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Semiologia das glândulas salivares

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Semiologia das glândulas salivares 
Semiologia das glândulas salivares 
O que é saliva? 
A saliva é uma mistura homogênea de 
secreções produzidas principalmente pelas 
glândulas salivares e pelas glândulas bucais 
menores, que desenham uma função dupla: 
participação no processo de digestão e 
facilitação da deglutição dos alimentos 
dentre outras. 
 
Glândulas salivares. 
É responsável pela produção e secreção de 
saliva, que umedece e protege a mucosa 
oral. 
A saliva também exerce ações 
anticariogênicas e imunológicas e participa 
da digestão dos alimentos e da fonação. 
EMBRIOLOGIA: 
Surgem como cavidades salientes do 
estomodo, que começa na 4ª semana. 
Normalmente, as parótidas aparecem 
primeiro (semana 4), seguidas de gl. 
Submaxilar (semana 6) e gl. Sublingual e gl. 
Salivar menor (semana 9) 
PRINCIPAIS E MAIORES: 
São as mais volumosas e constituem o 
verdadeiro órgão excretor PARÓTIDAS 
SUBMANDIBULAR SUBLINGUAL 
Parótidas: MAIORES TAMANHO, SENDO 
SOMENTE SEROSA - 50% FLUXO 
ESTIMULADO. 
As submandibulares, mista, e as 
sublinguais que produzem saliva mucosa. 
As glândulas salivares menores variam 
entre 450 e 750 espalhadas pela mucosa 
bucal, concentrando-se na face interna do 
lábio inferior e limite do palato duro e 
mole. 
O conduto excretor da glândula parótida é 
denominado ducto parotídeo, o da 
submandibular, ducto da submandibular e 
o da sublingual, ducto sublingual maior. 
Glândulas salivares menores: 
Linguais, labiais: secreção cerosa 
Bucais: secreções mucosas. 
Inervação: 
NERVO AURÍCULO TEMPORAL (ramo do 
mandibular V3): inervação parassimpática 
para parótida 
NERVO CORDA DO TÍMPANO (ramo do 
facial VII): parassimpática para 
submandibular e sublingual 
GÂNGLIO CERVICAL SUPERIOR: 
estimulação simpática submandibular: 
saliva mucosa 
NERVO CORDA DO TÍMPANO: estimulação 
simpática submandibular: saliva serosa. 
Funções da saliva: 
PROTEÇÃO E LUBRIFICAÇÃO DAS MUCOSAS 
Favorece a deglutição e a fala - Ação 
antibacteriana - Digestiva - Auxilia na 
percepção do paladar - Capacidade tampão 
- Remineralização do esmalte - Limpeza da 
boca - Retenção de próteses. 
Sabe-se que cerca de 47% da saliva 
excretada se dá por meio das glândulas 
salivares maiores, sendo a submandibular a 
que mais contribui para isso. 
PRODUÇÃO DE SALIVA = 0,85ml/min: 
Submandibular >>> parótida >> sublingual 
> salivares menores > ductos 
Maior no período da tarde 
Menor à noite 
Semiologia das glândulas salivares 
Menor nos idosos: Processo de 
envelhecimento ou efeito medicamentoso. 
HIPOSSALIVAÇÃO: Dieta - Hábitos (fumo, 
álcool, goma de mascar) - Estado 
emocional - Temperatura ambiente, 
umidade-Medicações (anticonvulsionantes, 
anti-espasmódicos, etc) - Doses de 
radiação. 
HIPERSSALIVAÇÃO: Presença de uma lesão 
na boca (especialmente as ulcerações) -
Dor, mastigação - Visão de alimentos -
Estímulos olfativos e gustativos 
SECREÇÃO E COMPOSIÇÃO SALIVAR: 
Principais eletrólitos: Cálcio, cloro, 
bicarbonato e fosfato inorgânico e Água 
Principais constituintes orgânicos: 
Amilase, albumina e gamaglobulinas e 
ureia. 
Potentes agentes antimicrobianos: 
Lisozima (causa lise das bac), 
lactoperoxidase, (atua contra bactérias, 
fungos e vírus.) Imunoglobulinas, 
lactoferrina (causa poros na bac), histatinas 
(cândida albicans) e os fluoretos. 
Mucinas salivares: As mucinas salivares são 
responsáveis pela lubrificação, proteção 
física, proteção contra a água e limpeza 
mecânica da mucosa bucal. 
