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Direito Civil II

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a lei e fonte mediata o contrato.
c) ( ) O conflito obrigacional descrito tem como sujeito ativo Beatriz e sujeito 
passivo Mário, em torno de uma obrigação que consiste em uma 
obrigação de fazer, infungível e o objeto mediato, o vestido de noiva e 
que tem por fonte imediata a lei e fonte mediata o contrato.
d) ( ) Não houve relação obrigacional neste caso.
e) ( ) Por ser o vestido de noiva bem fungível, a relação obrigacional está 
eivada de nulidade.
3 (FMP Concursos/PGE-AC – Procurador do Estado/2017) Considere as 
seguintes afirmativas sobre o tema das obrigações no âmbito do Código 
Civil. Assinale a alternativa INCORRETA:
a) ( ) Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, 
se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se 
resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
b) ( ) Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar 
a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
AUTOATIVIDADE
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c) ( ) Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que sem culpa do devedor, 
se lhe torne impossível abster-se do ato que se obrigou a não praticar.
d) ( ) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao credor, se outra coisa não 
se estipulou.
e) ( ) A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa 
ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de 
ordem econômica ou pela razão determinante do negócio jurídico.
4 (IDECAN/Câmara de Aracruz-ES – Procurador Legislativo/2016) Nos 
termos do Código Civil brasileiro, quanto ao direito das obrigações, é 
INCORRETO afirmar que:
a) ( ) Na obrigação de dar coisa incerta, esta prescinde de indicação de gênero 
e quantidade.
b) ( ) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa 
não se estipulou.
c) ( ) Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação 
e parte em outra.
d) ( ) Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, 
resolver-se-á a obrigação.
e) ( ) Na obrigação de dar coisa incerta não se faz necessária a indicação de 
quantidade.
5 (FUNDEP/Prefeitura de Nossa Senhora do Socorro/SE – Procurador 
do Município/2014) A respeito do direito das obrigações, assinale a 
alternativa CORRETA:
a) ( ) Até a tradição da coisa, os frutos percebidos são do devedor e os 
pendentes do credor.
b) ( ) Nas obrigações de dar coisa incerta, determinadas pelo gênero e pela 
quantidade, a escolha pertence, necessariamente, ao devedor.
c) ( ) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor. Não havendo 
acordo, decidirá o juiz, findo o prazo por ele assinado para a deliberação.
d) ( ) O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em 
relação aos outros coobrigados.
e) ( ) A solidariedade, quando resulta da lei ou da vontade das partes, 
presume-se em favor do credor.
6 Maria, ao acompanhar o trabalho de Ângela pelas redes sociais e entender 
que é o tipo de pintura específica que pretende ter em sua casa, contratou 
Ângela para que esta se obrigasse, de maneira personalíssima, a fazer a 
pintura das paredes do quarto de seu bebê que está para nascer. Nesse caso, 
a obrigação de Ângela é de:
a) ( ) Fazer infungível.
b) ( ) Fazer fungível.
c) ( ) Dar coisa incerta.
d) ( ) Dar coisa certa.
e) ( ) Entregar fungível.
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TÓPICO 3
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Já iniciada a nossa introdução à Teoria Geral das Obrigações e ao 
adquirirmos entendimento acerca tanto da estrutura em que se organizam quanto 
das funções que desempenham as relações obrigacionais dentro do Direito 
Civil, passamos agora a, objetivamente, classificar as espécies de obrigações 
identificadas em nosso ordenamento jurídico.
Para isso, iniciaremos este tópico com as relações fundamentais para 
nosso livro didático, as relações civis. Após, passaremos pela averiguação das 
diferenças entre obrigações naturais e morais, a fim de identificar quais dizem 
respeito ao mundo jurídico e quais não. Por fim, seremos levados à classificação 
basilar de nosso Código Civil acerca das relações obrigacionais, identificando e 
entendendo as obrigações de dar, fazer e não fazer.
