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Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Hipotireoidismo Conceito Síndrome clínica ocasionada por síntese/secreção insuficiente ou ação inadequada dos hormônios tireoidianos nos tecidos, resultando em lentificação generalizada do metabolismo. Epidemiologia e Fatores de risco Idade > 65 anos; Sexo feminino (8:1); Histórico Familiar; Doenças autoimunes; Drogas (Amiodarona, glicocorticoides e lítio) e Dieta pobre em iodo. Etiologia Primário – falência tireoidiana > 95% casos: como, TIREOIDITE DE HASHIMOTO, pós-radioterapia (devido doenças de graves), pós-tireoidectomia, deficiência de iodo alimentar, fármacos (amiodarona e lítio), tireoidite pós-parto e doenças infiltrativas. Secundário – falência hipofisária (TSH): como por exemplo neoplasia de hipofise. Terciário – deficiência hipotalâmica (TRH), como neoplasia de hipotálamo. Hipotireoidismo congênito Hipotireoidismo subclínico; Tireoidite de Hashimoto: Doença autoimune Tem comprometimento da síntese hormonal que é decorrente da destruição apoptótica das células tireoidianas Assintomática nos primeiros meses ou anos Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Resulta na maioria dos casos em falência tireoidiana Laboratório: TSH elevado / T4 livre normal ou baixo / anti-TPO: presente/positivo. Hipotireoidismo central: Hipotireoidismo central adquirido pode se originar de qualquer processo neoplásico, inflamatório, infiltrativo, isquêmico ou traumático que comprometa a capacidade secretória da hipófise ou do hipotálamo. Causas mais comuns são lesões tumorais e o tratamento cirúrgico/radioterápico dessas lesões Síndrome de Sheehan (necrose hipofisária pós-parto) Enquanto o hipotireoidismo central congênito é decorrente defeitos congênitos na estimulação ou na síntese do TSH , ou na estrutura desse hormônio, representam raras causas de hipotireoidismo central congênito (HCC). São decorrentes de defeitos em vários genes; Fisiopatologia O acumulo de glicosaminoglicanos (substancia hidrofílica), sobretudo do ácido hialurônico nos tecidos intersticiais e o aumento da permeabilidade capilar à albumina são responsáveis pelo edema não depressível, o qual é particularmente evidente na pele e nos músculos cardíaco e estriado. O acumulo é ocasionado não pela síntese excessiva e sim devido a redução do metabolismo glicosaminoglicanos. Sinais: Letargia Pele fria Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Sinais e sintomas Pele Infiltrada Atraso na fase de relaxamento dos reflexos osteotendíneos Sintomas: Sudorese diminuída Rouquidão Pele Seca - A secreção das glândulas sudoríparas e das glândulas sebáceas torna-se reduzida, levando a secura e a rispidez da pele, e em casos extremos associar a ictiose; Ganho de Peso – devido retenção do liquido pelos depósitos de glicoproteínas hidrofílicas nos tecidos; Constipação Intestinal – devido atividade peristáltica reduzida e menor ingestão alimentar; Madarose; Menorragia - O hipotireoidismo afeta a conversão dos precursores de estrogênio em estrogênio, resultando em uma alteração da secreção de FSH e LH e ciclos anovulatórios e infertilidade. Doença arterial coronariana – devido aumento colesterol total e principalmente o LDL; Aumento da resistência periférica - contração ventricular deficiente bradicardia e aumento da resistência periférica, resultando em uma redução do débito cardíaco. Acuidade auditiva diminuída Mixedema grave - edema mucinoso responsável pela aparência grosseira e edemaciada que aparece em torno dos olhos, no dorso das mãos e dos pés e na fossa supraclavicular; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Diagnóstico Dosagem de TSH e T4 livre; T3 geralmente está normal; Hipotireoidismo primário: TSH aumentado T4 livre diminuído, sendo indicado L-Tiroxina; Hipotireoidismo central (secundário e terciário): TSH normal ou diminuído e T4 livre diminuído (faz RM da sela túrcica e depois trata); Hipotireoidismo subclínico: TSH aumentado e T4 livre normal (trata se tiver sintomático e TSH >10 em pc >65A) e pode ter anti-tpo positivo; Tireoidite de Hashimoto: TSH aumentado T4 livre normal ou diminuido e Anti-TPO positivo. Podem ter anemia normocítica e hipocrômica (normo/normo), devido ao HIPERMETABOLISMO; Macrocítica somente se tiver gastrite atrófica; ou Microcitica e hipocromica se tiver menorragia; TSH: Reposição de levotiroxina (L-tiroxina); Dose única diária; L-tiroxina tem meia-vida de cerca de 7 dias; Caso o paciente se esqueça de tomar a medicação um dia, poderá tomar no dia seguinte a dose em dobro; Tomar em jejum pela manhã; 1,6 a 1,8 ug/Kg dose dos 16 a 65 anos; TSH e T4l deve ser dosado após 6 semanas de inicio do tratamento; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Tratamento 12,5 a 25 se TSH persiste elevado; Efeitos adversos: Hipertireoidismo Fibrilação Atrial Hipertensão Arterial Hipertrofia Ventricular Esquerda Doença miocárdica isquêmica Geralmente apresenta excelente resposta ao tratamento Perda de peso devido a mobilização de líquido É raro haver perda de gordura corporal Duração do tratamento depende da etiologia. Transitória (tireoidite pós-parto) X Definitivo (cirúrgica) NO caso de HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO: Indicações tratamento: TSH maior 10mU/L; Gravidez ou planejamento de gravidez; Sintomas atribuíveis à deficiência de hormônio; Encaminhamento Hipotireoidismo central Hipotireoidismo grave (mixedema) Portadores de DCV ou gravemente enfermos Lítio, amiodarona ou anticonvulsivantes Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Sem melhora clínica Gestantes ou mulheres no período pós-parto Alterações estruturais da glândula: nódulos, bócios volumosos Hipertireoidismo Conceito É a hiperfunção da glândula tireoide, causando um aumento na produção e liberação de hormônios tireoidianos; Tireotoxicose: excesso de hormônios da tireoide nos tecidos. Epidemiologia e Fatores de risco A doença de graves é a principal causa; Histórico familiar; Infecção; Estresse; Gênero; Iodo