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Processo de trabalho na central de regulação médica de urgência

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Maria Luiza Torres 
 
 
 
 
Terminologia 
 Urgência e Emergência 
 Necessidades: não agudas ou agudas 
 Agudas: urgentes ou críticas 
 
A Regulação Médica da Urgência Portaria MS 2048/2002 
 Competência Técnica: 
Discernir o grau de urgência e prioridade de cada caso. 
 Competência Gestora: 
O autoriza decidir sobre os meios disponíveis, acionando-os de acordo com o seu julgamento. 
 
 Avaliação e Classificação da necessidade do paciente: 
Diretamente proporcional a gravidade do caso, a quantidade de recursos necessários para o tratamento do paciente e o valor social que 
envolve o caso. 
O grau de urgência é inversamente proporcional ao tempo para iniciarmos o tratamento 
 
Classificação das necessidades em nível de prioridade 
Nível 1: Vermelha Prioridade Absoluta 
Nível 2: Laranja Prioridade Alta 
Nível 3: Amarela Prioridade Moderada 
Nível 4 : Verde Prioridade Baixa 
Nível 5: Azul Prioridade Mínima 
 
Processo de Trabalho na Central de Regulação 
Médica de Urgências 
Maria Luiza Torres 
Regulação: Semiologia Médica à Distância 
 
Reconhecido pela normativa do CFM, junto a telemedicina. 
 
Etapas da Regulação Médica 
Recepção do Chamado: 
 Atender prontamente 
 Identificar-se 
 Identificar o solicitante 
 Localizar o chamado 
 Objetividade e Precisão 
 Identificar a gravidade 
 
 Próxima Etapa: 
 Abordagem 
 Atendimento Primário: Solicitação oriundo da população. 
 Atendimento Secundário: Solicitação oriundo de profissional de saúde, mesmo estando dentro de um sistema de saúde, encontra-se 
sem a assistência adequada. Falta de equipamento necessário, falta de médico, etc. 
 
 Próxima Etapa: 
Decisão e Acompanhamento: 
 Encaminhamento para a unidade que atenda prontamente a devida necessidade. 
 Lembrando dos serviços que compõem as redes, não necessariamente um hospital, podendo ser em UBS ou UPA. 
 
É essencial a equipe de regulação informar e comunicar o encaminhamento à unidade de saúde receptora-designada. Essa unidade receptora 
deverá ter ciência das peculiaridades do caso para que esteja preparada para o atendimento. 
 
 
 
