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Gestão de Recursos Hídricos A Gestão do reservatório Epitácio Pessoa e regras de operação otimizadas O semiárido brasileiro está entre as regiões de acentuada variabilidade hidrológica (interanual). Nele, a gestão dos recursos hídricos é extremamente complexa, especialmente devido às condições climáticas extremas, como altas taxas de evaporação e precipitações irregulares no tempo e no espaço. Uma das ferramentas mais usadas para auxiliar a operação de reservatórios é a curva-guia, que consiste na divisão do volume útil do reservatório em zonas com estratégias diferenciadas de liberação de água para diferentes usos. Hipótese do Trabalho de Tereza: é possível explorar a água que, em períodos de cheia extravasaria de um reservatório (vertimento) ou seria abstraída por evaporação, utilizando, nestes períodos, uma quantidade superior à vazão outorgável (que pode ser definida, por sua vez, com base na vazão de regularização). Ligada a esta hipótese, está a possibilidade de conceder, dinamicamente, uma nova outorga, “condicionada” à vazão excedente no reservatório, que permitiria a retirada de uma vazão maior que a vazão outorgável “estática” (apenas em períodos de cheia, quando o reservatório estivesse com uma grande quantidade de água armazenada) sem comprometer a segurança nos períodos secos. Assim, usuários temporários, a exemplo dos irrigantes de culturas sazonais, poderiam ser atendidos nestes períodos de grande armazenamento de água, sem que os usuários permanentes, a exemplo do abastecimento humano, fossem prejudicados caso ocorresse um ciclo de anos secos. A curva de garantia de um reservatório é, basicamente, a relação entre as vazões regularizáveis do mesmo, atreladas a uma garantia de que não ocorram falhas. À medida que a garantia diminui (admite-se falhas), é possível fazer uso de uma vazão maior. Com esta curva, pode-se planejar a outorga para diferentes usuários que tenham exigências distintas. A curva-guia é uma ferramenta utilizada para auxiliar o operador na tomada de decisão. Ela subdivide os níveis de armazenamento de um reservatório em zonas onde serão empregadas estratégias distintas/ individuais de atendimento às demandas ou de liberações/retiradas de água, podendo cada zona variar sazonalmente ou permanecer constante durante o ano. Política Estadual de Recursos Hídricos da Paraíba-Lei nº 6.308/1996 Princípios básicos da lei nº 6.308/96: I. O acesso aos Recursos Hídricos é direito de todos e objetiva atender às necessidades essenciais da sobrevivência humana. II. Os Recursos Hídricos são um bem público, de valor econômico, cuja utilização deve ser tarifada. III. A bacia hidrográfica é uma unidade básica físico- territorial de planejamento e gerenciamento dos Recursos Hídricos. IV. O gerenciamento dos Recursos Hídricos far-se-á de forma participativa e integrada, considerando os aspectos quantitativos e qualitativos desses Recursos e as diferentes fases do ciclo hidrológico. V. O aproveitamento dos Recursos Hídricos deverá ser feito racionalmente de forma a garantir o desenvolvimento e a preservação do meio ambiente. VI. O aproveitamento e o gerenciamento dos Recursos Hídricos serão utilizados como instrumento de combate aos efeitos adversos da poluição, da seca, de inundações, do desmatamento indiscriminado, de queimadas, da erosão e do assoreamento. Potencial de aproveitamento de água de chuva no meio urbano: o caso de Campina Grande-PB Os Sistemas de Aproveitamento de Água de Chuva (SAAC) são uma fonte alternativa que se mostram atrativas no meio urbano, quando comparados a outros meios de aumento da oferta de água, como a ativação de novos mananciais e transposição das águas entre bacias, promovendo o aumento da disponibilidade hídrica, economia de água potável proveniente do sistema de abastecimento convencional e amortecimento das águas pluviais na drenagem urbana. As metodologias para estimar o potencial de aproveitamento e de economia de água no meio urbano pelo uso de SAAC envolvem equações de balanço hídrico, que possuem como variáveis de entrada a área de captação, as demandas de água, coeficientes de escoamento, volumes dos tanques de armazenamentos e séries de precipitação local. Muitas dessas metodologias apresentam simplificações, sendo as mais usuais as estimativas das áreas de captação e das demandas de água. O aproveitamento da água de chuva é uma prática milenar, utilizada nas diferentes regiões do mundo, como fonte de água limpa para o uso doméstico e produção de alimentos, que em muitas localidades deixou de ser utilizada mediante a ampliação do sistema de abastecimento. No entanto, as pressões sobre os recursos hídricos vêm fazendo que essa técnica volte a ser utilizada onde era difundida, ao tempo que passa a ser utilizada em regiões onde até então eram desconhecidas. A quantidade e a distribuição das precipitações influenciam diretamente o dimensionamento dos reservatórios ou cisternas. Quanto mais regulares e mais distribuídas as chuvas, menores os reservatórios de armazenamento das águas pluviais, pois à medida que água é consumida há uma reposição em um dado intervalo de tempo. Planejamento urbano sensível aos Recursos Hídricos: análise a partir do metabolismo urbano e da produção do espaço em Campina Grande – PB Os aglomerados urbanos, além de demandar a água para o abastecimento urbano, geram efluentes decorrentes dos sistemas de esgotos e de drenagem de águas pluviais, o que impacta trechos das bacias que vão além dos limites urbanos, refletindo negativamente na sustentabilidade destas áreas. No contexto urbano, os sistemas de água e de saneamento compreendem uma estreita relação entre si, uma vez que a garantia do abastecimento urbano depende tanto da conservação dos recursos hídricos quanto da melhoria dos serviços de saneamento. O conceito de cidade sensível à água apresenta viabilidade para a promoção de análises atuais e futuras de crises que são apresentadas nos centros urbanos, oferecendo subsídios para a otimização do uso da água e resiliência de cidades O planejamento de cidades sensíveis à água diz respeito a uma visão para o manejo da água urbana que requer a transformação de sistemas de água, que de modo geral compreendem, basicamente, o abastecimento de água e disposição de águas residuais, para mais sistemas complexos e flexíveis que integrem várias fontes de água. Esses sistemas podem operar através de sistemas centralizados e descentralizados, oferecendo uma gama mais ampla de serviços para comunidades, a partir do reconhecimento de funções mais amplas da água no cenário urbano, estando relacionados à promoção de eficiência dos recursos. O metabolismo urbano calcula o balanço de fluxos hídricos que entram e saem de uma determinada área urbana, que é definido como seu metabolismo, tornando possível medir o desempenho do sistema urbano em relação ao uso da água. Dessa forma, uma área urbana metabolicamente eficiente em relação à água é aquela que se comporta como um sistema natural, aproveitando a água em suas máximas funcionalidades, reduzindo o desperdício, e adotando medidas de reciclagem. Oito categorias, como forma de compreender e de enfrentar os desafios da gestão da água urbana, envolvendo a análise de indicadores de segurança do fornecimento de água, qualidade da água superficial e subterrânea, água potável, saneamento, infraestrutura, ação climática, biodiversidade e governança. A abordagem apresentada pelos autores mostra uma reflexão a respeito da gestão integrada de recursos hídricos, fazendo considerações