e outros medicamentos; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Etiologia Pode ser dividida em causa endógena (doença de graves) ou exógena (iatrogênica); Principais: Doença de Graves, Bócito Multinodular Tóxico e Adenoma tóxico (doença de plummer); Doença de Graves (Bócio Difuso Tóxico) Autoimune, sem etiologia conhecida, apresenta síntese e secreção excessivas de hormônios desencadeada pela presença de AUTOANTICORPOS ESTIMULADORES DO RECEPTOR DE HORMONIO TIREOIESTIMULANTE (TRAb); Achados: Bócio difuso; Oftalmopatia/exoftalmia - é causada por conta dos linfócitos citotóxicos (NK) e anticorpos citotóxicos sensíveis a um antígeno comum, como o receptor de TSH que é encontrado nos fibroblastos orbitais, no musculo orbital e tecido tireóideo, fazendo com que as citocinas dos linfócitos sensibilizados ativem e estimulem a proliferação dos fibroblastos e pré-adipocitos, resultando a aumento de gordura retro-orbital e de glicosaminoglicanos, assim como o edema dos músculos oculares causando a protusão. Dermopatia (mixema pré-tibial) - estimulação de citocinaslinfocitárias de fibroblastos. Acropatia Hipertensão sistólica; pressão de pulso alargada e taquicardia sinusal - Esta hipertensão com PA divergente pode ser explicada pelo aumento dos receptores beta-adrenérgicos: no coração eles determinam efeito cronotrópico(frequência) e inotrópico (força) positivo (aumentando a PA sistólica) e na periferia, a ação predominante nos receptores beta-2, Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre que fazem vasodilatação, determinado uma redução da resistência vascular periférica (diminuindo a PA diastólica). Mais comum sexo feminino 9x dos 20 – 50 anos; Bócio Multinodular Tóxico Aumento da glândula com múltiplas formações de nódulos e é mais comum em idosos; Evolução do atóxico devido uma mutação no gene receptor do TSH; Adenoma Tóxico (doença de plummer) É um nódulo tireoidiano autônomo hiperfuncionante que produz quantidades suprafisiológicas de hormônios tireoidianos. Fisiopatologia Doença de Graves Os linfócitos T tornam-se sensibilizados aos antígenos no interior da glândula tireoide e estimulam os linfócitos B a sintetizar anticorpos contra esses antígenos. Tal anticorpo é direcionado contra o receptor de TSH na membrana da célula da Tireoide, estimulando o crescimento e a função da glândula tireoide. Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Bócio Multinodular Tóxico Ocorre devido mutação do receptor de TSH; Adenoma Tóxico Ele acaba suprimindo gradualmente a secreção endógena de TSH, resultando em uma redução da função do lobo glandular contralateral. O paciente típico é um indivíduo com mais idade (geralmente > 40 anos de idade) no qual se verificou crescimento recente de um nódulo de tireoide antigo (nunca tem oftalmopatia infiltrativa). Sinais e sintomas Devido estado hipermetabolico. Sinais: Taquicardia; Bócio; Tremor nas mãos; Pele quente e úmida; Alterações oculares; Fibrilação atrial; Sintomas: Nervosismo; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Sudorese excessiva; Intolerância ao calor; Fadiga; Perda de peso; Dispneia Aumento do peristaltismo; Aumento do apetite; Edema de membros inferiores; Diagnóstico Doença de graves: Dosagem dos anticorpos antirreceptores de TSH (TRAb) 1) para rastrear indivíduos eutireóideos com oftalmopatia de Graves; 2) para avaliar o risco de hipertireoidismo neonatal em mães com doença de Graves 3) para analisar a probabilidade de recidiva em indivíduos com doença de Graves após a suspensão do tratamento clínico. Tratamento Controlar sintomas adrenérgicos: com os beta- bloqueadores, como palpitações, tremores, nervosismo; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Betabloqueadores: propranolol (80-120mg dia) / atenolol (50-100mg dia) Contra-Indicação dos beta-bloqueadores = pacientes com asma e DPOC com hipertireodismo porque leva a broncoespasmo, então deve utilizar nitiazem ou verapamil. Propiltiouracil e metimazol Agem bloqueando a oxidação e a organificação do iodo na tireoide, suprimindo a síntese dos hormônios PTU também em altas doses bloqueia a conversão de T4 em T3 (hiper grave) Metimazol – menos efeito colateral / comodidade posológica / menor custo (1° escolha) Propiltiouracil – 1 trimestre da gestação / nas crises tireotóxicas (escolha nesses casos) Metimazol 15 a 30mg ao dia Ajuste após 6/12 semanas É importante salientar que o melhor parâmetro laboratorial de controle do hipertireoidismo são os níveis de T4L e T3L, visto que as dosagens de TSH podem permanecer suprimidas por vários meses, mesmo quando as pessoas se tornam eutireóideas Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Iodo radioativo EUA, primeira opção (custo-benefício) Controle mais rápido da tireotoxicose Menor necessidade de consultas Menor risco e efeitos adveros No Brasil : I131 – contraindicação as medicações / hepatopatas / mulheres com desejo de gestação Age por irradiação localizada sobre a glândula Controla em 2 a 3 meses cerca de 70 a 80% Principal efeito colateral – 30 a 50% hipotireoidismo nos primeiros 6 meses Tireoidectomia Subtotal ou total Bócios Demanda preparo com medicação metimazol ou PTU por 6 semanas Complicação – lesão de nervo laríngeo superior ou recorrente; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Encaminhamento Experiência Profissional Porém - O ideal é que o paciente já saia com uso e betabloqueador para alívio de sintomas Pancreatite Crônica Conceito Pancreatite crônica é um processo patológico caracterizado pelo dano irreversível do pâncreas, na maioria das vezes, que tem como características a destruição do parênquima glandular e substituição por tecido fibroso. Classificação Pancreatite crônica calcificante; Pancreatite crônica obstrutiva. Pancreatite crônica autoimune Pancreatite crônica inflamatória Epidemiologia e Fat. de risco Locais com alto consumo alcoólico e alimentação rica em gorduras; Regiões flageladas pela desnutrição, principalmente proteica; Tabagismo aumenta suscetibilidade a autodigestão