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1 Classes de antibióticos PENICILINAS, CEFALOSPORINAS E OUTROS ANTIBIÓTICOS ΒLACTÂMICOS Antibióticos β-lactâmicos Quatro classes: PENICILINA, CEFALOSPORINA, MONOBACTÂMICO (resistente a B-lactamase) Carbapenem (alta resistência a B-lactamase). Todos apresentam o anel B-lactamico. MECANISMO DE AÇÃO: Se ligam a PLP (proteína ligante de penicilina). Trata-se de uma transpeptidase que faz a ligação cruzada entre polímero de glicopeptideos promovendo a camada de peptideoglicano da parede celular bac. Existe uma camada de peptideoglicano tanto nas bac GRAM (-) e nas GRAM (+). Nas GRAM (+) tem uma extensa camada de peptideoglicano. O antibiótico passa pela camada de peptideoglicano e se liga a PLP Já nas GRAM (-) uma fina camada de peptideoglicano porem tem uma membrana externa e canal de porina. O antibiótico se liga a PLP. PENICILINA E CEFALOSPORINA inibem a transpeptidase e não ocorre a formação da camada de peptideoglicano. INIBIÇÃO DA SINTESE DA PAREDE CELULAR BAC. Mecanismos de resistência bacteriana às penicilinas e às cefalosporinas Mutação das PLPs – A bac vai expressar uma transpeptidase diferente impedindo a lig de penicilinas e cefalosporinas. Incapacidade do fármaco de penetrar no seu local de ação, alteração no número e tamanho das porinas e bombas de efluxo Produção de enzimas que degradam os antibióticos B-lactamicos: Penicilinase ou B-lactamase. B-lactamase: clivam o anel b-lactamico e produzem derivados do ac. Peniciloicos que é a penicilina inativa. FARMACOCINETICA: A absorção gastrintestinal da nafcilina é errática. A dicloxacilina, a ampicilina e a amoxicilina são estáveis em ácido. Não são bem absorvidas quando administradas por V.O. A absorção da maioria é afetada pela alimentação (amoxicilina é exceção). A penetração do fármaco no olho, na próstata e no sistema nervoso central (SNC) é precária. Exceção é quando usada na meningite que ocorre o afrouxamento da B. Hematocefalica A nafcilina é depurada sobretudo por excreção biliar A oxacilina, a dicloxacilina e a cloxacilina são eliminadas por excreção tanto renal como biliar. Penicilinas São derivados do ácido 6- aminopenicilâmico. Penicilinas G: Penicilina G é menos ativa por via oral do que a V A preparação preferida hoje é a penicilina G benzatina Distribui-se amplamente por todos os tecidos Não penetra facilmente no LCS 2 Excreção renal Ácido penicilóico Indicações clínicas: Faringite estreptococos beta-hemolíticos: Pen. Benzatina 1,2 milhões de unidades 1x semana 3 a 4 semanas Sífilis: Pen. benzatina 2,4 milhões de unidades 1x semana 3 semanas Meningite pneumocócica: Penicilina G por bomba de infusão Pneumonia pneumocócica: cefalosporina de terceira geração ou com 20 a 24 milhões de unidades de penicilina G ao dia por infusão intravenosa constante. Endocardite enterocóccica: 20 milhões de unidades de penicilina G ou 12 g de ampicilina ao dia, por via intravenosa, em combinação com doses baixas de gentamicina. Penicilinas de amplo espectro Aminopenicilinas: Ampicilina e Amoxicilina Possuem grupo amino (carga positiva): Aumenta a difusão através das porinas mas Não conferem resistência às β- lactamases Espectro de ação: ◦ Cocos gram +/ Cocos gram – : N. gonorrhoeoe e N. meningitidis/ Bacilos gram – : E. coli e H. influenzae. Indicações clínicas: Ampicilina IV: Infecções enterocócicas invasivas e da