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Processo Previdenciário na prática

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Material elaborado por @_marianapinheiro 
(anotações e resumo do curso de Direito Previdenciário na Prática – Brasil Jurídico) 
Qualquer erro, por favor me contatar. 
 
1 
 
 
COMPETÊNCIA 
Regra geral: Compete a Justiça Federal processar e julgar as ações previdenciárias; 
Em Municípios do Interior do estado, o autor pode optar por ajuizar na Subseção 
Judiciária ou Vara da Capital do Estado (que é a Seção Judiciária). 
 
Atenção: Em ações acidentárias, a competência será da Justiça Comum Estadual, essa 
competência é absoluta. Quais são essas ações? 
1. Auxílio-doença acidentário 
2. Aposentadoria por invalidez acidentária 
3. Auxílio acidente acidentário 
4. Pensão por morte acidentária 
5. Revisionais de benefícios acidentários 
 
Competência estadual por delegação (é uma faculdade do autor) 
1. Causas não acidentárias 
2. Domicílio do autor não é sede de Vara Federal 
3. Comarcas com mais de 70km de distância de Município sede de Vara da 
Justiça Federal (se for até 70km, não poderá usar a competência estadual por 
delegação) 
 
E se houver recurso? Neste caso, o recurso será para o TRF, não para o TJ. 
Para saber onde ajuizar: Checar a competência pelo site do TRF da sua região. 
 
VARA FEDERAL - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 
1. Entrar no site do seu TRF 
2. Clicar em SJSP (ou SJBA, depende do seu TRF) 
3. Institucional 
4. Competência 
5. Irá abrir um rol com a jurisdição das varas federais 
6. Nos anexos, você encontrará as comarcas em que pode haver competência 
delegada. 
Material elaborado por @_marianapinheiro 
(anotações e resumo do curso de Direito Previdenciário na Prática – Brasil Jurídico) 
Qualquer erro, por favor me contatar. 
 
2 
 
COMPETÊNCIA DO JEF: JUIZADO ESPECIAL FEDERAL 
Se você atua em um local que tenha JEF e Vara Federal, o que irá determinar a 
competência é o valor da causa: 
• Até 60 salários-mínimos: será do JEF 
• Superior a 60 salários-mínimos: na Vara Federal 
 
O valor é calculado com base no valor do salário-mínimo da data do ajuizamento da 
ação. 
 
LEGITIMIDADE ATIVA, PASSIVA E LITISCONSÓRCIO 
Legitimidade ativa ordinária: Segurado ou seus representantes legais (caso o segurado 
seja incapaz); dependentes ou seus representantes legais. 
 
Legitimidade ativa extraordinária: Empresa em favor do empregado ou do 
contribuinte individual que lhe preste serviço, na hipótese de requerimento de benefício 
por incapacidade laborativa. 
 
Litisconsórcio ativo: Será sempre facultativo. 
 
Litisconsórcio passivo: Mais de um réu no processo judiciário (além do INSS). O 
litisconsórcio passivo será obrigatório quando for hipótese. 
Exemplo de litisconsórcio passivo: Quando alguém sairá prejudicado (perdendo o 
benefício), como na pensão por morte deferida para a viúva e, posteriormente, um filho 
de outro casamento deseja ingressar com ação judicial (representado por sua mãe). 
Neste caso, haverá litisconsórcio passivo necessário, pois a viúva sairá prejudicada, tendo 
em vista que terá que dividir o valor da pensão com o filho. 
 
PRÉVIO INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO 
Segundo o Enunciado nº 77 do FONAJE, é necessário pedir o benefício primeiro ao 
INSS, antes de entrar com ação judicial, e o INSS deve ter negado o benefício. Essa 
negativa pode ser parcial ou total. 
Enunciado nº. 77 do FONAJEF: O ajuizamento da ação de concessão de benefício da 
seguridade social reclama prévio requerimento administrativo. 
Material elaborado por @_marianapinheiro 
(anotações e resumo do curso de Direito Previdenciário na Prática – Brasil Jurídico) 
Qualquer erro, por favor me contatar. 
 
3 
 
CONDIÇÕES DA AÇÃO: 
1. Legitimidade 
2. Interesse de agir 
3. Possibilidade jurídica do pedido 
 
Quando se fala em indeferimento administrativo está se falando do interesse de agir. 
Logo, é necessário ter solicitado ao INSS antes. 
 
Não é necessário recorrer administrativamente (ou seja, não é necessário esgotar as vias 
administrativas), bastando que haja uma negativa inicial. 
 
Há algumas hipóteses em que se dispensa o prévio requerimento administrativo. 
 
Quais são as hipóteses de dispensa? 
1. Ausência de decisão do INSS por prazo razoável. 
2. Ações em Juizados Itinerantes (localidades sem agência da previdência social) 
3. Negativa comprovada de protocolo do pedido administrativo 
4. Tese jurídica notadamente rejeitada. 
5. Revisionais 
6. Contestação de mérito pelo INSS 
 
AUSÊNCIA DE DECISÃO DO INSS 
O que se considera prazo razoável? Conforme o art. 41 – A, § 5º, da LBPS, considera-se 
como prazo razoável 45 dias. Contudo, o STF já entendeu que o prazo pode chegar a 60 
ou 90 dias. 
 
Quais as soluções caso tenha passado esse prazo razoável? Ingressar com ação 
judicial comprovando que o prazo ultrapassou e não houve resposta OU impetrar 
Mandado de Segurança (o MS não analisa se o cliente tem direito ou não ao pedido, 
mas serve para obrigar o INSS a dar uma resposta ao segurado, seja deferindo ou 
indeferimento o pedido). 
Dica: Se você acredita que o INSS poderá deferir o seu pedido ainda na esfera 
administrativa, cabe impetrar MS. Contudo, se você acredita que seu pedido será 
Material elaborado por @_marianapinheiro 
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indeferido pelo INSS, o ideal é já entrar com ação judicia após o esgotamento do “prazo 
razoável”. Portanto, deve ser analisado cada caso. 
 
