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SÍNCOPE VASOVAGAL | PATOLOGIA

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(
Sincope 
vasovagal
)
O termo síncope caracteriza situações nas quais ocorre uma perda repentina e momentânea da consciência, causada por uma rápida queda do fluxo sanguíneo e consequente queda da oxigenação cerebral. Existem diversos tipos de síncope, sendo a denominada vasovagal, o tipo mais comum. Esse tipo específico de síncope geralmente está relacionado com fatores emocionais, sendo a ansiedade e o medo suas principais causas. 
Apesar de muitas vezes os termos lipotimia e síncope serem utilizados como sinônimos, na realidade representam duas situações clínicas distintas. Em um quadro de lipotimia, diferentemente de um quadro de síncope, não ocorre uma perda da consciência
A lipotimia se caracteriza por uma sensação de mal-estar que, se não for percebida e tratada imediatamente, pode levar a um quadro de perda da consciência. Talvez a terminologia mais correta seja considerar a lipotimia como um sinônimo de pré-síncope.
 (
Sinais e sintomas da síncope 
vagal
)
Prevenção e fatores predisponentes.
A prevenção da síncope vasovagal está diretamente relacionada à eliminação dos fatores predisponentes. Uma correta avaliação inicial criteriosa, associada a um controle farmacológico da ansiedade, geralmente minimiza o risco de ocorrência de lipotimia e síncope vasovagal.
Podemos, didaticamente, dividir os fatores predisponentes para a síncope vasovagal no consultório dentário em dois grandes grupos: os fatores psicológicos e não psicológicos. A tabela 01 cita os principais fatores predisponentes de cada um desses grupos
	Fatores psicológicos
	Fatores não-psicológicos
	Susto
	Posição ereta ou sentada por muito tempo
	Ansiedade
	Falta de alimentação
	Estresse emocional
	Cansaço físico ao extremo
	Notícias ruins
	Calor excessivo
	Dor forte e/ou inesperada
	
	 (
Tabela 01
)Visualização de sangue
	
Fisiopatologia
As condições que favorecem sua ocorrência estão relacionadas com a redução do retorno venoso, aumento do tônus simpático, aumento da contratilidade miocárdica e baixa resistência periférica. Seu mecanismo é caracterizado por um reflexo autonômico paradoxal (Bezold-Jarish), em que a via eferente é representada por ativação vagal e inibição simpática, com conseqüente hipotensão arterial e síncope.
A resposta vasovagal é constituída pelo desenvolvimento de bradicardia e vasodilatação, na qual o principal estímulo deflagrador é a ativação de receptores sensoriais intracardíacos chamados de mecanorreceptores ou fibras C. Estes mecanoreptores são sensíveis à pressão e distensão, sendo sobretudo encontrados na parede ínferolateral do ventrículo esquerdo
Quando um paciente odontológico está sentado na cadeira, a ansiedade e o medo diante do tratamento que está sendo realizado levam, naturalmente, a uma maior liberação das catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) na corrente sanguínea.
A partir dessa liberação ocorre um rápido aumento da perfusão sanguínea para os membros inferiores pela posição do paciente na cadeira.
Sem a movimentação dos membros inferiores, o retorno venoso é prejudicado e começa a ocorrer uma diminuição da oxigenação cerebral. Essa hipoxia leva, na maioria das vezes, a um quadro de tonteira, ansiedade e o individuo fica agitado, causando uma taquicardia compensatória que, ao invés de melhorar a situação, na realidade piora o quadro.
Nesse momento, o sistema nervoso central resolve interceder e gera uma queda brusca e severa dos batimentos cardíacos e da pressão arterial. A primeira conseqüência natural dessa rápida diminuição dos sinais vitais é uma desorientação maior, associada a distúrbios visuais e à presença de uma sensação (aura) eminente de desmaio. Nesse momento estamos diante de um quadro de lipotimia.
Além desses sinais acima, o paciente em quadro de lipotimia tende a apresentar os seguintes sinais e sintomas:
· Calor na nuca e face.
· Palidez.
· Sudorese.
· Náuseas
· PA normal.
· Taquicardia (120 bpm ou mais).
· Midriase.
· Frio nas extremidades.
· Depressão do pulso e da pressão arterial.
· Distúrbios visuais.
· Aura - "Acho que vou desmaiar..."
Nesse momento, caso ocorra o tratamento de maneira rápida, o paciente tende a se recuperar rapidamente, sem que ocorra a sincope vasovagal propriamente dita. Caso isso não ocorra, o paciente deverá evoluir para um quadro de perda de consciência, associado à uma queda severa dos sinais vitais e que pode, em cerca de 5% dos casos, levar a um quadro de crise convulsiva. 
Tratamento
Nesse momento é importante abordar o tratamento em duas situações distintas. O quadro 01 demonstra o tratamento diante de um caso de lipotimia que, como já foi descrito anteriormente, se caracteriza
por uma desorientação, mas ainda com a consciência preservada. Caso ocorra a perda da consciência, teremos um quadro de síncope vasovagal cujo tratamento é descrito no quadro 03
Quadro 01 – Tratamento de lipotimia
Em relação ao tratamento da sincope vaso vagal, a inalação de amônia desencadeará (em um paciente inconsciente) uma situação desconfortável e uma nova liberação de drogas adrenérgicas. A diferença é que nesse momento, o posicionamento da cadeira em posição supina e a elevação dos membros inferiores permitirão que a ação da gravidade transporte uma grande quantidade de sangue para o cérebro melhorando sua oxigenação e permitindo o retorno da consciência
Além do estímulo olfatório produzido pela amônia, um estímulo doloroso (como compressão das glândulas submandibulares ou compressão no esterno) também pode estimular essa situação de desconforto e
consequente descarga de adrenalina.. 
Quadro 02 – Tratatamento da siníncope vasovagal

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