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Resenha Filme Os 7 de Chicago

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O filme “Os 7 de Chicago” trata da história de sete homens acusados de
conspiração e promoção de desordem pelo governo dos Estados Unidos, mostrando
ao decorrer das cenas um julgamento injusto, parcial e com abuso de poder.
O caso ocorreu em Chicago, quando diversas pessoas se reuniram por
ocasião da Convenção Nacional Democrata de 1968 em protestos contra a Guerra
do Vietnã, que acabaram tomando um rumo inesperado com violência policial em
massa. Os sete acusados: Abbie Hoffman, Jerry Rubin, David Dellinger, Tom
Hayden, Rennie Davis, John Froines e Lee Weiner, enfrentaram um julgamento falso
com decisão já pré determinada. Seu advogado era o mesmo, William Kunstler, que
lutou por um julgamento justo na medida do possível, visto as dificuldades impostas
pelo juiz Julius Hoffman.
Havia um oitavo réu, Bobby Seale, um dos líderes dos Panteras Negras, que
teve seu direito a um advogado negado diversas vezes, assim como de um
julgamento justo e igualitário, visto o tratamento diferente dos outros réus por ser
negro. Não lhe era permitido expressar sua versão ou defender-se, sofrendo graves
repressões do juiz e até mesmo violência física. Após a morte de um amigo que lhe
ajudava com a defesa e suporte no tribunal, Seale se revolta e acaba sendo
amordaçado diante do júri. O ato foi tão perturbador, que o advogado representante
da União pediu desmembramento de seu caso do processo, visto que o réu nem ao
menos estava na manifestação acusada.
Cenas específicas chamam atenção na trama, como a manipulação do júri
em dois casos: falsa ameaça em nome dos Panteras Negras à família dos que
mostravam apoiar os manifestantes, sendo substituídos por pessoas próximas ao
juiz ou nitidamente contrárias a causa dos réus; e ao privar o júri de escutar o
testemunho do ex-procurador geral, peça extremamente importante na defesa. Além
disso, as atitudes do juiz mostram-se tão previsíveis, que chegam a se tornar piada
entre os réus e pessoas presentes no tribunal, ocorrendo de falaram junto com o
magistrado “indefiro” várias vezes como forma de protesto.
O que no início foi considerado um julgamento comum, terminou sendo um
dos mais famosos julgamentos políticos da época até hoje. Como já é de se
imaginar, os réus foram sentenciados a cinco anos. Na cena final, é oferecido a Tom
Hayden um benefício em troca de uma carta clara de arrependimento, espaço usado
pelo condenado para falar os cinco mil nomes dos soldados mortos na Guerra como
forma de protesto.
O filme mostra uma situação de 1968 que facilmente poderia ser enquadrada
nos dias atuais, diante de tanta injustiça e erros pelo ordenamento e seus
praticantes. Diante dos inúmeros direitos fundamentais violados e a explícita falta de
acesso à justiça denunciada, entende-se a importância de um julgamento justo,
imparcial e igualitário.

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