Buscar

Resumo Atuação Farmaceutico Hospitalar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Atuação clínica em equipe multiprofissional de saúde 
A equipe multiprofissional é formada por diferentes tipos de profissionais, que possuem habilidades técnicas com vivências e experiências distintas um dos outros. A equipe multidisciplinar é formada por farmacêuticos, enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares administrativos, auxiliares de limpeza, técnicos de enfermagem, técnico de laboratório, médicos das mais diversas especialidades, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais.
Os pacientes hospitalizados podem ter necessidades especiais em função dos desequilíbrios metabólicos impostos pelas doenças. O paciente internado necessita de cuidados não apenas para os problemas fisiopatológicos, mas também para as questões psicossociais, que se tornam intimamente interligadas à doença física. 
Vários estudos têm avaliado o papel da equipe multidisciplinar o quanto é capaz de cuidar daqueles pacientes com diferentes níveis de complexidade. Com o objetivo de identificar os problemas inerentes à administração é verificar o impacto da atuação de uma equipe multidisciplinar na qualidade dos procedimentos.
A Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº585 de 29 de agosto de 2013, define Farmácia clinica como área da farmácia voltada a ciência e prática do uso racional de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidados ao paciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover a saúde e bem-estar e prevenir doenças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que o farmacêutico é o profissional com melhor capacitação para promover o uso racional de medicamentos endo ele indispensável para organizar os serviços de apoio necessários para desenvolvimento pleno da assistência farmacêutica. 
A farmácia clínica e a atuação multiprofissional estão interligadas, pois, essa área está totalmente voltada para o cuidado do paciente. Visando à promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de seus agravos, devido ao uso inadequado de medicamentos. O farmacêutico clinico busca sempre promover o uso racional de medicamentos e melhorar a qualidade de vida do paciente. Todas as atividades realizadas pelo farmacêutico clínico devem ser registradas de maneira sistemática e acessível aos demais profissionais que fazem atendimento ao paciente.
Uma das atividades desenvolvidas pelo farmacêutico clínico é a avaliação das prescrições médicas no intuito de prevenir e resolver os problemas relacionados a medicamento (PRM), uma vez que estes são classificados como a principal causa de eventos adversos, sendo responsáveis pelo aumento no tempo de internação, morbidade, mortalidade e aumento nos custos hospitalares. Neste processo, o 
farmacêutico avalia os dados antropométricos do paciente (idade, peso, altura, sexo), história clínica, indicação terapêutica dos medicamentos prescritos, dose, posologia e via de administração; duplicidade terapêutica, presença de interações medicamentosas, alternativas terapêuticas mais adequadas/disponíveis, incompatibilidades físico-químicas, estabilidade das soluções, presença de reação adversa a medicamento (RAM).
A colaboração profissional do farmacêutico na equipe multiprofissional promove relações e interações nas quais os profissionais poderão partilhar conhecimentos, especialização e habilidades entre si, com o objetivo de proporcionar melhor atenção ao paciente em termos terapêuticos, humanísticos e relativos à segurança.
O QUE FAZ
- Realiza e desenvolve procedimentos para a promoção, proteção e recuperação da saúde;
- Assegura que o medicamento seja administrado na dose, frequência, via de administração e horário corretos;
- Verifica se a prescrição médica está de acordo com aspectos técnicos e legais;
- Promove intervenções terapêuticas, quando necessário;
- Realiza consulta, anamnese e avaliação farmacêutica;
- Integra comissões, criadas com o objetivo de promover o uso racional de medicamentos e garantir a segurança do paciente;
- Planeja e coordena, junto com outros profissionais da saúde, estudos epidemiológicos e outras investigações relacionadas à área da saúde;
- Participa de comitês de ética em pesquisa;
- Monitora e avalia os resultados da farmacoterapia por meio da solicitação de exames;
- Analisa os níveis terapêuticos dos fármacos administrados durante o tratamento do paciente;
- Identifica interações medicamentosas;
- Desenvolve plano de cuidado farmacêutico individual para cada paciente;
- Analisa, em períodos pré-determinados, os resultados das intervenções farmacêuticas;
- Administra medicamentos aos pacientes, quando for de sua competência profissional;
- Orienta quanto à administração de formas farmacêuticas;
- Prescreve no âmbito de sua competência profissional;
- Verifica a adesão do paciente ao tratamento medicamentoso.