O pH da saliva mista em indivíduos normais 
é em média de 6,6. 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA SALIVA: 
 A saliva é um líquido claro, viscoso, 
alcalino (pH entre 6 e 7), que contém em 
sua composição: 95% de água, 3% de 
substâncias orgânicas e 2% de sais 
minerais. Além disso, também apresenta 
dois tipos de secreção proteica: uma 
secreção serosa e rica em ptialina, que 
contribui para digestão do amido; outra 
secreção mucosa, que contém mucina, 
elemento lubrificante que facilita a 
mastigação e a passagem do bolo 
alimentar pelo esôfago através da 
deglutição. 
SECREÇÃO E COMPOSIÇÃO SALIVAR: 
O BICARBONATO é a principal substância 
de capacidade tampão 
Os microrganismos precisam de um pH 
BAIXO para garantir seu máximo 
crescimento 
A SALIVA interfere no tempo de coagulação 
e o coágulo na boca se forma mais 
rapidamente, porém sua solidez se reduz 
com o tempo, podendo ser desfeito. 
 Tumor, infecção ou 
inflamação das G.S? 
HISTÓRIA CLÍNICA: TEMPO DE 
EVOLUÇÃO: 
Lesão antiga com história de remissão e 
exacerbação indica: LESÃO de natureza 
INFLAMATÓRIA 
Lesão antiga, de crescimento contínuo e 
evolução lenta indício: NEOPLASIA 
BENIGNA ou MALIGNA DE BAIXO GRAU DE 
AGRESSIVIDADE 
Lesão de desenvolvimento recente com 
sintomatologia inflamatória aguda: 
Inflamação ou infecção 
Lesão de crescimento rápido e indolor: 
Indicativo de lesão maligna precoce 
Início da lesão: 
Os tumores costumam apresentar 
desenvolvimento gradual, indolor e 
contínuo. 
Se o desenvolvimento é rápido e doloroso, 
o diagnóstico de PROCESSO 
INFLAMATÓRIO é mais apropriado. 
No entanto, deve-se lembrar que muitos 
tumores com CRESCIMENTO RÁPIDO estão 
associados à INFECÇÃO SECUNDÁRIA e 
podem mascarar o diagnóstico. 
Semiologia das glândulas salivares 
QUADROS INFECCIOSOS: Presença de dor, 
exsudação, inflamação, febre, alteração no 
hemograma com desvio à esquerda. 
Muitos tumores têm crescimento insidioso 
e não apresentam sintomatologia até 
invadirem estruturas sensitivas próximas 
ou tornarem-se infectados quando, então, 
simulam o quadro anterior. 
Condições correlatadas: 
Histórias de outras condições associadas à 
queixa principal podem oferecer sugestão 
ou mesmo explicação do fenômeno 
presente. 
TUBERCULOSE em indivíduos da família: 
Pode explicar a ocorrência de corpos 
calcificados na região das glândulas 
salivares. 
ANESTESIAS GERAIS DE LONGA DURAÇÃO 
(emprego de antisialogogo). São 
pertinentes ao desenvolvimento de 
processos infecciosos das glândulas 
salivares. Ocorrência semelhante pode 
estar associada a estados caquéticos ou 
desidratantes. 
 Exame físico. 
PALPAÇÃO E INSPEÇÃO: 
EXAME SEMPRE DE FORMA BIDIGITAL OU 
DIGITOPALMAR 
IDENTIFICAÇÃO DE SIALOLITOS NÓDULOS 
TUMORAIS 
Os abscessos costumam denotar flutuação 
Os cistos são moles e flexíveis 
O endurecimento é típico das LESÕES 
MALIGNAS INVASIVAS, sendo sinal de que 
deve ser considerado diagnóstico até que 
se prove o contrário. 
Os CÁLCULOS são DUROS OU DENSOS, 
podendo apresentar irregularidades. 
As glândulas infectadas ou obstruídas, 
firmes e tensas. 
RESPOSTA SUBJETIVA – DOR: 
As inflamatórias costumam ser dolorosas e 
essa sensibilidade aumenta com a 
mastigação. 
Os tumores podem envolver estruturas 
sensitivas e tornarem-se dolorosos, mas a 
dor é um sinal tardio. 
Tumores benignos, malignos de baixo grau, 
precoces são insensíveis a não ser que a 
manipulação se estenda por longo tempo 
produzindo “formigamento’’. 
