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A Importância dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil

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A Importância dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil
Adamski, Benvinda Jorge
RU:1572515
Orientadora: 	Frezarin, Maria Silvana 
RESUMO
Este trabalho vem abordar a ludicidade na Educação Infantil, cujo objetivo foi o brincar no processo de desenvolvimento da criança, visando à construção do conhecimento através de brincadeiras, jogos e brinquedos. Conceituar os principais termos utilizados para designar o ato de brincar, tornando-se também fundamental compreender o universo lúdico, onde a criança comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente, e ainda, os benefícios que o brincar proporciona no ensino-aprendizagem infantil. Ressaltando que este estudo traz algumas considerações sobre os jogos, brincadeiras e brinquedos e como influenciam na socialização das crianças. No entanto, é indispensável ressalta-se que é preciso entendimento sobre o direcionamento de tais atividades. É o professor quem deve conduzir o aluno e as atividades a serem realizadas. O lúdico permite novas maneiras de ensinar, associado a fatores como: capacitação dos profissionais envolvidos, infraestrutura, pode-se obter uma educação de qualidade, capaz de ir ao encontro dos interesses essenciais à criança, pois as atividades lúdicas não são somatórias, mas sim fazem parte do processo de aprendizagem. Sobretudo a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica. Portanto, para realizar este trabalho, foi utilizado a pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites, bem como pesquisa de grandes autores referente a este tema. Desta forma, este estudo proporcionará uma leitura mais consciente acerca da importância do brincar na vida do ser humano, e, em especial na vida da criança.
Palavras-chave: Brincadeiras. Jogos. Ludicidade. Ensino. Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Este presente trabalho tem como objetivo discutir sobre a importância do brincar no desenvolvimento da criança principalmente na Educação Infantil, visando a ludicidade como o caminho para aprendizagem e a construção do conhecimento através de brincadeiras, jogos e brinquedos.
Para compreendermos melhor vale-se ressaltar o contexto histórico da educação infantil num contexto mais amplo a diferença entre a infância no passado é diferente da de hoje, desde quando a criança deixou de ser vista como um adulto em miniatura e a creche deixou de ser um deposito de crianças ou onde as crianças ficavam para serem cuidadas enquanto suas mães trabalhavam.
O brincar na Educação Infantil, é uma importante forma de comunicação é por meio desse ato que a criança reproduz seu cotidiano. O brincar possibilita a aprendizagem da criança, onde visa a construção da reflexão, a autonomia, criatividade, a sociabilidade, interação em grupos.
Consequentemente para definirmos a brincadeira infantil, ressaltamos que de suma importância o brincar para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo. Por isso, é necessário conscientizar os pais, educadores e a sociedade em geral da importância doa ludicidade que deve ser vivenciada na infância. O brincar faz parte de uma aprendizagem prazerosa não sendo somente lazer, mas sim, um ato de aprender brincando.
 Neste contexto, o brincar na educação infantil faz a criança estabelecer regras. Formadas por si e em grupo, assim contribuindo na interação como indivíduo na sociedade. Consequentemente, a criança estará resolvendo conflitos e hipóteses do conhecimento, ao mesmo tempo desenvolvendo capacidade compreendendo o ponto de vista diferentes, onde faz-se compreender e de expor sua opinião em relação ao outro.
É muito importante observar e incentivar a capacidade criadora da criança, é onde ela reconstituiu sua forma de ver o mundo em sua volta, na perspectiva e lógica infantil.
 	Também por meio do brinquedo a criança constrói seu universo, explorando-o e trazendo para a sua realidade situações inusitadas do seu mundo imaginário. O ato de brincar viabiliza o desenvolvimento, não somente como instrumento didático promovendo o aprendizado, os jogos, brincadeiras e brinquedos influenciam em áreas do desenvolvimento da criança como: motricidade, inteligência, sociabilidade, afetividade e criatividade. Desta forma, o brinquedo auxilia a criança em seu potencial criativo.
Sendo assim, o estudo tem como subsídio pesquisas biobibliográficas e em sites confiáveis da internet, onde dispõe-se alcançar os objetivos almejados, e revisando a língua portuguesa de uma forma crítica, além disso visando superar o preconceito linguístico sem desprezar a norma culta. A pesquisa está organizada em identificação, resumo, introdução, fundamentação teórica, metodologia, considerações finais e referências. 