pancreática e predispõe desregulação da função do CFTR das células ductais; Mutações do CFTR reduzem a capacidade de secreção iônica pelas membranas das células ductais pancreáticas, diminuindo o efluxo de Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre enzimas a partir do sistema ductular, o que favoreceria a ativação prematura dessas enzimas. A mutação do SPINK1 causa a produção de uma antitripsina pancreática com função comprometida, incapaz de combater os efeitos da tripsina ativada sobre o epitélio ductal pancreático. Etiologia Alcoolismo em adultos; Fibrose cística em crianças; Pancreatite crônica calcificante (PCC): Caracteriza-se pela distribuição irregular de fibrose e calcificação no interior do pâncreas com graus variáveis de obstrução nos ductos pancreáticos; É a forma mais comum, está associada ao álcool, hereditariedade, desnutrição proteico-calorica e etc; Pancreatite crônica obstrutiva (PCO): Se caracteriza pela dilatação do sistema ductal, pela atrofia difusa do parênquima acinar e pela fibrose uniforme; Pode ser causada por tumores do pâncreas, constrições de ductos e pâncreas divisun; Pancreatite crônica autoimune (PCAI): Se associa com infiltração linfoplasmocitária do pâncreas, além de estreitamentos irregulares do dueto pancreático. Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Pancreatite crônica inflamatória: Surge em idosos e anatomicamente, há destruição do parênquima exócrino, fibrose e infiltração da glândula por mononucleares. Fisiopatologia Teorias: Cálculos e obstrução ductal; Necrose-fibrose; Alteração tóxica-metabólica; Estresse oxidativo. Cálculos e obstrução ductal: A obstrução causa um aumento na secreção basal de proteínas pancreáticas e um decréscimo no inibidor de tripsina em modelos animais experimentais. As proteínas do suco pancreático precipitam como tampões de proteína e bloqueiam os pequenos dúctulos, com ativação das enzimas pancreáticas, levando a episódios de pancreatite aguda. Em tempo, o cálcio se une ao tampão proteico, o que resulta cm posterior deterioração estrutural dos duetos pancreáticos e tecido acinar, infiltração de células inflamatórias e eventual atrofia acinar comfibrose do tecido exócrino. A falta de secreção normal de proteínas especificas que inibem a formação de cálculos de carbonato de cálcio já foi proposta como Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre causa da formação de calculo e pancreatite crônica. Necrose-fibrose: A inflamação e a cicatrização a partir de episódios de pancreatite aguda causem obstrução e estase no dueto com subsequente formação de cálculos. A pancreatite crônica pode requerer "dois hits", incluindo a formação inicial de tampões de proteína e fibrose pós-necrótica, para resultar em obstrução ductular. Tóxica-metabólica: O álcool produz um acúmulo citoplasmático de lipídios nas células acinares, levando, desta forma, à degeneração gordurosa, à necrose celular e eventualmente à fibrose. Estresse oxidativo: Sugere que a causa fundamental da doença pancreática seja a superatividade das oxidases de função mista do fígado, as quais podem produzir moléculas reativas que induzem danos oxidativos. O pâncreas é exposto a este "estresse oxidativo" através da circulação sistêmica ou através de refluxo da bile nos duetos pancreaticos e o resultado é a inflamação recorrente e dano tecidual. Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Quadro clínico DOR ABDOMINAL OU MÁ DIGESTÃO + PERDA DE PESO; Esteatorreia – fezes gordurosas devido falta de lipase para emulsificar as gorduras; Complicações: Agudização do quadro, icterícia obstrutiva, trombose da veia esplênica, cistos, ascite e câncer. Diagnóstico Dosagem enzimática de lipase e amilase estão normais na PC; Teste de estimulação hormonal que utiliza secretina (positivo quando há perda >60% da função exócrina); Elastase-1fecal; Imagem: Raio x, USG, TC e CPRM Tratamento Suspensão do consumo alcoólico e tabagismo; Nos períodos assintomático, preconiza-se dieta pobre em lipídios e hiperproteica; Nas crises – jejum oral por ½ dias, dieta a base de hidratos de carbono, associado a analgésicos injetáveis. Opções: Meperidina, morfina, cloridrato de tramadol. Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Insuficiência Renal Aguda Conceito A IRA é definida como a redução aguda da função renal em horas ou dias. Refere-se principalmente a diminuição do ritmo de filtração glomerular e/ou do volume urinário, porém, ocorrem também, acumulo das escorias nitrogenadas (ureia e creatinina), distúrbios no controle do equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico. Tipos: IRA anúrica: menos que 100ml/h IRA oligúria: Débito urinário inferior a 500ml/h IRA não oligúrica: Diurese maior 500ml/24h Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Classificação Etiologia IRA PRÉ-RENAL – Corresponde a uma alteração funcional, reversível e sem representação histológica; Este quadro ocorre devido diminuição da pressão de perfusão renal e/ou aumento da resistência vascular renal, levando a uma redução do fluxo plasmático renal e do ritmo de filtração glomerular. Principais causas: hipotensão arterial, hipovolemia (hemorragias, diarréia, queimaduras). IRA RENAL (Intrínseca ou estrutural) – Existe um dano estrutural ocasionado por fatores intrínsecos, os quais podem ser separados em alterações isquêmicas, nefrotoxicidade, doença de pequenos vasos e glomérulos, doença de grandes vasos e nefrite intersticial aguda. A principal causa é a necrose tubular aguda (NTA isquêmica e/ou tóxica). Outras causas: nefrites tubulo-intersticiais (drogas, infecções), pielonefrites, glomerulonefrites e necrose cortical (hemorragias ginecológicas, peçonhas). IRA PÓS-RENAL – Ocorre por eventos subsequentes a formação da urina e que levam a obstrução do trato urinário causando aumento da pressão hidrostática retrograda e Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre interferindo com a filtração glomerular. As anormalidades podem ser funcionais, estruturais, congênitas