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Amenorreia Esse termo define ausência de menstruação, podendo ser classificada em primaria e secundaria, no primeiro ocorre antes do período de menacme, se diferenciando em antes dos 14 anos, sem aparecimento de caracteres sexuais e aos 16 anos com esse aparecimento de características sexuais. Ordem de desenvolvimento sexual nas mulheres, segue a telarca, pubarca, estirão de crescimento, mudança no padrão corporal e por fim a menarca. São inúmeras as causas de amenorreia, podem ser alterações genéticas, endócrinas, neurológicas, psíquicas e anatômicas. Ciclo menstrual ▪ Eixo hipotálamo-hipófise-ovário Endométrio responsivo aos estímulos hormonais Trato de saída pérvio para exteriorização do sangramento. Investigação das amenorreias Uma anamnese e um exame clinico criterioso são essenciais. Dados na história patológica pregressa como galactorreia, uso de medicamentos, comorbidades, alterações neuropsíquicas, curetagens repetidas e infecções uterinas, simplificam e orientam a investigação. Etiologia - Distúrbio do sistema genital (útero,endométrio) ou na saída do fluxo menstrual. - Distúrbios hipotalâmicos ou do sistema nervoso central. - Distúrbios da hipófise anterior. - Distúrbios ovarianos. Classificação das amenorreias 1) Compartimento I – desordens do trato de saído do fluxo menstrual (uterovaginais) 2) Compartimento II – desordens gonádicas (ovarianas) 3) Compartimento III – desordens hipofisárias 4) Compartimento IV – desordens hipotalâmicas Investigação das amenorreias Amenorreia Primaria Avaliar a questão das características sexuais secundárias, possível diante de um exame físico minucioso, analisando anormalidades na genitália externa, virilização, hematocolpo e estigmas de turner. Em casos de virilização é recomendável a avaliação das adrenais e ovários, através de dosagens hormonais, exames de imagem e cariótipo. Principal causa de amenorreia primaria sem desenvolvimento sexual secundário (hipogonadismo) com elevação de gonadotrofinas é a disgenesia gonadal, síndrome de turner é a causa mais comum. Já em casos de hipogonadismo hipogonadotrófico é idiopático. Amenorreia Secundária Primeiro diagnóstico de exclusão é a gravidez, depois se efetua a dosagem de prolactina e do hormônio tireotrófico (TSH), explicada pelo baixo custo e simplicidade. Dosagem de TSH – testar hipotireoidismo e hipertireoidismo, t4 livre tbm pode ser verificado. Dosagem de prolactina – podem se apresentar em duas situações, como macroprolactinemia (dimérica ou polimérica), apresentando menores efeitos e os níveis podem gerar exames falsamente elevados, a medição pode ser feita após precipitação por etilenoglicol. O efeito gancho decorre do excesso de prolactina, que pode levar a resultados falsamente baixos, principalmente em tumores hipofisários grandes, macroprolactinomas. A hiperprolactenemia promove amenorreia pela inibição da secreção pulsátil do GnRH, atuando com agonistas de dopamina, como bromocriptina e a cabergolina, pela inibição da secreção de prolactina. Fatores liberadores de prolactina TRH, GnRH, 17b- estradiol, serotonina, encefalinas. B-endorfinas e opoides. Fatores inibitórios: GABA, dopamina e somatostatina. Dosagem de prolactina - g Diagnostico diferencial Sempre anamnese, exame físico e exames complementares. Anamnese Idade e idade menarca, aguardar 2 anos após a menarca Aspectos psicológicos - aumento da dopamina pode inibir eixo HHO. Hábitos: atividade física intensa, restrição dietética Padrão de sangramento (ovário policístico) Doença previa (diabetes juvenil, doença renal, doenças SNC) Medicações (anticoncepcionais), metoclopramida, Plasil – hiperprolactinemia, haldol também pode causar Sintomas e sinais - Verificar sequência e o momento do desenvolvimento puberal - Caracterizar sinais e sintomas de deficiência estrogênica Antecedentes Obstétricos - Amenorreia secundaria Exame ginecológico - Hímen perfurado, diagnostico diferencial com causas obstrutivas, fazer exame físico
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