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MIELOMA MÚLTIPLO E AS DISCRASIAS PLASMOCITÁRIAS

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MIELOMA MÚLTIPLO E AS DISCRASIAS PLASMOCITÁRIAS
INTRODUÇÃO – ELETROFORESE DE PROTEÍNAS
· As discrasias plasmocitárias (DP) são neoplasias monoclonais caraterizadas pelo aumento da produção das imunoglobulinas ou suas subunidades;
· Em geral, as DP podem ser suspeitadas e corroboradas pela eletroforese de proteínas;
· A eletroforese de proteínas séricas é um exame que mensura a quantidade de imunoglobulina no sangue e diagnostica qualquer imunoglobulina anormal;
· Em seguida, é realizada a imunofixação ou imunoeletroforese para determinar o tipo exato do anticorpo anormal (IgG, IgA, IgM ou algum outro tipo).
· A imunofixação de proteínas geralmente complementa a eletroforese de proteínas, determinando os componentes alterados na presença de alteração monoclonal e qual cadeia pesada e/ou leve estão em excesso.
GAMOPATIA MONOCLONAL DE SIGNIFICADO INDETERMINADOEPIDEMIOLOGIA E CONDUTA:
· Incidência aumenta com a idade
· Até 3% da população acima de 70 anos
· Média de 1% ao ano de evolução para Mieloma Múltiplo (cerca de 20% no total de 25 anos)
· Reavaliação a cada 3-6 meses
· Conduta expectante;
· Cuidados na evolução para MM:
· GMSI IgA;
· GMSI IgM;
· Pico monoclonal elevado/alteração na relação de cadeia leve livre.
· Desordem clonal pré-maligna, classificada a depender do tipo de imunoglobulina envolvida, como IgM, não IgM ou cadeia leve. Pode progredir ou não para mieloma múltiplo ou outras doenças hematológicas.
· Alteração pré-maligna clonal de plasmócitos caracterizada pela presença de proteína monoclonal, porém sem alterações clínicas ou laboratoriais;
· Critérios:
· Proteína monoclonal < 3g/dL;
· Plasmócitos clonais < 10% (medula óssea);
· Ausência de alterações clínicas/laboratoriais.
· Pode estar associados a alterações genéticas:
· Cromossomos 14q, 11q.
· Diagnóstico a partir da exclusão de outras discrasias plasmocitárias – principalmente mieloma múltiplo;
MIELOMA INDOLENTE/ASSINTOMÁTICO (SMOLDERING)CONDUTA:
· Conduta expectante e seguimento a cada 3 meses;
· Em estudos clínicos – intervenção precoce em variantes de alto risco.
· Evolução intermediária entre GMSI e mieloma múltiplo;
· Aumento de células neoplásicas, porém sem levar a lesões de órgãos alvos;
· Maior risco de progressão ao mieloma múltiplo: em torno de 10% ao ano de evolução;
· Critérios:
· Plasmócitos clonais > 10% e < 60% (MO);
· Pico Monoclonal ≥ 3g/dL ou proteinúria monoclonal ≥ 500mg/24h; 
· Ausência de alterações clínica ou outras alterações laboratoriais (ausência de lesão de órgão alvo).
MIELOMA MÚLTIPLO
· O Mieloma Múltiplo (MM) representa uma proliferação maligna de plasmócitos derivados de um único clone;
· O tumor, seus produtos e a resposta do hospedeiro ao tumor levam a várias disfunções orgânicas e sintomas, incluindo dor óssea ou fratura, insuficiência renal, suscetibilidade a infecções, anemia, hipercalcemia e, ocasionalmente, anormalidades da coagulação, sintomas neurológicos e manifestações de hiperviscosidade;
· A causa do mieloma é desconhecida;
· O mieloma ocorreu com maior frequência em indivíduos expostos à radiação de ogivas nucleares na Segunda Guerra Mundial, após um período de latência de 20 anos;As células apresentam aspectos morfológicos característicos de plasmócitos, células redondas/ovais com um núcleo excêntrico, com cromatina grosseiramente condensada, citoplasma denso e basofílico e zona clara perinuclear que contém o aparelho ou complexo de Golgi. Observam-se, ainda, plasmócitos bi/multinucleados.
· Ele tem sido encontrado com mais frequência do que o esperado entre fazendeiros, trabalhadores que lidam com madeira e couro e entre aqueles expostos aos derivados do petróleo.
· Lesões de órgão-alvo:
· Anemia:
· Doença inflamatória crônica (anemia da doença crônica);
· Excesso de produção de plasmócitos clonais com ocupação medular e queda na produção da eritropoese;
· Evolução com lesão renal e posterior queda na produção da Eritropoetina.