ou adquiridas. Secundárias a obstrução intra ou extra-renal. Fisiopatologia Os rins são suscetíveis aos efeitos tóxicos de muitas substancias e/ou medicamentos; Inflamação exacerbada; Resposta imunológica; Interação leucócito-endotélio; Quadro clínico Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Estadiamento Diagnóstico Clearance de Creatinina – (140-idade) x Peso / (72xcreatinina) (melhor do que a creatinina serica); Ureia e Creatinina Taxa de filtração glomerular USG Biópsia renal – IRA desconhecida Diuréticos: Alça (furosemida) principalmente; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Tratamento Volume intravascular expandido – PAM acima de 80, hematócrito acima de 30% e oxigênio Evitar a hiper-hidratação – ICC / Edema / Hipernatremia Prevenir Hipercalemia Avaliar medicações nefrotóxicas Nutrição Pós-Renal?? Condições que faz dialise: Sindrome urêmica inquestionável (encefalopatia, hemorragia, pericardite); Hipervolemia grave refrataria (HAS, edema pulmonar); Hipercalemia grave refrataria ou recorrente; Acidose metabólica grave refrataria ou recorrente; Azotemia grave: ureia >200 ou creatinia >8-10* Terapia Renal de Substituição: Insuficiência Renal Crônica Conceito A DRC é o processo de adoecimento do rim, com perda de sua estrutura filtrante de forma persistente e irreversível. Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Isso pode ser diagnosticado por meio de alterações da taxa de filtração glomerular (TFG) ou pela análise urinária, com resultados de componentes que geralmente não estão presentes (hematúria e proteinúria). PERÍODO MAIOR OU IGUAL A TRÊS MESES É irreversível Necrose cortical aguda e glomerulonefrite rapidamente progressiva Epidemiologia e Fat. de risco Diabetes mellitus (30%) Hipertensão Arterial (34%) Nos USA o número de renais quadruplicou nos últimos 20 anos No Brasil a DRC atinge cerca de 10% da população Idade Fisiopatologia 2 amplos grupos de mecanismos lesivos: (1) mecanismos iniciais específicos da etiologia subjacente (p. ex., anormalidades do desenvolvimento ou da integridade renal, deposição de imunocomplexos e inflamação em alguns tipos de glomerulonefrite, ou exposição a toxinas em algumas doenças dos túbulos e do interstício renais); e (2) hiperfiltração e hipertrofia dos néfrons viáveis remanescentes, que são uma consequência comum da redução da massa renal a longo prazo, independentemente da etiologia subjacente e que leva ao declínio adicional da função renal. As respostas à redução da quantidade de néfrons são mediadas por hormônios vasoativos, citocinas e fatores de crescimento. Por fim, essas adaptações de curto prazo (hiperfiltração e hipertrofia) para manter a TFG tornam-se mal- adaptativas à medida que a pressão e o fluxo sanguíneo aumentados dentro do néfron predispõem à distorção da arquitetura dos glomérulos, função anormal Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre dos podócitos e rompimento da barreira de filtração, levando à esclerose e à destruição dos néfrons remanescentes. O aumento da atividade intrarrenal do sistema renina-angiotensina (SRA) parece contribuir para a hiperfiltração compensatória inicial e para a subsequente hipertrofia e esclerose maladaptativas. Esse processo explica por que a redução da massa renal secundária auma agressão isolada pode levar ao declínio progressivo da função renal ao longo de muitos anos. Fisiopatologia da Síndrome Urêmica: Acumulo de ureia, creatinina e toxinas devido redução da TFG. Maioria assintomático Ganho de peso Edema de face Edema em MMSS e MMII Diminuição do volume urinário (estágio 4 e 5) Síndrome Urêmica Síndrome de sinais e sintomas que aparece quando a filtração glomerular diminui de 30ml/min Desequilíbrio hidroeletrolítico – hipervolemia, hipercalemia (NaK- ATPase), hiponatremia; Desequilíbrio acidobásico – acidose metabólica Sintomas neurológicos – encefalopatia, convulsões, coma HAS Sintomas cardíacos – DC, IC, EAP, pericardite Anemia – normo/normo Edema pulmonar Aterosclerose acelerada (DAC) Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Quadro clínico Complicações Anemia – 8 a 10 (Eritropoetina) lembra ferro (normo-normo) Vitamina D – abaixo 30n/dl AINEs – EVITAR !!!!!!!!!!! Antibiabéticos – TFG abaixo de 30 evitar metformina Anti-hipertensivo – IECA ou BRA (30% elevação da creatinina ou se K 6) Agudo x crônico Exame prévio Anemia Crônicos toleram valores maiores (ureia:150 / creatinina: 7) Ultrassonografia renal – rins diminuídos . Menor que 8cm indicam nefropatia crônica Diagnóstico O primeiro passo na abordagem do paciente com suspeita de doença renal, após anamnese e exame físico, é determinar se há perda de função e qual o grau de declínio na filtração glomerular; Sinais de injuria renal – Analise de sedimento urinário, pesquisa de proteínas na urina e USG do parênquima renal; Ritmo de filtração glomerular (RFG) – depuração renal de insulina; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Estadiamento Tratamento Abordagem: Prevenir Paciente com albuminúria superior 30mg/24hrs já tem risco elevado de IRC A medida que ocorre a perda néfrons, os demais ficam sobrecarregados Hiperfiltração adaptativa – dano aumentando o dano Bloqueio do sistema renina-angiotensina atrasa a evolução Usando IECA x BRA Controle pressórica 130x80 ou 140x90 Todos os pacientes com DRC são de alto risco Estágios G1,G2 e G3a Causa / proteinúria Obesidade Sedentarismo Restrição de proteína ??? Estágios G3b, G4 Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre HAS Anemia Furosemida Fase Terminal G5 Substituição Renal Transplante Renal Dialise (ferro / ácido fólico) Nós temos UMA célula totipotente (na medula) que se divide em 2 linhagens diferentes: LINFOIDE – formam os linfócitos e MIELOIDE – formam todas as outras (Granulócitos (inclui neutrófilo, leucócitos eosinófilos), monócitos/macrófagos, hemácias e plaquetas); Leucemias São um grupo de doenças caracterizadas pelo acúmulo de leucócitos malignos na medula óssea e no sangue. Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Conceito Que causam sintomas de insuficiência da medula *anemia, neutropenia, trombocitopenia) e/ou infiltração de órgãos (fígado, baço, meninges, linfonodos, cérebro); A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Aguda x crônica Aguda: Perde a capacidade de diferenciação Ganha capacidade de autorrenovação Liberação de células imaturas na circulação sanguínea: blastos Doença Agressiva Crônica: Mantém a capacidade de diferenciação Presença de células maduras Doença clinicamente menos agressiva Tem disfunção e são ACUMULADAS Ambos estão relacionados com a MATURAÇÃO CELUAR. Leucemias agudas (precisa saber epidemiologia, quadro clínico e tratamento) Grupo heterogêneo de doenças que apresentam proliferação de um clone maligno das células- Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Tipos tronco na medula óssea, sem a capacidade de maturação (blastos) Mieloide / Linfoide Doenças raras: 8 casos / 100.000 LLA: câncer mais comum na infância LMA: mais comum a partir da 5 década de vida Causam a LA, por 04 mecanismos: Falência Hematopoiese (a multiplicação desordenada do clone neoplásico faz essa falência); Infiltração tecidual por blastos (pele, gengiva e medula); Hiperleucocitose (>50.000) Produção substâncias pelos blastos alterando viscosidade pode levar a CIVD. Fatores de risco Genéticos: síndrome de Down, Klinefelter Ambientais: exposição a agentes mutagênicos Doenças adquiridas: doenças mieloproliferativas Leucemia Mieloide Aguda: Doença de curso agudo caracterizada pela proliferação na medula óssea de clone celular de origem mieloide que perdeu sua capacidade de diferenciação. É a mais comum no mundo todo; A incidência aumenta com a idade; Comum em pc que já tiveram outros canceres; E em pacientes em contato com agentes alquilantes, como melfalano e clorambucil; História genética; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Caracterizam-se pela proliferação rápida de um clone indiferenciado com acumulo de cels imaturas ou blastos no sangue periférico ou na medula óssea. Levando a inibição da hematopoese na medula, causando anemia, plaquetopenia e neutropenia, com cansaço, fraqueza, síndrome purpurica e febre; Tríade sintomática: Astenia, hemorragia e febre, todos relacionados a insuficiência hematopoiética medular. Manifestações clínicas: Secundário à falência medular Infiltração pelos blastos Pancitopenia (palidez, astenia, dispneia, sangramentos) – diminuição generalizada das células sanguíneas; Leucostase – secundaria a hiperleucocitose aumenta a viscosidade do sangue (fica mais grosso). Exames laboratoriais: Anemia Plaquetopenia Leucocitose ????? Blastos Porém cerca de 25% são leucopenico Pode ou não ter leucocitose a custas de blastos (não estamos falando de granulócitos); Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Porem 25% são leucopenicos – não tem formação de células devido a não maturação da celula; Importante: Leucemias são doenças que apresentam alterações cromossômicas numéricas e/ou estruturais frequentes e, muitas vezes, especificas de determinados subtipos, envolvendo genes que, uma vez alterados qualitativa ou quantitativamente, atuam como fatores de iniciação e progressão neoplásicas. Anormalidades cromossômicas caracterizadas por translocações balanceadas e por perda e ganho de cromossomos em mais de 65% dos casos. A leucemia pode translocar cromossomo/trocar com outro e isso altera a divisão celular e a hematopoese; ou pode ter perda ou ganho de cromossomo, ou seja, é uma doença cromossomial . Estratificação de risco Sendo a LMA uma doença que tem alteração cromossômica, os tipos de alteração influenciam no PROGNOSTICO do paciente; Tem cariótipos diferentes tanto de translocação, ganho ou perda de cromossomos e mutações; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Tem subtipos diferentes devido esses cariótipos variáveis, sendo que a PRINCIPAL e MAIS FREQUENTE é a M2 com diferenciação de MIELOBLASTOS. Diagnóstico: Começa na anamnese e exame clínico, assim como a partir das alterações laboratoriais; Padro ouro – mielograma (biopsia de medula); Lembrar que as células anucleadas sãoas hemácias; Tratamento SUPORTE: Neutropenia Febril Plaquetas: sangramento + plaqueta menor que 50.000 ou menor 10.000 (Faz plaqueta <50 mil se tiver sangrando; se tiver <10mil) é mandatório); HB superior a 8g/dl Leucostase – quimio para LMA ou com hidroxiureia Leucostase - aumento da viscosidade sanguínea; Faz quimio ou hidroxiureia pra evitar evento tromboembólico; TERAPIA ESPECÍFICA Quimioterapia de alto poder mielotóxico Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre 1 Indução por remissão – dois potentes agentes citotóxicos arabionosídeo + daunorrubicina/esquema 7+3/ se o 1 ciclo falhar repete o ciclo 5+2 Remissão completa de 60% a 80% dos casos REMISSÃO: (quando falar que a quimioterapia deu certo) Desaparecimento dos blastos Medula óssea com menos de 5% de blastos Recuperação hematopoiética (neutrófilo e plaqueta) Avaliação ocorre uma semana após QT TERAPIA DE CONSOLIDAÇÃO Quimioterapia de consolidação Cariótipos de bom prognóstico Transplante de células hematopoiéticas Mais eficaz LMA, porém possui alta toxicidade Sem cariótipo favorável, ou com fatores de mau prognóstico Pode ser de 6 meses a 1 ano – terapia de consolidação; Leucemia Linfoide Aguda: Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Caracteriza-se pela proliferação clonal e acumulo na medula óssea e no sangue periférico de cels. imaturas denominadas linfoblastos; Essas células proliferam e ocupam a medula óssea inibindo o crescimento e a maturação normal dos precursores hematopoéticos da serie vermelha, granulocítica e megacariocítica; É a mais frequente na infância (2-10ª); Responde bem a quimioterapia – cura 90%; Podem encontrar no adulto com pior prognóstico; Fatores de risco: Contato com benzeno, agrotóxicos, tintas, exposição a quimioterapia ou radioterapia, vírus HIV, EBV e alterações cromossômicas, como síndrome de down. A fisiopatologia envolve translocação, deleção e mutação