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Autoria: Ana Beatriz Mendes- Medicina Veterinária Forragicultura Definição: ciência que estuda as plantas utilizadas como forragem e a interação delas com os animais, o controle do solo e meio ambiente. Forragem: partes comestíveis de uma população de plantas, podendo ser herbáceas, arbustivas ou arbóreas, que podem servir na alimentação dos animais em pastejo ou colhidas e fornecidas no cocho. Vegetação: 1) Herbácea: forma de vida com caule herbáceo onde não há presença de lenhosidade (lignina) e quase sempre são caules verdes. Ex: Mucema preta. 2) Arbustivo: forma de vida definida pela presença de caule lenhoso ramificado desde a base, não formando tronco definido. Altura até 3,0 m. Ex: Feijão guandu (Cajanus cajan). 3) Subarbusto: planta intermediária entre a erva e arbusto, apresenta porte reduzido, mas seu caule apresenta lenhosidade. Altura até 1,5. Ex: cunhã. 4) Arbórea: forma de crescimento comum em plantas terrestres lenhosas onde a árvore cresce de forma monopodial (com ápice principal sobrepondo os demais e com poucas ramificações) até atingir cerca de 2m de depois ramificando-se. Planta com tronco não ramificado na base. Altura acima de 3m. Ex: Sabiá. Pasto: É a vegetação, geralmente gramíneas forrageiras, utilizadas para a alimentação do gado e por extensão é tido como terreno onde o gado é deixado para se alimentar. Pastagem: É um tipo de unidade de manejo de pastejo fechado separado de outras áreas por cerca ou outra barreira, e destinada à produção de forragem para ser consumida em pastejo. Área com ocorrência de plantas forrageiras constituindo a principal fonte de alimento para rebanho. Seus componentes básicos são: 1- Solo; 2- planta; 3- animal; 4- luz solar; 5-água; 6-ar. I. Pastagem cultivada: É a designação atribuída à área cultivada com espécies forrageiras exóticas nativas, cuja vegetação original foi removida para dar lugar a esta, sendo utilizada para alimentação de herbívoros domésticos. Características: Pequenas áreas; composição florística simplificada; produção alta; manejo agronômico. II. Pastagem nativa: São ecossistemas marginais e frágeis, em que um ou mais fatores ambientais são limitados, o que impõe a necessidade de um manejo calçado nos princípios de conservação dos recursos naturais responsáveis. São áreas impróprias para a agricultura intensiva, mas que são utilizadas para apascentamento do rebanho, produção de madeira, água... Características: Grandes áreas. Composição florística diversificada; produção baixa e manejo ecológico. Ecossistema: É a unidade funcional básica do estudo da ecologia (TANSLEY). Qualquer unidade que abranja todos os organismos que funcionam em conjunto numa dada área, interagindo com o ambiente físico de tal forma que um fluxo de energia produza estruturas bióticas claramente definidas (ODUM). Fatores climáticos que afetam a produção animal: Temperatura: reduz o consumo de matéria seca; aumenta o consumo de água; busca por sombra e vento; aumento da transpiração, da frequência respiratória e da baba; reduz os resultados em produção e saúde e a atividade do animal; aumenta o fluxo de sangue à pele e reduz o fluxo aos órgãos. Autoria: Ana Beatriz Mendes- Medicina Veterinária Importância dos pastos no mundo: 1. Ocorrência- 20% pasto; 10%agricultura; 27% florestas; 43% terras estéreis, cidades, estradas 2. Colheita: pode ser feita diretamente pelo animal (gera economia de mão de obra, equipamentos, etc...); culturas agrícolas necessitam de máquinas. 3. Localização: em condições ecológicas extremas, tem maior importância em altas atitudes e latitudes; terras secas e desertos; solos medíocres, lixiviados. 4. Produtividade: é mais fácil aumentar em pastagem do que na agricultura, uma área de pastagem é mais produtiva do que as culturas agrícolas. Benefícios dos pastos no mundo: 1. Produtores de alimentos: construindo-se a forragem mais econômica para os animais, principalmente quando é consumida diretamente pelo gado. 2. Fertilizadores: rotação de cultura, cobertura vegetal, uso de leguminosas; as forrageiras são utilizadas quando se pretende fazer rotação de cultura, pois a cobertura vegetal constitui-se um dos melhores e mais baratos fertilizantes para culturas posteriores. As raízes das gramíneas podem incrementar a base de nitrogênio fixado pelas leguminosas, produzindo por outro lado um tipo de matéria orgânica muito mais estável que a procedente das leguminosas. 3. Melhoramento de drenagem: aumenta a infiltração de água no solo, porque as raízes das leguminosas penetram até o subsolo, melhorando a drenagem, e as raízes fibrosas das gramíneas torna mais permeável a camada arável do solo, aumentando sua profundidade. 