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Marianna L. Deprá FARMACOLOGIA DA INFLAMAÇÃO Corticoide • Mais elaborado que o anti-inflamatório não esteroidal; • Controle da dor muito eficiente; • Hormônio: cortisol - temos receptores para ele em quase todas as células do nosso corpo; • cortisona: forma inativa do cortisol; • SÍNTESE DO CORTISOL: - regulada pelo ciclo circadiano - sugere comportamento de alteração de valores ao longo do dia. O ciclo modula o hipotálamo a produzir a vasopressina e o CRH —> estimula hipófise a produzir ACTH —> estimula as glândulas adernais a produzir cortisol —> cai na corrente sangüínea; - o estresse induz ativação dessa via; - faz feedback negativo no hipotálamo; - uma vez o cortisol produzido, eles entram muito facilmente pela membrana pois são lipofilicos; - uma bactéria ativa sistema imune inato —> os macrófagos vão produzir interleucinas de fase aguda de resposta TH1 clássica (IL1, IL6, TNF) —> as interleucinas ativam hipotálamo —> aumenta cortisol —> no primeiro momento vai dar uma pequena ativada no sistema imune mas em seguida faz supressão dele —> supressão de produção de interleucinas —> não estimula hipotálamo —> diminuição do cortisol; • No sangue, na maioria das vezes, ele vai circular inativo ligado à proteína CBG (globulina ligadura de cortisol). Se ele se soltar dele vai ter fácil acesso à membrana porque é lipofílico. Quando ele chega no citoplasma encontra seu receptor que é ligado a chaperonas, quando se liga ele solta o receptor das chaperonas e entra para fazer o efeito intranuclear; • Intracelularmente, a enzima 11-beta-HSD1 vai converter cortisona em cortisol; • Também consegue fazer efeito diretamente no citosol (não genômico) —> isso faz com que ele tenha um efeito muito rápido; • EFEITO GENÔMICO: - Transcrição do DNA em RNA mensageiro; - O receptor de cortisol funciona diretamente no DNA, ativando ou inibindo genes; - O receptor também pode ativar um fator de transcrição que vai atuar no DNA; - Tem uma terceira opção que o receptor vai, tanto atuar diretamente no DNA, quanto ativar fatores de transcrição. • INFLAMAÇÃO: - Em um tecido saudável, vou ter algumas células imunológicas residentes que tem uma defesa de imunidade inata - elas tem receptores de padrões moleculares e se ligam diretamente sem precisar que ninguém apresente. Os mastócitos são moradores dos tecidos, são ricos em histamina e ligados com IgE. fibroblastos. - Quando começa o processo de injuria e inflamação, tenho uma quebra do epitélio; - PAMP: padrão molecular associado a patógeno; - DAMP: padrão molecular associado a dano - alguma célula que sofreu estresse libera DAMPs; - Os receptores das células imunes vão reconhecer PAMPs e DAMPs - são padrões inespecíficos —> o corticoide vai agir bloqueando a ativação dos receptores das células imunes, ativação de transcrição de interleucinas inflamatórias, bloqueia a produção de prostaglandinas (através do bloqueia da fosfolipase A) e bloqueia receptor que vai liberar histamina —> fase seguinte: produção de quimiocinas, atraem neutrófilos e leucócitos —> fase de resolução: o corticoide consegue modular o macrófago, ativando ele para se Marianna L. Deprá transformar em um macrófago M2c, ele hiperativa receptores que fazem “limpeza” procurando células em apoptose. Também estimula produção de IL-10 e TGF0-beta (imunosupressoras e imunomoduladoras) —> fase de reparo: o fibroblasto vai produzir fribrinogenio e fibrina para reparar o tecido. Se necessário, faz angiogenese; - O glicocorticoide funciona como um modulador desse processo, ele inibi o colágeno e a angiogenese. • O cortisol chega a ativar ou inativar sobre quase 100% do nosso genoma; • CASCATA DE SINALIZAÇÃO: - PAMP ou DAMP se liga a receptores TLR4 e ativam cascata de sinalização; - Via TRIF: vai fazer IRF3; - Via MYD88: proteínas IRAK1 e 3 —> TAK1 —> p38, o paciente que tem deficiência de algumas dessas proteínas ele não tem a cascata de sinalização e é imunodeficiente grave; - Quando o cortisol inibe a via, ele impede a produção de todas essas proteínas; • Ativa transcrição de um gene que vai inibir fosoflipase a2, não tem formação de porstaglandinas, coxibes, tromboxana —> ele já bloqueia tudo no início; • Os macrófagos vão apresentar antígeno, de um lado da célula ele vai ter TLR4 e do outro vai ter MHC classe 2; • Efeitos colaterais: catarata, úlcera, estria, HAS, hirsutismo em mulheres, imunosupressão e infeccões, necrose, hiperglicemia, osteoporose, obesidade, depressão e mudanças de humor, dificuldade e sarar feridas. Aine • anti-inflamatórios esteroidais; • efeito anti-inflamatório, anti pirético e analgésico —> por conta da inibição da prostaglandina; • continua tendo produção de leucotrienos; • bloqueia cox e altera produção de prostaglandina e tromboxana; • o aine inibe COX —> essa enzima é responsável por produzir prostaglandina em tromboxana no sistema nervoso central e na periferia, existe em quase todas as células do organismo; • a COX2 é expressa em muitas células