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Imunologia - Resumo dos capítulos inicias do Tizard

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Autoria: Ana Beatriz Mendes – Medicina Veterinária 
Imunologia 
CapÍtulo 4- Macrófagos 
Embora os neutrófilos atuem como primeira linha de defesa, 
sendo rapidamente mobilizados e ingerindo e destruindo os 
invasores microbianos, eles não podem garantir sozinhos que 
esses invasores sejam destruídos. Por isso, há o sistema de 
segurança dos monócitos(sangue) e macrófagos(nos 
tecidos), que possuem velocidade de resposta menor e maior 
atividade microbicida e capacidade de estimular resposta 
imune adquirida, diferindo assim dos neutrófilos. 
Receptores: 
I. Tipo Toll(TLRs) e NOD para identificar bactérias e 
vírus invasores. 
II. CD64(alta afinidade) que se liga a região FC do 
anticorpo; CD32 e CD16(baixa afinidade) 
III. Complemento: CD11b, CD35 e C3 
IV. Citocinas: CD25(IL2) 
V. Transporte: CD71(transferina). 
Fagocitose: 
Os macrófagos se ligam às células endoteliais de forma 
semelhante aos neutrófilos. Assim o rolamento é 
desencadeado pela ligação da selectina e as células são 
gradualmente paradas pelas integrinas dos monócitos que se 
ligam à ICAM-1 nas células endoteliais e migram através da 
parede dos vasos. Nos tecidos, os macrófagos realizam a 
fagocitose(dos neutrófilos apoptócos ou do próprio 
patógeno), sendo capazes de manter sua atividade 
fagocítica(diferente dos neutrófilos) e produzem elastases e 
colagenases que “amolecem” a matriz local do conjuntivo, 
permitindo sua penetração mais eficaz no tecido lesionado. 
São atraídos pelos: produtos bacterianos e componentes do 
sistema complemento, além de alarminas liberadas pelas 
células e tecidos danificados e defensinas liberados pelos 
neutrófilos que morreram após realizar a fagocitose. 
A ativação dos macrófagos ocorre quando ocorre a ligação 
dos ligantes aos receptores. Lipopolissacarideos ou 
carboidratos bacterianos e proteínas do choque 
térmico(PAMP) se ligam ao TLR. Além disso, são reconhecidos 
diferentes níveis de ativação. 
Após serem estimulados, os macrófagos produzem óxido 
nítrico, citocinas, como TNF-α e IL2, que ativam os linfócitos 
NK. Esses NK secretam citocinas que ativam mais macrófagos. 
Capitulo 5- O sistema complemento 
As proteínas do sistema complemento atuam por vias 
enzimáticas que levam á ligação de proteínas específicas na 
superfície dos micróbios invasores, permitindo sua 
destruição. 
As opsoninas são proteínas séricas que promovem a 
fagocitose dos antígenos quando se liga a eles. A proteína C 
reativa é produzida pelo fígado em resposta ao TNF, que se 
liga à supercie de células mortas ou lesionadas ou bactérias, 
iniciando a ativação do sistema complemento e recrutando 
células fagocíticas, funcionando como uma opsinonina.Ativa 
a via clássica. 
Já a proteína do complemento C3 ativa a via alternativa. 
Hepatopatas: são imunodeficientes, pois não possuem 
proteínas do complemento para a opstonização. 
Moléculas de adesão celular: São proteínas expressas na 
membrana celular que permitem a adesão entre: 
I. Célula-célula:moléculas de adesão celular que se 
agrupam em junções celulares. 
II. Célula-matriz: receptores de adesão da membrana 
plasmática se ligam à componentes da matriz 
extracelular. 
III. Célula-patógeno: 
Podem ser caderinas, imunoglobulinas, selectinas, integrinas. 
Cap6: Citocinas 
As células do sistema imune secretam centenas de proteínas 
diferentes que regulam as respostas imunológicas por 
mediarem a comunicação entre as células. Há varias 
nomenclaturas: 
I. Interleucinas: citocinas que mediam a sinalização 
entre linfócitos e outros leucócitos. 
II. Interferons: citocinas produzidas em resposta à 
infecções virais ou à estimulação imunológica, agem 
interferindo no RNA viral e síntese proteica, 
bloqueando a replicação do vírus. 
