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Antibióticos Classificação: (ANTIMICROBIANOS) Antibacterianos Antivirais Antifúngicos Antiparasitários. A classificação de um antibiótico baseia-se nos seguintes fatores: A classe e o espectro de microrganismos que ele destrói. Ex: amplo espectro Os processos bioquímicos com os quais interfere. Ex: inibidores da síntese da parede celular, inibidores da síntese proteica. A estrutura química do seu farmacóforo. Medida de potência: EC50. Capacidade do antibiótico de inibir 50% do crescimento bacteriano. Gráfico: medida que aumenta a concentração do antimicrobiano ocorre uma queda das unidades formadora de colônia. Penetração dos Antimicrobianos nos Compartimentos Anatômicos. O antibiótico tem que ser efetivo em matar a bactéria e penetrar no tecido. Em concentração capaz de matar a bactéria. Antibióticos são mais usados por via oral e parenteral. LEVOFLOXACINO: Pele/Plasma: Razão de 1,4 e 16% de falência terapêutica. Líquido do revestimento epitelial/Plasma: Razão de 2,8 e 3% de falência terapêutica Urina/Plasma: Razão de 67 e 0% de falência terapêutica. Levofloxacino mais eficaz na URINA. Pois tem mais penetração. DETERMINADO: Características físico-químicas do Fármaco. (Não pode ter um peso molecular alto, ter uma boa biodisponibilidade). Glicoproteína P Barreira hematoencefálica (Barreira de defesa, nem toda substância penetra) Olhos (Poucos tem boa penetração). Líquido do revestimento epitelial do pulmão Biopelícula (mecanismo de defesa das bactérias e fungos) e vegetações nas valvas cardíacas artificiais e cateteres intravasculares. Compartimentos farmacocinéticos. O antibiótico é administrado e é absorvido. Vai para a corrente sanguínea, lá o antibiótico vai para o tecido alvo (ex: pulmão). No pulmão ele sofre uma fármaco cinética diferente. Esse fármaco não vai só para o tecido alvo, vai ser distribuído em tecidos periféricos, que tem população enzimática diferente, constrição, ph diferente (aqui já tem outra taxa de metabolização). O fármaco ele tem que penetrar no tecido alvo e ter uma concentração que consiga matar a bactéria. Farmacocinética Populacional e Variabilidade das Respostas aos Fármacos. Variabilidade entre Pacientes; (Pode ter uma bactéria resistente, metabolismo (peso, idade, comorbidades). Paciente faz uso correto e outro não Variabilidade entre ocasiões ou do mesmo paciente. (Pode ser pq tem um microrganismo diferente, uso de outros medicamentos). Gráfico: 1 Laranja: tem uma CE50 menor. (age mais rápido). Gráfico 2: Laranja: teve efeito máximo e no verde não tem efeito máximo. Por conta da resistência bacteriana. Tipos e objetivos do tratamento antimicrobiano. Antibióticos usados em profilaxia, preventivo, empírico, definitivo e supressor. Leva em consideração os estágios da doença. PROFILAXIA: ocorre quando a ausência de infecção. Antes de um cirurgia para prevenir uma infecção pós-operatória. PREVENTIVO: tem a infecção mas não apresentou sintomas. EMPIRICO: tem a infecção e apresenta os sintomas. DEFINITIVO: isolamento do patógeno é feito o exames como cultura e TSA (teste de sensibilidade antimicrobiana), determina quais os antibióticos são efetivos. SUPRESOR: regressão. Paciente ainda está susceptível a infecção. PROFILAXIA: Pacientes imunossuprimidos HIV/AIDS (ANTIBIOTICOS DE AMPLO ESPECTRO) Transplantados (imunossupressão farmacológica, susceptível a infecção oportunista) Farmacoterapia pra suprimir rejeição Evitar infecções em procedimentos cirúrgicos (para diminuir a população microbiana e diminuir a infecção oportunista.) Profilaxia Pós-Exposição: Rifampicina para evitar meningite meningocócica. (Para profissionais da saúde que tiveram contato com o pct com meningite) Profilaxia da gonorreia ou da sífilis. Macrolídeos depois do contato com casos confirmados de coqueluche. Exposição acidental ao HIV. (Fazer uso de antiretrovirais) Tratamento Preventivo: Paciente assintomático, mas infectado. Administração antes do desenvolvimento dos sinais e dos sintomas Erradicar a doença iminente Tratamento deve ter duração curta e pré- definida. Tratamento Empírico do Paciente Sintomático: Acontece sem a identificação do patógeno. A ação reflexa de associar febre com infecções tratáveis e prescrever antimicrobianos sem uma avaliação mais cuidadosa é irracional e potencialmente perigosa Malária. (Assim que o paciente apresenta o sintomas já inicia o tratamento e depois a confirmação com o exame). Pacientes neutropênicos com febre. (Pct com baixas células de defesa é tratado com antibiótico de amplo espectro). A realização das culturas ainda é obrigatória com o objetivo de modificar o tratamento com base nos seus resultados. Tratamento Definitivo para Patógenos Conhecidos: Na maioria das vezes é feita com UM antibiótico. O tratamento com mais de um fármaco é exceção. Evitar resistência a um fármaco utilizado isoladamente Acelerar a rapidez da atividade microbicida Aumentar a eficácia terapêutica com a utilização de combinações sinérgicas. Reduzir a toxicidade. COM MAIS DE UM ANTIBIOTICO: Tratamento antirretroviral para Aids; Tratamento antiviral para hepatites B e C; Tratamento da tuberculose, da infecção por Mycobacterium avium-intracellulare; Hanseníase; Combinações de doses fixas dos antimaláricos; Antibiocoterapia com associação: Tratamento do Cryptococcus neoformans com flucitosina e anfotericina B; Tratamento empírico dos pacientes neutropênicos febris; Tratamento dos pacientes febris com Aids avançada. A combinação de uma sulfonamida com um inibidor da di-hidrofolato redutase, como a trimetoprima, produz efeitos sinérgicos porque bloqueia etapas sequenciais da síntese microbiana do folato.