intervalo entre duas contrações sucessivas. Capacidade de regeneração O músculo cardíaco não se regenera. Nas lesões do coração, como nos infartos, por exemplo, as partes destruídas são invadidas por fibroblastos que produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz de tecido conjuntivo denso. Embora os núcleos das fibras musculares esqueléticas não se dividam, o músculo tem uma pequena capacidade de reconstituição. As células satélites são responsáveis pela regeneração do músculo esquelético. São consideradas mioblastos inativos. Após uma lesão ou outro estimulo, as células satélites tornam-se ativas, proliferam por divisão mitótica e se fundem umas às outras para formar novas fibras musculares esqueléticas. As células satélites também entram em mitose quando o músculo é submetido a exercício intenso. Neste caso elas se fundem com as fibras musculares preexistentes, contribuindo para a hipertrofia do músculo. O músculo liso é capaz de uma resposta regenerativa mais eficiente. Ocorrendo lesão, as células musculares lisas que permanecem viáveis entram em mitose e reparam o tecido destruído. Mecanismo de contração muscular -Potencial de ação → nervo motor até as terminações nas fibras musculares. -Secreção de acetilcolina (Ach) → fixação aos receptores colinérgicos. - Abertura dos canais proteicos (Ach-dependentes). - Influxo de Na+ → potencial ação na fibra muscular. - Propagação do potencial de ação na fibra muscular, entrando pelos túbulos T - Potencial de ação se propaga para o retículo sarcoplasmático→ liberação de Ca++ p/ as miofibrilas. - Íosn Ca++ → geram forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina. Filamentos de miosina ‘quebram’ o ATP e puxam os filamentos de actina, liberando ADP Nova molécula de ATP se liga à miosina, que solta a actina e se liga mais a frente, : - o processo se repete até que Íons Ca++ são bombeados de volta ao Retículo Sarcoplasmático (retículo citoplasmático da fibra muscular), onde serão armazenados até a chegada de um novo potencial de ação. Mecanismo de contração muscular Rigor mortis A Rigidez Cadavérica ou Rigor Mortis é um fenômeno que ocorre entre 2 e 4 horas após a morte, impedindo qualquer movimento passivo nas articulações do indivíduo que faleceu. O estado de rigidez máxima se estabelece por volta da 12a hora post mortem, cessando gradativamente até se completar 24 horas da morte. Quando a célula muscular recebe um sinal do sistema nervoso, o concentração de íons de cálcio aumenta no citosol, mudando a conformação de certas proteínas regulatórias que permitem a ligação da miosina II à actina. Consequentemente, um filamento desliza sobre o outro, encurtando o sarcômero e contraindo o músculo. O relaxamento muscular se deve ao desligamento entre os filamentos de miosina II e de actina. Esse desligamento é ATP-dependente, ou seja, sem energia actina e miosina II permanecem ligados e o músculo permanece contraído. No óbito, a concentração de cálcio no citosol aumenta, mudando a conformação das proteínas regulatórias e, assim, actina e miosina II se ligam. Como já dito, a ligação só é desfeita na presença de ATP, e como o ATP não está mais disponível após o óbito, actina e miosina II permanecem ligadas, resultando na condição de rigidez dos músculos. Tecido Nervoso O Tecido nervoso é sensível a vários tipos de estímulos que se originam de fora ou do interior do organismo, sendo constituído por neurônios e células da glia. Os prolongamentos do neurônio podem ser de dois tipos: dendritos (do grego déndron: árvore) -- são ramificações que têm a função de captar estímulos; axônio (do grego áxon: eixo) -- é o maior prolongamento da célula nervosa (varia de frações de milímetro até cerca de 1 metro). As funções do neurônio são: receber informações (dendritos) processá-las (corpo celular) e comandar respostas (axônio). Estrutura do neurônio Células da glia ◦ Astrócitos: suportam, nutrem, protegem, sinalizam a migração dos neurônios do cótex os neurônios ◦ Células epêndimárias: reveste as cavidades internas do sistema nervoso central e participam da formação do líquido cefalo-raquidiano. ◦ Células da microglia: proteção contra microorganismos, fagocitando-os. Bainha de mielina Células da glia ou da Neuróglia : ◦ Oligodendrócitos (SNC) e células de Shwann (SNP): envolvem os axônios, formando a ‘bainha de mielina’. ◦ O axônio, em geral único, é recoberto pela bainha de mielina, cujas funções são as de protegê-lo e aumentar a velocidade de condução do estímulo nervoso. Bainha de mielina A bainha de mielina é formada por oligodendrócitos ou células de Schwann, que se enrolam ao redor do axônio. A célula de Schwann ou o oligodendrócito se enrola várias vezes ao redor do axônio, agindo como um isolante elétrico e protegendo-o. cada neurônio tem apenas um axônio; em sua parte final, ramifica-se em prolongamentos muitos finos, que freqüentemente delimitam pequenas dilatações contendo microvesículas portadoras de neurormônios Um impulso é transmitido , as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares. Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que se ligam a receptores na membrana pós-sináptica, provocando alterações na célula pós-sináptica Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina , a noradrenalina, a dopamina e a serotonina. Os neurônios podem ser: sensitivos - quando levam o impulso dos receptores ao Sistema Nervoso Central; motores - quando conduzem o impulso do SNC aos efetores (músculos ou glândulas): e de associação - quando colocam em comunicação, no cérebro e na medula, os neurônios sensitivos e motores. Trata-se de um dos tecidos mais especializados do organismo animal. O tecido nervoso participa da organização do sistema nervoso, que anatomicamente pode ser dividido em: sistema nervoso central (SNC)-- formado pelo encéfalo e pela medula espinhal sistema nervoso periférico (SNP) -- formado pelos nervos e gânglios nervosos NERVOS O Tecido Nervoso se organiza de duas formas: Substância branca: formada pelos axônios e células da glia. Sua cor branca deve-se à bainha de mielina que recobre os axônios. Substância cinzenta: formada pelos corpos celulares dos neurônios e células da glia, região de intensa atividade de processamento de informações. Sua cor cinzenta deve-se aos núcleos, que são acinzentados. O Tecido Nervoso se organiza de duas formas: Substância branca: formada pelos axônios e células da glia. Sua cor branca deve-se à bainha de mielina que recobre os axônios. Substância cinzenta: formada pelos corpos celulares dos neurônios e células da glia, região de intensa atividade de processamento de informações. Sua cor cinzenta deve-se aos núcleos, que são acinzentados. Substância cinzenta periférica no Cérebro Substância branca formando o centro branco medular no Cérebro Substância cinzenta central na medula espinal Regeneração de fibras Junção neuromuscular
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