4. Protetores do solo: controle da erosão, uso de espécies de crescimento estolhoso; proporcionam a máxima proteção aos solos nas terras em declives e erosionáveis; protegem o solo contra a batida da chuva; as raízes das gramíneas retém o solo e unido as partículas do mesmo, aumentando a infiltração. Organomorfologia das principais famílias botânicas de plantas forrageiras- Gramineae/Poaceae; Leguminosae/Fabaceae: Morfologia das forrageiras- Importâncias: 1. É a base para identificação das plantas 2. Auxilia no manejo de forrageiras 3. As características físicas refletem os componentes de produção das plantas- nº de folhas, tamanho das folhas, nº de perfilhos. Autoria: Ana Beatriz Mendes- Medicina Veterinária Descrição geral: ✓ 700 gêneros, 12000 espécies, 75% das plantas forrageiras cultivadas e toda a produção de cereais do mundo. ✓ Podem ser: anuais- milho; bianuais-sorgo; perenes- capim elefante. ✓ Podem ter: pequeno porte- grama hawaii; médio porte- brachiaria; grande porte- capim coloniã. Botânica de Gramineae: Reino Vegetal; classe Monocotiledonia; família Gramineae, subfamília Arudinoideae, Bambusoideae, Eragrostoideae, Festueoideae, Panicoideae, Onizoideae. Morfologia de gramíneas: ✓ Órgão básicos: raiz, caule e folhas. ✓ Modificações dos caules e folhas: inflorescências e frutos. ✓ Raízes: Fasciculadas ➢ Origens: embrionária/gemular (adventícias- iniciais de raízes ou primórdios radiculares existentes nos nós) ➢ Funções: absorção de água e nutrientes, sustentação mecânica e melhoramento físico-químico do solo. ➢ O crescimento pode ser afetado pela fertilidade do solo, temperatura, estação do ano e ciclo vegetativo. ✓ Caule: ➢ Origem embrionária ou gemular- origem da gema basal. ➢ Divisão: nós e entre-nós, a maioria é cilíndrica. ➢ Entre-nós: ocos, medulosos ou sólidos ➢ Forma de crescimento: Tipos 1. Colmo- Ereto, aéreo, com uma série de nós separados por entre-nós. Capim elefante 2. Estolho-Aéreo, se desenvolvem horizontalmente sobre a superfície do solo. Cynodon 3. Rizoma- Subterrâneo, esbranquiçados, escamas no lugar de C. quicuio ✓ Folha: ➢ Simples, alternada, apeciolada, lanceolada, paralelinérvea e servilhada. ➢ Perfilho: unidade modular de crescimento das gramíneas forrageiras. Dessa forma, as gramíneas presentes no pasto constituem-se uma agregação de Autoria: Ana Beatriz Mendes- Medicina Veterinária diferentes perfilhos organizados conforme a origem de crescimento, a idade, o estádio de desenvolvimento e hierarquia. ✓ Flores: ➢ Hermafroditas, pequenas e complexas. ➢ Estruturas: Brácteas especiais (lema mais externa e pálea mais interna, que termina por uma ou mais aristas). Aperiantada (sem cálice e corola)- possui o perigônio, que consiste em 2 ou 3 escamas (lodículas) localizadas no ovário da flor- contribuem para manter abertas a pálea e a lema no momento da antese (abertura da flor). Androceu- 3 estames. Gineceu (uniovular e unilocular) - 2 estiletes com estigma plumoso ✓ Inflorescências: disposição das flores no caule nos ramos. ➢ Estruturas: pedúnculo, raios, pedicelos, espigueta, glumas, ráquis. ➢ As espiguetas estão em grupos ou racemosque constituem as inflorescências. ➢ Tipos: panícula, racemo e espiga. Autoria: Ana Beatriz Mendes- Medicina Veterinária ✓ Fruto: é a cariopse, coberta pela parede do ovário ou pericarpo. O embrião está embebido no endosperma. O cotilédone recebe o nome de escutelo. As raízes seminais ou embrionárias se encontram na região do cotilédone. Morfologia das leguminosas: ✓ Folhas: são alternas, pecioladas, sem bainha, sem lígula e sem colar, geralmente compostas, com limbo de forma variada e penada. 1. Simples: Quando o limbo é único 2. Composta: completa divisão do limbo primitivo em folíolos -penada: os folíolos se predem a um pecíolo comum, que corresponde à nervura principal da folha. a) Paripinada: quando os folíolos terminam em par, no meio dos quais se encontra a extremidade do ráquis, reduzida ou transformada em gavinha b) Imparipinada: quando os folíolos terminam em ímpar, sendo na extremidade um único folíolo, em posição mediana (exemplo: alfafa). -Recomposta ou bipinada: Quando os folíolos se subdividem em foliólulos Autoria: Ana Beatriz Mendes- Medicina Veterinária -Trifoliolada: quando a folha apresenta apenas três folíolos ✓ Raiz: axial ou pivotante. ✓ Caules: 1. Hastes: caules de plantas de pequeno porte, flexíveis, pouco resistentes pouco lignificados, peculiares de plantas herbáceas. 2. Troncos: de árvores ou arbustos, muito resistentes, inteiramente lignificados, podendo atingir grandes dimensões. ✓ Flores: completas. Corola- 5 pétalas: estandarte, asas e quilha. Calice Androceu: 10 estames Gineceu unicarpelar c vários óvulos. Autoria: Ana Beatriz Mendes- Medicina Veterinária ✓ Inflorescências: racemo, espiga e capítulo. ✓ Fruto: seco, capsula, tipo vagem.
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