· Doença óssea:
· Produção aumentada do Ligante do Receptor Ativador do fator NF-kB (RANKL);
· Ligação ao receptor RANK estímulo de diferenciação osteoclástica
· Evolução com lesões osteolíticas;
· Liberação de Cálcio ósseo para plasma (aumento de Cálcio sérico).
· Insuficiência Renal Lesão Renal Aguda:
· Presente em cerca de 40% dos pacientes ao diagnóstico;
· Principais causas da hipercalcemia:
· Rim do Mieloma Múltiplo depósito de cadeia leve levando à lesão tubular;
· Infiltração plasmocitária (raro);
· Associação com Amiloidose AL.
· Critérios para Mieloma Múltiplo: CARO (diagnóstico) ou SLIM (sugestivo de malignidade) SLiM-CRAB;
· Pico Monoclonal (qualquer valor);TC óssea de corpo inteiro de baixa dose ou radiografia de ossos longos.
C Cálcio > 11mg/dL;
A Anemia (Hb < 10g/dL);
R Rins ClCr < 40ml/min ou Cr > 2mg/dL;
O 1 ≥ lesão(ões) osteolítica(s).
· Plasmocitose clonal > 10%;S Sessenta (60% > de plasmócitos clonais);
Li Light Chain Ratio (relação cadeia leve livre) ≥ 100
MRI RM ≥ 1 lesão focal óssea
C Cálcio > 11mg/dL;
R Rins ClCr < 40ml/min ou Cr > 2mg/dL;
A Anemia (Hb < 10g/dL);
B Bone (osso) 1 ≥ lesão(ões) osteolítica(s).
MACROGLOBULINEMIA DE WALDENSTRÖM
· Linfoma Linfoplasmocítico produtor de Imunoglobulina IgM;
· Maior prevalência após 5-6a décadas de vida;Clínica principal: síndrome de hiperviscosidade, uma emergência oncológica classicamente conhecida por três características: déficit neurológico, alterações visuais e sangramento de mucosas.
· Sintomas:
· Linfonodomeglias;
· Hepato-esplenomegalia;
· Febre, perda de peso e sudorese noturna Sintomas B.
· Tratamento:
· Quimioterapia;
· Plasmaférese.
AMILOIDOSE AL
· Amiloidose sistêmica: espectro de doenças caracterizadas por depósito extracelular de proteínas amorfas e insolúveis;
· Depósito patológico em virtualmente qualquer órgão;
· Mais de 21 tipos de proteínas amiloide já identificadas;
· Subtipos de maior importância:
· Subtipos de maior importância clínica:
· Amiloidose AL (relacionada a cadeia leve – discrasia plasmocitária);
· Amiloidose AA (relacionada a inflamação crônica – ex.: AR; TB);
· Amiloidose aTTR (familiar – comum em população de Portugal).
· A amiloidose é uma neoplasia de plasmócitos que secretam imunoglobulinas anormais que formam um tipo de depósito amilóide;
· Epidemiologia:
· Principal constituinte é a região variável da cadeia leve;
· Incidência de 6-10:1.000.000/ano;
· Idade média ao diagnóstico – 6o década de vida.
· Manifestações clínicas: correspondente aos órgãos acometidos, entre os sinais mais prevalente vê-se edema periorbital e macroglossia;
· Diagnóstico:
· Biópsia de tecido acometido (pacientes com síndrome nefrótica, por exemplo, realizam biópsia renal);
· Biópsia de coxim adiposo;
· Depósito Amilóide Vermelho do Congo Birrefringência.
COMPLICAÇÕES DAS DISCRASIAS PLASMOCITÁRIAS
· Plasmocitoma:
· Tumor extra medular de plasmócitos;
· Pode se localizar em qualquer canto do corpo;
· Locais mais comuns: tumores intracranianos e intervertebrais (estes infiltrando a medula e ocasionando lombalgia).
· Síndrome de POEMS Síndrome Paraneoplásica Associada às Discrasias Plasmocitárias;
· A síndrome de POEMS é uma entidade clínica única definida pela presença concomitante de doença monoclonal de plasmócitos, polineuropatia periférica e outras manifestações paraneoplásicas tais como organomegalias, endocrinopatias, alterações cutâneas, papiledema, lesões osteoescleróticas e sobrecarga de volume extravascular;
· Também é conhecida como Mieloma Osteoesclerótico, síndrome de Crow-Fukase e síndrome de Takatsuki.
· Para o diagnóstico da doença não é necessária a presença de todas as manifestações relacionadas e o reconhecimento precoce desta patologia é importante para reduzir a morbidade.

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