III. TNFs: citocinas secretadas por macrófagos e LT, 
podem destruir células tumorais, sendo o principal 
mediador da inflamação aguda. 
IV. Fatores de crescimento. 
São produzidas em resposta a estímulos, os antígenos, que 
atuam por meio de receptores localizados nos LT ou LB. 
Caps7 e 14- Antígenos e anticorpos: 
O corpo deve ser capaz de reconhecer os organismos que 
invadam o corpo como estranhos para que eles gerem uma 
resposta imune, porém o sistema imune inato reconhece um 
número limitado de PAMPs, que são característicos dos 
principais grupos de patógenos, já o adquirido pode 
reconhecer uma vasta gama de estruturas moleculares 
estranhas, os antígenos(algo que o organismo reconhece 
como estranho).Podem ativar apenas o sistema imune inato, 
mas podem ativar também o adaptativo. A antigenicidade é 
a capacidade da substância de atuar como um antígeno. 
Autoria: Ana Beatriz Mendes – Medicina Veterinária 
Os antígenos microbianos podem ser bacterianos e virais. 
Os vírus são organismos pequenos que só podem crescer 
dentro de células vivas. Possuem uma estrutura 
relativamente simples, consistindo em um acido nucleico 
central envolto por uma camada proteica, o capsídeo, cujas 
proteínas são bons antígenos, altamente capazes de 
estimular a formação de anticorpos. Quando um vírus infecta 
um animal, suas proteínas atuam como antígenos 
desencadeando uma resposta imune adquirida. Seu acido 
nucleico pode ser integrado ao genoma da célula, de modo 
que os genes virais codificam novas proteínas que são 
consideradas estranhas e podem estimular a imunidade 
adaptativa. Essas proteínas são chamadas de antígenos 
endógenos. 
Há também antígenos não-microbianos, como a comida que 
pode conter moléculas estranhas que sob determinadas 
circunstâncias induzem respostas imunes, a poeira pode 
conter partículas antigênicas, tais como os grãos de pólen. 
A membrana citoplasmática de todas as células é constituída 
de várias moléculas proteicas que podem atuar como 
antígenos se forem injetadas em um animal geneticamente 
diferente. 
As moléculas da imunidade adaptativa para reconhecer os 
antígenos são os anticorpos, moléculas de 
histocompatibilidade principal(MHC) e receptores de 
antígenos dos LT. 
Macromoléculas, como proteínas, polissacarídios e ácidos 
nucleicos, normalmente são muito maiores do que a região 
de ligação do antígeno de uma molécula de anticorpo. Dessa 
maneira, qualquer anticorpo se liga a somente uma porção 
da macromolécula, que é chamada de determinante ou um 
epítopo. Macromoléculas contém múltiplos determinantes, 
que podem ser repetidos ou não, e cada pode se ligar a um 
anticorpo, a presença de múltiplos epítopos é chamada de 
polivalência. 
Cap 14: Anticorpos e antígenos: 
 São glicoproteínas globulares de função 
imunitária da superfamília das imunoglobulinas, 
sintetizados por LB, principalmente plasmócitos, 
em resposta a um estímulo imunogênico, e 
interagem especificamente com imunógenos, 
que estimulam sua biossíntese. 
 Sintetizados pelos LB- produz anticorpos 
secretados nos fluidos(presentes em altas 
concentrações no soro) que neutralizam toxinas, 
previnem a entrada e dispersão do patógeno e 
eliminam microorganismos. 
 Formados pela proteína 
albumina+gamaglobulina. 
 Diferente de BCR que é um receptor de 
membrana, pois ambos são da superfamília das 
Ig, porém o BCR é produzido durante a 
diferenciação e maturação do LB e possui uma 
região na membrana e no citoplasma da cel, já o 
anticorpo não tem essas regiões e são produzidos 
quando o LB é ativado. 
 Todas as moléculas apresentam uma estrutura 
básica, apresentando variabilidade nas regiões os 
antígenos se ligam, pois são capazes de se ligar a 
uma grande quantidade de antígenos diversos 
Perfil eletroforético: 
Globulinas: alfa, beta e gama + albumina. 
Mieloma múltiplo: gamopatia monoclonal- IgG. 
