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Marciely Inaiara Silva dos Santos – Odontologia Cirurgia MANEJO DE DENTES IMPACTADOS → Os dentes que que são impactados com mais frequência são: 3º molares inferiores e superiores, seguidos dos caninos superiores e pré-molares inferiores; → O dente impactado é o que está impedido de erupcionar completamente em uma posição funcional normal; • Ocorre por: falta de espaço, obstrução por outro dente ou outra via anormal de erupção; • Pode ser impactado por: tecidos moles ou duros • Pode não estar erupcionado ou parcialmente erupcionado.. → As principais complicações associadas a cirurgia de 3º molares inclusos são: • Osteíte alveolar (alveolite fibrinolítica, alvéolo seco); • Lesão de nervos temporária ou permanente. UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE AÇÕES PENAIS EM ODONTOLOGIA: As lesões dos nervos frequentemente causam dor neuropática ou sensibilidade alterada, temporária ou permanente, na boca e ao redor dela, resultando em dificuldades significativas para o paciente comer, beber, falar, beijar, barbear-se, maquiar-se etc. → A prevenção de complicações deve ser levada em consideração e o paciente deve ser alertado do risco de lesão do nervo alveolar inferior; → Já nos casos de caninos e pré-molares impactados a alternativa quase sempre é o tracionamento ortodôntico; MANEJO DE TERCEIROS MOLARES INCLUSOS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS LOCAIS → Pericoronarite recorrente ou grave → Doença periodontal com bolsa de profundidade de 5mm ou mais, distal ao segundo molar → Cáries não restauráveis no terceiro molar → Reabsorção do terceiro molar ou dente adjacentes; → Cáries no segundo molar, de modo que a remoção do terceiro molar tornaria a restauração possível ou mais simples → Periodontite apical → Cistos ou tumores associados ao terceiro molar (ou dente adjacente) → Quando necessário, antes de cirurgia ortognática → Remoção de terceiro molar em um traço de fratura → Quando um terceiro molar pode ser considerado para transplante autógeno. CONTRAINDICAÇÕES PARA A REMOÇÃO DE TERCEIROS MOLARES → Germes em terceiros molares de pacientes jovens não sejam enucleados → Terceiros molares livres de doença, assintomáticos, totalmente recobertos por osso → Remoção rotineira de terceiros molares livres de doença, total ou parcialmente recobertos por tecidos moles, embora condições locais e clínicas específicas possam tornar adequada uma abordagem profilática → Pacientes cuja história médica ou cujas condições clínicas os exponham a risco inaceitável para sua doença. AVALIAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA DOS TERCEIROS MOLARES AVALIAÇÃO CLÍNICA • Analisar as condições do paciente, a região bucal e maxilofacial, os terceiros molares e os dentes adjacentes A impacção por si só não é uma indicação para a extração dentária, mas somente uma descrição da posição do dente. O profissional deve ponderar o risco de deixar o dente impactado em contraposição ao risco de dificuldades e desconforto associados à cirurgia. Marciely Inaiara Silva dos Santos – Odontologia AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA • Informações sobre a anatomia do dente impactado, a região e a relação das estruturas • Algumas radiografias periapicais realizadas em diferentes projeções são suficientes, ou podem ser complementadas por uma radiografia panorâmica quando mais de um terceiro molar necessitar de avaliação. • Se a radiografia sugerir relação das raízes com o nervo alveolar inferior, poderá ser utilizada a tomografia computadorizada com feixe cônico (TCFC); FATORES IMPORTANTES A SEREM OBSERVADOS PROFUNDIDADE DO PONTO DE ALAVANCA A profundidade e a posição desse ponto orientarão o nível de remoção óssea exigido para obter acesso ao ponto de alavanca ideal. Esse fator é o mais preditivo de complicações na cirurgia. CLASSIFICAÇÃO → Quanto à inclusão óssea • Inclusão óssea • Semi-incluso • Inclusão submucosa → Quanto a angulação - WINTER A diferença entre as orientações vertical, mesioangulada, horizontal e distoangulada pode afetar a abordagem cirúrgica, principalmente em relação às exigências para remoção do osso a fim de se obter acesso ao ponto de alavanca. • Impacção vertical: 40% de todos os terceiros molares inferiores impactados – geralmente a menor dificuldade quanto à remoção • Impacção mesioangulada: 