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Equilíbrio Ácido – Básico - O pH do sangue normal é mantido entre 7,35 – 7,45 - Níveis acima de 7,45 constitui alcalose e níveis abaixo de 7,35 constitui acidose. Níveis de pH abaixo de 6,8 são considerados incompatíveis com a vida. - Basicamente os elementos que mantém o equilíbrio do pH são o íon H e pC02 (pressão parcial de gás carbônico) e o íon Bicarbonato (HCo3). Logo, são alterações em uma dessas moléculas que causará os distúrbios ácidos – básicos. - A fórmula do equilíbrio ácido básico é a seguinte: AC: Anidrase carbônica. É uma enzima que catalisa a reação ácido carbônico. Os níveis normais dos marcadores medidos em uma gasometria são o seguinte: Marcadores Valores de Referência pH 7,35 – 7,45 Íon H 40 neq/l Íon HCo3 22-26 meq/l pC02 35-45 mmHg 02 90-100 mmHg Base Excess (BE) ou Delta Gap 10 ± 2 OBS: O BE normal é 10, porém variações de 2 para mais ou 2 para menos são aceitáveis. Então, BE entre 8-12 é normal. - Perceba nos valores de referência que o íon H é medido em nanogramas e o HCo3 em meq/l ou mg/dl. Ou seja, tem – se muito mais Hc03 do que H. Não à toa nosso pH é levemente alcalino. - Basicamente existem três sistemas que mantém o pH sanguíneo normal: * Sistema Tampão H2Co3-Hco3 (Ácido carbônico e Íon Bicarbonato): Tem início imediato, em segundos. Então, se um evento causa aumento dos níveis de íon H, o H2C03 no sangue se liga imediatamente ao H para “tamponá – lo”. Então é só acompanhar na reação acima: H + HCo3 formará H2Co3 e, este, dissociar -se – á em C02 e H20. O Co2 é eliminado na respiração e H20 é água. * Sistema Respiratório: Os níveis de pC02 são controlados na respiração. Seus níveis normais estão – se entre 35-45 mmHg. * Sistema Metabólico: Aqui é representado pelos rins, os quais são os responsáveis por controlar os níveis de HCo3. Se há excesso de H, o HCo3 começa a se ligar ao H para neutralizar o pH. Porém, o bicarbonato irá diminuir e isso causa acidose metabólica. Os rins apenas conseguirão se adaptar dias depois. Em casos de distúrbios do sistema metabólico (rins), o sistema respiratório tentará compensar. É uma resposta que acontece em minutos, ou no máximo algumas horas. Em casos de distúrbios no sistema respiratório causando acidose ou alcalose, o sistema metabólico tentará compensar. Essa resposta dos rins é demorada, durando dias. Fórmula usada para avaliar os distúrbios ácidos – básicos - Por essa fórmula podemos deduzir se estamos diante de uma acidose ou alcalose e ainda classificar quanto a qual sistema que está causando esse distúrbio: se é os pulmões ou rins. - O íon Hidrogênio na fórmula nos permite inferir o pH. Desse modo, se o íon H aumenta há uma diminuição do pH e, logo, teremos acidose. Se o íon H diminui teremos um aumento do pH. Logo, teremos alcalose - Com base nisso, podemos classificar os distúrbios em acidose respiratória ou metabólica e alcalose respiratória ou metabólica (vai depender de qual sistema está causando isso). - Quando houver um distúrbio ácido – base causado por um sistema, o outro sistema irá responder para tentar compensar. P. ex:, Se ocorrer aumento do níveis de H ocorrerá uma acidose. O sistema tampão irá usar Hc03 para se ligar a esse H em excesso e os rins aumentarão a reabsorção de Hc03 para se ligar ao H. Assim, o processo final será um consumo de HC03. Logo, será uma acidose metabólica. O sistema respiratório irá tentar compensar essa queda do pH. Para isso deve haver alteração nos níveis da pC02. Como é acidose, a PCo2 deverá diminuir. Então, o paciente irá hiperventilar (aumentar a taxa respiratória para expulsar mais C02). Ânion Gap - Também chamado de hiato aniônico - Para entender o que é o ânion gap precisamos saber que existe a lei da neutralidade das cargas elétricas em que a somatória das cargas positivas será igual a das cargas negativas. No nosso meio, esse conceito é aplicado com base nos eletrólitos do sangue. - Então, o Ânion Gap é a diferença entre Cátions (Cargas positivas) e Ânions (Cargas negativas) GUYTON, 2011 - Na prática apenas utilizamos o Sódio (Na); Bicarbonato (HCo3) e Cloreto (Cl) Eletrólitos Valores de Referência Na 135-145 meq/l Cl 95-105 meq/l HCo3 22-26 meq/l Ânion Gap 10 ± 2 - Com base no ânion Gap podemos calcular ainda o Base Excess (BE) ou Delta Gap que se refere a quantidade em excesso de ânions ou a quantidade que está faltando de ânion. P Ex: Se um paciente chega com Na: 145; Cl: 90; HC03 de 20. O cálculo do ânion Gap pela fórmula será 35. O BE será a quantidade que excede do normal, sendo então BE= 35-10= 25. - O cálculo do Ânion Gap é mais importante nos casos de acidose metabólica devido a diferença entre acidose metabólica com Ânion Gap aumentado e Ânion Gap normal ou hiperclorêmica. Referências: GUYTON, A. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª edição. Missipi: Elsevier, 2011.
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