 
 
 
Classes de Ig: 
 IgG: Encontrada em maiores concentrações no 
sangue. 
- Duas cadeias leves(l) idênticas e duas pesadas(h) idênticas, 
que apresentam regiões constantes C e variáveis V que 
Gamopatia monoclonal 
Pico elevado- gamopatia policlonal-
hipergamaglobulineamiaAgamaglobulinemia-falta de anticorpos solúveis 
Gamopatia biclonal 
hipogamaglobulinemia 
Autoria: Ana Beatriz Mendes – Medicina Veterinária 
participam do reconhecimento do antígeno,ou seja, tem 2 
locais de ligamento ao antígeno(Fab). 
-As leves podem ser  ou . 
-Menor Ig, por isso pode escapar dos vasos sanguíneos com 
maior facilidade do que os outros, sendo importante na 
inflamação, pois a maior permeabilidade vascular permite 
que a IgG participe da defesa desse tecido. 
 
 IgM: Segunda maior concentração no sangue, 
enquanto esta na superfície do LB age como BCR 
-Compostas por 5 unidades dispostas circularmente-
pentâmero, ou seja, tem 10 sítio de ligação. 
-Principalmente produzida na resposta imune primária e 
secundária(mascarado pela IgG), mais eficiente que a IgG na 
ativação do sistema complemento, na opsonização, 
neutralização de vírus e na aglutinação.Por ser grande não 
atravessa a placenta. 
 IgA: Secretada por plasmócitos das superfícies 
corpóreas, produzidas nas paredes do intestino, trato 
respiratório, sistema urinário, etc. 
-Dímero, cada monômero composto por 2 cadeias leves e 
duas pesadas, as duas moléculas são unidas por uma cadeia 
J, apresentando 4 sítios de ligação. 
-Secretada é a principal Ig nas secreções externas de não-
ruminantes. 
 IgE:Produzidas por plasmócitos abaixo das 
superfícies corpóreas. 
-Monômero em forma de Y, presente em baixas 
concentrações no soro 
-Desencadeia uma inflamação aguda atuando como molécula 
de transdução de sinal, responsável pela imunidade a 
helmintos. 
 IgD: BCR encontrado principalmente ligado aos LB e 
apenas uma pequena quantidade é secretada no 
sangue 
-Monomero, com 2 sitios de ligação. 
 
 Anticorpos monoclonais: provém de somente um 
linfócito B, selecionado artificialmente e replicado 
diversas vezes como um clone. Desta forma, este 
anticorpo liga somente a um epitopo de uma única 
forma. 
 Anticorpos policlonais: possuem vários clones, ou 
seja, se originam de diferentes linfócitos B, o que 
significa que reagem com vários epitopos do 
antígeno (por exemplo, várias partes de uma 
proteína). 
Síntese das cadeias pesadas de Ig: 
- Dois genes codificam a cadeia pesada: um codifica a região 
variável e outro a constante. 
- Cada gene que codifica região constante é composto por 
vários exons, sendo que cada exon codifica um domínio 
constante e um deles a região de dobradiça. 
-Os LB sofrem a recombinação VDJ que cria o sítio de ligação 
dos LB enquanto as células se desenvolvem na medula óssea 
na ausência de antígeno. 
-Quando os antígenos ativam os LB, ocorre uma segunda fase 
de recombinação que muda a classe de anticorpos produzida 
por um LB. 
Antígenos: 
 Algo que o organismo reconhece como estranho. 
 Propriedades: imunogenicidade(capacidade de 
induzir uma resposta imune específica) e 
antigenicidade(capacidade de interagir com LT ou LB 
já sensibilizados) 
 Imunógenos: moléculas que desencadeiam uma 
resposta imune. 
Cap 5: Sistema complemento: complexo existente no plasma 
formado por várias proteínas séricas diferentes e por um 
grupo de proteínas associadas à membrana celular, atuando 
por via enzimática que leva à ligação de proteínas específicas 
à superfície dos micróbios invasores, permitindo sua 
destruição. 
