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1 Ivina Marcella H1N1 INTRODUÇÃO A infecção pelo vírus Influenza A subtipo H1N1 consiste em uma doença infecto-contagiosa que acomete as vias respiratórias superiores e/ou inferiores. É ocasionada por variante do vírus influenza, que surgiu, muito possivelmente, de mutações do material genético de vírus humano ,suíno e aviário. ´ ETIOLOGIA O vírus da influenza A é da família Ortomixiviridae e é um vírus de RNA de fita simples. Na família dos vírus influenza o subtipo A é o responsável pelas maiores ocorrência de surtos da gripe. Então é importante relembrar que o Influenza A vai possuir no seu envoltório proteico duas glicoproteínas: Hemaglutinina (HA) e Neuraminidase (NA). Essas glicoproteínas são responsáveis por determinar: • O aspecto do envelope viral. • A variação antigênica do vírus • A resposta imune do hospedeiro A HA vai no envelope do H1N1 e ela é de grande importância na patogenicidade do vírus e resposta imune do paciente. É ela a responsável pela ligação do vírus ás células do sistema respiratório através da interação com ácido siálico. A ligação da HA aos receptores vai induzir a entrada do vírus por endocitose. A NA é responsável pela clivagem do ácido siálico permitindo a disseminação da infecção ao facilitar o acesso da partícula viral às células através da degradação do ácido siálico extracelular e também pela destruição dos receptores da HA na superfície das células, impedindo que as partículas virais permaneçam imobilizadas na superfície das células infectadas. O vírus influenza H1N1 apresenta, em sua superfície viral a HA do tipo 1 e NA também do tipo 1. A presença das proteínas HA e NA no envelope proteico determinam os subtipos da gripe influenza. Dentre os subtipos de influenza A, os subtipos H1N1 e H3N2 são os que se encontram em circulação ativa entre humanos. EPIDEMIOLOGIA O vírus Influenza apresenta três tipos: A, B e C. As epidemias e pandemias estão associadas, em geral, ao tipo A. 5 Esses vírus podem ser subdivididos em subtipos, de acordo com as proteínas de seu envelope chamadas de H (hemaglutinina)e de N (neuraminidase). As principais características dos três diferentes tipos antigênicos são: • TIPO A: É o mais prevalente; tem como reservatórios naturais o ser humano e várias espécies animais, especialmente aves selvagens, suínos, patos, galinhas, perus, cavalos, baleias e focas. As aves selvagens, usualmente, não adoecem, ao contrário das domésticas Infecta o ser humano durante todo o ano, com novos sorotipos, causando epidemias a cada triênio. Os suínos infectados com o vírus Influenza podem manifestar alterações clínicas semelhantes às humanas, como tosse, febre e coriza.( que nojo,vou refletir sobre o meu consumo de bacon) É transmitido, raramente, de outros animais para o ser humano. Os subtipos de importância humana são constituídos por H1, H2, H3; e N1, N2; para as aves, por 16 H e nove N. As combinações possíveis de importância humana são: H1N1, H2N2, e H3N2. 2 Ivina Marcella O subtipo H1N1 representa a etiologia mais comum da gripe no ser humano. É recente o encontro de infecção humana pelos subtipos H5, H7 e H9, que normalmente afetam as aves; sem relato, a não ser em condições excepcionalmente raras, de transmissão interpessoal. As proteínas de superfície desse tipo estão sujeitas a pequenas e constantes mudanças antigênicas (drift antigênico), que determinam diferenças entre os vírus da gripe entre épocas diferentes e permitem infectar novas populações humanas, com pouca ou nenhuma resistência imunológica. Essas variações associam-se com pequenas alterações que ocorrem entre um até poucos anos, ou grandes e capazes de infectar grandes grupos populacionais (pandemias). As variantes H1N1 selvagens são de baixa patogenicidade; entretanto, foram responsáveis pela metade das gripes de 2006 . • TIPO B: Provoca infecções anuais no ser humano, causando epidemias a cada quatro a seis anos. Não afeta os animais nem possui subtipos. Portanto, não apresenta mudanças antigênicas. • TIPO