- Desenvolve métodos para promover a maior adesão do paciente ao tratamento;
- Informa e orienta a sociedade quanto ao uso racional de medicamentos, por meio de programas e materiais educativos;
- Participa da formação e desenvolvimento profissional de farmacêuticos;
- Faz parte da coordenação, supervisão, auditoria, acreditação e certificação de ações e serviços relacionados às atividades do profissional farmacêutico;
- Elabora e atualiza formulários terapêuticos e protocolos clínicos para a utilização de medicamentos;
O profissional sete estrelas deve ser: • Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde; • Capaz de tomar decisões; • Comunicador; • Líder; • Gerente; • Atualizado permanentemente; • Educador.
Farmácia clínica em grupos específicos de paciente
· UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Os pacientes que são internados em uma unidade de terapia intensiva, são considerados pacientes de alto risco, devido à natureza crítica de suas doenças. Estes pacientes têm doenças que ameaçam a vida e sofrem risco de falência de um ou mais órgãos vitais. As taxas de morbidade e mortalidade estão aumentando cada dia mais por conta de tratamento ineficaz ou tratamento inadequado. Por isso que é de extrema necessidade que a terapia medicamentosa seja revisada continuamente. 
O farmacêutico de unidade de terapia intensiva, deve ter a habilidade para atuar em todas as partes do processo que envolve medicamentos, desde a prescrição, dispensação, administração e monitoramento para garantir o mais seguro uso de medicamentos. O farmacêutico vai promover informações adequadas de como administrar os medicamentos de uma forma segura para equipe de enfermagem, e observar se o paciente está tendo reações adversas sob os medicamentos prescritos, á integração do farmacêutico na equipe multidisciplinar pode diminuir a frequência de erros de prescrição, aumentando a segurança do paciente.
Em estudos classificam as atividades do farmacêutico clínico em avaliar o regime medicamentoso do paciente com base no modelo de assistência farmacêutica e também avaliar a sua efetividade, prevenir e documentar RAMs, e erros de medicação. O farmacêutico também deve realizar um monitoramento farmacocinético, participar de programas institucionais, participar da avaliação dos pacientes e fornece recomendações sobre as medicações em escrito, e auxiliar na preparação de protocolos e guias de cuidado intensivo.
É importante ressaltar que as recomendações feitas por farmacêuticos clínicos podem ser realizadas de forma consistente, com uma alta taxa de aceitação mantida durante um período prolongado os pacientes mais críticos recebem muitos medicamentos, principalmente por via intravenosa que exige um nível mais alto ao farmacêutico.
Também é importante ressaltar a revisão de prescrições medicamentosas, sugere-se e que um farmacêutico hospitalar possa efetivamente reduzir erros de prescrição e danos relacionados em uma UTI. Embora os médicos não estejam acostumados com a participação do farmacêutico na unidade, o número de intervenções aceitas mostra que as recomendações são clinicamente relevantes. 
É importante salientar que os erros de prescriçãoe o número de intervenções farmacêuticas aumentam no período inicial de treinamento de novos residentes em medicina, sugerindo um adicional esforço do farmacêutico hospitalar da UTI nesse momento.
Estes dados dão suporte ao fato que os farmacêuticos já têm desenvolvido um papel clínico definido, cada vez mais focado no aprimoramento da terapia medicamentosa e que a anamnese realizada pelo farmacêutico ao longo da terapia de pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi essencial para que o atendimento farmacêutico promovesse a reconciliação dos medicamentos e evitasse erros de medicação.