de genes. Tipos L1 – LLA infantil , melhor prognóstico e boa resposta ao tratamento.Linfoblasto possui núcleo arredondado e citoplasma escasso L2 – adulto, linfoblasto núcleos mais irregulares, citoplasma maior L3 – rara, Linfoma de Burkitt, linfoblasto de tamanho intermediário e citoplasma proeminente. Quadro clínico Dor óssea...80% casos Adenomegalia cervical ou generalizada Sistema nervoso central e testículos Febre neoplásica (nem sempre por infecção) Hiperplasia gengival não é comum Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre QC: Dor óssea + Adenomegalia cervical + Massas mediastinais +Acometimento do SNC e testículos + febre neoplásica + hiperplasia gengival NÃO FAZ PARTE; Diagnóstico: Presença de Linfoblastos na medula óssea em proporção superior a 25% do total das células nucleadas. LMA x LLA – diferença em morfologia, citoquímicos e imunofenotipagem Tratamento Suporte é igual o de LMA; Indução da remissão; Profilaxia do SNC; Consolidação da remissão; Manutenção; INDUÇÃO Corticoide (prednisona) por 28 dias (altera imunidade) Vincristina – droga EV semanal por 4 doses L-asparaginase – 3x por semana por 12 doses Esquema de 4 semanas PROFILAXIA LLA tem maior afinidade pelo SNC Metotrexato intratecal Feito a cada 20 dias por 8 doses CONSOLIDAÇÃO Costumam durar de 2 a 8 meses Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Sem essa fase, praticamente todos os casos recidivam Geralmente se usa esquema diferente da fase de remissão MANUTENÇÃO Mercaptopurina diário Metotrexato semanal 2-3 anos RECIDIVA Mais comum adulto Novo curso de quimio Nas recidivas precoce (2 anos) – transplante alogênico Idade prognostico desfavorável > 10 anos ou <1 ano Leucemia Mieloide Crônica: Caracteriza-se pela presença do cromossomo Philadelphia (Ph) em células primordiais e suas descendentes, sendo um distúrbio de uma celula-tronco pluripotente; Esse clone segue o curso normal de maturação até as células finais – não tem bloqueio de maturação; Porém, o cromossomo Ph resulta de uma translocação que gera uma proteína hibrida BCR-ABL de 210-Kd, com atividade tirosina-quinase aumentada fazendo com que os progenitores Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre mieloides se expandam em vários estágios de maturação sendo liberados prematuramente no sangue periférico; Marco: Leucocitose neutrofilica acentuada com desvio a esquerda + esplenomegalia de grande monta; Nela não temos bloqueio de maturação; Adulto 55 anos Clone neoplásico da LMC provavelmente é uma célula- tronco – anomalia citogenética – cromossomo Filadélfia (translocação entre os braços longos do cromossomo 9 e 22) 95% dos casos apresentam cromossomo Filadélfia t(9;22) Granulocítica (neutrófilos, bastões, metamielócitos, mielócitos) Quadro clínico Assintomático Esplenomegalia , leucocitose neutrofilica Leucocitose neutrofilica + Esplenomegalia Laboratório Leucocitose neutrofilica BIZARRO !!!! Leucocitose de 1.000.000/mm3 Geralmente acima de 50 a 100 mil Desvio para esquerda – bastões, meta, mielo LMC é uma das poucas causas de basofilia Anemia + Hiperleucocitose + Trombocitose Diagnóstico Leucocitose + Esplenomegalia Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Confirmação é feita pela presença do RNAm da mutação bcr/abl no sangue periférico Biopsia de medula óssea ???? Prognóstico Evolução Após 3-5 anos todos pacientes com LMC não tratada evoluem para a crise blástica Leucemia aguda fatal (3 meses) se não tratar; Tratamento Mesilato de Imatinibe Inibidor específico da tirosina-quinase doente codificada pelo gene bcr/abl 40mg dia Desaparecimento das células carreadoras do cromossomo Filadélfia 12-18 meses Trasnplante alogênico < 55 anos Leucemia Linfoide Crônica: É uma proliferação clonal de um linfócito B maduro; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre É a mais comum das leucemias, a incidência aumenta a partir dos 40ª e não ta relacionada com exposição agentes químicos; O Linfocito B é bloqueado em uma fase de maturação impedindo a transformação em plasmócito, com fraca expressão de imunoglobulina IgM e IgD; Idoso > 60 anos Masculino 2:1 Clone neoplásico é um linfócito B maduro Histórico Familiar Doença cumulativa e não proliferativa Paciente não desenvolve a função dos linfócitos e ficam mais expostos a infecções Quadro clínico e laboratorial Linfocitose - > 5000/mm3 Adenomegalia cervical Febre, sudorese noturna, astenia , fadiga, perda ponderal Esfregaço de sangue periférico mostra linfócitos normais Linfócitos destruídos – manchas de Gumprecht Estadiamento Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Adenomegalia cervical é o achado mais comum e podem acontecer fenômenos autoimunes; Tratamento RAI 0 ou 1 assintomáticos não necessitam de tratamento específico Indicação quando apresentar: fadiga, linfadenopatia sintomática ,anemia ou trombocitopenia < 70 anos esquema Fludarabina + Rituximabe 28 dias por seis ciclos > 70 anos esquema Clorambucila + Obinutuzumabe Transplante – < 50 anos, alta cura, alta mortalidade Síndrome consumptiva É a condição de perda involuntária de peso maior que 10% do peso basal em período de 6 meses É caracterizada pela atrofia dos músculos e depleção da massa magra corporal. Associada a morbidade e mortalidade Infecções oportunistas Presente em quase 80 % de pacientes com câncer avançado Reduz qualidade de vidaCiclo: Hipermetabolismo - alimentação inadequada - má absorção. Causas: Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Anemia Ferropriva Conceito Ocorre por deficiência de ferro, com valores de hemoglobina no sangue abaixo do normal para idade e gênero; Anemia é um SINAL! Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Epidemiologia e Fatores de risco 45% das crianças até 5 anos são acometidas; 50% das mulheres em idade reprodutiva; Desigualdade social; Carencia nutricional; Ingestão e/ou absorção inadequada; Habitos vegetarianos; Gastrectomia/bariátrica; Etiologia Sangramento crônico é a principal causa; É necessário um balanço negativo ate que seja consumido todo o estoque armazenado; Hipermenorreia; Gestação; Sangramento do TGI; Mecanismo de adaptação: 1 – Aumento do débito cardíaco – aumentando o fluxo na tentativa de se manter a oxigenação tecidual DC = FC x VS 2- Aumento do 2,3 DPG (glicose difosfato) na hemácia, esse metabólito reduz a afinidade da hemoglobina pelo O2, facilitando a extração do oxigênio pelos tecidos Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Classificação das anemias Uma das formas de classificarmos as anemias é através da morfologia das células Macrocítica VCM > 100 fl anemia megalobástica (folato ou B12) Normocítica 100 < VCM > 80 anemia da IRC ou doença crônica Microcítica VCM < 80 fl anemia ferropriva Contagem reticulocitaria: Hipoproliferativas – carenciais, distúrbios medulares Hiperproliferativas – hemolíticas ou sangramento aguda Anemia da doença crônica: Anemia que ocorre nos estados de patologias crônicas geralmente naqueles associados a níveis elevados de ocitocina inflamatória Mais comum em pacientes hospitalizados Anemia com ferritina sérica normal, porém com ferro sérico baixo Sintomas do quadro clínico pela doença de base Laboratório: normocítica e normocrômica Ferro sérico baixo com ferritina normal ou alta Tratamento doença de base Anemia da IRC: Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Anemia devido a deficiência na produção de eritropoetina pelo parênquima renal Creatinina geralmente entre 2 ou 3 mg/dl Tratamento com eritropoetina recombinante 80- 120U/Kg 3x por semana Repor ferro Anemia megaloblástica: Distúrbio ocasionado por um bloqueio na síntese do DNA, gerando um estado de divisão celular lenta a despeito do crescimento do citoplasmático Carência de vitamina B12 e/ou ácido fólico Causas: B12-Ingesta inadequada/Má absorção/gastrectomia total/anemia perniciosa Folato: Ingesta (alcoólatras)/aumento das necessidades (gravidez) Diagnóstico: VCM elevado Se superior a 120 praticamente fecha o diagnóstico Dosagem de vitamina B12 e folato sérico e reticulócitos Mielograma (padrão ouro) somente se laboratório inconclusivo Tratamento B12 a via é parenteral IM de 1000ui uma vez ao dia por sete dias seguida de uma vez por semana por 4 semanas.Após uma dose mensal. Folato : 1 a 5mg ao dia por via oral Tempo depende do nível do quadro carencial Ambos : anemia tende a regredir em 1-2 meses Cuidado com a hipocalemia Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Anemias hemolíticas: Hemólise : destruição prematura das hemácias Média 120 dias .....quando cai para 20 dias temos uma provável anemia Devido a hemólise o organismo libera os reticulócitos Etiologia: Hereditárias 1 Anemia falciforme 2 Talassemias Outras Adquiridas 1 Hemólise autoimune 2 Síndrome HELLP Outras Sinais e sintomas: Icterícia Esplenomegalia HF positiva de anemia Medicamentos (dapsona / alfametildopa) Urina avermelhada ou marrom Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Fisiopatologia Ferro heme (origem animal – alta biodisponibilidade) x ferro não heme (origem vegetal – baixa biodisponibilidade); 1 – estagio: Balanço negativo as demandas/perdas excedem a capacidade do organismo absorver o ferro da dieta, nesse estagio ainda esta tudo normal; 2 – estagio: Quando ocorre DEPLEÇÃO das reservas de ferro, o nível sérico de ferro diminui, TIBIC e protoporfirina aumentam; Ps: As reservas de ferro estão ausentes quando o nível sérico de ferritina <15; 3 – estágio: Ocorre quando a saturação de transferrina cai pra 15-20%, comprometendo a síntese de hemoglobina, levando a eritropoiese deficiente em ferro. Hemoglobina – forma funcional no organismo; Ferritina – forma de ferro armazenado no corpo; Ferro sérico – é o ferro livre no sangue (tóxico) Hemossiderina – proteína armazenadora de ferro de liberação mais lenta; Transferrina – transportadora de ferro no plasma; Saturação de transferrina – Quantidade de ferro disponível para transporte; TIBC – Capacidade total de ligação do ferro, quantidade de transferrina disponível; Ferroportina – Exportador celular de ferro Hefaestina – Oxida Fe2+ (ferroso) em Fe3+ (férrico); Apoferritina - liga-se ao ferro - ferroso livre e o armazena no estado férrico Sinais e sintomas da Ferropriva: Glossite Quelite angular Esplenomegalia Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Quadro clínico Perversão do apetite Alteração do desenvolvimento neuropsicomotor; Palidez cutaneomucosa; Sinais e sintomas gerais: Grau e à rapidez de instalação Hipóxia dos tecidos Fadiga, cansaço fácil, dores musculares, pagofagia Taquicardia, palidez Os sintomas são mais intensos em anemia aguda Diagnóstico Abordagem: Anemia não é uma doença por si, é um sinal!! A abordagem diagnóstica irá depender de qual a classificação da anemia. Como regra geral é sempre importante uma história clínica detalhada com exame físico adequado para o caso. Atentar para história de malignidade, sangramento, perda de peso, inapetência, febre, comorbidades e tempo de duração da anemia. No caso da ferropriva: Duas fases – 1 anemia leve – normocítica e normocrômica 2- microcítica e hipocrômica RDW é elevado Pode apresentar trombocitose Ferritina Sérica é o teste indicado para documentar a deficiência de ferro Hemograma; Avaliação do estoque de ferro (exame caro) – mielograma; Ferro sérico - 50 a 150 ug/dl; Ferritina sérica – 100ug/dl (homens) e 30ug/dl (mulheres); Capacidade total de ligação ao ferro (TIBC) – 300 – 360 ug/dl; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Saturação da transferrina, normalmente de 25 a 50%, é obtida pela seguinte fórmula: ferro sérico × 100 ÷ TIBC. Tratamento Oral: Livro: 180-200mg ferro elementar/dia e 1,5 – 2 mg p/crianças; 300mg de sulfato ferroso 3 ou 4 vezes ao dia (slide) Administrar de estômago vazio Vitamina C ajuda na absorção Deve durar de 6-12 meses Controle laboratorial feito pela ferritina que deve ficar acima de 50ng/ml Parenteral: Má absorção Intolerância oral Refratária ao tratamento oral Reposição imediata do estoque de ferro, no uso de eritropoetina (IRC) Anemia Falciforme Conceito Anemia com hemácias