A SENSAÇÃO DE PARESTESIA é um sinal 
precoce que pode denunciar quando um 
tumor, especialmente os malignos, envolve 
o NERVO FACIAL. 
Ordenha: 
A estimulação bimanual da glândula ou 
ducto, seguida da observação da salivação, 
permite que o clínico investigue que tipo 
de conteúdo está sendo produzido. 
Diante de uma suspeita de sialoadenite 
bacteriana, pois o conteúdo excretado pela 
glândula será de uma secreção purulenta. 
 Redução da secreção salivar. 
HIPOSSALIVAÇÃO: Baixa produção e 
secreção salivar 
1. Induzida por radiação 
2. Farmacologicamente induzida 
3. Associada a condições sistêmicas 
XEROSTOMIA Sintoma ou sensação 
subjetiva de boca seca. 
Dificuldade para falar ou engolir os 
alimentos mais secos Elevado risco para 
lesões de cáries e infecções bucais 
HIPOSSALIVAÇÃO SEVERA: CANDIDOSE 
PSEUDOMEMBRANOSA -Manchas brancas 
e lesões de cárie incipientes
em ponta de 
cúspides e cervical 
 
Semiologia das glândulas salivares 
 Sialoquímica. 
A ANÁLISE QUÍMICA DA SALIVA 
EMPREGADA PARA DIAGNOSTICAR 
ALGUNS PROBLEMAS CLÍNICOS. 
Toxicidade medicamentosa por digitálicos 
(cálcio e potássio) para insuficiência 
cardíaca - Desordens emocionais 
(prostaglandinas) - Imunodeficiências (IgA 
secretoras) - Estomatite por quimioterapia 
(albumina) - Câncer gástrico (nitritos e 
nitratos) - Medicina forense - Substâncias 
do grupo sanguíneo - Doença celíaca 
(gliadina anti-IgA) - Síndrome de Sjögren - 
Tabagismo (nicotinina). 
No entanto, este recurso semiotécnico não 
está ao alcance dos clínicos, visto que nem 
todos os laboratórios de análises clínicas 
estão acostumados a trabalhar com a 
análise de amostras de saliva. 
 Sialometria. 
A velocidade do fluxo é o parâmetro mais 
importante da saliva em se tratando de 
SUSCETIBILIDADE ÀS LESÕES DE CÁRIE. 
 Medição de quantidade de saliva 
produzida por uma determinada glândula 
ou por todas as glândulas em função do 
tempo. 
Estimulação mecânica da salivação 
mastigando um pedaço de látex e 
coletando a saliva durante 5 minutos. 
O volume de saliva obtido será dividido 
pelo tempo de coleta. 
Valores: 
Normal: 0,26-0,35 ml/min (ñ estimulada)- 
>1ml/min ( estimulada). 
Média: 0,1-,025 ml/min – 0,7-0,9ml/min. 
Baixa (hipossalivação): <0,1 ml/min - <0,7 
ml/min 
 
 
Indicações: 
Como parte do exame inicial de um 
paciente novo que será submetido ao 
tratamento da cárie 
Durante a avaliação de um determinado 
tratamento profilático e terapêutico da 
cárie 
Como parte dos procedimentos de 
diagnóstico de suspeita de hipossalivação 
causada, por: 
Síndrome de Sjögren 
Irradiação na região de cabeça e pescoço 
Efeito de fármacos: antidepressivos 
tricíclicos, antipsicóticos, anticolinérgicos 
específicos, anti-histamínicos, 
antieméticos, antihipertensivos de ação 
central e as drogas antiparksonianas. 
PROVA DO ESPELHO: 
TESTE CLÍNICO FÁCIL E ÚTIL 
Mucosa lubrificada: Este deverá sair 
facilmente 
Mucosa ressecada: A dificuldade para se 
retirar 
TRATAMENTO PARA HIPOSSALIVAÇÃO: 
 Sialogogos farmacológicos: cloridrato de 
pilocarpina (muitos efeitos colaterais) 
Saliva artificial e ingestão de água para o 
umedecimento periódico da boca são 
úteis, mas de ação temporária. 
“O tratamento da hipossalivação 
ocasionado pela radioterapia permanece 
um desafio ao meio científico.” 
Todo paciente cuja queixa principal seja a 
boca seca crônica deverá ser informado 
que o tratamento atualmente é paliativo. 
 Sialografia. 
A sialografia é definida como o estudo 
radiológico por meio de contraste iodado 
Semiologia das glândulas salivares 
das glândulas salivares, parótidas e 
submandibulares. 