CONCEPÇÃO DE CRIANÇA AO LONGO DO TEMPO
(BREVE HISTÓRICO)
	Para compreendermos a importância do brincar na educação infantil, devemos voltar ao longo da história, observando como a infância foi sendo construída historicamente, perpassando pelo adulto em miniatura até chegar na criança dos dias atuais.
	Um exemplo, seria na Roma Antiga onde o nascimento de uma criança era marcado não apenas como algo biológico, mas como um fato de aceitação. Pois, logo após o nascimento o bebê era examinado e dado ao seu pai, que poderia aceita-lo ou não. Nesse período, o aborto, abandono e a morte de crianças eram coisas normais. 
	Durante muito tempo, a criança era vista como um adulto em miniatura que não necessitava de um cuidado diferente, pois logo cedo elas eram obrigadas a trabalhar para ajudar no sustento da família, e a “infância” era substituída pela vida adulta. 
A concepção de infância, se deu apenas a partir do século XVIII, foi somente nesse momento que a criança passou a ser vista como um ser “diferente” tendo suas necessidades próprias, pensamentos e que precisa de seu próprio espaço. Nos anos 90, ocorreu uma ampliação sobre a concepção de infância/criança. Pois, ela começou a ser vista como um ser sócio histórico, que aprende pelas interações no seu entorno social.
No Brasil, a educação infantil era baseada no assistencialismo para pessoas de baixa renda, e no educar para as famílias com melhores condições de vida. Desse modo, a creche era um local onde as mães deixavam seus filhos para irem trabalhar, evitando o abandono, desnutrição, mortalidade infantil entre outros. Para Oliveira (2000, p. 21)
Enquanto os filhos das camadas dominantes eram considerados necessitados de “atendimento estimulador para seu desenvolvimento afetivo e cognitivo, às crianças mais pobres era proposto cuidado voltado para a satisfação de necessidades de guarda, higiene e alimentação.
Foi a partir da Constituição Brasileira (1988), que o atendimento em creches e pré-escolas se tornou obrigatório a crianças de 0 a 06 anos de idade. Coube a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB- 9.394/96), a passagem do assistencialismo para um caráter educacional, onde se começa a repensar na Educação Infantil valorizando seu processo de desenvolvimento, integração e socialização da aprendizagem.
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade. Criou uma obrigação gratuita para todo o sistema educacional, que teve que se equipar para dar respostas a esta nova responsabilidade, a qual foi confirmada pela LDB (BRASIL, 1996). A educação infantil, ao longo do processo de mudança social e da política 
FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
	A educação infantil, é a etapa mais importante da vida, pois é nela que a criança desenvolve suas relações sociais, interações e comunicações. Para isso ser possível, usasse a tríade cuidar/educar/brincar que são os pilares do processo de desenvolvimento e aprendizagem. Moreno (2007), destaca:
O trabalho pedagógico na educação infantil deve respeitar a criança quanto aos seus direitos e especificidades, isto é sua essência lúdica; suaconstante curiosidade; seu desenvolvimento físico. Cognitivo. Afetivo e social; sua dependência e / ou necessidade de ajuda no cuidado com seu corpo, com sua alimentação, seus pertences etc. A partir desses objetivos e conceitos nos quais a educação infantil se inclui é que a denomina como uma das faixas etárias de maior importância, hoje, já que a criança necessita ser educada com princípios éticos e sociais, sobretudo por ser considerada cidadã. (2007, p. 57) 
LUDICIADADE NO ENSINO APRENDIZAGEM
	O brincar sempre esteve presente na vida de qualquer criança, como uma forma de fuga da realidade. Houve, uma ruptura desse pensamento quando muitos teóricos começaram a perceber a importância da brincadeira no processo de aprendizagem. Pois, a criança acaba sendo estimulada sem perceber, e vai se desenvolvendo e construindo seu próprio conhecimento. Segundo Oliveira (2002),
A brincadeira infantil beneficia-se de suportes externos para sua realização: rituais interativos, objetos e brinquedos, organizados ou não em cenários (casa de bonecas, hospital, etc.), que contém não só temas, mas também regras. Em virtude disso, o professor pode organizar áreas para desenvolvimento de atividades diversificadas que possibilitem às crianças estruturar certos jogos de papéis em atividades específicas. (OLIVEIRA, 2002, p.231).