Funções: 
 Altera membranas microbianas, pela lise bacteriana 
e opsonização(facilita a fagocitose-opsoninas- 
anticorpos e moléculas do complemento) 
Autoria: Ana Beatriz Mendes – Medicina Veterinária 
 Atua na inflamação, provocando a desgranulação de 
mastócitos e a quimiotaxia de neutrófilos 
 Regula a produção de anticorpos 
 Remove imunocomplexos 
Capítulo 8/13: Células dendríticas e processamento 
antigênico/LB: 
 
 APCs são atraídas por alarminas(DAMPs) e ativadas 
pelos mesmos estímulos que desencadeiam a 
inflamação, são as cels dendríticas, macrófagos e LB. 
 O processamento antigênico envolve a quebra das 
moléculas de antígenos em peptídeos memores que 
são acoplados a receptores de antígeno 
especializados, MHC. Existe MCH I e MHC II cada um 
se liga a um tipo de antígeno diferente. Os peptídeos 
ligados ao MHC são transportados ate a superfície da 
célula e se ligam a receptores específicos dos LT que 
respondem a esses antígenos processados, 
desencadeando a resposta adquirida. 
Células dendríticas: 
 São sentinelas e ativam a resposta inata 
 São apc, capturam e processam os antígenos 
exógenos mais eficientemente para iniciar as 
respostas adquiridas, sendo as únicas apcs quem 
podem ativas LT virgens, iniciando as respostas 
primárias. 
 Se originam de células precursoras na medula óssea. 
As DCs imaturas migram para o corpo todo, sendo 
prominetes nos linfonodos, pele e superfícies 
mucosas, onde é mais provável de encontrar os 
micróbios invasores. 
Processamento de antígenos exógenos: 
As CDs são as primeiras células a entrarem em contato com o 
antígeno, as quais irão fagocitá-lo quando houver a ligação 
do seus PAMP ao TLR. Essa ligação ativará os fatores de 
transcrição, promovendo a liberação de prostaglandinas e 
citocinas, que atuarão na resposta do próprio tecido, e a 
expressão da proteína B7 (receptor celular de adesão), Em 
seguida, haverá a formação de um vacúolo para capturar o 
antígeno num fagossomo, que se funde ao lisossomo, cujas 
enzimas proteases degradam os antígenos 
progressivamente. O autofagolissomo contém fragmentos 
peptídicos que se fundem com um endossomo que carrega 
moléculas de MHC II recém-sintetizadas no RER que seguiu 
pelo retículo de Golgi em vesículas endocíticas. Uma vez 
combinados o fragmento antigênico e a molécula de MHC II, 
a vesícula se funde com a membrana celular e é apresentado 
na superfície da célula. Após isso, a célula migrará para o 
paracortex dos linfonodos pelo vaso linfático aferente para 
encontrar um linfócito CD4+ auxiliar. Essas células farão 
sinapse celular, de modo que o receptor CD4+ do LT interage 
com MHC II acoplado ao antígeno, o TCR se liga ao epítopo. A 
ligação do TCR estimula a expressão da CD40 ligante ao CD40 
da APC, que amplifica a resposta, de modo que a APC envia 
sinais ao LT, e o LT envia sinais para a APC. Como resultado, o 
LT expressa CD 28 e CD 152 e a APC expressa CD80 ou CD86 
(B7),amplificando o estímulo ao LT, levando à produção de 
IL2 que aumenta a sobrevida e a divisão celular. Esse sinal 
promove também a secreção de citocinas produzidas pela CD 
(IL1, IL6,IL8,TNF alfa) se ligam aos receptores de citocinas do 
LT, como CD25 (receptor de IL2) e CD118(receptor de 
interferon). Isso faz o LT sair do período G0 e entrar no G1, 
produzindo IL2 que permitirá a continuação do ciclo celular 
do linfócito, de modo que o LT entrará em expansão clonal. 
As citocinas produzidas pelas APCs presentes no meio 
estimulam a diferenciação de subpopulações de LT: 
 IL12(produzidas por CDs1 ou LB)- estimula a 
produção de IL2 e INF gama pelo LTh1, que secretam 
IL2, Interferon gama (promove a mudança de classe 
de produção de Ig do LB para IgG que será usada na 
opsonização de vírus e bactérias e fixação do 
complemento) e TNF α, promovendo respostas 
celulares e ativação de macrófagos. 
