Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GRAVURA: da origem à atualidade RESUMO Produzido por Augusto Henrique PRODUÇÕES ARTÍSTICAS INTERDISCIPLINARES PÁGINA 1 Pense em uma superfície plana de um material duro, ou que tenha alguma plasticidade, pense ainda nela como um condutor de imagem. Agora, pense na transformação desta superfície em uma matriz de maneira a ser criada e reproduzida um certo número de vezes. Este processo, em síntese pode ser ilustrado como sendo a gravura. Em se tratando do âmbito das artes visuais, o ato de gravar seja por incisão ou por caracteres, gestos ou figuras em suporte com a sinalização de transmover uma imagem para outro suporte é o sentido da gravura nas artes. Entretanto, é preciso esclarecer questões quanto à grafia que pode ser confundida com a gravura como é o caso da serigrafia e da litografia que são processos que não usam incisão. A gravura possui dois âmbitos: a criação e a técnica. Na criação estamos lidando diretamente com a experiência estética, enquanto na técnica o que está em jogo são as questões quanto a um bom resultado do processo final (matriz e estampa). Assim, gravura em artes visuais é, portanto, um meio expressivo que envolve matriz, gravação e impressão. O resultado imagético pode ser reproduzido em certo número de exemplares da obra. Esta característica denomina-se reprodutibilidade. Deste modo, é preciso ressaltar que a gravura além de suas experiências estéticas, cumpriram no passado funções importantes quanto a difusão do conhecimento científico, cultural, histórico e religioso, ganhando, por isso, o status de “arte generosa”. Além disso, de acordo com os autores, a gravura tem um papel muito importante na criação do saber da nossa civilização, tanto pela circulação da informação visual quanto pela difusão de novos paradigmas estéticos e em se tratado das artes visuais, a gravura de criação mostra-se, a cada dia, uma ótima variação de expressões artísticas. Com as questões de se fazer arte com dispositivos móveis e digitais, fala-se em gravura digital, embora existam correntes teóricas que afirmam que não existe gravura digital porque não há uma matriz, logo, também não há incisões o que são características que como foi citado no inicio do texto, são particularidades fundamentais para a gravura acontecer. Assim, uma questão dentro desse panorama pós-moderno é a diferenciação do que seria técnica e do que seria tecnologia, a autora Pimentel (2018) nos diz o seguinte: em relação à tecnologia, Katinsky ressalta que a técnica é um fenômeno mais geral, um procedimento universal, dentre os mais primários na história humana, enquanto a tecnologia se refere a fenômenos particularizados e eventuais e possui aspecto essencial de constante transformação. (KATINSKY, 1990, p.69 apud CUNHA, 2012, p.53) A diferença entre técnica e tecnologia é seu uso social. Ou seja, a técnica vem com o material e a tecnologia é o que cada um@ faz com ela, a partir de seu uso social. PÁGINA 2 Portanto, em se tratando do contexto contemporâneo e pós-moderno em que estamos situados, ainda cabem muitas contribuições sobre a conceituação da gravura na pós- modernidade, sobre sua produção e conceituação. REFERÊNCIAS PIMENTEL, Lucia G. Gravura. Texto da disciplina Monotipia e Impressão, do Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais e Tecnologias Contemporâneas da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte: EBA/UFMG – plataforma moodle, 2018.
Compartilhar