Investigação de possíveis processos 
inflamatórios. Estenoses 
Obstrução do ducto por cálculos 
Tumores e outras situações. 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: 
Nódulos confinados ao lobo profundo da 
glândula parótida. - Tumores com 
desenvolvimento de ambos os lobos 
profundos da glândula parótida. - Tumores 
da parótida associados às alterações 
faciais, outras alterações neurológicas ou 
ainda com suspeita de malignidade. 
Nódulos congênitos da parótida. - Tumores 
de glândula submandibular associados às 
alterações neurológicas ou fixação à 
mandíbula. - Tumores do palato com 
envolvimentos das fossas nasais ou seio 
maxilar. - Qualquer tumor cujas margens 
estejam clinicamente indefinidas. - 
Quadros patológicos recorrentes. 
DOENÇAS SISTÊMICAS QUE PODEM 
COMPROMETER A FISIOLOGIA DAS 
GLÂNDULAS SALIVARES: 
Síndrome de Sjögren - Doenças 
Reumatoides - Doença do hospedeiro 
versus enxerto - Sarcoidose, Fibrose cística 
e a Infecção pelo HIV - Hiperlipidemia, 
cirrose alcoólica e quadros de má nutrição - 
Disfunções hormonais (Diabetes, 
pancreatite, doenças adrenocorticais, 
tireoidite e acromegalia) - Enfermidades 
neurológica (Mal de Parkinson, Paralisia de 
Bell e a Paralisia cerebral) 
 Neoplasias das glândulas 
salivares. 
INCOMUM 
1,0 – 6,5 : 100.000; 
Parótida: 64- 0%. Benignos 80% e malignos 
20%. 
Submandibular: 8-11 %. Benignos 60% e 
maligno 40%. 
Glândulas menores: 9-23%. Benignos 40% 
e maligno 60% 
O tratamento das neoplasias envolvendo 
as glândulas salivares permanece 
essencialmente cirúrgico. Embora a 
radioterapia adjuvante possa desempenhar 
um papel importante em pacientes com 
tumores malignos, principalmente em 
estágios avançados da doença. 
 Adenoma pleomórfico. 
NEOPLASIA MAIS COMUM 
PARÓTIDA 
ELEMENTOS DUCTAIS E MIELOEPITELIAIS 
ALTERADOS 
Características clinicas: 
Aumento de volume firme, indolor e 
crescimento lento. 
30- 60 anos – Sexo feminino 
Mais comum na infância 
Lobo superficial – Inicialmente móvel –
Proporções grotescas –palato lábio 
superior e mucosa jugal. 
TRATAMENTO E PROGNÓSTICO: 
PARATIDECTOMIA SUPERFICIAL OU TOTAL 
PROGNÓSTICO EXCELENTE 
TRANSFORMAÇÃO EM MALIGNO: - 5% 
 Mioepitelioma. 
NEOPLASIA BENIGNA 
VARIAÇÃO DO ADENOMA PLEOMÓRFICO 
PROLIFERAÇÃO DE CÉLULAS MIOEPITELIAIS 
PALATO - SUPERFICIE LISA NORMOCORADA 
FIRME 
 
Semiologia das glândulas salivares 
Características clinicas: 
Parótida- submandibular- acessórias. 
Bem circunscrita- Indolor- 3° a 7° década 
de vida, média 50 anos. 
Tratamento e prognóstico: 
Excisão conservadora, parotidectomia 
superficial. Prognóstico excelente. 
 Cistadenoma papilar 
linfomatoso- Tumor de 
Whartin. 
QUASE EXCLUSIVO NA PARÓTIDA 2º MAIS 
COMUM PATOGENIA INCERTA –TEC. 
GLAND HETEROTRÓPICO TABAGISMO ( 8X) 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: 
Massa nodular indolor, firme ou flutuante 
–crescimento lento, cauda da parótida, 
ângulo mandibular, bilateralidade, 
tabagismo, raro nas demais glândulas, 
H:M, 6° 7° década de vida e brancos. 
Tratamento e prognóstico: 
Excisão cirúrgica – Ressecção local 
conservadora- Parotidectomia superficial – 
Recorrência de 6 a 12 %- Prognóstico 
excelente. 
 Sialoadenites. 
Processos inflamatórios que acometem as 
glândulas salivares (parótidas) 
Deflagrados após infecções (virais e 
bacterianas) 
Induzidos por agentes traumáticos 
(sialolitos, radiações ionizantes) 
Doenças de natureza autoimune. 