meningite por Listeria Amoxicilina oral: Infecções otorrinolaringológicas não complicadas/ Prevenção da endocardite em pacientes submetidos a tratamentos dentários (como profilaxia só AMOXICILINA) / Terapia de erradicação do H. pylori usada associada a claridromicina e a bomba de prótons. Carboxipenicilinas: Carbenicilina e Ticarcilina Apresentam grupo carboxila (carga negativa): conferem resistência às β- lactamases Sofrem menos difusão através das porinas (altas doses) Eficazes contra Enterobacter e Pseudomonas Ineficaz contra a maioria das cepas de S. aureus, Enterococcus faecalis, Klebsiella e L. monocytogenes Ureidopenicilinas: Piperacilina, Mezlocilina, Azlocilina Apresentam grupo carboxila (carga negativa) e grupo amino (carga positiva) Conferem resistência às β-lactamases e penetram facilmente pelas porinas Mais potentes que as carboxipenicilinas A Mezlocilina é a mais ativa contra Klebsiella. Piperacilina estende espectro da Ampicilina – Contra muitas cepas de P. aeruginosa, Enterobacteriaceae (não-produtoras de β- lactamases) e Bacteroides Em combinação com um inibidor da β- lactamase (Piperacilina + Tazobactam), tem o mais amplo espectro antibacteriano entre as penicilinas. Penicilinas resistentes às β- lactamases: Oxacilina, Cloxacilina, Dicloxacilina, Nafcilina e Meticilina 3 Apresentam um grupamento volumoso que ocupam um espaço que impede a b- lactamase de execer a sua ação. Uso restrito ao tratamento de infecções causadas por estafilococos que elaboram a enzima (B-lactamase) Hidrofobicidade: Não atuam sobre gram – Indicações clínicas: Tratamento de infecções da pele e dos tecidos moles Os pacientes com infecção por MRSA (estafilococos aureus resistente a meticilina) são tratados com Vancomicina. Reações adversas às penicilinas: Diarréia, náuseas, vômitos Reações de hipersensibilidade: Exantema maculopapular Erupção urticariforme Febre, broncoespasmo, vasculite, doença do soro Dermatite esfoliativa Síndrome de Stevens-Johnson Anafilaxia Reações de hipersensibilidade graves: Consistem em angioedema e anafilaxia Doença do soro: Febre baixa, exantema e leucopenia ou artrites graves, púrpura, esplenomegalia, alterações mentais, edema generalizado, albuminúria e hematúria. Inibidores da β-Lactamase. Ácido Clavulânico- Sulbactam- Tazobactam Porque ocorre sempre a prescrição de AMOXICILINA + AC. CLAVULÂNICO? Existe um padrão de resistência ao B- lactamicos. Esses fármacos inibem a enzima que degrada o antibiótico. Cefalosporinas Mecanismo de ação: Idêntico às penicilinas- São também B- lactamicos Classificação: Primeira geração, Segunda geração, Terceira geração, Quarta geração e Quinta geração. Características gerais das cefalosporinas: Rápida absorção após administração oral Excreção Renal Necessita ajuste posológico para pacientes com insuficiência renal Cefotaxima, a ceftriaxona e a cefepima penetram no LCS Também atravessam placenta e estão presentes no humor aquoso. Primeira Geração: Cefalexina, Cefalotina, Cefazolina, Cefadroxila, Cefapirina, Cefradina Boa atividade contra gram + e atividade relativamente moderada contra gram – Proteus e E. coli Resistentes a beta-lactamase de K. pneumonie. Infecções por estafilococos e estreptococos: Celulite ◦ Abcessos de tecidos moles Não utilizar em infecções sistêmicas graves Cefazolina pode ser administrada por via parenteral e intramuscular A cefadroxila é o análogo para-hidroxi para a cefalexina. As concentrações de cefadroxila no plasma e na urina são ligeiramente mais elevadas que as da cefalexina. 