C: É endêmico, causa apenas casos esporádicos, sem importância epidemiológica, já que se associa com doença leve ou assintomática A evolução de uma epidemia ocorre em fases reconhecidas como as seguintes: • PROBABILIDADE INCERTA DE PANDEMIA: Fase 1 – ausência de doença no ser humano por vírus Influenza que circula entre animais; Fase 2 – doença no ser humano provocada por vírus Influenza que circula em animais selvagens ou domésticos, o que o torna capaz de provocar pandemia. • PROBABILIDADE DE MÉDIA PARA ALTA DE PANDEMIA: Fase 3 – doença esporádica ou em pequenos surtos, sem evidência de transmissão inter-humana suficiente para manter esses surtos; com risco potencial de provocar pandemia; Fase 4 – pequeno(s) foco(s) de transmissão inter- humana, de localização limitada, com risco potencial de provocar pandemia. • ALTA PROBABILIDADE DE PANDEMIA: Fase 5 – maior expansão inter-humana, restrita a dois ou mais países de uma região do planeta, com risco de provocar pandemia. • PANDEMIA EM EVOLUÇÃO: Fase 6 – transmissão inter- humana sustentada e atingindo mais de duas regiões planetárias. • PERÍODO PÓS-PICO: nível de transmissão inter- humana em diminuição – em muitos países que possuem registros de vigilância sanitária confiável – abaixo dos valores detectados no momento de pico máximo. • NOVA ONDA POSSÍVEL: em que o nível de transmissão inter-humana aumenta de novo, em muitos países que possuem registros de vigilância sanitária confiável. • PERÍODO PÓS-PANDÊMICO: em que a transmissão inter- humana retorna aos níveis vistos para a infecção pelo vírus Influenza Sazonal, em muitos países que possuem registros de vigilância sanitária confiável. PATOGENIA Inicialmente, a infecção viral acomete as células do epitélio colunar ciliado, mas também pode envolver outras células do trato respiratório, como: • células alveolares, • células das glândulas mucosas • macrófagos. Nas células infectadas, os vírus se replicam dentro de 4 a 6 h e, em seguida, são liberados para infectar células adjacentes ou próximas. Apartir dai , a infecção propaga-se a partir de alguns poucos focos para envolver grandes quantidades de células respiratórias depois de várias horas. Por fim, as células sofrem necrose e descamam; em algumas áreas, o epitélio originalmente colunar é substituído por células epiteliais metaplásicas e achatadas. A gravidade da doença correlaciona-se com a quantidade de vírus 3 Ivina Marcella disseminado nas secreções; com isso , o próprio nível de replicação viral pode ser um fator importante à patogenia. Apesar do desenvolvimento habitual de sinais e sintomas sistêmicos como febre, cefaleia e mialgias, os vírus influenza foram detectados apenas raramente em estruturas extrapulmonares (inclusive na corrente sanguínea). Algumas evidências sugerem que a patogenia dos sintomas sistêmicos da influenza possa estar relacionada com a liberação de algumas citocinas (principalmente o fator de necrose tumoral, o interferon-gama, a interleucina-6 e a interleucina 8) nas secreções respiratórias e na corrente sanguínea. TRANSMISSÃO A transmissão do vírus Influenza Pandêmico (H1N1)2009 é cada vez mais inter-humana e ocorre desde 24 horas antes até 07 dias (adultos) a 14 dias (crianças) após o início da sintomatologia que desencadeia, ou desde 24 horas antes do início até 24 horas após cessar a febre. O vírus pode continuar a ser eliminado com potencial de infectividade por meses em pessoas imunossuprimidas.A quantidade de vírus eliminado, em geral, correlaciona-se com a intensidade da temperatura corpórea. O modo de transmissão pode ser DIRETO – mais comum – de pessoa a pessoa, por inalação de gotículas de aerossol (maior que 5 micras de diâmetro), eliminadas pelo indivíduo infectado ao tossir,espirrar e falar, INDIRETO, pelo contato – especialmente pelas mãos – com as secreções infectadas. O período de incubação vai de 24 a 72 horas. As regiões consideradas de risco para a introdução do vírus são, em geral, as de temperatura mais baixa.
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