	As atividades lúdicas podem ser aplicadas em diversas faixas etárias, podendo sofrer alterações no seu procedimento de aplicação e no administrar suas estratégias de ensino, de acordo com a inevitabilidade especifica de cada idade.
O ato de brincar está relacionado diretamente no desenvolvimento, pois durante a brincadeira a criança aprende de forma criativa e interativa, ela consegue criar situações problemas durante uma brincadeira e tentar encontrar formas de resolvê-lo. Por esse motivo, precisa dar espaço e tempo para a criança. Umas das primeiras brincadeiras é o famoso faz-de-conta, onde elas se espelham em adultos próximos como pai, mãe, tio, professor etc. 
	Através do faz-de-conta, a criança desenvolve várias linguagens, enriquece sua identidade, aprende a “agir” através de um personagem, aprendem regras de convivência, socialização. Essa fase, é de suma importância, pois quando a criança brinca ela a acaba criando uma capacidade de lidar com a realidade, a partir de situações criadas/colocadas durante a brincadeira, o que acaba contribuindo para o desenvolvimento infantil. Segundo Macedo (2008)
No faz-de-conta, a criança realiza um esforço de tradução. Ela não é velha, mas representa esse papel no jogo simbólico. Também não é um bicho, mas pode imitá-lo. Esse fingimento aumenta o repertório das diversas linguagens, como o desenho, a fala, a música e a dança.
	Mediante ao mundo de faz-de-conta, a criança brinca e expressa suas fantasias, desejos e experiências, pois é através dele que ela pode “destruir” o que incomoda. Dessa forma, é permitido errar e tentar novamente, sem críticas destruidoras, para promover e favorecer sua personalidade. O brincar é uma das coisas mais importantes para a criança, sem o brincar a criança pode ficar infeliz, desajustada. 
A brincadeira na escola, promove aspectos que serão imprescindíveis para o desenvolvimento biopsicossocial, sendo de grande relevância para uma formação completa. Para Wajskop (2007):
 A criança desenvolve-se pela experiência social nas interações que estabelece, desde cedo, com a experiência sócio-histórica dos adultos e do mundo por eles criado. Dessa forma, a brincadeira é uma atividade humana na qual as crianças são introduzidas constituindo-se um modo de assimilar e recriar a experiência sóciocultural dos alunos. (2007, p. 25)
	Os jogos e brincadeiras tem função socializadora e integradora, nossa sociedade moderna cada vez menos os pais tem tempo de ficarem juntos e brincar com seus filhos, e as crianças tem menos espaço para brincar. A escola acaba sendo o local onde as crianças tem espaço para brincar, os professores têm missão de resgatar as brincadeiras populares e jogos, pois essas atividades beneficiam o aprendizado. 