4 Segunda Geração: Cefaclor, Cefuroxima, Cefamandol, Cefprozila, Cefotetana e Cefoxitina Resistentes à maior número de β- lactamases que as da 1ª geração. À semelhança dos agentes de primeira geração, nenhum membro desse grupo exibe atividade contra enterococos ou P. aeruginosa. Indicações: Tto. Sinusite, otite, infecções do trato respiratório inferior por bactérias produtoras de β-Lactamase. Cefoxitina, a cefotetana ou o cefmetazol podem ser usados no tratamento de infecções anaeróbias mistas: ◦ peritonite, ◦ diverticulite e ◦ doença inflamatória pélvica Cefuroxima é usada no tto da pneumonia adquirida na comunidade por produtores de β-lactamase ◦ H. influenzae ◦ H. pneumoniae ◦ Maioria dos pneumococos. Cefuroxima penetra no LSC (< ceftriaxona). Terceira Geração: Ceftriaxona (mais utilizada), Cefotaxima, Ceftazidima, Cefoperazona. Ceftriaxona: Tem boa biodisponibilidade, alto tempo de meia vida, bom poder de penetração nos tecidos, penetra no osso LCR. Resistentes a muitas β-lactamases: Ativas contra Enterobacteriaceae: E. coli, Proteus, Klebsiella, Enterobacter, Serratia e Citrobacter, Neisseria e H. influenzae Menos ativos contra gram + que os de 1ª geração (S. pneumoniae). A ceftazidima e a cefoperazona são as duas únicas úteis contra Psudomonas A ceftriaxona é o fármaco preferido para todas as formas de gonorreia e para as formas graves da doença de Lyme A ceftriaxona e a cefotaxima ◦ são as mais ativas contra cepas de pneumococos não sensíveis à penicilina ◦ úteis para meningite Em pacientes imunocomprometidos com neutropenia e febre, a ceftazidima com frequência é usada em associação a outros antibióticos. Quarta Geração: Cefepima Altamente efetiva contra Enterobacteriaceae, Neisseria, H. influenzae, P. aeruginosa e Gram + É mais resistente às beta-lactamases de Enterobacter 2g I.V a cada 12h Obs: pode ser utilizado em pacientes com alergia não fatal à penicilina Cefepima: É ativa contra Enterobacteriaceae resistentes a outras cefalosporinas Tem atividade comparável á ceftazidima para P. aeruginosa; Não é ativa contra MRSA A excreção renal da Cefepima é quase 100% Excelente penetração no LCR Cepas que expressam metalo-β-lactamases ou βlactamases KPC são resistentes à cefepima. Quinta Geração: Cefalosporina ativa contra MRSA - Ceftarolina Atividade contra S. aureus resistentes à meticilina (MRSA) e bactérias gram- positivas 5 Também possui amplo espectro de ação contra bactérias gram-negativas. Monobactâmico. Aztreonam É resistente a muitas das β-lactamases, inclusive metalo-β-lactamases, mas não resiste à ação das βlactamases KPC. Perfil de ação contra Gram- idêntico às cefalosporinas de 3ª geração Não esboça hipersensibilidade em alérgicos à Penicilina Apresenta semelhança estrutural com a Ceftazidima Meia-vida: 1,7 h Adm: 2g I.M ou I.V a cada 6 a 8h. Carbapenens. Imipenem, Meropenem, Doripenem, Ertapenem Excelente contra as Enterobacteriaceae, incluindo aqueles resistentes às cefalosporinas Ocorre inibição da maioria das cepas de Pseudomonas e Acinetobacter Os anaeróbios (inclusive o B. fragilis) são altamente sensíveis Amplo espectro. Imipenem: Não é absorvido por via oral. É administrado por Via parenteral. É inativado pela enzima renal desidropeptidase I (adm com cilastatina