( Inibem a etapa subsequente do ácido fólico). Tratamento supressor pós-tratamento: Infecção não for completamente erradicada e a anormalidade anatômica ou imune que causou a infecção original ainda persiste Pacientes com Aids e nos receptores de transplantes Deve ser interrompido quando sua função imune melhora. Mecanismos de resistência aos antimicrobianos. Os dois fatores principais associados ao desenvolvimento de resistência antimicrobiana são: evolução e práticas clínicas/ambientais. A bactéria tem uma replicação rápida do DNA. Ocorrendo mutação. Se a informação for boa a bactéria persiste e repassar a informação para as células filhas. PRÁTICAS CLÍNICAS: Tomar o antibiótico de forma correta. Caso não tome as bactérias mais resistente não morre e se torna resistente aquele antibiótico. O desenvolvimento da resistência pode acontecer como consequência dos seguintes fatores: Acesso reduzido do antibiótico ao patógeno. O antibiótico vai entrar menos na bactéria. Aumento da eliminação do antibiótico por bombas de efluxo (proteínas transmembranas presente na parede celular bacteriana que reconhece certos padrões moleculares). O antibiótico entra na bac. mas a bomba de efluxo joga o antibiótico para fora da bac. Logo o antibiótico n exerce sua ação farmacológica Liberação de enzimas microbianas que destroem o antibiótico. Alterações das proteínas microbianas que transformam os pró-fármacos em moléculas ativas. (Sem ativação do antibiótico) Alterações das proteínas-alvos Desenvolvimento de vias metabólicas alternativas às que foram suprimidas pelo antibiótico. Resistência secundária ao acesso reduzido do fármaco ao patógeno: TRYPANOSOMA BRUCEI: ele é tratado com PENTAMIDE E MELARSOPROL. O MELARSOPROL é captadoo pela proteína P2 que está no trypanosoma. Ele sofre mutação e passa a não expressar a P2. O Melarsoprol vai entrar menos: menos ação farmacológica.Resistência secundária à expulsão do fármaco: Desenvolvimento do Plasmodium falciparum (tem muita bomba de efluxo) resistente aos fármacos. O fármaco entra na bac e expulso por proteínas transmenbrana. Existe 5 sistema de bomba de efluxo. Os principais são os transportadores ABC. Resistência secundária à destruição do ATB: Β-Lactâmicos → β-lactamases (enzima que inativa os antibióticos B-lactâmicos). No antibiótico tem o anel b-lactâmico que é importante para interação com o alvo terapêutico. A bac cliva esse anel e desestrura. Aminoglicosídeos → Acetiltransferases, Adeniltransferases e Fosotransferases Resistência secundária à redução da afinidade do fármaco pela estrutura alterada do alvo: Modificação do alvo terapêutico. A bac expressa uma proteína, sofre uma mutação, e essa proteína vai ser expressa de uma forma diferente. A bac continua com a mesma função, porém o antibiótico não consegue mais se ligar porque é um alvo terapêutico diferente. Mutação do alvo natural (p. ex., resistência às fluoroquinolonas). Quinolonas se ligam a uma enzima da bac DNA GIRASE. Modificação do alvo (p. ex., resistência aos macrolídeos e às tetraciclinas por proteção ribossômica) Aquisição de uma forma resistente do alvo natural sensível (p. ex., resistência estafilocócica à meticilina em consequência da produção de uma proteína de ligação à penicilina com baixa afinidade). Incorporação do fármaco: O microrganismo não apenas se torna resistente a um antimicrobiano, como também começa a depender dele para sua proliferação . Ex: O enterococo, que facilmente desenvolve resistência à vancomicina Heterorresistência: A heterorresistência ocorre quando um subgrupo da população microbiana total é resistente, embora a população inteira seja considerada sensível nos testes in vitro. Ex: Tem a população de bac, a bac amarela é a resistente, no teste in vitro demonstra um padrão de sensibilidade. Quando o PCT é tratado com o antibiótico a bac resistente persiste e pode se multiplicar. Ocorre um reinfecção por bac resistente ao antibiótico. É associada às resistências de: Vancomicina para o S. aureus e o Enterococcus faecium; Colistina para o Acinetobacter baumanniicalcoaceticus; Rifampicina, à isoniazida e à estreptomicina para o M. tuberculosis; Penicilina para o S. pneumoniae. Base evolutiva da emergência da resistência As mutações podem ocorrer no gene que codifica: A proteína alvo, alterando sua estrutura de forma que não possa mais se ligar ao antimicrobiano; Uma proteína envolvida no transporte do fármaco; Uma proteína importante para a ativação ou inativação do fármaco; Um gene regular ou promotor que afeta a expressão do alvo, de uma proteína de transporte ou de uma enzima inativadora. Resistência pela aquisição exterior de elementos genéticos: A bac pode receber a resistência do meio, através de outra bac que expressa essa informação. Pode ocorrer pelos mecanismo de: TRANFORMAÇÃO: A bac morreu e outra bac incorpora parte do DNA bacteriano (que tem a informação de resistência). TRANSDUÇÃO: Através de vírus bacteriófago. Incorpora uma porção do DNA bac e infecta outra bac. CONJUGAÇÃO: Através do pili sexual. Resistência pela aquisição exterior de elementos genéticos: Ocorre a infecção, quando é tratada com antibiótico nada acontece com essas bac, elas continuam se multiplicando.
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