De acordo com Almeida (2005):
 A brincadeira se caracteriza por alguma estruturação e pela utilização de regras. A brincadeira é uma atividade que pode ser tanto coletiva quanto individual. Na brincadeira a existência das regras não limita a ação lúdica, a criança pode modificá-la, ausentar-se quando desejar, incluir novos membros, modificar as próprias regras, enfim existe maior liberdade de ação para as crianças. (2005, p. 5)
Durante o processo de ensino aprendizagem, os jogos e brincadeiras tem uma grande importância, sendo elas no desenvolvimento pessoal, social e cultural, dando suporte para a socialização, comunicação, construção do conhecimento, estimulando a criticidade de criança. O brinquedo tem a função de enriquecer as atividades lúdicas, pois ele possibilita a aquisição de novos conceitos, refere-se Cunha
O brinquedo e as brincadeiras são excelentes oportunidades para nutrir a linguagem da criança. O contato com diferentes situações estimula também a linguagem interna e o aumento do vocabulário. O entusiasmo da brincadeira faz com que a linguagem verbal se torne mais fluente e haja maior interesse pelo conhecimento de palavras novas. A variedade de situações que o brinquedo possibilita pode favorecer a aquisição de novos conceitos. A participação de um adulto, ou criança mais velha, pode enriquecer o processo; a criança faz experiências descobrindo as leis da natureza, o adulto introduz novos conceitos por ela vivenciados, complementando assim, a sua integração. (2000, p. 35)
	O brinquedo não é apenas um passatempo, mas é a partir dele que a criança desenvolve sua autoestima, imaginação, confiança, cooperação, curiosidade. Pois ao brincar ela descobre um novo mundo, onde pode ser “livre” para ser/ fazer o que quiser. Segundo Cunha: 
No brincar existe necessariamente participação e engajamento, o brinquedo é certamente uma forma de desenvolver a capacidade de engajar-se, de manter-se ativo e participante. A criança que brinca bastante será um adulto trabalhador. A criança que sempre participou de jogos e brincadeiras grupais saberá trabalhar em grupo; por ter aprendido a aceitar as regras do jogo, saberá também respeitar as normas grupais e sociais. É brincando bastante que a criança vai aprender a ser um adulto consciente, capaz de participar e engajar-se na vida de sua comunidade. O brinquedo é o trabalho da criança. (...). Se a criança brinca, acostuma-se a ter seu tempo livre criativamente utilizado. (2000, p. 40)
	O primeiro brinquedo da vida da criança é seu próprio corpo, pois ela explora no decorrer dos primeiros meses de vida, em seguida passa a explorar objetos que despertam sua curiosidade. Uma das habilidades que a criança desenvolve é a verbal, por exemplo, quando ela brinca com uma boneca e conversa com a mesma como se tivesse vida, ou seja, ela usa um tipo de linguagem natural ao brincar, mas também cria sua própria maneira de comunicação. Vygotsky (1991) afirma
No brinquedo, espontaneamente a criança usa sua capacidade de separar significado de objeto sem saber o que esta fazendo, da mesma forma que ela não sabe estar falando em prosa e, no entanto fala, sem prestar atenção às palavras. Dessa forma, através do brinquedo, a criança atinge uma direção funcional de conceitos e objetos, e as palavras passam a se tornar parte de algo concreto. (1991, p. 32)
JOGOS E SUA IMPORTÂNCIA NA APRENDIZAGEM INFANTIL
 O jogo é uma ponte entre a infância e a vida adulta, pois possibilita a criança o desenvolvimento físico, intelectual e social. Cada jogo, tem suas próprias regras onde determinam o que pode ou não dentro desse “mundo”, o que irá auxiliar no processo de integração das mesmas. 
Categorias ou Classificação / Características
· Jogos Solitários: A criança brinca sozinha, escolhe seus equipamentos e/ou brinquedos de acordo com critérios de utilização que lhes são próprios
· Jogos Paralelos: representam o conjunto de jogos em que a criança brinca com os mesmos brinquedos semelhantesaos que outras brincam a sua volta, sem, contudo, interagir 
· Jogos Cooperativos: representam o conjunto de jogos em que a criança interage com outras, trocando ideias e/ou estabelecendo novos critérios de utilização dos brinquedos, ou simplesmente realizando a mesma atividade.
Os jogos representam recursos didáticos, de grande relevância na aprendizagem infantil, pois brincando a criança aprende melhor e todos os conteúdos podem ser ensinados através de brincadeiras e jogos. Segundo Piaget (1971, p. 57): “Os jogos não são apenas uma forma de entretenimento para gastar energias das crianças, mais meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.
Para a educação infantil, o jogo torna-se fundamental para o desenvolvimento. O jogo educativo é um recurso didático, pois traz conteúdos escolares e habilidades a serem desenvolvidas através da ludicidade, formando um elo entre a criança e o jogo permitindo a aprendizagem e a diversão. Por isso afirma Kishimoto (2006). 