A evolução destes casos poderá ser do tipo 
aguda ou crônica e em alguns casos poderá 
assumir o caráter recorrente. 
INDUZIDOS POR AGENTES TRAUMÁTICOS: 
Cálculos ou Sialolito no conduto salivar 
Decorrente de um trauma, infecção, 
penetração de um corpo estranho ou pela 
formação de um êmbolo constituído de 
matéria orgânica 
Glandular submandibular mais suscetível à 
sialolitíase (saliva mais alcalina e com 
maior concentração de cálcio e fosfatos). 
TRATAMENTO: Ordenhar o cálculo ao óstio 
ou cirurgia para remoção 
 Parotidite epidêmica 
Infecção viral 
Caxumba é predominantemente infantil, 
aguda, contagiosa e que se caracteriza pelo 
comprometimento das glândulas parótidas 
Agente etiológico: mixovírus 
Contágio: gotículas de saliva contaminada 
Período de incubação: 12 a 26 dias. 
Sintomas: febre, cefaleia e perda do 
apetite 
Em adultos assume um caráter mais grave 
(orquite e/ou pancreatite) 
Diagnóstico: sorologia 
Tratamento: sintomáticos 
 Parotidite aguda 
Bacteriana. 
Ocorre predominantemente na sexta e 
sétima décadas de vida 
Fatores predisponentes: desidratação, má 
higiene bucal e baixa resistência, cirurgia 
prévia 
Agente etiológico: Staphylococcus aureus 
Sintomas: dor intensa à palpação, mal-
estar geral, febre e trismo. 
Presença de uma secreção purulenta 
drenando através da abertura do ducto 
Hemograma: leucocitose 
Semiologia das glândulas salivares 
Tratamento: antibióticos. 
 Mucocele. 
A mucocele nada mais é que uma lesão 
benigna bastante comum. Na maioria 
esmagadora dos casos. Esta bolha aparece 
no lábio inferior, porem pode aparecer em 
outras regiões, como é o caso da língua 
(neste caso recebe
o nome de rânula). 
A mucocele pode ter o aspecto 
transparente ou azulado, e quase sempre é 
indolor. Está bolha no lábio inferior é 
causada pelo derramamento da saliva no 
tecido conjuntivo em decorrência de algum 
problema na glândula salivar do lábio 
inferior. 
A glândula salivar pode se romper ou ficar 
literalmente entupida. Por isso, ela forma 
essa bolha. O tamanho varia, podendo ter 
desde 0,5mm ou até grande. 
Após algum tempo, a mucocele pode 
regredir, ou pode romper, após uma 
mordida ou pancada na região, podendo 
causar uma pequena ferida no local, que 
cicatriza naturalmente. o dentista poderá 
indicar um pequena cirurgia no consultório 
para retirar a glândula salivar afetada e 
diminuir o inchaço. 
Na presença de sintomas que indiquem 
mucocele e que persistam por mais de 2 
semanas, é importante passar a avaliar , já 
que existe um tipo de câncer, chamado de 
carcinoma mucoepidermóide, que pode 
provocar sintomas semelhantes, mas que 
ao invés de melhorar, costuma piorar com 
o tempo. 
 Carcinoma mucoepidermoide. 
Carcinoma mucoepidermóide é o tumor 
maligno mais comum das glândulas 
salivares, e representa a malignidade de 
glândula salivar mais comum na infância, 
podendo atingir tanto as glândulas 
salivares maiores - glândula parótida, 
submandibular e sublingual - como as 
menores. 
Correspondem a aproximadamente 20% 
das malignidades de glândula 
submandibular, 30% das malignidades de 
glândula salivar menor e 34% das 
malignidades de parótida, sendo esta o seu 
sítio mais comum, onde 60% a 90% de tais 
lesões são encontradas. 
Esse tipo de carcinoma pode ser 
classificado em três tipos, de baixo grau, 
intermediário e de alto grau; essa 
classificação dar-se a partir da quantidade 
de formação cística, proporção de cada 
tipo célula e grau de atipia citológica.Todos 
são capazes de causar metástases. 
O carcinoma mucoepidermóide apresenta 
etiologia desconhecida, no entanto pode 
estar associado a fatores genéticos, ao 
tabaco ou a exposição à radiação. Sendo a 
radiação ionizante um fator de risco 
definitivamente vinculado a etiopatogenia 
dessas lesões. Acredita-se que a sua 
origem se dá através das células de 
reserva, nos segmentos interlobular e 
intralobular do sistema ductal salivar. 
