Bacteriorodopsina: Bomba de Prótons Acionada pela Luz

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BACTERIORODOPSINA
UMA BOMBA DE PRÓTONS ACIONADA PELA LUZ
ANTES DE TUDO...
Antes de tudo acho viável relembrar aqui que há 45 anos, um novo
modelo de classificação dos seres vivos foi adotado por um cara,
chamado Carl Woese.
 O sistema de Woese classifica os seres vivos em três domínios: Bacteria,
Archaea e Eukaria. 
O domínio Archaea agrupa procariontes com características
bioquímicas distintas e que geralmente habitam regiões com condições
extremas. E é nas arcqueas halofílicas que a bacteriorodopsina está
presente.
 
CARL WOESE
MAS, O QUE É A
BACTERIORODOPSINA?
A bacteriorrodopsina é uma proteína integral de
membrana (ou seja, que está ligada de maneira
permanente à membrana plasmática). 
 
Geralmente é formada de distintos pedaços de treliças
(estruturas) cristalinas hexagonais de cor púrpura, que
podem ocupar até quase 50% da área superficial de uma
arqueobactéria.
 
 A rede hexagonal se compõe de três cadeias idênticas de
proteína, cada uma girada em 120 graus em relação às
demais. Cada cadeia é composta de sete alfa-hélices
transmembrana e de uma molécula de retinal localizada
profundamente em seu interior. 
 
OK... E COMO ISSO TUDO
FUNCIONA DE FATO?
 A bacteriorodopsina presente nas membranas dessas arqueas estão
associadas a uma molécula de Retinal que fica em seu interior, que
inicialmente possui uma conformação TRANS. 
 
Quando o retinal entra em contato com um fóton de luz e ele é mais
eficiente na absorção de luz verde (espectro 570), ele é excitado,
sendo capaz de mudar sua conformação para uma conformação CIS.
 
 Estando na conformação CIS, ele vai permitir que a
bacteriorodopsina funcione como uma bomba de prótons, puxando
os íons H+ para fora da membrana da célula. 
 
Quando a concentração de H+ estiver muito alta fora da membrana,
resultará em uma FORÇA PRÓTON MOTRIZ e os prótons vão tender a
voltar para dentro da célula.
 
 AÍ, isso vai ocorrer através da enzima ATP SINTASE, que será o canal
de volta dos prótons para dentro da membrana da célula. 
 
E ao final a ATP SINTASE dá um giro, o ADP se junta com um fosfato
inorgânico e aí uma molécula de ATP é formada.