2 OBRIGAÇÃO CIVIL
Como já foi visto nos tópicos anteriores, obrigação no mundo jurídico é 
qualquer relação de crédito e débito que atinja o seu objetivo de solvência a partir 
do cumprimento desta. 
A obrigação civil é aquela da qual nasce um vínculo jurídico de prestação 
entre o credor e o devedor. Neste caso, o devedor da relação pode ser alvo 
de uma intervenção estatal por parte do credor, caso este não cumpra com a 
obrigação, ou seja, com o inadimplemento da obrigação, o credor terá o direito 
de intervir judicialmente para garantir o cumprimento por parte do devedor.
A natureza da obrigação civil pode ser pessoal, personalíssima e material:
a) Obrigação pessoal: é aquela que, apesar de assumida pelo devedor, poderá ser 
cumprida por uma terceira pessoa. 
b) Obrigação personalíssima: é aquela que somente poderá ser cumprida pelo 
devedor.
c) Obrigação material: é aquela que consiste na entrega de um determinado bem.
Além disso, é importante que saibamos que a obrigação civil possui por 
objeto alguma prestação que possa ser aferível de maneira econômica. A partir 
disso, as obrigações são classificadas da seguinte maneira:
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UNIDADE 1 | TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES
1) Quanto ao objeto
O objeto da obrigação pode ser mediato ou imediato.
a) Imediato: a conduta humana de dar, fazer ou não fazer. Exemplo: Obrigação 
da pessoa que vendeu um carro, devedor de obrigação, de dar a chave do carro 
adquirido para o credor, novo proprietário.
b) Mediato: é caracterizado pela prestação em si. Exemplo: O que vai ser dado? 
A chave.
2) Quanto aos seus elementos:
Como já visto anteriormente, a obrigação é composta por três elementos, 
que são:
a) Elemento subjetivo: representado pelos sujeitos da relação (ativo e passivo).
b) Elemento objetivo: representado pelo objeto da relação jurídica em questão. 
c) Vínculo jurídico existente entre os sujeitos da relação.
É a partir desses elementos que conseguimos classificar as obrigações em:
• Obrigação simples: são aquelas que aparecem representadas por todos os 
elementos de maneira singular. Isso quer dizer que uma obrigação simples 
será estruturada por apenas um sujeito ativo, um sujeito passivo e um objeto.
• Obrigação composta ou complexa: diferentemente das obrigações simples, 
estas aparecem representadas por algum dos elementos, podendo ser todos ou 
qualquer um deles de maneira plural. Exemplo: uma obrigação que contenha 
dois sujeitos ativos, um sujeito passivo e um objeto.
Entendemos, então, que:
QUADRO 2 – CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
QUANTO AO 
OBJETO Imediato Mediato
QUANTO AOS 
ELEMENTOS Subjetivo Objetivo Vínculo jurídico
QUANTO 
AO MEIO E 
RESULTADO
Meio Resultado
FONTE: A autora
TÓPICO 3 | CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
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FONTE: A autora
As obrigações compostas ou complexas, por sua vez, se subdividem em: 
a) Obrigações cumulativas: os objetos apresentam-se somados, ou seja, estão 
associados à conjunção "e". Exemplo: O cidadão devedor X deve dar para o 
cidadão credor Y um carro e uma moto.
b) Obrigações alternativas: os objetos apresentam-se se alternando entre opções, 
ou seja, associados à conjunção "ou", pode ser um objeto substituído por outros, 
como opção do cidadão devedor. Exemplo: O cidadão devedor X deve dar para 
o cidadão credor Y o valor de R$ 10.000,00 ou um carro.
c) Obrigações divisíveis: é quando a obrigação possui mais de um sujeito ativo 
e o objeto aparece dividido entre mais de um sujeito. Exemplo: quando se tem 
obrigação de dar determinada quantia em dinheiro somada para mais de um 
sujeito credor. Como uma dívida em que o montante é de R$ 100.000,00 e se 
possui dois credores, então a solvência ocorre ao se pagar R$ 50.000,00 para 
cada um dos dois credores.
d) Obrigações indivisíveis:
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