inflamatórias na presença de estímulos apropriados —> fármacos seletivos só funcionam nessa cox; Marianna L. Deprá * Os fracos inibidores da cox1 são conhecidos como parcialmente seletivos. Potencial anti-inflamatório baixo; • Fosoflipase a2 é ativada —> transforma lipídeos de membrana em ácido aracdonico através da cox—> é transformado em porstaciclina, tromboxana, prostaglandina D, E e F; • Em casa tecido eu vou ter predomínio de cox1 ou cox2 que vão fazer funções diferentes —> em geral fazem quimiotaxia, ativação de mastócitos, vasodilatação, chama eosinófilo, libera mais histamina, broncoconstricção; • Aspirina: é um anti-inflamatório que inibe a cox1 e 2 forma irreversível —> efeito anti plaquetário —> protetor cardiovascular e de agregação; • Efeito anti-térmico: por inibição da síntese de PGE2 no centro termorregulador no hipotálamo; • efeito analgésico: ação periférica e central; Anti-histamínicos • HISTAMINA: Substância que é sintetiza e liberada por diversas células - basófilos, mastócitos, plaquetas, neurônios histaminérgicos, linfócitos. Ela fica armazenada em grânulos citoplasmáticos dessas células; - Tem uma serie de ações imediatas nos tecidos ao redor; - Recetor h2: aumenta secreção gástrica; - Receptor h1: vasodilatação/urticária; - contração de vias aéreas; - prurido por ativação direta de receptores nervosos. Marianna L. Deprá • Célula rica em histamina tem alguns receptores inespecíficos que podem ser ativados por uma serie de estímulos, o principal é o toll like receptor (reconhece PAMPs e DAMPs). Também tenho receptores de alta afinidade para a cadeia fc da IgE, receptores para complemento (C3 e C5a) e receptores para histamina; • Quando ativada, a célula vai liberar histamina e se ligar aos seus receptores. Temos 4 tipos de receptores histaminérgicos. O tipo 1 é o das alergias, esse receptor é o que vai fazer os sintomas alérgicos - contração de músculo liso, vasodilatação, agregação plaquetária, ativação de hiper secreção de muco no TGI, broncoconstrição. • O receptor H1 pode ser bloqueado pelos antialérgicos - cloroferamina, prometazina, loratadina, fexofenadina. • Quem age no receptor H2 são as ranitidinas - ela tem uma função primordial de servir como anti-ácido, com isso, ela inibe a secreção ácida gástrica mediada pela histamina. • O receptor H4 também está associado a sintomas alérgicos como o H1, mas também tem papel importante em fazer ativação e quimiotaxia de eosinófilos - não temos fármacos específicos para ele; • São receptores da família da proteína G que funcionam em duas isoformas, na forma ativa e na forma inativa. Se a histamina encontrar com um receptor ativo, ela reage, se encontrar com um receptor inativo, ela não vai agir. Uma das teorias do paciente atópico e alérgico é que ele tenha um desbalanço e tenha mais receptores na forma ativa; • Os anti histamínicos podem ser agonistas inversos (funciona potencializando o receptor inativo) ou antagonistasneutros (age no receptor ativo, bloqueando a ligação da histamina nesse receptor); • ATIVAÇÃO DO RECEPTOR: - Na hora que a histamina se liga no receptor, vai ativar cascatas intracelulares; - Principal é uma via fosfolipide inosisol —> faz influxo de Ca, ativando a célula; - Via da fosfolipase A e D —> ação de desencadear o processo dos leucotrienos; - Via da fosoflipase C —> produz uma proteína quinase que vai fazer a dimerização e produção final do fator de transcrição NFKB, esse fator entra no núcleo e ativa a transcrição de genes pró-inflamatórios; • Quando o anti-histamínico bloqueia o receptor, ele bloqueia o influxo de Ca e não tem efeito bom no efeito anti- inflamatório no bloqueio de fator de transcrição NFKB; • Algumas células possuem a glicoproteína P, ela funciona ativamente captando substancias toxicas e eliminando elas; • CLÁSSICOS ou 1ª GERAÇÃO: - metalizados no fígado; Marianna L. Deprá - tem mais efeitos colaterais; - temos algumas substancias de tamanho molecular menor e lipofílicas, entram entram livremente em todas as células —> isso é ruim pois ele é muito rapidamente, absorvido, metabolizado e excretado, ou seja, tem efeito passageiro. Ele penetra tecidos que não queremos, o SNC, que vai dar efeitos colaterais. - Não tem afinidade por glicoproteína P, então ela não consegue ajudar a “limpar" do organismo; • 2ª GERAÇÃO: - lipofóbicos e maiores —> maior dificuldade de penetrar nos tecidos, então não são absorvidas, metalizadas e excretadas tão rápido; - alguns são metalizados pelo fígado; - penetram pouco no SNC; - são substratos da proteína P, então podem ser limpados do organismo e SNC; - ocupam menos receptores centrais (menos de 20%); - Não causam sonolência e prejuízo cognitivo; * Estudos comprovam que a sonolência causada pelos de 1ª geração não levam a um sono reparador, e sim por queda abrupta de ativação neuronal. Então o paciente vai acordar com mais sono e mais cansado, diminuindo o paciente e criando riscos como ao dirigir. FARMACOLOGIA DA INFLAMAÇÃO
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