As crianças ficam mais motivadas ao usar a inteligência, pois querem jogar bem; sendo assim, esforçam-se para superar obstáculos, tanto cognitivos, quanto emocionais. Estando mais motivadas durante o jogo, ficam também mais ativas mentalmente. (2006, p.96)
Cada jogo é destinado a uma faixa-etária, pois cada um tem uma função diferente no desenvolvimento da criança. Consequentemente, ele auxilia na preparação para a vida adulta, pois ao interagir com o outro, as crianças envolvidas tendem a respeitar regras, promover a socialização, o cooperativismo, com o ato livre e a escolha de jogar, com isto, a criança sentirá o prazer e a motivação de brincar de maneira mais lúdica, aprenderá a refletir, a questionar, a falar e analisar o mundo a sua volta.
BRINCADEIRA E SUA IMPORTÂNCIA NA APRENDIZAGEM INFANTIL
	As brincadeiras são importantes para o desenvolvimento, elas têm como benefício imediato tanto no psicomotor, noções temporais, habilidades entre outros. Na perspectiva histórica, ela é uma atividade comum na qual a criança cria/recria a realidade.
	O ato de brincar é a ocupação mais importante da criança, é possível através do brincar perceber como ela está se sentindo e evidenciar seu caráter e personalidade. Afirma Barros:
Brincando com bonecas que representam pessoas de sua casa - papai, mamãe, etc. - crianças demonstram o que sentem em relação a cada uma delas. Além disso, dão vazão a certos impulsos que são forçados a recalcar na vida real: agressividade para com os pais e para com o irmãozinho, ou uma grande afeição para com uma pessoa da família. (1991, p. 42)
Quando uma criança brinca, podemos observar e perceber a forma espontânea como ela se expressa, cria e inventa histórias. Outro aspecto, é a satisfação da brincadeira livremente, por muitas vezes o adulto impede que a criança brinque despreocupadamente, o que acaba impedindo que ela desenvolva suas habilidades, que podem ser vistas durante a mesma facilitando o crescimento corporal, força, resistência, coordenação. 
Através das brincadeiras a criança alivia suas tensões, assimila a realidade e descarrega energias. Também, consegue-se por meio delas adquirir conhecimentos, crenças e valores que são transmitidos de uma geração para a outra. Segundo Rizzi e Haydt (1987): 
Sendo parte integrante da vida em geral, a atividade lúdica tem uma função vital para o indivíduo, não só para a distração e descarga de energia, mas principalmente como forma de assimilação da realidade, além de ser culturalmente útil para a sociedade como expressão de idéias comunitárias. (1987, p. 40)
	Por meio da atividade lúdica, a criança consegue fazer pequenos papéis que podem a vir desempenhar quando adulto. Elas são importantes, pois assentam os pilares da personalidade, já para a sociedade é condicionado pelo ajustamento dos membros capazes de serem ajudados pelas atividades lúdicas. Desse modo, mesmo quando chega a idade adulta, o lúdico não desaparece, pois ele se apresenta de formas especificas, enquanto houver vida sempre existirá brincadeiras. De acordo com Rizzi e Haydt (1987):
 O lúdico significa a construção criativa da vida enquanto ele é vivido. É um fazer o caminho enquanto se caminha; nem se espera que ele esteja pronto, nem se considera que ele ficou pronto; este cainho criativo foi feito (esta sendo feito) com vida no seu ir e vir, no seu avançar e recuar. O lúdico é a vida se construindo no seu movimento. (1987, p. 40)
	A avaliação lúdica, é um recurso que possibilita observar como a criança inicia o processo de adaptação a realidade. Durante as aulas, pode ser um recurso para a aprendizagem, através de brincadeiras voltadas ao interesse do aluno. O lúdico tem a função de educar e ajudar o aluno a enfrentar as dificuldades, pois educando prepare-se para a vida.
	O professor deve considerar o jogo e a brincadeira como importante, pois através deles que acontece o desenvolvimento da criança. Sendo assim, o professor deve ser o mediador, onde deve levantar hipóteses, explorações que levam o educando a resolver as situações. 
	O professor mediador é alguém que auxilia as crianças na criação de um espaço, onde os alunos possam explorar, criar experiências. Dessa maneira, ele tem o papel fundamental, levando problemas e investigações ao nível do aluno, levando em conta a construção pessoal de cada um, pois cada um tem seu modo de chegar ao conhecimento, mas lembrando de oferecer um certo nível de dificuldade, com modo de desafiar seus alunos. 