 IL1 e IL4(produzidas por CDs2 e macrófagos)- 
estimulam LTh2, que secretam IL4, IL5,IL10 e IL13, 
que estimulam a proliferação de LB 
 IL6, IL17 e Fator transformador de crescimento beta- 
estimula LTh17 que secretam IL7, promovendo 
reação inflamatória identificada recentemente e 
relacionado a doenças auto-imunes. 
Processamento de antígenos endógenos: 
A síntese do antígeno ocorre dentro da célula e geralmente é 
induzido por vírus. Para que ele entre na célula, 
primeiramente o vírus adere à superfície da APC ou de uma 
célula qualquer (todas apresentam MHCI), havendo a 
interação com o TCR e é endocitado. Os vírus assumem a 
maquinaria que sintetiza as proteínas da célula e utiliza para 
fazer novas proteínas virais. Os LT citotóxicos devem 
reconhecer as proteínas virais expressas na superfície das 
células infectadas.Proteínas recém-sintetizadas são 
ubiquitinadas para que sejam reconhecidas pelo 
proteassomo, o qual tem a capacidade de clivar essas 
proteínas em peptídeos menores. Proteínas de transporte, 
TAP, selecionam esses peptídeos do citoplasma e 
transportam para os endossomos. As moléculas de MHC de 
classe I são produzidas no RER, e segue ao Golgi em 
endossomos, que se fundem aos endossomos que contém os 
peptídeos, de modo que os peptídeos de até 9 aminoácidos 
se liga ao MHC. Esse endossomo segue ao Golgi e são 
transportados para superfície celular. 
A ativação ocorre semelhante ao LB, porém o MCH é de 
classe I, que irá interagir com o CD8+. Uma vez ativados, os 
LT CD8+, se diferenciam em efetoras e memória e saem dos 
OLS e quando reconhece um complexo antígenos-MHC 
expresso em outra célula, ele destrói a célula alvo, induzindo 
a apoptose. Essa destruição pode ocorre por meio de 
mecanismos apoptóticos intrínsecos ou pelo receptor de 
morte CD95. 
As subpopulções de LTCD8+, Tc1 e TC2, secretam citocinas 
como IL2 e interforon gama, e IL4 e IL5. 
Co-estimulação dos LB: 
Embora a ligação do antígeno a um BCR seja um primeiro 
passo essencial para a estimulação da resposta de um LB, 
costuma ser insuficiente para desencadear a formação de 
anticorpos. A completa ativação requer a co-estimulação 
pelos LT auxiliares, que devem, eles próprios, ser 
Autoria: Ana Beatriz Mendes – Medicina Veterinária 
apresentados aos antígenos, por uma célula dendrítica, 
macrófago ou mesmo LB. Assim, o LB pode capturar e 
processar o antígeno, apresenta-lo a um LT e então receber a 
co-estimulação do mesmo LT. 
Os LB são eficazes APCs. Após a ligação do antígeno, o BCR 
pode ser internalizado e degrado ou transportado a um 
compartimento intracelular, onde recém-sintetizadas 
moléculas de MHC II e fragmentos de antígenos interagem e 
formam complexos, que são transportados para a superfície 
do LB, onde formam uma sinapse com LT auxiliares, ativando 
o LT, que co-estimulam o LB, permitindo sua total ativação. 
Isso envolve a interação da CD40L do LT à CD40 do LB, da 
CD4+ ao MHC II, da CD28 à B7(CD80/86), e do TLR ao epítopo. 
Essa sinalização do TLR aumenta a produção de anticorpos e 
promove a mudança de classe de Ig. LTh2 secretam citocinas 
que iniciam e ativam a diferenciação dos LB, como IL4, IL5, 
IL6 e IL 13. Após a ativação, os LB iniciam sua expansão clonal 
nos centros germinativos, em seguida deixam-nos para 
formar os plasmócitos(produz Ig de especificidade idêntica à 
do BCR do LB parental) e as células memória(produção 
prolongada de anticorpos, por muitos anos após a exposição) 
Capítulo 10: Órgãos do sistema imune: 
As células tronco linfoides são formadas no omento, fígado e 
saco vitelino durante a fase fetal, nos adultos estas células-
tronco são encontradas principalmente na medula óssea 
 Órgãos linfoides primários: 
Regulam o desenvolvimento dos linfócitos, são a medula 
óssea, timo, placas de peyer e Bursa. 