que inibe a destropeptidase renal) Infecções do trato urinário e das vias respiratórias inferiores; infecções intra- abdominais e ginecológicas; e infecções da pele, dos tecidos moles, dos ossos e das articulações. Infecções causadas por bactérias hospitalares resistentes às cefalosporinas. Não é útil para KPC produtoras de carbapenemase. O imipenem não deve ser utilizado como monoterapia para infecções causadas por P. aeruginosa. Reações adversas: náuseas, vômitos e convulsão quando adm em altas doses. Meropenem: Não é sensível à dipeptidase renal Menor tendência a provocar convulsões A experiência clínica com o meropenem demonstra a equivalência terapêutica com o imipenem. Menos atividade contra Gram- Ertapenem: Meia vida longa 1x ao dia Atividade inferior contra P. aeruginosa e espécies de Acinetobacter. O espectro de atividade contra bactérias grampositivas, Enterobacteriaceae e anaeróbios torna o ertapeném interessante para tratar infecções intraabdomi- nais e pélvicas. Outros inibidores da síntese da parede celular. Vancomicina: Glicopeptídeo com peso molecular 1.500, hidrossolúvel, estável, isolado de streptococcus orientalis, mostra-se ativa com G+ (particularmente estafilococus). Útil no tratamento de MRSA. M.A: Inibe as transglicosidases impedindo a formação dos monômeros de mureína 6 Fármaco bactericida Fármaco preferido para o tratamento da infecção grave causada por S. epidermidis resistente à meticilina Vancomicina + rifampicina ◦ infecções potencialmente fatais ◦ as que envolvem corpos estranhos. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Principal indicação: sepse ou endocardite causadas por estafilococos resistentes à meticilina Associações: VANCO + GENTAMICINA: Endocardite enterocócica em pacientes com grave alergia à penicilina COM CEFOTAXIMA OU CEFTRIAXONA: Meningite causada por penumococo altamente resistente à penicilina. REAÇÕES ADVERSAS: Flebite (irritante para os tecidos) Calafrios e febre Ototoxicidade (rara) Nefrotoxicidade (incomum) Síndrome do homem vermelho: liberação de histamina RESISTÊNCIA: Enterococos modificam a extremidade terminal D-AlaD-Ala por D-Ala-D-Lactato Não impede o crescimento do peptideoglicano, mas impede à ligação da Vancomicina Teicoplanina: Glicopeptideo muito semelhante à vancomicina em seu mecanismo e espectro de ação, podendo ser adm por via I.M e E.V, apresenta alta meia vida (40-70h) podendo ser adm em dose única. Bacitracina: É uma mistura peptídica clínica obtida pela 1° vez da cepas Tracy do Bacillus subtilis, em 1943. Mostra-se ativa contra G+. Interfere na desfosforilação no ciclo do transportador lipídico que transfere subunidades de peptidoglicano para a parede celular em crescimento. Utilizado por via tópica. Inibidores da Síntese Protéica Dirigidos à subunidade 30s: Aminoglicosídeos - Tetraciclinas Dirigidos à subunidade 50s: Macrolídeos - Cloranfenicol - Clindamicina Alguns antibióticos se ligam a porção 50s inibindo a síntese proteica bacteriana e os que se ligam na porção 30s fazem o mesmo. Tetraciclinas: Tetraciclina, Doxiciclina, Limeciclina, Minociclina São bacteriostáticos de amplo espectro Ativas contra Gram positivas e Gram negativas, incluindo as anaeróbicas Medicamentos de escolha nas infecções por Mycoplasma pneumoniae, Clamídias, Riquétsias Pode ser útil para tratamento da H pilory. Mecanismo de ação: Entram nos microoganismos por