Introdução, Princípios e Poderes do Direito Administrativo

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INTRODUÇÃO 
Estado 
Governo
Adm Pública 
P.J.D.P > Personalidade Jurídica Própria
Organiza e é formado por POVO, TERRITÓRIO E PODER.
POVO (componente humano)
TERRITÓRIO (geográfico)
PODER (condução)
Autoridade Diretiva do Estado.
É quem conduz o Estado.
Quem vai conduzir o Estado através do Governo é a Adm Pública. 
Conjunto de Entidades, agentes e órgãos.
TODOS SUJEITOS A CF/88
Estado > Governo > Adm Pública 
- Povo - Entidades 
- Território - Orgãos 
- Poder - Agentes
1. Sentido Subjetivo/ Orgânico/ Formal:
Se trata dos SUJEITOS, ORGÃOS E FORMALIDADES. 
1. Orgãos
2. Entidades
3. Agentes
Adm Pública
Dividida em 2 sentidos: 
2. Sentido Objetivo/ Material/ Funcional:
Se trata da FUNÇÃO ADMINISTRATIVA da Adm Pública, são as atividades que os órgãos, entidades e agentes exercem. 
Histórico da Função Administrativa da Adm Pública
FUNÇÕES PRECIPUAS DA ADMINISTRAÇÃO 
FUNÇÃO ORDENADORA > FUNÇÃO PRESTACIONAL > FUNÇÃO REGULADORA
1º Momento: 
PODER DE POLÍCIA, função ORDENADORA
> Era restritivo 
2º Momento:
Estado passou a ter uma função de PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, função PRESTACIONAL
> Era restritivo e prestacional 
3º Momento: 
Função de ATIVIDADE DE FOMENTO, função REGULADORA. 
Para que os serviços prestados fossem de forma efetiva e completa. 
Princípios do Direito Administrativo 
Função hermenêutica, que engloba a intepretação e a integração:
Quando o aplicador do Direito se deparar com uma lacuna, ele irá se utilizar dos princípios para supri-la, que é onde a função hermenêutica tua, interpretando e integrando normas, para um melhor entendimento 
Os princípios tem 2 funções cruciais: 
Supraprincípios da Adm Pública:
São os princípios principais e basilares 
Supremacia do Interesse Público:
São PRERROGATIVAS ou GARANTIAS do Estado. 
2. Indisponibilidade do Interesse Público: 
São LIMITAÇÕES ou RESTRIÇÕES do Estado. 
São chamados dessa forma pois são esses 2 princípios que vão fazer o Direito Adm “andar”, são as bases. 
Princípios Explícitos 
 L – Legalidade 
 I – Impessoalidade
M – Moralidade 
P – Publicidade 
E – Eficiência 
1. Princípio da Legalidade:
Submissão do agente a lei, o agente só pode fazer aquilo que está previsto na lei. 
2. Princípio da Impessoalidade:
O interesse público prevalece sobre o privado. Sendo assim, quando houver conflito de interesse, o público “ganha”. 
3. Princípio da Moralidade: 
Equilíbrio entre legalidade e impessoalidade. Quer dizer que o agente público age com moralidade quando a sua conduta é embasada na lei e no interesse público. 
4. Princípio da Publicidade:
Cita que todo ato administrativo deve ser público, ou seja, deve ser publicado para que tenha eficácia e deve ser transparente. 
5. Princípio da Eficiência:
Cita que a Adm Pública tem que ser produtiva e eficiente. Entregando um serviço de qualidade. CUSTO BENEFICIO
OBSERVAÇÃO: A PUBLICIDADE DOS ATOS DEVEM TER CARATÉR INFORMATIVO. NÃO PODE TER NOME, PARTIDO, ETC. OU SEJA, É UMA VEDAÇÃO PESSOAL OU PARTIDÁRIA (ART. 37 DA CF)
Princípios Implícitos 
1. Princípio da Razoabilidade e Princípio da Proporcionalidade: 
O agente pode ter uma atuação discricionária ou restrita (só fazer o que a lei prevê).
Quando o agente age com discricionaridade, ele escolhe a melhor atuação de acordo com a razoabilidade e a proporcionalidade. Tem que ser uma atuação que esteja de acordo com o interesse público e uma atuação que tenha sido a melhor forma de agir para o caso. 
A razoabilidade se caracteriza no meio pelo qual o agente irá utilizar para a resolução do conflito, e força de aplicação do meio escolhido se caracteriza na proporcionalidade. 