 
Maria Luiza Torres 
 Vaga Zero: 
A “vaga zero” é um recurso essencial para garantir acesso imediato aos pacientes com risco de morte ou sofrimento intenso, devendo ser 
considerada como situação de exceção e não uma prática cotidiana na atenção às urgências. 
 Prerrogativa do Médico Regulador 
 Reflete problema sério de estrutura e organização 
 Equipe de atendimento deverá sempre manter contato com o médico da regulação 
 A Área de Urgência e Emergência constitui-se em um importante componente da assistência à saúde. 
 Considerando a necessidade de ordenar o atendimento às Urgências e Emergências, garantindo acolhimento, resolução, estabilização 
das urgências e referência adequada dos pacientes graves dentro do Sistema Único de Saúde, por meio do acionamento e 
intervenção das Centrais de Regulação Médica de Urgências. 
 Considerando o crescimento da demanda por serviços nesta área nos últimos anos, devido ao aumento do número de acidentes e 
da violência urbana. 
 Considerando a grande extensão territorial do País, que impõe distâncias significativas entre municípios de pequeno e médio porte e 
seus respectivos municípios de referência para a atenção hospitalar especializada e de alta complexidade. 
 Aprovou-se a Portaria 2048 de 05 de novembro de 2002. 
 Instituição do Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência - Criação do SAMU: Portaria 2048, 05 de 
novembro de 2002. 
 Central de Regulação: Elemento ordenador de sistemas estaduais de urgências e emergências. Cérebro do Sistema. 
 Portaria 2657, 16 de dezembro de 2004: Estabelece as atribuições das Centrais de Regulação Médica de Urgências e o 
dimensionamento técnico para a estruturação e operacionalização das Centrais (SAMU 192). 
 Portaria 1010, 21 de maio 2012: Redefiniu as diretrizes do SAMU e formatou a Central da Regulação. Portaria a qual seguimos até 
o dia de hoje. 
Regulação Médica de Urgência 
Objetivo de trabalho 
 A Regulação Médica das Urgências, operacionalizada através das Centrais de Regulação Médica de Urgências, é um processo de 
trabalho através do qual se garante escuta permanente pelo Médico Regulador, com acolhimento de todos os pedidos de socorro 
que acorrem à central e o estabelecimento de uma estimativa inicial do grau da urgência de cada caso, desencadeando a resposta 
mais adequada e equânime a cada solicitação. 
 Há monitorização continua do grau de urgência até a finalização do caso. 
 Assegura-se a disponibilidade dos meios necessários para a efetivação da resposta definitiva, de acordo com grades de serviços 
previamente pactuadas, pautadas nos preceitos de regionalização e hierarquização do sistema. 
SAMU 
 As Centrais, micro ou macrorregional, devem prever acesso a usuários, por intermédio do número público gratuito nacional 192; 
 Exclusivo para as urgências médicas; 
 Funcionando como importante “porta de entrada” do sistema de saúde; 
 Esta porta de entrada necessita, portanto, de “portas de saída” qualificadas e organizadas, por meio das demais centrais do 
complexo regulador da atenção, garantindo acesso à rede básica de saúde, à rede de serviços especializados (consultas médicas, 
exames subsidiários e procedimentos terapêuticos), à rede hospitalar (internações em leitos gerais, especializados, de terapia 
intensiva e outros), assistência e transporte social e outras que se façam necessárias. 
 
Maria Luiza Torres 
 Atribuições específicas da regulação médica de urgências. 
 I - manter escuta médica permanente e qualificada para este fim, nas 24 horas do dia, todos os dias da semana, pelo número 
gratuito nacional das urgências médicas: 192; 
 II - identificar necessidades, e classificar os pedidos de socorro oriundos da população em geral. 
 III - identificar, qualificar e classificar os pedidos de socorro oriundos de unidades de saúde, julgar sua pertinência e exercer a 
telemedicina sempre que necessário. 
 Discernir sobre a urgência, a gravidade e o risco de todas as solicitações; 
 IV - hierarquizar necessidades; 
 V - decidir sobre a resposta mais adequada para cada demanda; 
 VI - garantir os meios necessários para a operacionalização de todas as respostas necessárias; 
 VII - monitorar e orientar o atendimento feito pelas equipes de Suporte Básico e Suporte Avançado de Vida; 
 VIII - providenciar os recursos auxiliares de diferentes naturezas necessários para complementar a assistência, sempre que 
necessário; 
 IX - notificar as unidades que irão receber pacientes, informando às equipes médicas receptoras as condições clínicas dos 
pacientes e possíveis recursos necessários; 
 X - permear o ato médico de regular por um conceito ampliado de urgência, acolhendo a necessidade expressa por cada cidadão, 
definindo para cada um a melhor resposta, não se limitando apenas a conceitos médicos pré-estabelecidos ou protocolos 
disponíveis; 
 XI - constituir-se em “observatório privilegiado da saúde e do sistema”, com capacidade de monitorar de forma dinâmica, 
sistematizada, e em tempo real, todo o seu funcionamento; 
 XII - respeitar os preceitos constitucionais do País, a legislação do SUS, as leis do exercício profissional médico, o Código de Ética 
Médica, bem como toda a legislação correlata existente 
 
SAMU 192 
 Serviço Assistencial Móvel de Urgência 
 Componente assistencial móvel da rede de atenção às urgências, que tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter 
ocorrido um agravo à sua saúde, mediante o envio de veículos tripulados por equipe capacitada, acessado pelo número "192" e 
acionado por uma Central de Regulação. 
 Regionalização: O componente SAMU 192 é regionalizado, a fim de ampliar o acesso às populações dos Municípios em todo o 
território nacional, por meio de diretrizes e parâmetros técnicos definidos. 
 