difusão passiva e por transporte ativo Se ligam reversivelmente à subunidade 30s bloqueando a ligação RNA-t-aminoacil no RNAm do ribossomo Essa ligação impede a adição de AA aos peptídeos em formação. Bloqueia a síntese proteica pois não tem a incorporação de mais AA 7 A tetraciclina se liga na porção 30s e impede a ligação do RNAt com o RNAm, logo não tem a formação da cadeia polipeptídica. SEM SINTESE PROTEÌCA. USOS CLÍNICOS: Fármaco de escolha para riquétsias Mycoplasma pneumoniae, clamídias e espiroquetas Tratamento da acne Exacerbações da bronquite Pneumonias comunitárias Infecções do T.U, tecidos moles. Leptospirose Associação no tto da infecção por H. pylori (associado ao bismuto e metonidazol) Infecções por Vibrio A doxiciclina, em associação com ceftriaxona, é uma alternativa para o tratamento de doença gonocócica. Resistência: Diminuição do influxo ou aumento do efluxo por meio de uma bomba de transporte ativo de proteínas: Gram + e – Proteção dos ribossomos - produção de proteínas: Gram + (a bac gera um ribossomo diferente o antibiótico não consegue mais se ligar e impedir o crescimento bac Inativação enzimática. (a bac produz uma enzima que degrada a estrutura da tetraciclina) FARMACOCINÉTICA: ABSORÇÃO após ADM. ORAL: ◦ 30% Clortetraciclina - ◦ 60 a 70% Tetraciclina e Limeciclina - ◦ 95 a 100% Doxiciclina e Minociclina ADM. PARENTERAL: Doxiciclina IV (100 mg 12 a 24h); IM IM Absorção é diminuída por alimentos, cátions divalentes (Ca2+, Mg2+, Fe2+) – laticínios e antiácidos, pH alcalino. Ocorre uma quelação a tetraciclina se liga irreversivelmente ao cálcio. Crianças tratadas com tetraciclina pode apresentar dentes de coloração marrom. É CONTRA-INDICADO PARA GESTANTES, PODE OCORRER UM ALTERAÇÃO DO METABOLISMO ÓSSEO. Atravessam a placenta e são excretadas no leite Ação curta - Tetraciclina e Oxitetraciclina: 6-8h Ação longa - Doxiciclina e Minociclina: 16- 18h Interações Medicamentosas: ◦ Carbamazepina, Fenitoína, Barbitúricos e Álcool – Diminuem a meia-vida por indução hepática. SÃO INDUTORES ENZIMÁTICOS. Reações Adversas: Hipersensibilidade é incomum TGI PODE PROVOCAR QUEIMAÇÃO, NÁUSEAS VÔMITOS E DIARREIA. Deformidade ou incapacidade de crescimento ósseo Toxicidade hepática (comum em gestantes)e renal Reações vestibulares: Tontura, vertigens, náuseas e vômitos Trombose venosa (adm iv) Aminoglicosídeos: Também inibem a porção 30s. Quando ele se liga a porção 30s, promove a inibição da síntese proteica de 3 maneiras: 1: Bloqueia a iniciação da síntese de proteínas. 2: Bloqueia a posterior tradução e estimula a terminação prematura. 8 3: Incorporação de AA incorreta. Forma uma proteína que não é funcional para a bac. ATIVIDADE ANTIMICROBIANA: Espectro estreito Infecções causadas por gram negativas Moléculas de carga elétrica que não apresentam biodisponibilidade via oral: São adm por via parenteral. São muito hidrossolúveis. São bactericidas e este efeito depende da dose ◦ Inibidores da síntese da parede celular aumentam a entrada dos Aminoglicosídeos nas bactérias. Farmacocinética: Hidrossolúveis, estáveis em pH 6 a 8 Meia-vida: 2 a 3 horas Não sofrem metabolização Excreção Renal - Filtração glomerular Bem absorvido quando ADM por via I.M Estreptomicina: Principais Indicações: Tuberculose resistente à Isoniazida e Rifampicina Endocardite e sepse por Streptococcus do grupo viridans (em associação à Penicilina