I. Medula óssea: Possui muitas células dendríticas e 
macrófagos, removendo substancias estranhas da 
corrente sanguínea, e muitas células produtoras de 
anticorpos. Tem uma parte hematopoiética com 
células tronco pluripontente, a Stem cell, que vão 
originar as células sanguíneas, macrófagos, cels. 
Dendríticas e linfócitos e uma parte vascular, 
principal local onde os antígenos são capturados. A 
stem cell origina duas linhagens de células: 
progenitor linfoide e mieloide. A proliferação e 
maturação das celulas precursoras da medula óssea 
são estimuladas por citocinas, chamadas de fatores 
estimuladores de colônias, produzidos por LT 
estimulados por antígeno e macrófago, ou pelos 
macrófagos da medula óssea. 
II. Timo: o córtex é densamente infiltrada por linfócitos 
(timócitos), enquanto a medula contém poucos 
linfócitos. 
Obs: timectomia em adultos não apresenta efeitos imediatos, 
porém com o tempo, o número de linfócitos no sangue e a 
habilidade de desenvolver resposta imune celular diminuem 
gradualmente; 
O timo é a principal fonte da maioria dos LT no sangue 
responsáveis pela resposta imune celular. As células 
precursoras dos LT(pró LT) se originam na medula óssea e 
migram para o timo posteriormente, onde se multiplicam 
rapidamente. No timo passam por um processo de seleção, 
no qual os LT que possuem receptores capazes de se ligar aos 
auto-antígenos e causar doenças autoimunes ou que 
possuem receptores incapazes de se ligar a moléculas de 
MHC II são eliminados por apoptose. As células que não 
foram eliminados por seleção negativa, que reconhecem 
MHCII, são estimuladas a se desenvolver- seleção positiva. 
Essas cels saem maduras do timo, circulam pela corrente 
sanguínea e colonizam os órgãos linfoides secundários. 
 Órgãos linfoides secundários: 
Incluem o baço, linfonodos, tonsilas, aumentam de tamanho 
em resposta a um estímulo antigênico. 
I. Linfonodos: São filtros estrategicamente 
posicionados no sistema linfático para interceptarem 
os antígenos presentes na linfa. Sua parte interior 
está divida em córtex(periférico), paracórtex e 
medula. Alguns LT são encontrados no córtex, mas 
predominam LB, já no paracortex predominam os LT, 
sendo uma região célula T dependente, pois em 
neonatos timectomizados ou atímicos, esta região 
perde suas células. 
O linfonodo facilita a interação entre as APCs e as células 
sensíveis a antígenos (LB e LT). Quimicinas direcionam os 
linfócitos até as vênulas de endotélio alto, atravessando-
a e entrando no linfonodo, e conduzem as células 
dendríticas imatura, quando entram em contato com o 
antígenos, em direção ao paracórtex, onde vão 
apresentar o antígeno ao LT. Antígenos solúveis que 
entrarem no linfonodo são interceptados pelas cds, 
macrófagos ou LB. Os LT ativados podem interagir com os 
LB e iniciar a produção de anticorpos. 
Os linfonodos ativados pelos antígenos capturam os 
linfócitos. As interações locais entre agentes infecciosos 
e mastócitos provem a liberação de TNF-α, que impede a 
passagem de linfócitos através desses órgãos, que se 
acumulam e o linfonodo incha. Cerca de 24h depois, os 
linfonodos liberam os linfócitos retidos, aumentando a 
saída de linfócitos para a circulação por muitos dias. 
II. Baço: filtra o sangue, removendo partículas 
antigênicas, microorganismos, debris celulares e 
hemácias envelhecidas. A polpa vermelha é utilizada 
para o processo de filtragem do sangue e a branca é 
rica em linfócitos, consistindo no local onde ocorrem 
as respostas imunes. 
Polpa branca: apresenta LB e LT, que sob influência de 
quimicinas, se acumulam em zonas específicas. 
Zona marginal: separa a polpa vermelha da branca, e é 
uma importante área de trânsito de leucócitos que se 
deslocam entre o sangue e a polpa branca, além de ser 
rica em macrófagos, DCs e LB. 
