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Farmacologia - Dúvidas

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Monitoria fármaco 01/04/2021 
 
Primeiro Capítulo de Endócrino 
 
Conceitos Básicos 
 
Pâncreas 
O lóbulo pancreático é formado por uma parte endócrina e uma parte exócrina. A parte 
endócrina fará hormônios – glucagon, insulina – que irão para a corrente sanguínea. 
A parte exócrina fará a produção de enzimas, lipase, amilase, tripsinogênio, elas irão 
para o duodeno e irão alcalinizar o quimo no momento da digestão. 
 
Ducto Pancreático Principal 
- coleta todas as enzimas da parte exócrina do pâncreas; 
- acesso ao duodeno; 
 
Ampola de Vatter 
- o ducto pancreático principal une-se a o ducto colédoco, assim formando a Ampola 
de Vatter; 
- por meio dela toda secreção pancreática irá cair no intestino. 
 
Ilhota de Langerhans 
- o pâncreas possui 1 milhão de células nas ilhotas de Langerhans; 
- nas ilhotas a porção endócrina se localiza no centro e a porção exócrina fica 
externamente; 
- a parte endócrina é formada por várias células dentre elas células alfa, delta e beta; 
- as células mais significativas são as células beta pois estão em maior quantidade nessa 
parte endócrina do pâncreas. 
 
Células Beta 
- produtoras de insulina; 
- corresponde a 60 – 80% do total de células; 
- em maior quantidade na porção endócrina. 
 
Células Alta 
- produtoras de glucagon; 
 
Células PP ou F 
- produtoras de peptídeo pancreático; 
 
Células Delta 
- produtoras de somatostatina; 
 
- por dia o pâncreas armazena 10mg de insulina, liberando 2mg de insulina ou 50U 
diariamente pelo sistema porta. 
 
 
 
Produção de Insulina – Mecanismo - 
Necessário todo um processo de precursores 
 
- Tem se o início na molécula pré-proinsulina, um precursor inativo que sofrerá 
transformação e se transformará em pro-insulina e depois em insulina. São moléculas 
semelhantes entre si. 
 
Pré-proinsulina 
- terá uma cadeia A, cadeia B e uma cadeia C; 
- com 110 aminoácidos; 
- ela se diferencia devido a presença de um peptídeo sinalizador, na porção M da 
molécula; 
- essa molécula irá se deslocar da célula beta para o retículo endoplasmático liso, sendo 
esse peptídeo de sinalização o transportador; 
- peptídeo de sinalização M terminal, ele sinalizará o caminho para essa pré-proinsulina 
sair da célula beta e entrar o REL; 
- esse peptídeo tem 24 aminoácidos. 
 
Pró-insulina 
- ao entrar no REL ocorrerá uma clivagem do peptídeo de sinalização; 
- o que diferencia a pré-proinsulina da pró-insulina é que a pró-insulina não terá esse 
peptídeo de sinalização ao final e a pró-insulina estará no REL; 
- as proteases são as responsáveis por efetuar essa quebra; 
- agora com 86 aminoácidos; 
 
Insulina 
- para ocorrer a transformação em insulina, a pró-insulina tem que se deslocar para o 
complexo de golgi; 
- esse deslocamento é mediado por vesículas; 
- ao entrar no complexo de golgi ocorrerá uma nova clivagem, tirando a cadeia C 
restante apenas as cadeia A e B; 
- cadeia C = peptídeo C, com 35 aminoácidos; 
- agora com 51 aminoácidos. 
- a clivagem é específica e cálcio dependente; 
 
Na molécula de insulina... 
- a cadeia A tem 21 aa; 
- cadeia B – 30 aa; 
- cada cadeia terá uma porção aminica e porção carboxílica; 
- a cadeia A interagem com a cadeia B através de pontes de sulfeto; 
- os aa ligantes são: o aa 7 da cadeia A se ligará ao aa 7 da cadeia B; o aa 20 da 
cadeia A se ligará ao aa 19 da cadeia B; 
- são sempre ligações entre aa cisteínas. 
 
A insulina será produzida na mesma quantidade do peptídeo C. Sendo assim, ainda que 
esse peptídeo C não tenha função biológica ele servirá de índice útil, como por exemplo, 
para diferenciar uma insulina produzida pelo corpo do paciente de uma insulina 
injetada. Ou ainda conseguir diferencias um insulinoma de uma aplicação exagerada 
de insulina. 
 
Ação e efeitos da insulina 
- um hormônio anabólico; 
- atuando em várias partes do corpo; 
 
Fígado 
– síntese de glicogênio e ácidos graxos (efeito anabólico); 
- inibe a glicogenólise, gliconeogênese e cetogênese. 
 