· ONCOLOGIA
O profissional farmacêutico tem se mostrado indispensável na farmacoterapia desses pacientes, como disposto pelo próprio Conselho Federal da categoria, ao estabelecer a competência do farmacêutico em avaliar a medicação presente na prescrição médica de acordo com a quantidade, qualidade, estabilidade, interações e padronização dos componentes necessários no preparo dos medicamentos antineoplásicos.
No desafio de prevenir e controlar o câncer existe a integração de vários saberes científicos e de uma equipe multidisciplinar que precisa ser altamente qualificada, incluindo os farmacêuticos, uma vez que a farmacoterapia vem sendo aplicada como uma das formas de prolongar a expectativa de vida do paciente e, até mesmo, curar o câncer. 
Os fármacos são indispensáveis ao longo do tratamento e neste processo há uma complexa rede de fatores que devem ser observados, como as terapias farmacológicas utilizadas, os riscos inerentes ao desenvolvimento das práticas envolvidas, a importância na garantia da segurança do paciente e o meio em que está inserido.
O farmacêutico com especialização na área de oncologia para acompanhar o tratamento de pacientes com câncer no ambiente hospitalar é imprescindível, sendo suas atribuições e competências com o intuito de contribuir com orientações sobre as medicações auxiliando na identificação de erros relacionados a prescrição, investigando também, as reações adversas na utilização em pacientes hospitalizados como forma de colaborar com a farmacovigilância hospitalar, devendo assim, intervir na prescrição e contribuir para a equipe multidisciplinar oncológica, através da troca de experiências para a segurança no tratamento terapêutico e paliativo.
Em 1996, o Conselho Federal de Farmácia ampliou a atuação do farmacêutico com a Resolução 288/96, elencando como competência exclusiva destes profissionais a manipulação de medicamentos quimioterápicos ou citotóxicos. Esta Resolução dispôs sobre a competência legal exclusiva na manipulação de antineoplásicos que trouxe consigo avanços para o farmacêutico com especialização em oncologia, uma vez que aumentou expressivamente a atuação destes profissionais na farmacoterapia dos pacientes com câncer e de outros procedimentos farmacoterápicos.
Erros ao longo do tratamento podem ser bastante prejudicial para a qualidade e expectativa de vida do paciente oncológico. Uma das formas de prevenir tais erros é promover o acompanhamento farmacêutico no que diz respeito à verificação e análise das prescrições médicas, farmacoterapia e supervisão quanto ao armazenamento, fornecedores e fabricantes dos medicamentos.
Foi evidenciado a necessidade de uma relação do farmacêutico com a equipe multidisciplinar do hospital, dentre eles os médicos, os enfermeiros, os nutricionistas, os psicólogos, os fisioterapeutas, os fonoaudiólogos e os auxiliares de saúde, na terapia para o sucesso do tratamento oncológico.
· IDOSO
Cerca de 90% dos idosos consomem pelo menos um medicamento e 1/3 deles cinco ou mais princípios ativos simultaneamente, seu uso irracional se traduz em consumo excessivo de produtos não indicados, muitos idosos chegam a utilizar diariamente mais de quatro tipos de medicamentos, sejam prescritos ou de venda livre. Os idosos, de acordo com a farmacocinética clínica, possuem uma série de alterações que interferem diretamente nos processos de absorção, distribuição, metabolização e excreção dos medicamentos. Os efeitos tóxicos nesses pacientes podem ocorrer de maneira mais proeminente devido a diminuição das funções hepática e renal, assim como a menor quantidade de água dos medicamentos. 
Uma grande problemática encontrada na farmacoterapia dos idosos que pode ser contornada com a atuação do profissional farmacêutico é a adesão ao tratamento medicamentoso, que pode ser compreendida com a utilização, em pelo menos 80%, do total dos medicamentos prescritos, observando fatores como horário, dose e duração do tratamento. O uso incorreto de medicamentos, a subutilização, o uso irracional ou não utilização total dos fármacos prescritos são formas de não adesão ao tratamento medicamentoso. A não adesão a terapêutica acarreta complicações da doença, surgimento de novas patologias, hospitalizações e ate mesmo a morte, promovendo elevados custos financeiros para o sistema de saúde. 