AÇÕES EM JUIZADOS ITINERANTES (LOCALIDADES SEM AGÊNCIA DA 
PREVIDÊNCIA SOCIAL) 
Enunciado nº. 80 do FONAJEF: Em juizados itinerantes, pode ser flexibilizada a 
exigência de prévio requerimento administrativo, consideradas as peculiaridades da 
região atendida. 
 
NEGATIVA COMPROVADA DE PROTOCOLO DO PEDIDO ADMINISTRATIVO 
Enunciado nº.79 do FONAJEF: A comprovação de denúncia da negativa de protocolo 
de pedido de concessão de benefício, feita perante a ouvidoria da Previdência Social, 
supre a exigência de comprovação de prévio requerimento administrativo nas ações de 
benefícios da seguridade social. 
 
Atenção: Pode acontecer da Agência do INSS negar-se a atender o seu cliente. Se houver 
essa negativa no atendimento, deve ser feita uma reclamação na ouvidoria da 
Previdência social, pois essa reclamação deverá ser anexada no processo, junto com o 
protocolo do agendamento realizado (orienta-se que faça o agendamento online e não 
pelo número 135, para que seja gerado o protocolo) 
 
TESE JURÍDICA NOTADAMENTE REJEITADA. 
Há algumas teses que não estão na lei, mas que estão se fortalecendo 
jurisprudencialmente. Se não há disposição legal, o INSS não irá deferir o pedido. Logo, 
nestes casos, é possível ajuizar ação diretamente, haja vista a ausência de dispositivo 
legal que impede o deferimento pelo INSS. 
 
REVISIONAIS 
Enunciado nº. 78 do FONAJEF: O ajuizamento da ação revisional de benefício da 
seguridade social que não envolva matéria de fato dispensa o prévio requerimento 
administrativo. 
 
 
 
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(anotações e resumo do curso de Direito Previdenciário na Prática – Brasil Jurídico) 
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CONTESTAÇÃO DE MÉRITO PELO INSS 
Ocorre quando é pedido judicialmente um benefício (antes de requerer 
administrativamente) e o INSS, ao contestar a ação, abre um tópico contestação o mérito. 
Neste caso, essa contestação do mérito já servirá como indeferimento do pedido 
administrativo. 
 
PEDIDO DE PRORROGAÇÃO APÓS ALTA PROGRAMADA 
Quando houver alta programada, não é necessário realizar um novo pedido 
administrativo ou prorrogação, podendo já ajuizar ação judicial. 
 
REAFIRMAÇÃO JUDICIAL DA DATA DE ENTRADA NO REQUERIMENTO 
O que é DER? Data de entrada no requerimento. Ou seja, é a data na qual o benefício 
foi solicitado ao INSS. 
 
Tema 995 do STJ. É possível a reafirmação da DER (Data de Entrada do Requerimento) 
para o momentoem que implementados os requisitos para a concessão do benefício, 
mesmo que isso se dê no interstício entre o ajuizamento da ação e a entrega da 
prestação jurisdicional nas instâncias ordinárias, nos termos dos arts. 493 e 933 do 
CPC/2015, observada a causa de pedir. (acórdão do julgamento referente ao Tema 995 
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) publicado no dia 02 de dezembro de 2019) 
 
PEDIDOS NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRAS 
No direito previdenciário, há uma mitigação do princípio da adstrição, podendo o juiz 
conceder ao autor benefício diverso do que foi solicitado. 
 
Informativo 522 do STJ DIREITO PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. CONCESSÃO 
DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DIVERSO DO REQUERIDO NA INICIAL. O juiz pode 
conceder ao autor benefício previdenciário diverso do requerido na inicial, desde que 
preenchidos os requisitos legais atinentes ao benefício concedido. Isso porque, tratando-
se de matéria previdenciária, deve-se proceder, de forma menos rígida, à análise do 
pedido. Assim, nesse contexto, a decisão proferida não pode ser considerada como extra 
petita ou ultra petita. AgRg no REsp 1.367.825-RS, Rel. Min. Humberto Martins, julgado 
em 18/4/2013.  Enunciado 143 Fonajef Não importa em julgamento “extra petita” a 
Material elaborado por @_marianapinheiro 
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concessão de benefício previdenciário por incapacidade diverso daquele requerido na 
inicial inclusive o auxílio-acidente. 
 
COMO CALCULAR O VALOR DA CAUSA? 
Importância de saber calcular o valor da causa: definição de competência entre JEF e 
Vara Federal. 
Competência JEF até 60 salários-mínimos. 
Se o valor da causa é acima de 60 salários-mínimos, você pode renunciá-lo, porém, essa 
renúncia deve ser expressa e só pode ser sobre parcelas vencidas e não sobre parcelas 
vincendas (na procuração, deve ter poderes para renunciar). 
Renúncia expressa – Súmula 17, TNU, “não há renúncia tácita no Juizado Especial 
Federal, para fins de competência” 
 
PEDIDOS DA AÇÃO: 
1. Parcelas vencidas: Valor da causa será o total das parcelas não prescritas. 
2. Parcelas vincendas: Valor da causa será uma anuidade do benefício (multiplicar 
por 12 prestações). Se for revisional, deve pegar a diferença do valor que está 
pedindo e multiplicar por 12. 
3. Parcelas vencidas e vincendas: Valor da causa será o total das parcelas não 
prescritas + uma anuidade do benefício. 
 
Valor da causa no litisconsórcio ativo: Dividir pelo número de autores.

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