Maturação de linfócitos 
Células tronco pluripotentes da medula óssea e do fígado 
fetal geram a progenitora linfoide que originam os LB, LT 
e CDs. Inicialmente, as células progenitoras se proliferam 
sob estímulo de citocinas(IL-7), e em seguida,vão se 
diferenciar em pró-linfócito, sob estímulo da proteína 
Jack3. Depois, e(irão expressar CD45)m resposta a sinais 
de pré-receptor de antígeno, que seleciona as células que 
rearranjam de maneira efetiva o primeiro conjunto de 
genes dos receptores de antígenos, ou seja, a expansão é 
aumentada quando ocorre a recombinação dos genes 
que codificam um das duas cadeias do receptor de 
Autoria: Ana Beatriz Mendes – Medicina Veterinária 
antígenos das cels B ou T, produzindo um pré-
receptor(pré-BCR e pré-TCR). 
Os receptores de superfície celular e fatores de 
transcrição induzem o rearranjo dos genes dos 
receptores de antígenos e tornam seus loci acessíveis a 
proteínas. Os fatores Notch-1 e GATA-3 estão envolvidos 
com desenvolvimento dos linfócitos para a linhagem T, 
pois alguns genes codificam componentes do pré-TCR e 
proteínas necessárias para a recombinação VDJ. Os 
incapazes de expressar os pré-receptores são levados à 
morte celular, em seguida as celsexpressam os 
receptores de antígenos completos, e os que não foram 
capazes de expressar esse receptor são levados à morte 
celular, os que passaram por essa seleção são novamente 
selecionados, positivo e negativo. Na seleção positiva, os 
linfócitos que se ligam fracamente a antígenos próprios 
sofrem a maturação em LT ou LB, enquanto na negativa, 
as células que se ligam fortemente aos antígenos 
próprios são eliminados por apoptose. 
 Maturação de LT: 
Célula-tronco da medula óssea, que não reconhece 
antígenos, e possui apenas os marcador CD44+, CD25-, C-
Kit+, se proliferam e migram para o cortex timo, sendo 
chamados de timócitos e onde expressam inicialmente os 
TCRs γδ e αβ. Essas células passam a expressar os marcadores 
CD25+, e os já expressados( CD44- e C-Kit+) e são as cels pró-
T ou duplo negativo pois não produzem CD4 e CD8. As céls 
TCR αβ se diferenciarão em LT CD4+(restrito ao MHC II) ou LT 
CD8+ (restrita ao MHC I). O movimento de linfócitos pelo 
timo é induzido pelas quimiocinas. O pró-T se diferencia em 
pré-T e nesse estágio inicia a expressão da Rag e TdT que dará 
segmento a primeira etapa de recombinação VDJ das cadeias 
do TCR ( cadeia beta e cadeia alfa- invariável).Em seguida 
passarão a expressar o CD4+ e CD8+, além de TCR alfa beta + 
sendo chamadas de duplo positivo. Passam por um processo 
de seleção, no qual são expostos as moléculas de MHC, que 
elimina as células autorreativas, ou seja que reconhece 
fortemente os antígenos próprios, e as que que reconhecem 
fracamente os MHC-próprio seguem para o próximo estágio, 
então passam para a medula as single + que foram 
selecionadas positivamente e vão para a periferia com LT 
naive, pronto para a resposta imune. 
 Maturação de LB: 
Células-tronco da medula óssea que não expressaram Ig e 
possuem marcadores CD 43+, que se prolifera e diferencia 
em pro-B, as quais não possuem Ig, mas possuem marcadores 
CD43+, CD19+, CD10+, e nesse estágio inicia a expressão da 
RAG e TdT que promovem a recombinação da cadeia pesada 
da Ig. Em seguida, iniciam a síntese da cadeia pesada µ e se 
diferencia em pré-B, que possui marcadores B220Io, CD43+, 
e receptores pré-BCR. Os sinais do pré-BCR são responsáveis 
pela maior expansão proliferativa das células B. Ocorre o 
rearranjo da cadeia leve  ou  e produção de IgM, passando 
para LB imaturo. Ele é exposto a autoantígeno e os LB que 
respondem são levados a apotose e os que não respondem 
seguem para a periferia e passam para o estágio de LB 
maduro, havendo a produção de IgM e IgD e coexpressão 
das cadeias pesadas e leves. Por fim, eles são expostos a 
antígenos e apenas os que respondem sobrevivem.

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