Pesquisas indicam que a cada fármaco utilizado pelo idoso, a chance de internação por complicações hospitalares chega a 65%, além de 30% dos internamentos hospitalares envolvendo idosos compreendem resultados tóxicos provenientes de sua utilização. Ressaltando a importância do acompanhamento por parte do farmacêutico, visto que a atuação do mesmo se baseia na análise dos medicamentos para garantir que a terapia seja segura e eficaz com medicamentos que sejam realmente necessários, para evitar uma possível intoxicação renal e/ou hepática do organismo do idoso.
Vários fatores podem contribuir para a interação medicamentosa no idosos, sendo os fatores primeiros, decorrentes do processo de envelhecimento, fatores secundários relacionados com a posologia do idoso, decorrente ao número maior de medicamentos, e os fatores terciários que estão relacionados com os aspectos sociais. Diante disso, os profissionais de saúde precisam estar atentos as interações entre fármacos, com recursos para identificar de imediato a gravidade da interação, e precisam estar aptos a escrever o resultado dos potenciais interações e sugerir apropriadas intervenções. 
· PEDIATRIA
Orientação correta da família que tem um bebê internado, além das intervenções farmacêuticas como análise da prescrição, garantia do uso seguro do medicamento, identificação de interações e incompatibilidades, além de avaliar a magnitude e a gravidade dos efeitos relacionados ao uso de medicamentos.
Especialmente na pediatria, os cuidados farmacêuticos são fundamentais já que as crianças possuem níveis reduzidos das proteínas totais no plasma – maior fração dos medicamentos, imaturidade hepática – toxicidade de alguns fármacos, crianças são mais susceptíveis aos efeitos adversos com mais frequência apresentam reações adversas, além do efeito danoso das tetraciclinas na formação dentaria e óssea e das fluoroquinolonas na cartilagem de crescimento
PERGUNTAS
1. Quais atividades o profissional farmacêutico pode realizar no âmbito hospitalar? R: Orientações farmacêuticas em geral; Monitoramento de efeitos adversos; Acompanhamento farmacoterapêutico; Revisão da farmacoterapia para avaliar se os medicamentos prescritos são necessários, seguros e efetivos, bem como promover a adesão à terapia; Promover atividades de educação em saúde quanto ao uso racional de medicamentos e a prevenção de doenças; Realizar rastreamento em saúde, a fim de investigar problemas de saúde, como diabetes, hipertensão artéria. 
1. O que são medicamentos potencialmente inapropriados para idosos (MPI) e quais seriam? R: São fármacos que apresentam alto risco de gerar reações adversas graves aos pacientes de faixa etária em questão. Exemplo de MPI: Benzodiazepinicos (Diazepam) pois aumentam o risco de comprometimento cognitivo, delírios, queda, fraturas dentre outros. Anti-histaminicos de 1ª geração (Difenidramina) devido ao risco de sedação e efeitos anticolinérgicos. 
1. O que é Polifarmácia? R: Segundo a OMS, polifarmácia é caracterizada pelo uso rotineiro e concomitante de quatro ou mais medicamentos (com os sem prescrição médica) por umpaciente. 
1. Porque ocorre alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas no envelhecimento? R: No processo de absorção no idoso, há um aumento do pH gástrico e diminuição da motilidade gastrointestinal, com isso, ocorre uma menor absorção do fármaco, de nutrientes, vitaminas e minerais. Há o aumento da albumina plasmática, assim, no processo de distribuição, haverá mais fármacos livres do que ligados a proteína ocasionando maior efeito do fármaco, podendo levar a toxicidade. Com a diminuição do fluxo sanguíneo e da massa hepática, ocorre uma menor taxa de biotransformação. A diminuição do fluxo sanguíneo renal e taxa de filtração glomerular ocasiona menor eliminação dos fármacos. 
Em relação as mudanças farmacodinâmicas, tem-se alteração no numero e afinidade dos receptores, bem como alteração do nível de transdução do sinal. Tudo isso contribui para que haja maiores efeitos adversos.

Outros materiais