Tecido adiposo 
- reduz lipólise; 
- aumenta a síntese de glicerol e ácidos graxos. 
 
Tecido muscular 
- diminui o catabolismo proteico; 
- diminui o efluxo de aminoácidos; 
- aumenta a captação de aa; 
- aumenta a síntese de proteínas; 
- aumenta a síntese de glicogênio. 
 
Controle da secreção de insulina 
- o glucagon não é o único hormônio contra insulínico; 
 
Fatores inibidores 
- adrenalina, noradrenalina, cortisol, GH, glucagon; 
- estímulo dos receptores alfa: exercício, hipoxia, cirurgia, queimadura graves; 
- beta bloqueadores; isso ocorre pois devido a necessidade energética ou um desgaste 
o corpo precisa de fonte energética usando suas reservas, assim inibindo. 
- somatostatina; 
 
Fatores estimulantes 
- glicose; - a oral é que mais estimula pois ao passar pela mucosa gástrica irá estimular 
ainda mais secreção de glicose pelos hormônios liberados no intestino, além disso ocorre 
a estimulação vagal - 
- aminoácidos (arginina, leucina); 
- secretina, pancreozimina, GIP, gastrina, enteroglucagon; 
- ativação seletiva dos receptores beta: isoproterenol; 
- inibidores da monoamina oxidase; 
- bloqueio dos receptores alfa: fentolamina 
- drogas colinomiméticas e estímulo vagal; 
- xantinas; 
- prostaglandinas; 
- sulfonilureaias. 
 
Como a insulina interage com beta e alfa receptor... 
Beta receptor – estimula a síntese de insulina; 
Beta bloqueador – inibe a síntese de insulina; propranolol, atenolol. 
 
Alfa receptor – inibe a síntese da insulina; 
Alfa bloqueador – estimula a síntese de insulina; entolamina. 
- geralmente o alfa receptor será antagônico ao beta receptor; 
- esses receptores estão localizados por todo o corpo; 
- no que diz respeito a inervação do pâncreas, a inervação parassimpática vai estimular 
a síntese de insulina enquanto a inervação simpática inibe a sua síntese. 
 
Estimula a síntese de insulina ou Causa Redução da Glicemia: insuficiência adrenal, déficit 
de GH, fenômeno da lua de mel; 
 
Inibe a síntese de Insulina ou Causa Aumento da glicemia: DM, Cushing ou uso de 
corticoides exógenos, acromegalia, GH em excesso, estresses no organismo (infecção, 
trauma etc). 
 
Diabetes 
Doença metabólica que repercute nas reações de síntese e degradação das 
macromoléculas (carboidratos, proteínas, lipídeos). 
 
A principal característica é causar hiperglicemia crônica. 
 
Pode ter diversas causas: destruição de células beta - DM1 – autoimune -, células beta 
com deficiência de síntese de insulina, insulina presente e não atuante – DM2 - (seja por 
resistência ou outros motivos). 
 
Em resumo, no final vamos ter: diminuição da utilização periférica de glicose + aumento 
da produção de glicose (principalmente por produção hepática). 
 
Se não tratada leva à diversas complicações (retinopatia, neuropatia, nefropatia). 
 
Diagnóstico 
- tudo por exames laboratoriais; 
 
Exame Normal Pré-diabetes Diabetes 
Glicemia de 
jejum(mg/dL) 
<100 100 a 125 ≥126 
Glicemia 2h após TOTG 
com 75g de glicose 
<140 140 a 199 ≥ 200 
Hemoglobina glicada <5,7 5,7 a 6,4 ≥ 6,5 
 
Glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dL + sintomas (poliuria, emagrecido) 
Hemoglobina glicada ≥ 6,5% - fornece o resultado da média dos últimos 3 meses, sendo 
por isso a mais fiel - 
 
Excetuando-se o critério II – glicemia de jejum-, todos os demais precisam ser confirmados 
em uma 2º dosagem. 
 
Pré-diabético – não está diabético ainda, mas possui sua glicemia acima do nível de 
normalidade. 
Pré-diabético – disglicemia (são termos sinônimos). 
Para fechar o diagnóstico de diabetes são necessários dois exames, para o pré-
diabetico somente um exame. 
 
Rastreamento populacional 
3 em 3 anos; 
Idade > 45 anos ou IMC >25 + ≥ 1 fator de risco 
HAS; dislipidemia; história familiar em 1º grau para DM; SOP; acantose nigricans; 
sedentarismo

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