45% – dificuldade moderada • Impacção horizontal: 10% – em geral, dificuldade intermediária • Distoangulada: 5% – maior dificuldade para extrair e frequentemente subestimada → Quanto a relação com a margem anterior da mandíbula – PEEL e GREGORY • Classe 1: O diâmetro mesio-distal do dente está completamente fora do ramo da mandíbula; • Classe 2: Metade do diâmetro mesio-distal do dente está anterior ao ramo da mandíbula; • Classe 3: O diâmetro mesio-distal está completamente dentro da margem do ramo da mandíbula; mais difícil de remover. → Quanto a relação ao plano oclusal – PEEL e GREGORY • Posição A: Mesmo nível do plano oclusal do 2º molar Marciely Inaiara Silva dos Santos – Odontologia • Posição B: Entre o plano oclusal e a linha amelocementária do 2º molar. • Posição C: Abaixo da linha amelocementária do 2º molar TAMANHO E CONDIÇÃO DA COROA → Se o dente estiver impactado e a coroa for larga, a secção desta será necessária para minimizar a remoção óssea, reduzindo, desse modo, a dor e a potencial tumefação para o paciente. → Se o terceiro molar estiver cariado ou muito restaurado, ou se sua polpa estiver sem vitalidade, o dente poderá tornar-se mais friável à elevação, dificultando sobremaneira a cirurgia. DISTÂNCIA ENTRE AS RAÍZES (RAÍZES DIVERGENTES) → Em casos de raízes muito divergentes a secção radicular está indicada; → Raízes múltiplas ou em forma de gancho também contribuem para dificultar a cirurgia e são observadas mais comumente em determinados grupos étnicos.; → A hipercementose ou a anquilose das raízes do terceiro molar também dificultam a cirurgia e devem ser identificadas na avaliação radiográfica; NÚMERO DE RAÍZES E MORFOLOGIA RADICULAR → Raízes em forma de gancho, anguladas ou curvadas podem representar um “desafio” para a remoção pelas técnicas de rotina; → Mesmo após seccionar a coroa e as raízes, se a morfologia radicular for complexa, as raízes frequentemente necessitarão de secção adicional, e muitas vezes será preciso ter paciência para identificar o “ponto ideal” no qual a raiz resistente cederá com a elevação.; ÁREA DE SUPERFÍCIE RADICULAR → É necessário fazer uma avaliação da área da superfície radicular relativa do dente a ser extraído e do dente adjacente; → Se o terceiro molar for multirradicular adjacente a um segundo molar com raízes cônicas, o dente adjacente será mais facilmente mobilizado durante a elevação do terceiro molar; → Se a área de superfície radicular do dente adjacente for significativamente menor do que aquela do dente a ser extraído, então a abordagem cirúrgica deverá ser adaptada de modo a evitar qualquer aplicação indevida de pressão próximo ao dente adjacente.; → Se o dente adjacente for subluxado, ele deve ser posicionado imediatamente e fazer uma sutura em 8 através da superfície oclusal para contê-lo. LARGURA DO GERME DENTAL → É considerado como não cístico caso o diâmetro seja inferior a 1 cm; → Uma área radiolúcida radiograficamente adjacente à coroa de um terceiro molar parcialmente erupcionado pode ser decorrente de um germe dental previamente aumentado de tamanho ou de uma infecção local crônica.. DOENÇAS ASSOCIADAS AOS TERCEIROS MOLARES → Lesões císticas são as doenças mais comumente relacionadas com os terceiros molares inferiores; → Se a lesão estiver associada à coroa do dente, o primeiro diagnóstico diferencial deverá ser cisto dentígero seguido por tumor odontogênicoceratocístico ou ameloblastoma; → A remoção cirúrgica de terceiros molares em associação a doenças pode ser facilitada. Contudo, o cirurgião deve assegurar-se de que a lesão foi diagnosticada corretamente e que seja tratada de maneira adequada; Marciely Inaiara Silva dos Santos – Odontologia CONDIÇÕES PERIODONTAIS → Se o dente adjacente ao terceiro molar estiver cariado ou muito restaurado, poderá tornar-se mais friável e com maior risco de lesão à elevação do terceiro molar, acarretando dificuldade à cirurgia; → É importante que o paciente seja alertado antes da cirurgia sobre o possível dano ao segundo molar adjacente durante o procedimento. PROXIMIDADE DO CANAL ALVEOLAR INFERIOR E SEIO MAXILAR → Existem diversos sinais avaliados nas radiografias panorâmicas associados a risco aumentado de lesão do canal do NAI ou seio maxilar; MANDÍBULA ATRÓFICA OU RAÍZES MUITO LONGAS DO TERCEIRO MOLAR → Raízes extremamente longas ou mandíbula atrófica podem colocar o paciente sob risco mais