G)] Peste: Doses excessivas podem causar choque tóxico pela morte maciça de bactérias Brucelose - em associação com Tetraciclina (após resposta negativa à associação da tetraciclina com Rifampicina) Gentamicina: Principais Indicações: Endocardite por enterococo – em associação à penicilina G e Ampicilina - tto de escolha Endocardite e sepse estafilocócica – em associação à Oxacilina ou Vancomicina Queimaduras, quando é comum a infecção por Pseudomonas aeruginosa Usada para infecções de pele. Resistência dos aminoglicosideos: Inativação do fármaco por enzimas microbianas. Produção de acetiltransferase, fosforotransferase e Adenil tranferase que inativam. Incapacidade do antibiótico de penetrar no interior da célula; Baixa afinidade do fármaco pelo ribossomo bacteriano quando a bac sofre mutação. Onde ocorrem as reações: A bac vai produzir acetiltranferase e Adenil transferase e fosfotransferase que vão inserir grupamentos amino, hidroxilos e vai fazer com que ele perca a sua ação farmacológica. Reações Adversas: OTOTOXICIDADE - Lesão auditiva e vestibular Provocam uma degeneração da células pilosas e dos neurônios da cóclea promovendo a perda de audição. Causada pela inibição dos ribossomos mitocondriais do hospedeiro Acumulam-se na endolinfa e perilinfa do ouvido interno provocando lesão das células ciliadas altamente sensíveis Insuficiência renal aguda: acúmulo do fármaco nas células tubulares proximais - intoxicação mitocondrial Bloqueio neuromuscular periférico não- despolarizante: ◦ Paralisia respiratória ◦ Competição do fármaco com o cálcio nos sítios pré- sinápticos, diminuição de Ach, incapacidade de despolarização e paralisia muscular. 9 Macrolídeos: ERITROMICINA São fármacos bacteriostáticos Apresentam atividade aumentada em pH alcalino MEC. AÇÃO: Inibição da síntese protéica através da ligação à subunidade 50S do RNAr, bloqueando a translocação da aminoacil. O macrolídeo se liga a porção 50s, e inibe a síntese proteica e a formação da cadeia polipeptídica. ATIVIDADE ANTIMICROBIANA: Tem amplo espectro Eficaz contra Gram positivos pneumococos, estreptococos, estafilococos e corinebactérias Micoplasmas, Legionela, Clamydia trachomatis, C. psittaci, C. pneumoniae, Helicobacter e Listeria Gram negativos: Neisseria sp, Riquétsias, Treponema pallidum. Resistência: Redução da permeabilidade da membrana celular ou efluxo ativo – O antibiótico vai entrar menos e quando ele entra é jogado para fora. Produção de esterases que hidrolisam os macrolídeos Modificação do local de ligação ao ribossomo pela produção de metilase. Eritromicina: Medicamento de escolha nas infecções por corinebactérias (difteria e sepse); Infecções respiratórias, neonatais, oculares e genitais por clamídias; Pneumonias comunitárias (pneumococos, micoplasmas e legionelas); RESISTÊNCIA: Menos atrativos para tto para faringites, infecções de pele e de tecidos moles Não é fármaco de 1° escolha para pneumonia comunitária. Pois é irritante ao T.G.I Claritromicina: Menor incidência de intolerância gastrintestinal Ingestões menos frequentes Desvantagem – Custo Usado em associação com amoxicilina para tratamento do HPYLORI Azitromicina: Espectro de atividades semelhante ao da Claritromicina Mais ativa contra H. influenzae Altamente ativa contra Clamídias Principais diferenças: Propriedades farmacocinéticas- Maior lipossolubilidade. Reações adversas: Hepatite colestática aguda: Febre, icterícia – hipersensibilidade. Interações medicamentosas: Inibição das enzimas do citocromo P450 - Aumenta as concentrações séricas de: Teofilina - Anticoagulantes orais - Ciclosporina – Metilprednisolona Cloranfenicol: Liga-se reversivelmente à sub. 50s e inibe a formção da cadeia peptídica Bacteriostático de amplo espectro ativo contra Grampositivos e Gram-negativos aeróbios e anaeróbios Uso clínico limitado: via tópica 10 Alta toxicidade – Síndrome do bebê cinzento. 