2. Princípio da Segurança Jurídica:
Novas interpretações feitas a lei não afetam as antigas interpretações. A segurança jurídica tem efeito ex nunc (não retroage) . 
3. Princípio da Autotutela:
A Adm Pública pode rever seus próprios atos. 
Pode definir ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CASSAÇÃO. 
Não depende do Judiciário, ela mesma pode fazer e desfazer sues atos.
4. Princípio do Contraditório e Ampla Defesa:
Se trata do Direito de Defesa, se utilizando de todos os processos lícitos para tal.
Poderes Administrativos
O poder vinculado e o discricionário são considerados como uma classificação. 
1. Poder Vinculado:
É sem margem de liberdade de atuação. Obrigando o agente a atuar somente no que está previsto em lei. 
A diferença entre esses 2 poderes está no poder de atuação do agente público
2. Poder Discricionário: 
É com margem de liberdade de atuação. Essa margem de liberdade é avaliada através do mérito administrativo, com juízo de conveniência e oportunidade. 
3. Poder Hierárquicos:
Refere-se a hierarquia, sendo exercido no âmbito interno dos órgãos. É uma relação entre hierarquia e subordinação, entre órgãos e agentes. 
Dá ordens e fiscaliza o cumprimento. 
Pode rever seus próprios atos. 
Pode delegar e avocar.
4. Poder Disciplinar:
 É punir e aplicar sanções aos seus servidores e a particulares (concessionários e permissionários) que tem um vínculo jurídico com o Estado. 
Pode ser advertência, demissão, suspensão. 
5. Poder Vinculado:
É sem margem de liberdade de atuação. Obrigando o agente a atuar somente no que está previsto em lei. 
O poder hierárquico gera o poder disciplinar. E é com base no poder disciplinar que a Adm Pública aplica uma sanção. Sendo assim, as sanções surgem diretamente do poder disciplinar e indiretamente do poder hierárquico. 
6. Poder Regulamentar: 
Poder que a Adm Pública tem de complementar a regulamentação da lei. Ou seja, regulamentar um ato normativo. Só quem pode fazer isso são os chefes do executivo e as autoridades administrativas. 
Defina Poder de Polícia.
O poder de polícia serve para limitar os direitos individuais a fim de favorecer os direitos da coletividade, ou seja, os direitos individuais não devem ser contrários aos da coletividade, mas, quando esse direito entra em litigio, o poder de polícia age como limitante do direito individual para que a coletividade não seja prejudicada. Ou seja, é uma atividade estatal restritiva, atendendo ao interesse público. 
Qual a importância dos ciclos do Poder de Polícia? Comente-os. 
Existem quatro modos de atuação da policia administrativa, que são chamados de ciclos do poder de polícia, que são: ordem de polícia, consentimento de polícia, fiscalização de polícia e sanção de polícia. A ordem de policia estabelece condições e restrições para o exercício das atividades administrativas, ou seja, ela da validade a limitação que está prevista na lei, englobando a proibição e a obrigação, para que não se venha lesionar o interesse público. O consentimento de polícia se refere a autorização estatal para que o particular exerça atividades ou utilize propriedades em prol do exercício público, porém, o consentimento de policia só existe se a ordem de policia for proibitiva, ou seja, de restrições. Fiscalização de policia é a forma como é analisada se todos os agentes estão seguindo as normas que foram estabelecidas pela policia administrativa, ou seja, verificação se as ordens de policia estão sendo seguidos de forma correta. Sanção de policia está ligada a fiscalização, de forma que, quando a ordem de policia não está sendo cumprida, há uma penalidade, ou seja, existe uma medida coercitiva por conta do descumprimento das regras. Esse ciclo serve para manter a funcionalidade e a qualidade dos serviços públicos de forma que exista uma unidade que preza o interesse público acima de outro. 
Fale dos principais atributos do Poder de Polícia. 
Existem três principais atributos do Poder de Polícia, que são: discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade. A discricionariedade ocorre quando a policia administrativo tem uma margem de liberdade para uma escolha de decisão. A autoexecutoriedade ocorre quando a Administração Pública precisa tomar uma decisão,e para tomar essa decisão ela não precisa recorrer ao poder judiciário, ela tem o poder de decidir suas escolhas, desde que estas seja de acordo com a lei e o interesse público. A coercibilidade entra no momento último, quando é necessário o uso da força para garantir o cumprimento de determinada regra que foi estabelecida, mas que não está sendo cumprida.