Um professor que não sabe e/ou não gosta de brincar dificilmente desenvolverá a capacidade lúdica dos seus alunos. Ele parte do princípio de que brincar é bobagem, perda de tempo. Assim, antes de lidar com a ludicidade do aluno, é preciso que o professor desenvolva a sua própria. A capacidade lúdica do professor é um processo que precisa ser pacientemente trabalhado. O professor que, não gostando de brincar, esforça-se por fazê-lo, normalmente assume postura artificial. Facilmente identificada pelos alunos. A atividade proposta não anda.. Em decorrência, muitas vezes os professores deduzem que brincar é uma bobagem mesmo, e que nunca deveriam ter dado essa atividade em sala de aula. A saída desse processo é um trabalho mais consistente e coerente do professor no desenvolvimento de sua atividade lúdica [...] (KISHIMOTO, 2000, p.122).
BENEFÍCIO DO LÚDICO
	A ludicidade traz inúmeros benéficos para a criança, sendo eles:
· Físico: são a base fundamental dos exercícios físicos.
· Intelectual: produzem uma excitação mental, pois a criança se mostra através das brincadeiras. 
· Social: o lúdico representa situações que podem ser realidades. 
· Didático: transformam aulas e conteúdos em atividades interessantes.
2.0- METODOLOGIA 
Esse trabalho, foi realizado a partir de pesquisas na internet e em livros. Fazendo o levantamento de dados respectivo ao tema, que foi essencial para a verificação da importância da Ludicidade na Educação Infantil, como o Brincar, a Brincadeira e o Brinquedo que fazem parte do aprendizado. A pesquisa bibliográfica é ampliada através de livros e artigos científicos, já existentes. Esses estudos tem um gama, ampliada para análise do conteúdo, permitindo assim ser explorado um vasto campo de conhecimento. Segundo Antônio Carlos Gil “A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. A internet, foi utilizada para pesquisas em sites, artigos acadêmicos e slides, também foi utilizado alguns autores que foram de suma importância para a fundamentação desse trabalho, como Oliveira, Macedo, Wajskop, Moreno, que são alguns dos principais pesquisadores desse assunto. Concluindo a pesquisa, ressaltando que, o brincar na Educação Infantil é de suma importância para o aprendizado, e através das brincadeiras de faz de conta estão se relacionando com seu mundo imaginário e criando uma perspectiva do mundo real, desenvolvendo cognitivo, afetivo, emocional. O jogo com regras é de grande importânciana educação infantil, porque é brincando que aprendem, os jogos impõem suas regras e assim as crianças irão se adaptando com as regras do cotidiano.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	No decorrer do trabalho, ressaltamos a importância do brincar-lúdico que está presente no cotidiano infantil, à estimulação através de movimentos é essencial e fundamental para o desenvolvimento da criança desde seu nascimento. Assim a possibilidade de compreender a importância da ludicidade na Educação Infantil no processo de ensino aprendizagem, buscando desmistificar que o ato do brincar na Educação Infantil é somente passa tempo, onde futuramente desencadeara uma qualidade geral muito importante para a sua estruturação e conhecimento de mundo. 
Assim sendo, para melhor entendimento do conceito de criança, voltamos a compreensão no decorrer da história sobre a concepção de criança, onde a criança passa de adulto em miniatura até nos dias atuais. A criança era vista como adulto em miniatura sem identidade pessoal, não tinham lazer, brincadeira como crianças, consequentemente passavam para a vida adulta.
Ressaltando também um pouco da concepção de creche, onde surgiu para dar subsídios para as mães enquanto trabalhavam, onde deixavam para serem cuidadas, modelo de assistencialismo, exclusivamente para famílias de baixa renda. No decorrer dos tempos começou a mudar essa visão, só a partir da Constituição Brasileira (1988), que o atendimento em creches e pré-escolas se tornou obrigatório a crianças de 0 a 06 anos de idade, a passagem do assistencialismo para um caráter educacional. Pode-se perceber, como foi lento o processo de reconhecimento da educação infantil como parte da educação básica (primeira etapa da educação.