2 a 9 dias após o tratamento Inibidores da transcrição e da tradução: Rifampicina, aminoglicosideos, espectinomicina, tetraciclinas, macrolideos, clorafenicol, lincosamidas, oxazolidinonas. Inibidores da síntese de DNA. Inibidores do metabolismo do folato: Inibidores da diidropteroato sintase – análogos do PABA: Sulfonamidas e Sulfonas Inibidores da diidrofolato redutase – análogos do folato: Trimetoprim, Pirimetamina e Metotrexato Inibem a síntese do AC. FOLICO em etapas diferentes A.Folico: forma as bases nitrogenadas. Ac. Folico: é inibido pelos análogos do folato – Metrotrexato, Trimetropim- e análogos do PABA. Sintese do ac.folico: Sulfonamida inibe a diidropteroato sintase (que liga uma molécula de pteridina a uma de PABA), não tem a formação Ac. Diidropreróico logo não tem a produção de diidrofolato e nem do tetraidrofolato. Ac diidropreróico é adicionado o glutamato que da origem ao diidrofolato que sofre uma reação de redução catalisada pela enzima didrofolato redutase que gera o tetraidrofolato que da origem as purinas e a timidinas. Não tem a síntese de DNA pois não tem as bases nitrogenadas. SULFONAMIDAS: Sulfadiazina, Sulfametoxazol e Sulfanilamida, Sulfacetamida. Atividade Antimicrobiana: ◦ Inibem bactérias gram + e – Bactérias entéricas: E. Coli, Klebsiella, Salmonella, Shigella e Enterobacter Riquétsias tem o crescimento estimulado Resistência: ◦ Produção excessiva de PABA ◦ Produção de enzima de síntese do folato com baixa afinidade por sulfonamidas ◦ Comprometem a permeabilidade ◦ Pseudomonas. Podem ser divididas em três grupos principais: (1) orais absorvíveis; Curta - Intermediária - Longa (2) orais não absorvíveis; usadas em doenças inflamatórias intestinais (3) tópicas. Absorvidas no TGI, são bem distribuídas Farmacocinética: Sulfametoxazol: Meia-vida intermediária (10-12h), absorção oral lenta; dose utilizada (1g 2/3 x dia): infecções urinárias ◦ Sulfassalazina: Não absorvida (colite ulcerativa, enterite e outras doenças inflamatórias intestinais) Sulfadiazina: Uso tópico (prevenção da infecção de queimaduras) Reações Adversas: Mais comuns: febre, exantemas cutânea, dermatite esfoliativa, vômitos e diarréia Incomuns: Síndrome de Stevens-Johnson (erupção cutânea e das mucosas grave) Outros: estomatite, conjuntivite, artrite, distúrbios hematopoiéticos (anemias, granulocitopenia) TRIMETOPRIMA: Mecanismo de ação: análogo do folato (inibidor da enzima diidrofolato-redutase); Potencializam ação das sulfanilamidas (bacteriostático) – bloqueiam etapas 11 sequenciais acentuando a atividade e ambos fármacos As sulfonamidas competem com o PABA e inibem a Dihidropteroato sintetase. A Trimetropina inibe a dihidrofolato redutase. Reações Adversas: Relacionados com a falta de ácido fólico: ◦ Anemia megaloblástica ◦ Leucopenia ◦ Granulocitopenia SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA: AMPLO ESPECTRO Usos