 Central de Regulação das Urgências: 
 Estrutura físicaconstituída por profissionais: médicos, telefonistas, auxiliares de regulação médica e rádio-operadores capacitados 
em regulação dos chamados telefônicos que demandam orientação e atendimento de urgência, por meio de uma classificação e 
priorização das necessidades de assistência em urgência. 
 
 
 
Maria Luiza Torres 
Base descentralizada 
 Infraestrutura que garante qualidade e racionalidade na utilização dos recursos do componente SAMU 192 regional ou sediado em 
Município de grande extensão territorial e/ ou baixa densidade demográfica, conforme definido no Plano de Ação Regional, com a 
configuração mínima necessária para abrigo, alimentação, conforto das equipes e estacionamento da(s) ambulância(s); 
 
 SAMU Considera-se: 
 Coordenador do Serviço: profissional oriundo da área da saúde, com experiência e conhecimento comprovados na atividade de 
atendimento pré-hospitalar às urgências e de gerenciamento de serviços e sistemas. 
 Responsável Técnico: profissional médico responsável pelas atividades médicas do serviço; 
 Responsável de Enfermagem: profissional enfermeiro responsável pelas atividades de enfermagem; 
 Médicos Reguladores: profissionais médicos que, com base nas informações colhidas dos usuários, sendo os responsáveis pelo 
gerenciamento, definição e operacionalização, utilizam de protocolos técnicos para o adequado atendimento do paciente. 
Composição da Central de Regulação das Urgências 
 I - Médicos com capacitação em regulação médica das urgências (MR); 
 II - Técnico Auxiliar de Regulação Médica (TARM); 
 III - Radio-Operador (RO). 
Normas Gerais e Fluxo da Regulação 
 A Central de Regulação Médica de Urgências deve ser acessada pelo número gratuito Móvel 192. 
 O funcionamento deve ser ininterrupto, na sala de regulação, nas 24 horas, todos os dias. 
 Todo chamado deve ser atendido pelo telefonista auxiliar de regulação médica e, após a devida identificação e localização do 
solicitante, ser repassado ao médico regulador; 
 Nos trotes ou enganos, o chamado deverá ser registrado, mas não contabilizado como “caso” e a ligação pode ser encerrada sem 
a interveniência do médico regulador; 
 O telefonista auxiliar de regulação médica deverá ser treinado e devidamente instrumentalizado para atender aos pedidos de 
informação que acorrerem à central; 
 Os chamados em que o solicitante necessite apenas de informação que não caracterize pedido de socorro de urgência, o 
telefonista auxiliar de regulação médica está autorizado a fornecer a informação, se ela estiver disponível em suas ferramentas 
de trabalho e encerrar a solicitação, sem a interveniência do médico regulador. Caso não possua a informação, deverá repassar o 
chamado ao médico regulador, para que ele dê a melhor orientação possível ao solicitante; 
 O médico regulador, ao receber o caso, deverá, num curto espaço de tempo (de 30 segundos a 1 minuto), por meio da utilização de 
técnicas específicas para este fim, julgar a gravidade de cada caso e, em se tratando de situação crítica, deverá desencadear 
imediatamente a melhor resposta, acionando, inclusive, múltiplos meios, sempre que necessário, podendo, em seguida, concluir o 
detalhamento do caso; 
 Em casos de menor gravidade, o médico poderá optar inclusive pelo não envio de equipe ao local, orientando o solicitante sobre 
como proceder em relação à queixa relatada; 
 Nos casos de simples orientação, o médico regulador deve colocar-se à disposição do solicitante para novas orientações, caso haja 
qualquer mudança em relação ao quadro relatado na primeira solicitação; 
Maria Luiza Torres 
 caso o médico regulador opte pelo envio de equipe de suporte básico ou avançado de vida ao local, deve monitorar todo seu 
deslocamento e receber o relato do caso quando a equipe lá chegar, confirmando ou alterando a gravidade estimada inicialmente. 
 Após essa reavaliação, o médico regulador deverá tomar uma segunda decisão a respeito da necessidade do paciente, definindo 
inclusive para qual unidade de saúde o paciente deve ser transportado. 
 Se o paciente for transportado, cabe ao médico regulador monitorar e acompanhar todo o atendimento prestado no trajeto; 
 O médico regulador deve estabelecer contato com o médico do serviço receptor, repassando a ele as informações técnicas sobre 
cada caso, para que a equipe local possa preparar-se para receber o paciente da melhor maneira possível; 
 Nas situações de atendimento médico no pré-hospitalar móvel, sempre que possível e com conhecimento e autorização do médico 
regulador, o médico assistente deverá manter-se em contato direto com o médico assistente do serviço de destino definido pela 
regulação, para repasse das informações sobre o paciente, a fim de instrumentalizar a organização da melhor recepção possível 
para os casos graves; 
 Após o adequado recebimento do paciente no serviço determinado, o médico regulador poderá considerar o caso encerrado. 
 