 	No âmbito escolar atual é onde se dá subsídios e para o “desencanto” ou melhor motivação, para que assim haja um resgate no interesse em aprender, onde o aprender se dá por meio da ludicidade, brincadeiras, jogos, músicas infantis com números, alfabeto, vogais, histórias e consequentemente desenvolvem suas habilidades, intelectuais, emocionais, socialização, interação, regras através de jogos.
Sendo assim, a brincadeira, o jogo e o movimento (natural ou estimulado), envolvendo o lúdico em si, são fatores fundamentais em qualquer escola, seja infantil, fundamental e até mesmo de ensino médio, uma vez que contribuem para a educação geral e formação do educando. É através do lúdico que as crianças aprendem a lidar com seus constrangimentos, se adaptando a novas dimensões de mundo reagrupando suas ideias e formando sua personalidade. Ressaltando, que na infância o período da aprendizagem se faz indispensável e necessária as condutas futuras exigidas na vida adulta.
 	Educar com brincadeiras lúdicas com crianças da pré-escola desenvolve inúmeras funções cognitivas e sociais, através dela as crianças educam o autodomínio, as atitudes, à vontade e os valores, já que possa possibilitar a assimilação de regras, facilitando assim sua convivência no grupo. Devemos destacar a importância do lúdico na educação infantil, é por meio da atividade lúdica (jogos, brincadeiras), que a criança interage consigo mesmo e com o outrem, constrói normas para si e para outro, onde a criança cria e recria o mundo em sua volta, devendo salientar o papel integrador da ludicidade para o desenvolvimento global do sujeito, ou seja, o ato de brincar não beneficia somente as aprendizagens motrizes, mas, contudo, potencializa de forma agressiva em relação com os outros. Por meio da ludicidade, as crianças assimilam a linguagem da comunicação e as diferentes formas de estabelecê-la. 
Brincando a criança vive diferentes situações que envolvem sentimentos, atitudes e comportamentos, ao brincar não se aprendem somente conteúdos escolares; aprende-se algo sobre a vida e a constante peleja que nela travamos, ajudando-os encontrar um sentido para sua vida, dentro de um mundo de imaginação.
Contudo, inserir o lúdico no processo educacional é fundamental, sendo o resultado algo muito nítido, a criança aprende alegremente e fixa o conteúdo com mais facilidade, uma vez que os jogos, as brincadeiras podem ser consideradas poderosos veículos de aprendizagem e por outro lado a criança se torna mais afetuosa adquirindo assim o espírito de equipe solidário juntamente com a necessidade de vencer os objetivos.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nenes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Loyola, 2005.
BARROS, Célia Silva. Pontos de Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Ed. Ática, 1991.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da educação. N° 9394 de dezembro de 1996. 
CUNHA, Nylse Helena. Brinquedoteca: Um Mergulho no Brincar. São Paulo: Ed. Maltese, 2000.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida et al. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 2000.
KISHIMOTO, Tisuko Morchida. Froebele a concepção de jogo infantil. In: KISHIMOTO, Tisuco Morchida (Org.) O brincar e suas teorias. São Paulo: Ed. Pioneira & Ed. Thomson Learning, 2006.
MACEDO, L. O que não pode faltar na pré-escola. Revista Nova Escola.: Abril, ed.217, Nov. 2008.
MORENO, Gilmara Lupion. Organização do trabalho pedagógico na instituição de educação infantil. In: PASCHOAL, Jaqueline Delgado (Org.). Trabalho pedagógico na educação infantil. Londrina: Ed. Humanidades, 2007. 
OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de Oliveira. Educação Infantil Métodos. São Paulo, 2002.
PIAGET, J. A. A formação do símbolo na criança. Tradução de A. Cabral e C.M. Noticia. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 1971.
RIZZI, Leonor & HAYDT, Regina Célia. Atividades Lúdicas na Educação da Criança. São Paulo: Ed. Ática, 1987.
VYGOSTKY. In: GARCIA, Regina Leite. Revistando a Pré Escola. São Paulo: Ed. Cortez, 1991.
WAJSKOP, Gisela. Brincar na pré – escola. São Paulo: Ed. Cortez, 2007.

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