elevado de fratura mandibular durante a remoção do terceiro molar inferior AVALIAÇÃO DO RISCO → As complicações mais importantes após a cirurgia são: alvéolo seco (alveolite fibrinolítica), infecção pós- operatória, lesão do nervo temporária ou permanente e perda óssea marginal do segundo molar. Os pacientes devem ser informados sobre esses riscos antes de autorizar a remoção. AVALIAÇÃO DA DIFICULDADE DE REMOÇÃO Em ordem de importância, os principais fatores que prolongam o período de duração da cirurgia do terceiro molar são: • Profundidade da impacção • Densidade do osso • Idade/etnia do paciente • Proximidade ao canal do NAI • Cirurgião. REMOÇÃO CIRÚRGICA RETALHOS CIRÚRGICOS → Terceiros molares impactados são extraídos primeiramente rebatendo um retalho vestibular triangular ou retalho em envelope para obter acesso ao dente; REMOÇÃO ÓSSEA → Na maxila, o osso suprajacente é delgado, e o osso maxilar é esponjoso e elástico, de modo que a extração geralmente é acompanhada por remoção de osso adicional. → No caso dos terceiros molares superiores, a remoção óssea é feita primariamente na face lateral do dente, abaixo da linha cervical, para expor a coroa; Não é necessária a utilização de brocas. Remove-se o osso com o descolador. → Em relação a dentes inferiores, remove-se osso nas faces oclusal e vestibular do dente impactado, além da linha cervical para baixo até as raízes do dente. ODONTOSECÇÃO → É um procedimento importante e diminui a duração da cirurgia; → Dependendo da profundidade do ponto de alavanca e da angulação, será necessário seccionar a coroa ou a raiz; Marciely Inaiara Silva dos Santos – Odontologia CORONECTOMIA → Também conhecida como remoção dentária parcial, odontectomia parcial ou retenção radicular intencional; → É uma técnica de remoção radicular parcial que deve ser considerada quando as radiografias forem sugestivas de relação muito próxima entre as raízes do terceiro molar inferior e o NAI, e quando existir alto risco de lesão do nervo, se houver remoção óssea demasiada; → Nesses casos, somente a coroa é removida, e a raiz é mantida em posição; → Nos anos posteriores a uma coronectomia, migração radicular pode ser observada em direção ao rebordo oclusal da mandíbula.; → Pode ser preciso fazer a remoção radicular posterior, mas somente em 2 a 6% dos casos., quando elas erupcionam e tornam-se infectadas MANEJO DOS PRÉ-MOLARES E CANINOS IMPACTADOS → Depois dos terceiros molares, os caninos e os pré- molares são os mais comumente impactados; → Frequentemente podem ser guiados para erupcionar espontaneamente ou mediante tração ortodôntica. → Principalmente os pré-molares, também podem ser usado como autotransplantes para outras regiões. Mas, em geral a exodontia será realizada. → As avaliações clínica e radiográfica são importantes para determinar a localização do dente impactado e sua relação com as estruturas e os dentes adjacentes, bem como identificar achados patológicos potenciais na área. → Radiografias periapical, oclusal e panorâmica são mais comuns como primeira opção para identificar a localização do dente impactado e sua relação com os dentes adjacentes e as estruturas anatômicas relevantes; → A tomografia computadorizada também pode ser utilizada para avaliar a localização exata.. PLANO DE TRATAMENTO → O profissional deve avaliar se o dente incluso tem potencial para erupção espontânea; → Em primeiro lugar, o profissional deve avaliar se o dente incluso tem potencial para erupção espontânea. Isso pode ser revelado por desenvolvimento incompleto da raiz, com ápice aberto.; → A erupção guiada é efetuada alargando-se o espaço por tratamento ortodôntico ou com a ajuda da tração do dente impactado.; → Os fatores mais importantes para o êxito do manejo dos caninos superiores impactados são a angulação do dente em relação à linha mediana, a idade do paciente, a altura vertical e a posição vestibulopalatina. Esses fatores também podem afetar a duração do tratamento.; REMOÇÃO CIRÚRGICA → Utilização de retalho para a exposição da área; → Após a dissecção do retalho e a exposição do dente impactado, deve ser realizada remoção óssea para expor a parte coronária do dente; → Uma vez que tenha sido removido, inteiro ou em secções, o local cirúrgico pode ser fechado primeiramente com suturas. Fonte: Cirurgia bucomaxilofacial, POGREL.
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