Atinge ambos os sexos, mas com 
predominância no sexo feminino e entre a 
terceira e quinta décadas de vida. 
Características clínicas: 
Parótida, assintomático – Dor ou paralisia 
do nervo facial- Palato flutuante de 
coloração azulada ou vermelha- Lábio 
inferior, assoalho, língua e a região retro 
molar. - intraósseo. 
 Carcinoma adenoide cístico. 
NEOPLASIA MALIGNA MAIS BEM 
RECONHECIDA 
CILINDROMA* ( era chamado evitar de 
chamar) 
CARACTERÍTICAS CLÍNICAS: 
Aumento de volume de crescimento lento. 
Semiologia das glândulas salivares 
Dor é o achado clínico mais importante. 
Inespecífica, constante e de baixo grau. 
50-60% gl salivares menores. 
Palato, parotida (2-3%) submandibular (12-
17%). 
Adulto de meia idade, raro <20 anos. 
H:M. 
Paralisia do nervo facial. 
Destruição óssea palato e seio maxilar. 
Tratamento e prognóstico: 
Excisão cirúrgica/ Radioterapia 
coadjuvante. 
Invasão local/ metástase a distância 
(pulmão e osso). 
Palato ou seio: invasão da base do crânio. 
Sobrevida em 5 anos: 70%, 50% (20 anos.) 
25% (10 anos). 
 Lesão de natureza 
imunológica. Síndrome de 
Sjogren. 
A manifestação clínica clássica é 
representada por olhos ressecados 
(ceratoconjuntivite), sensação de boca seca 
(xerostomia) e artrite reumatoide. 
Maior frequência: mulheres de meia idade 
Segunda doença reumática autoimune 
mais comum (atrás somente da artrite 
reumatoide) 
Ocorre uma infiltração linfocítica focal das 
glândulas exócrinas provocando uma 
sialectasia 
Primária sem uma doença autoimune 
adicional reumática 
Secundária ocorre em associação com a 
artrite reumatoide, lúpus eritematoso 
sistêmico ou outra doença reumática 
autoimune 
SINTOMAS E SINAIS ASSOCIADOS: 
Sensação de secura ou ardência nos olhos 
>> cegueira 
Xerostomia com dificuldade para falar, 
mastigar ou engolir alimentos 
Língua ressecada ou com os sulcos e 
fissuras bem marcadas 
Sensação de queimação ou ressecamento 
da garganta 
Ressecamento dos lábios com ou sem 
descamação - Lesões de cárie - Dor nas 
articulações - Ressecamento da pele e 
vagina - Problemas digestivos - 
Ressecamento da mucosa nasal 
Diagnóstico: 
Baseado na história, no exame clínico do 
paciente e alguns exames complementares 
Anticorpo antinuclear (ANA): 70% positivos 
para SJ 
Fator reumatoide: 80% positivos em AR e 
SJ 
Anticorpos SS-A (ou Ro) e SS-B (ou La): 70% 
e 40% positivos em SJ 
Velocidade de hemossedimentação (VHS): 
teste muito sensível e pouco específico 
Testes Oftalmológicos 
Avaliação do fluxo salivar 
Biópsia de glândula salivar (lábio inferior): 
Presença da infiltração de células 
inflamatórias (linfocítica) nas glândulas 
salivares menores. 
Complicações odontológicas: 
Associadas ao quadro de Hipossalivação: 
Infecções bucais especialmente a 
candidose 
Aumento do incremento de lesões de cárie 
Semiologia das glândulas salivares 
Tumefação das glândulas salivares e 
sialoadenites supurativas 
PROGNÓSTICO E ORIENTAÇÃO 
TERAPÊUTICA TRATAMENTO DE SUPORTE: 
Prescrição de lágrima artificial alivia o 
desconforto ocular 
Uso de salivas artificiais e a ingestão de 
líquidos várias vezes ao dia • Auxiliam na 
manutenção da saúde dos tecidos moles e 
dentários da boca. 
Estimular a produção de saliva por meio do 
uso de gomas de mascar sem açúcar ou 
ainda com a ingestão de alimentos mais 
fibrosos 
Uso dos fluoretos também se faz 
importante para prevenir o surgimento de 
lesões de cárie 
Acompanhamento Reumatológico risco 
aumentado para linfomas

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