clínicos: Pneumonia por shigelose ◦ Infecções sistêmicas por salmonela ◦ Infecções do trato urinário e prostatite Eficaz contra cepas de S. Aureus ◦ Infecções do trato respiratório (Haemophilus, Moraxella catarrhalis e Klebsiella pneumoniae) AMPLO ESPECTRO Doses utilizadas: 1 comp (160mg TMP + 800 mg SULFA) 12/12h (infecção urinária e prostatite) ◦ Crianças: 8mg/kg TMP + 40 mg/kg SULFA (shigelose, infecção urinária ou otite média) Inibidores da DNA-Girase Quinolonas: ÁCIDO NALIDIXO - ÁCIDO PIPEMÍDICO CIPROFLOXACINO OFLOXACINO NORFLOXACINO LOMEFLOXACINO LEVOFLOXACINO GATIFLOXACINO MOXIFLOXACINO GEMIFLOXACINO Mecanismo de Ação: Interferência na síntese do DNA bacteriano, através da inibição de 2 enzimas: DNA- girase (Gram (-)) Topoisomerase IV (Gram (+) Essas enzimas são responsáveis pelo controle do processo de divisão, reunião de novas cadeias e enovelamento do novo DNA durante a replicação. A DNA girasse faz com que perda a estabilidade durante a separação do DNA, as fitas se desorganizam o DNA deixa de ser funcional, parando todo o maquinário celular. (morte celular) Espectro de ação: 1° e 2° geração tem ação voltada para gram – e 3° geração são para gram + Bacilos aeróbicos Gram-negativos: ◦ Alta susceptibilidade as quinolonas ◦ Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae ◦ Espécies de Enterobacter, Salmonella e Shigella, Campylobacter Pseudomonas aeruginosa: Ciprofloxacina > Trovafloxacina > Levofloxacina = gatifloxacina = moxifloxacina > ofloxacina Cocos Gram-positivos: ◦ Quinolonas de 3ª e 4ª gerações são mais ativas ◦ Streptococcus pyogenes, Staphylococcus aureus e Streptococcus pneumoniae ◦ NÃO SÃO CONSIDERADAS DROGAS DE PRIMEIRA ESCOLHA Anaeróbicos: ◦ Trovafloxacina é a mais ativa ◦ Gatifloxacina e moxifloxacina Chlamydia/Mycoplasma: Quinolonas de 3ª e 4ª gerações são mais ativas ◦ ofloxacina é ativa contra C. trachomatis. Farmacocinética: Bem absorvidas por via oral Antiácidos, sucralfato, magnésio, aluminio, ferro, zinco, cálcio e nutrição enteral podem diminuir a absorção Esquemas orais promovem níveis similares aos das formulações IV 12 Boa penetração tecidual Eliminação renal predominante Trovafloxacina e moxifloxacina eliminação hepática Reações Adversas: Globalmente bem tolerados Gastrintestinais Cefaléias, vertigens, sonolência, alterações do comportamento Osteoarticulares (artropatia, tendinite) ◦ Ruptura de tendões (homens> 50 anos em uso de esteróides) Hipoglicemia: Gatifloxacina Hepatite (trovafloxacina): ◦ Risco de insuficiência hepática fulminante ◦ Risco aumentado com uso > 14 dias Fototoxicidade: Lomefloxacina, pefloxacina ◦ Esparfloxacina Cuidados: Não deve ser utilizadas em pacientes com hipersensibilidade a quinolonas Cuidado em pacientes com distúrbios neurológicos ◦ Convulsões com altas doses Uso não recomendado em gestantes e mulheres que amamentam Evitar o uso em crianças Não usar a trovafloxacina em regime ambulatorial. Usos Terapêuticos: Infecções do trato urinário e prostatites- PRADRÃO OURO Doenças sexualmente transmissíveis Diarréias infecciosas Pneumonia da comunidade ◦ (Levofloxacina, moxifloxacina e gatifloxacina) Doença do Legionário Micobacterioses atípicas (tx combinado) Osteomielite Resistência: Mutações na região de ligação da quinolona na enzima-alvo Alteração na permeabilidade do microorganismo Bombas de efluxo
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