em forma de foice; Hemoglobinopatia de característica autossômica recessiva, na qual há uma alteração na estrutura da hemoglobina (Hb), desencadeada por uma mutação no gene da β globina da hemácia, em que teremos uma substituição de uma base nitrogenada do códon GAG para GTG resultandona troca do ácido glutâmico (glu) pela Valina (val) na posição de número 6. Se herda dois genes = HbSS = anemia falciforme; Se herda um gene = HbAS = traço falciforme; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Epidemiologia e Fatores de risco Doença hereditária monogênica mais comum no BR; Afrodescentes Bahia 1 em cada 500 nascimento Fisiopatologia 1 hipóxia – oxi-HbS em desoxi-HbS; 2 Acidose – redução da afinidade da hemoglobina pelo O2; 3 Desidratação celular – favorece polimerização pelo aumento do CHCM; Todos causam aumento de polimerização! Aliado a instabilidade molecular; E estresse oxidativo intracelular; Vaso-oclusão capilar: 1. Adesão de hemácias ao endotélio das vênulas pós-capilares (em geral formas jovens de hemácia, como os reticulócitos), lentificando o fluxo sanguíneo local. 2. Impactação e empilhamento de hemácias a montante, inicialmente as ISC (mais viscosas e menos deformáveis) e posteriormente hemácias não afoiçadas. A estase sanguínea subsequente produz hipóxia e acidose, o que faz o afoiçamento se generalizar criando a obstrução microvascular propriamente dita, que culmina em isquemia tecidual. Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Quadro clínico Crises vaso-oclusivas – infarto ósseo – geralmente em região dorsolombar / tórax / extremidades e abdome; crises hemolíticas; crise megaloblástica; crise aplasica; crise anêmica e crise de sequestro. Hidratação e analgesia Colelitíase / Hipertensão pulmonar/ Priapismo Expectativa de vida em torno de 45 anos Orgaos alvo: Baço, ossos, rins, cérebro, pulmões, pele e coração; Diagnóstico HB baixo Reticulocitose Bilirrubina indireta LHD Eletroforese de hemoglobina 1) profilaxia contra o pneumococo; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Tratamento (2) reativação da síntese de HbF; (3) hemotransfusão; e (4) uso de quelantes de ferro. Transplante de células-tronco hematopoiéticas representam chance de Cura da anemia falciforme Elevada morbimortalidade no procedimento Talassemia Conceito As talassemias são desordens hereditárias que têm como característica básica uma deficiência na síntese das cadeias de globina, principalmente de cadeias Beta e Alfa. Epidemiologia e Fatores de risco Varia entre assintomático até casos grave de anemia e deformidade ósseas Betatalassemias – italianos ou gregos Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Alfatalassemias – Sudeste da Ásia e na China Etiologia Beta - talassemia; Alfa – talassemia: Delta – Talassemia; Delta-beta-talassemia; Fisiopatologia Alfa – talassemia: Os genes da globina alfa encontram-se duplicados no homem e, portanto, indivíduos normais possuem 4 genes alfa ativos, situados na parte distal do braço curto do cromossomo 16. Os dois genes (alfa1 e alfa2) têm propriedades de transcrição distintas: alfa2, produz de 2 a 3x mais globina do que alfa1. As alfa-talassemias são consequência da deleção (remoção) de um ou mais genes alfa. Como existem 2 genes alfa por cromossomo, a alfa0- talassemia corresponde a perda dos dois genes alfa em um mesmo cromossomo, enquanto as deleções que removem apenas um gene alfa por cromossomo são responsáveis pelo fenótipo de alfa+talassemia. αα/α_ (1 deleção) Portador silencioso/assintomático – 3 genes ativos; αα/_ _ (2 deleções) Alfatalassemia minor (heterozigoto α0) – 2 genes ativos; Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre α_/α_ (2 deleções) Alfatalassemia minor (homozigoto α+) – 2 genes ativos; α_/_ _ (3 deleções) Doença da Hb H – 1 gene ativo; _ _/_ _ (4 deleções) Hidropsia fetal – nenhum gene ativo, anemia muito grave incompatível com a vida; Beta – talassemia: O gene que codifica a síntese de globina beta situa- se no braço curto do cromossomo 11. Na beta-talassemia homozigota, a síntese de cadeias beta está ausente(beta0) ou diminuída(beta+). As diversas mutações só podem determinar dois tipos de gene betatalassêmico: (1) um gene totalmente incapaz de produzir cadeia beta (gene β0); e (2) um gene que produz uma pequena quantidade de cadeia beta (gene β+), mas inferior ao normal. β/β (pessoa normal); β0/β0 e β+/β+ (homozigotos); β0/β+ (duplo heterozigoto) β0/β e β+/β (heterozigotos). De modo geral: Quando ocorre o bloqueio total ou parcial da síntese de cadeias beta, as cadeias alfa são sintetizadas de forma desequilibrada, acumulando- se nos eritrócitos durante a eritropoese. Esse acumulo de cadeias alfa forma agregados que se precipitam, danificando a membrana celular e, consequentemente, interferindo na maturação Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre celular, no ciclo mitótico, acelerando a apoptose intramedular dos eritroblastos ou provocando a sua destruição precoce nos sinusoides esplênicos. A intensa eritropoese ineficaz resulta em hiperplasia eritroide. A anemia, por sua vez, estimula a síntese de eritropoetina, desencadeando proliferação intensa da MO e deformidades ósseas características, principalmente na face e no crânio, como também osteopenia e defeitos focais de mineralização óssea. Quadro clínico Anemia grave Icterícia Deformidades ósseas Hepatoesplenomegalia Hemocromatose transfusional Microcítica, hipocrômica, reticulose, bilirrubina indireta elevada Diagnóstico Padrão ouro - Eletroforese de hemoglobina Praticamente ausência de hemoglobina com cadeia Beta Tratamento Hipertransfusão crônica – em torno de 10ml/kg a cada 3-5 semana Crianças retornam o desenvolvimento e reduzem risco de infecção Esplenectomia – quando transfusão ultrapassarem mais de 200ml/kg/ano Ácido Fólico 1mg/dia Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre Transplante alogênico de medula Encaminhamento Tabelas – Revisão de provas Mírian Santos – 6° semestre
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