 Indicadores do SAMU 192: 
 I - número geral de ocorrências atendidas no período; 
 II - tempo mínimo, médio e máximo de resposta; 
 III - identificação dos motivos dos chamados; 
 IV - quantitativo de chamados, orientações médicas, saídas de Unidade de Suporte Avançado (USA) e Unidade de Suporte Básico 
(USB); 
 V - localização das ocorrências; 
 VI - idade e sexo dos pacientes atendidos; 
 VII - identificação dos dias da semana e horários de maior pico de atendimento; 
 VIII - identificação dos dias da semana e horários de maior pico de atendimento; 
 IX - pacientes (número absoluto e percentual) referenciados aos demais componentes da rede, por tipo de estabelecimento. 
Espécies das Unidades Móveis 
 I - Unidade de Suporte Básico de Vida Terrestre: tripulada por no mínimo 2 (dois) profissionais, sendo um condutor de veículo de 
urgência e um técnico ou auxiliar de enfermagem 
 II - Unidade de Suporte Avançado de Vida Terrestre: tripulada por no mínimo 3 (três) profissionais, sendo um condutor de veículo 
de urgência, um enfermeiro e um médico;17/04/2021 Ministério da Saúde 
 III - Equipe de Aeromédico: composta por no mínimo um médico e um enfermeiro; 
 IV - Equipe de Embarcação: composta por no mínimo 2 (dois) ou 3 (três) profissionais, de acordo com o tipo de atendimento a ser 
realizado, contando com o condutor da embarcação e um auxiliar/ técnico de enfermagem, em casos de suporte básico de vida, e 
um médico e um enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida; 
 V - Motolância: conduzida por um profissional de nível técnico ou superior em enfermagem com treinamento para condução de 
motolância; 
 VI - Veículo de Intervenção Rápida (VIR): tripulado por no mínimo um condutor de veículo de urgência, um médico e um enfermeiro. 
 
 
 
 
Maria Luiza Torres 
Nº de Profissionais Médicos Reguladores (MR) Mínima 
 População Dia Noite 
Até 350.000 01 01 
350.001 a 700.000 02 02 
700.001 a 1.500.000 03 02 
 
Telefonistas Auxiliares de Regulação Médica (TA R M) 
População Dia Noite 
Até 350.000 02 01 
350.001 a 700.000 03 02 
700.001 a 1.500.000 05 03 
 
 
 Rádio-Operadores (RO) 
População Dia Noite 
Até 350.000 04 03 
350.001 a 700.000 06 05 
700.001 a 1.500.000 09 06 
 
Recursos Financeiros 
A liberação dos recursos de que trata esta Portaria ficará condicionada à disponibilidade orçamentária e financeira do Ministério da Saúde. 
As despesas de custeio mensal do componente SAMU 192 são de responsabilidade compartilhada: 
 I - União: 50% (cinquenta por cento) da despesa; 
 II - Estado: no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) da despesa; 
 III - Município: no máximo, 25% (vinte e cinco por cento) da despesa 
 Os custos do componente SAMU 192 e da Central de Regulação das Urgências devem estar previstos no Plano de Ação Regional e 
o registro da produção no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS) é obrigatório, mesmo não se convertendo em pagamento.

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