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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS LEGALIDADE - decorre da existência do Estado de Direito, como uma Pessoa Jurídica responsável por criar o direito, no entanto, submissa ao ordenamento jurídico por ela mesmo criado e aplicável a todos os cidadãos; - não havendo previsão legal, está proibida a atuação do ente público e qualquer conduta praticada sem determinação pelo texto legal será considerada ilegítima - subordinação à lei; - na esfera privada aplica-se a não contradição à lei; - a autuação pode estar expressa ou implicitamente prevista em lei, diante da possibilidade de edição de atos administrativos discricionários; - é corolário da indisponibilidade do interesse público; - a atuação administrativa limita-se à vontade legal = vontade do povo, manifestada por meio de seus representantes; - não se confunde legalidade com princípio da reserva legal – que determina a aplicação de determinada espécie normativa a uma atuação definida no texto constitucional. Exceções: - Medidas Provisórias – art. 62, CF - Estado de Defesa – art. 136, CF - Estado de Sítio IMPESSOALIDADE - reflete a necessidade de uma atuação que não discrimina as pessoas, seja para benefício, seja para prejuízo; - é irrelevante conhecer quem será atingido pelo ato, pois a atuação do Estado é impessoal. O agente fica proibido de priorizar qualquer inclinação ou interesse seu, ou de outrem; - alguns doutrinadores entendem ser sinônimo de Princípio da Finalidade ou Imparcialidade, para esses, a finalidade seria pública, o que impediria o administrador de buscar objetivos próprios ou de terceiros; - deve ser enxergada também sob a ótica do agente, quando o agente público atua, não é a pessoa do agente que pratica o ato, mas o Estado – órgão que ele representa – Teoria do Órgão; - a utilização de símbolos ou imagens, ou até mesmo nomes que liguem a conduta a conduta estatal à pessoa do agente público, desvirtua o exercício da função pública, tornando pública a conduta do administrador e não do ente estatal; - SV 13 – veda a realização de designações recíprocas, ou seja, não se admite que mesmo de forma indireta, se garanta nomeação de parente do agente público, por meio de troca de favores ou favorecimentos pessoais para parentes de outros agentes; - nepotismo cruzado - a jurisprudência do STF entende pela inaplicabilidade da vedação ao nepotismo quando se tratar de nomeação de agentes para cargos políticos. Princípio exceção à impessoalidade – Princípio da Intranscendência - excepcionaliza a ideia de impessoalidade – torna subjetiva as sanções no sentido de que inibe a aplicação de severas sanções a entidades federativas por atos de gestão anterior à assunção dos deveres públicos. – entendimento pacificado pelo STF MORALIDADE - conceito jurídico indeterminado: honestidade, lealdade, boa-fé e atuação não corrupta com as coisas de titularidade do Estado - a atuação em desconformidade com a moralidade enseja em violação ao princípio da legalidade - jurisprudência: vício de legalidade da atuação administrativa - moralidade jurídica: boa administração da coisa pública - moralidade social: o certo e o errado no senso comum - cabimento de Ação Popular para a anulação de ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa – art. 5º, LXXIII, CF PUBLICIDADE - proíbe a edição de atos secretos pelo Poder Público, devendo atuar de forma plena e transparente - é o conhecimento público acerca das atividades praticadas no exercício da função administrativa - divulgação oficial + conhecimento e fiscalização interna de seus agentes - habeas data é o remédio para solucionar controvérsias violadoras do direito à publicidade - art. 5º, XXXIV,b,CF – direito à obtenção de certidão em repartição pública Lei n. 12.527/2011 – Lei de Acesso à Informação: - dever de publicidade de todos os órgãos da administração direta, além de suas autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista, bem como, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos - art. 5ºda Lei de Acesso: é dever do Estado garantir o acesso à informação mediante procedimentos objetivos, ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão - pedido de acesso à informação: identificação do requerente e a especificação da informação, devendo ser prestada imediatamente ou, justificadamente, dentro de 20 dias, sendo vedadas exigências relativas aos motivos da solicitação de informações de interesse público - é forma de controle da Administração e, portanto, garantia do exercício da cidadania Publicidade como requisito de eficácia dos atos administrativos: - mesmo depois de expedidos não produzem efeitos à sociedade antes de garantida sua publicidade **Publicidade x Publicação a publicação é apenas uma das formas de se dar publicidade e a não observância do princípio da publicidade caracteriza ato de improbidade administrativa – art. 11, IV da Lei 8.429/92 A eficácia dos atos depende de sua publicação, mas não a validade. É válido mesmo sem o conhecimento pela sociedade, mas só será eficaz à partir de sua publicação EXCEÇÕES À PUBLICIDADE: - devem ser resguardadas a segurança nacional e o relevante interesse coletivo, podendo excepcionalizar a publicidade de forma fundamentada – art. 23 da Lei de Acesso à Informação: - por em risco a defesa do Estado, a soberania nacional ou a integridade do território nacional; - prejudicar negociações ou relações internacionais do País ou aquelas fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais; - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; - prejudicar ou causar risco a planos estratégicos das forças armadas; - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, bem como sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; - comprometer atividades de inteligência, investigação ou fiscalização em andamento relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações; E art.5º, X, CF – inviolabilidade da imagem e vida privada, assim como a honra e a intimidade ART.3º da Lei de Acesso à Informação – garantia de obter informação: - orientação sobre procedimentos para a consecução do acesso, bem como sobre local onde poderá ser encontrada/obtida. - produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos, mesmo que o vínculo já tenha cessado; - primária, íntegra, autêntica e atualizada; - atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive relacionadas à sua política, organização e serviços; - administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e - implementação, acompanhamento e resultados dos programas e ações dos órgãos, assim como metas e indicadores propostos; resultado de inspeções, auditorias, prestação e tomada de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. INDEFERIMENTO DE ACESSO OU ÀS RAZÕES DA NEGATIVA: - recurso no prazo de 10 dias a contar de sua ciência, dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão, devendo se manifestar em 5 dias. NEGATIVA DE ACESSO PELO PODER EXECUTIVO FEDERAL: - Art. 16 – recorrer à Controladoria Geral da União que deliberará em 5 disa - ainda pode se classificar em: - ULTRASSECRETA: restrição máxima de 25 anos - SECRETA: restriçãomáxima de 15 anos - RESERVADA: restrição máxima de 5 anos EFICIÊNCIA - maior qualidade e menor custo, sendo realizada com presteza; - serviços públicos mediante execução direta do Estado ou por delegação a particulares; - Art. 41, CF – avaliação periódica de desempenho mesmo após aquisição da estabilidade - art. 196, CF – limites com gastos de pessoal, caso extrapolados: Redução de pelo menos 20% com comissão e funções de confiança; Exoneração de não estáveis; Se as anteriores não forem suficientes, exoneração de servidor estável, mediante ato normativo especificando a atividade funcional e o órgão objeto de redução ART. 37, CF – FORMAS DE PARTICIPAÇÃO DO USIÁRIO NA ADM. PÚBLICA DIRETA E INDIRETA - admissão de reclamações acerca dos serviços públicos e manutenção de serviços de atendimento ao usuário e avaliação periódica interna e externa acerca da qualidade dos serviços. CELERIDADE NA SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS – ligação com o princípio da celeridade – art. 5º, LXXVIII, CF
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